Aproveitando o Aprendizado de Máquina de Bordo para Reconhecimento de Atividades
Um olhar sobre Edge ML e seu papel em reconhecer atividades humanas.
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Índice
Nos últimos anos, o uso de dispositivos inteligentes como smartphones e smartwatches cresceu rapidamente. Esses dispositivos vêm com sensores embutidos que conseguem rastrear as atividades dos usuários, fornecendo insights valiosos. O método de usar esses sensores junto com aprendizado de máquina para identificar atividades humanas é conhecido como Reconhecimento de Atividade Humana (HAR). Essa abordagem ganhou atenção porque permite a detecção de atividades em tempo real sem exigir acesso constante à internet.
Aprendizado de Máquina na Borda?
O que éAprendizado de Máquina na Borda (Edge ML) refere-se à prática de executar processos de aprendizado de máquina nos próprios dispositivos, em vez de depender apenas de servidores remotos na nuvem. Essa mudança é importante por várias razões:
Menor Latência: O processamento de dados acontece mais rápido porque não precisa viajar para a nuvem e voltar. Essa resposta rápida é crucial para aplicativos que exigem ação imediata.
Privacidade dos Dados: Ao manter os dados no dispositivo, os usuários têm mais controle sobre suas informações pessoais. Dados sensíveis não precisam ser enviados pela internet, o que reduz o risco de acesso não autorizado.
Menos Dependência de Conectividade: Os usuários ainda podem acessar serviços mesmo quando estão offline, tornando o sistema mais confiável em vários ambientes.
Os Desafios do Aprendizado de Máquina na Borda
Apesar de seus benefícios, o Edge ML vem com seu próprio conjunto de desafios:
Armazenamento Limitado no Dispositivo: Dispositivos na borda frequentemente têm menos capacidade de armazenamento em comparação com servidores na nuvem. Essa limitação dificulta o armazenamento de grandes quantidades de dados para treinamento.
Menos Poder Computacional: A capacidade de processamento dos dispositivos geralmente não é tão poderosa quanto a dos servidores na nuvem. Isso significa que modelos complexos de aprendizado de máquina podem não funcionar efetivamente no dispositivo.
Consumo de Energia: Dispositivos na borda normalmente dependem de bateria. Portanto, executar computações intensivas pode rapidamente drenar a vida útil da bateria.
O Papel dos Dispositivos Inteligentes no HAR
Dispositivos inteligentes incluem smartphones, smartwatches e outras tecnologias vestíveis que conseguem monitorar a atividade do usuário através de vários sensores como acelerômetros e giroscópios. Esses sensores podem coletar dados que refletem os movimentos e ações do usuário, ajudando a identificar o que ele está fazendo a qualquer momento.
Por exemplo, um smartwatch pode determinar se o usuário está andando, correndo ou sentado com base nos dados coletados de seus sensores. Ao aproveitar esses dispositivos, os sistemas HAR podem fornecer feedback personalizado e suporte para atividades como rastreamento de fitness ou monitoramento da saúde.
Aprendizado Tradicional vs. Aprendizado na Borda
O HAR tradicional geralmente depende do envio de dados para um servidor na nuvem para processamento. Aqui está como isso geralmente funciona:
- Os dados são coletados do dispositivo do usuário.
- Esses dados são então enviados para um servidor na nuvem para análise.
- O servidor na nuvem processa os dados e retorna os resultados para o dispositivo do usuário.
Essa abordagem centralizada tem algumas desvantagens importantes:
- Alta Latência: Atrasos podem ocorrer porque os dados precisam viajar para a nuvem e voltar.
- Flexibilidade Limitada: Personalizar o sistema para usuários individuais é mais complicado, já que todos os dados são processados coletivamente.
- Preocupações com a Privacidade: Enviar dados para a nuvem aumenta o risco de exposição a acessos não autorizados.
Em contraste, o Edge ML processa os dados localmente no dispositivo. Esse método significa:
- O dispositivo pode tomar decisões imediatas com base nos dados coletados.
- Os usuários podem personalizar a experiência de acordo com suas necessidades únicas sem necessariamente enviar dados para longe.
- Há uma melhoria na privacidade, já que os dados pessoais permanecem no dispositivo, reduzindo o risco de vazamentos.
O Sistema MAGNETO
MAGNETO é um sistema projetado para melhorar o HAR através da implementação do Edge ML. Ele usa dados de dispositivos inteligentes do dia a dia para reconhecer atividades humanas. Diferente de métodos tradicionais que dependem do processamento em nuvem, o MAGNETO realiza suas funções diretamente no dispositivo.
Principais Recursos do MAGNETO
Reconhecimento de Atividade em Tempo Real: O MAGNETO processa os dados dos sensores instantaneamente, permitindo o reconhecimento de atividades sem atraso.
Aprendizado Incremental: O sistema pode aprender novas atividades ao longo do tempo. À medida que os usuários realizam ações diferentes, o MAGNETO ajusta seus modelos para incorporar essas novas atividades sem precisar depender do suporte da nuvem.
Abordagem Centrada no Usuário: O MAGNETO pode se adaptar continuamente aos estilos e preferências particulares de um usuário, melhorando a experiência geral.
Como o MAGNETO Funciona
O funcionamento do MAGNETO pode ser dividido em duas fases principais:
Fase 1: Inicialização na Nuvem
Coleta de Dados Iniciais: O sistema começa reunindo uma quantidade significativa de dados de atividade para treinar o modelo inicial. Esses dados servem como a base para todo o aprendizado posterior.
Pré-Processamento de Dados: Dados brutos dos sensores são limpos e preparados para uso em aprendizado de máquina. Esse processo garante que os dados estejam em um formato adequado para análise.
Treinamento do Modelo Inicial: Um modelo é criado com base nos dados pré-processados. Esse modelo é então usado para reconhecer atividades iniciais.
Criação de um Conjunto de Suporte: Um pequeno subconjunto dos dados coletados, conhecido como conjunto de suporte, é mantido para ajudar o sistema a aprender novas atividades de forma mais eficiente mais tarde.
Fase 2: Inferência e Aprendizado na Borda
Depois que o modelo é configurado, ele processa os dados diretamente no dispositivo:
Inferência: Quando um usuário realiza uma atividade, o dispositivo coleta medições de seus sensores. Essas medições são usadas para inferir a atividade atual do usuário.
Aprendendo Novas Atividades: Se um usuário realiza um novo tipo de atividade, o dispositivo pode coletar dados sobre essa atividade e adicioná-los à sua base de conhecimento existente. Esse processo permite que o modelo seja atualizado sem precisar enviar dados para a nuvem.
Atualizando Protótipos de Classe: O sistema pode refinar sua compreensão de diferentes classes de atividade com base em novos dados, melhorando assim o desempenho futuro.
Resultados Experimentais
Pesquisas sobre a eficácia do MAGNETO e de sistemas similares de Edge ML revelam insights importantes:
Aprendizado Incremental é Viável: Os resultados indicam que é possível adaptar sistemas de Edge ML para aprender novas atividades ao longo do tempo sem perda significativa de desempenho.
Tamanho do Conjunto de Suporte é Importante: O tamanho do conjunto de suporte, que é a pequena quantidade de dados históricos mantidos para referência, influencia o aprendizado do sistema. No entanto, até conjuntos de suporte menores podem manter um bom desempenho de aprendizado.
Aprendizado Sequencial Funciona: A capacidade de aprender múltiplas atividades uma após a outra é alcançável, tornando-o adequado para cenários da vida real onde os usuários podem trocar de tarefas com frequência.
Conclusão
À medida que mais pessoas dependem de dispositivos inteligentes, a demanda por sistemas responsivos e personalizados cresce. O Aprendizado de Máquina na Borda oferece uma abordagem promissora para o Reconhecimento de Atividade Humana, mantendo o processamento local ao dispositivo, enquanto aborda vários desafios que vêm com recursos limitados. Os resultados de sistemas como o MAGNETO destacam o potencial para aprendizado e adaptabilidade eficazes na tecnologia do dia a dia.
Esse campo continua a evoluir, e pesquisas futuras podem se concentrar em incorporar tarefas mais complexas e expandir a variedade de atividades reconhecidas. À medida que a tecnologia avança, esses métodos podem desempenhar um papel maior em aplicativos de saúde, fitness e assistência pessoal.
Título: Practical Insights on Incremental Learning of New Human Physical Activity on the Edge
Resumo: Edge Machine Learning (Edge ML), which shifts computational intelligence from cloud-based systems to edge devices, is attracting significant interest due to its evident benefits including reduced latency, enhanced data privacy, and decreased connectivity reliance. While these advantages are compelling, they introduce unique challenges absent in traditional cloud-based approaches. In this paper, we delve into the intricacies of Edge-based learning, examining the interdependencies among: (i) constrained data storage on Edge devices, (ii) limited computational power for training, and (iii) the number of learning classes. Through experiments conducted using our MAGNETO system, that focused on learning human activities via data collected from mobile sensors, we highlight these challenges and offer valuable perspectives on Edge ML.
Autores: George Arvanitakis, Jingwei Zuo, Mthandazo Ndhlovu, Hakim Hacid
Última atualização: 2023-08-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2308.11691
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2308.11691
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
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