Novas Perspectivas em Ressonância Magnética Cardíaca
Estudo revela dados essenciais para avaliar a função do coração durante o exercício.
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Índice
- Por que usar exCMR?
- A importância de valores de referência
- Configuração do estudo e participantes
- Triagem genética
- Como a imagem foi feita
- Análise das imagens
- Checando a precisão
- Resultados do estudo
- Função cardíaca normal durante o exercício
- Diferenças entre gêneros
- O impacto da idade
- Consistência nos resultados
- Importância dos dados normativos
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
A ressonância magnética cardíaca de exercício (exCMR) é um jeito de tirar fotos claras do coração enquanto a pessoa tá se exercitando. Isso ajuda os médicos a ver como o coração funciona sob estresse, sem precisar de remédio pra criar esse estresse. Usando esse método, os médicos podem aprender sobre a estrutura do coração, quão bem ele bombeia sangue e como estão os músculos cardíacos.
Por que usar exCMR?
O exCMR tem várias vantagens em relação a outros métodos, como a ecocardiografia de exercício. Ele faz um trabalho melhor em medir a Função do Coração e não depende tanto da habilidade da pessoa que tá operando a máquina. Além disso, os pacientes não precisam prender a respiração, o que pode afetar as medições. Usar exercício físico de verdade pro teste é geralmente mais seguro e dá resultados mais claros em comparação com o uso de remédios pra forçar o coração.
Esse tipo de imagem tá ficando mais popular pra várias condições relacionadas ao coração. Por exemplo, pode ajudar a descobrir a gravidade da Hipertensão Pulmonar, checar se alguém tem coração de atleta, avaliar a tolerância ao exercício em pessoas com problemas cardíacos e encontrar sinais de danos no tecido cardíaco.
A importância de valores de referência
Pra os médicos interpretarem os resultados do exCMR de forma precisa, eles precisam saber o que é normal pra diferentes pessoas. Até agora, não existem valores de referência sólidos pra exCMR. À medida que mais médicos usam esse método em ambientes clínicos e de pesquisa, é urgente coletar dados de pessoas saudáveis pra criar esses valores de referência.
Esse estudo foca em apresentar resultados do exCMR em um grupo de adultos saudáveis que não têm problemas cardíacos conhecidos. Os participantes também foram checados pra questões genéticas raras que poderiam causar doenças cardíacas, garantindo que o grupo fosse estritamente composto por pessoas sem problemas de saúde ocultos.
Configuração do estudo e participantes
O estudo aconteceu no Imperial College London e tinha como objetivo explorar como as diferenças genéticas afetam a função do coração usando a imagem por CMR. O comitê de ética aprovou, e cada participante assinou um termo de consentimento. A pesquisa envolveu pessoas saudáveis com pelo menos 18 anos e sem histórico de doenças cardíacas. Aqueles esperando um bebê ou que tinham limitações que os impediam de se exercitar foram deixados de fora.
Os participantes preencheram questionários de saúde e deram informações como altura, peso, pressão arterial, e fizeram um eletrocardiograma (ECG) em repouso.
Triagem genética
O estudo também incluiu uma checagem de 169 genes ligados a problemas cardíacos herdados. Usando plataformas avançadas, os pesquisadores filtraram variações genéticas pra identificar qualquer uma que pudesse sinalizar risco de doença cardíaca. Aqueles que apresentaram essas variações não foram incluídos no estudo, garantindo um foco em participantes realmente saudáveis.
Como a imagem foi feita
A imagem foi feita usando uma máquina de ressonância magnética especial projetada pra esse tipo de trabalho. Os participantes passaram por um processo detalhado de CMR que incluiu tirar fotos do coração em repouso e durante exercício. Essas fotos foram feitas enquanto os participantes estavam deitados e se exercitando em uma bicicleta especial que funciona com a máquina de MRI.
Os exercícios tinham como objetivo alcançar uma frequência cardíaca definida, calculada com base na idade do participante. Cada pessoa começou se exercitando em um nível leve e aumentou o esforço gradualmente. As imagens foram tiradas logo após pararem de se exercitar pra limitar possíveis problemas de movimento.
Análise das imagens
O estudo analisou apenas um conjunto específico de imagens tiradas durante as fases de repouso e exercício. As dimensões do coração e quão bem ele estava bombeando foram examinadas usando software especial pra garantir resultados precisos. O volume do coração foi medido em diferentes pontos pra ver como mudava de repouso pra exercício.
Checando a precisão
Pra ter certeza que as medições eram precisas, foi feita uma checagem de confiabilidade. Quarenta participantes foram escolhidos aleatoriamente pra uma segunda rodada de análise meses depois, permitindo que os pesquisadores comparassem os achados de diferentes momentos e analistas.
Resultados do estudo
Um total de 177 voluntários saudáveis foram incluídos no estudo, com 162 passando pela avaliação completa. A idade média desses participantes era de 49 anos, com uma mistura de homens e mulheres.
Função cardíaca normal durante o exercício
Os resultados mostraram que quando as pessoas se exercitavam, suas frequências cardíacas subiam significativamente, assim como outras medições, como o volume sistólico, que é quanto sangue o coração bombeia a cada batida. Também houve um aumento no total de sangue bombeado pelo coração durante o exercício, indicando uma resposta saudável à atividade física.
Diferenças entre gêneros
Ao olhar as diferenças entre homens e mulheres, os homens geralmente tinham volumes de coração maiores tanto em repouso quanto durante o exercício. Embora ambos os gêneros experimentassem um aumento na frequência cardíaca durante o exercício, os homens conseguiam bombear mais sangue a cada batida em comparação com as mulheres. Isso aconteceu porque os homens conseguiam esvaziar suas câmaras cardíacas de forma mais eficaz durante o esforço.
O impacto da idade
A idade também influenciou como o coração respondeu ao exercício. Participantes mais velhos tiveram um aumento menos pronunciado na frequência cardíaca e esvaziamento do coração durante o exercício em comparação com os mais jovens. Apesar disso, homens e mulheres mais velhos conseguiram manter um nível similar de eficiência cardíaca durante o exercício.
Consistência nos resultados
O estudo descobriu que os dois tipos de métodos de imagem usados (repouso e exercício) geralmente produziram resultados similares, indicando boa concordância e confiabilidade nas medições feitas. A maioria das variáveis medidas mostrou boa a excelente consistência, exceto por algumas medições relacionadas ao débito cardíaco.
Importância dos dados normativos
Os achados dessa pesquisa são significativos, pois fornecem valores de referência importantes para avaliar a função cardíaca usando exCMR, que faltavam antes. Ao estabelecer essas faixas normais, os médicos podem diferenciar melhor entre corações saudáveis e aqueles que podem ter problemas.
À medida que o exCMR continua a crescer em popularidade, ter valores de referência sólidos permitirá uma melhor interpretação e compreensão dos resultados, levando a um aprimoramento nos cuidados aos pacientes.
Conclusão
Através desse estudo, vemos os efeitos claros do exercício na função cardíaca medidos pelo exCMR. Os dados coletados de indivíduos saudáveis ajudam a estabelecer um padrão de como a função cardíaca normal se parece durante o exercício. Ter esses valores de referência será essencial para uma melhor avaliação clínica e pode abrir caminho pra diagnósticos mais precisos de condições cardíacas no futuro.
À medida que o uso do exCMR se expande, é crucial continuar coletando dados pra garantir que essas faixas de referência reflitam populações diversas e capturem variações no estilo de vida e níveis de condicionamento físico. Isso garantirá que a ferramenta continue eficaz pra todos, independentemente de histórico ou estado de saúde.
Título: Reference ranges for cardiovascular function during exercise: effects of aging and gender on performance
Resumo: PurposeReal-time (RT) exercise cardiac magnetic resonance imaging (exCMR) provides a highly reproducible and accurate assessment of cardiac volumes during maximal exercise. It has advantages over alternative approaches due to its high spatial resolution and use of physiological stress. Here we define the healthy response to exercise in adults and the effects of age and gender on performance. Materials and MethodsBetween 2018 and 2021, we conducted CMR evaluation on 169 healthy adults who had no known cardiovascular disease, did not harbour genetic variants associated with cardiomyopathy, and who completed an exCMR protocol using a pedal ergometer. Participants were imaged at rest and after exercise with left ventricular parameters measured using commercial software by two readers. Eight participants were excluded from the final analysis due to poor image quality and/or technical issues. Prediction intervals were calculated for each parameter. ResultsExercise caused an increase in heart rate (64{+/-}9 bpm vs 133{+/-}19 bpm, P < 0.001), left ventricular end-diastolic volume (140{+/-}32 ml vs 148{+/-}35 ml, P < 0.001), stroke volume (82{+/-}18 ml vs 102{+/-}25 ml, P < 0.001), ejection fraction (59{+/-}6% vs 69{+/-}7%, P < 0.001), and cardiac output (5.2{+/-}1.1 l/min vs 13.5{+/-}3.9 l/min, P < 0.001), with a decrease in left ventricular end-systolic volume (58{+/-}18 ml vs 46{+/-}15 ml, P < 0.001). There was an effect of gender and age on response to exercise across most parameters. Measurements showed good to excellent intra- and inter-observer agreement. ConclusionIn healthy adults, an increase in cardiac output after exercise is driven by a rise in heart rate with both increased ventricular filling and emptying. We establish normal ranges for exercise response, stratified by age and gender, as a reference for the use of exCMR in clinical practice.
Autores: Declan P O'Regan, R. Schweitzer, A. de Marvao, M. Shah, P. Inglese, P. Kellman, A. Berry, B. Statton
Última atualização: 2023-12-08 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.23.23294458
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.23.23294458.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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