Navegando na Responsabilidade em Sistemas de Segurança de IA
Examinando responsabilidade e segurança em sistemas baseados em IA pra aumentar a responsabilidade.
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Índice
Sistemas críticos de segurança baseados em IA (AI-SCS) estão se tornando cada vez mais comuns no nosso dia a dia. Isso inclui coisas como carros autônomos e ferramentas de diagnóstico médico. Embora essas tecnologias ofereçam muitos benefícios, também vêm com riscos que podem prejudicar pessoas ou o meio ambiente. É por isso que é importante garantir que esses sistemas sejam o mais seguros possível durante seu desenvolvimento e uso.
Um dos desafios é que muitos sistemas de IA usam aprendizado de máquina (ML), que pode se comportar de maneira imprevisível. Essa imprevisibilidade pode dificultar saber como o sistema vai agir em situações reais. À medida que esses sistemas se tornam mais independentes, muitas vezes há menos supervisão humana, aumentando o risco de incidentes.
Quando algo dá errado, é crucial descobrir o que causou o problema e quem é o responsável. Muitas pessoas falam sobre uma "Lacuna de Responsabilidade". Essa lacuna significa que pode ser difícil responsabilizar desenvolvedores ou fabricantes pelas ações de um sistema de IA que causa danos. Essa dificuldade surge da maneira complicada como os sistemas de IA são criados e da incerteza de como eles operam.
Em vez de os desenvolvedores serem culpados, o Operador Humano do sistema de IA muitas vezes assume a culpa, mesmo que não tenha causado o problema. Às vezes, esse operador pode não entender completamente como o sistema de IA funciona. Isso cria situações injustas onde quem pode não ser o culpado acaba sendo responsabilizado pelas ações do sistema.
Para resolver esses problemas, um estudo examinou diferentes tipos de responsabilidade-como a moral, legal e causal-relacionadas ao AI-SCS. O estudo teve como objetivo criar um modelo claro que define quem é responsável por diferentes tarefas e como essas responsabilidades estão conectadas. A meta é facilitar a compreensão da responsabilidade no contexto da segurança para AI-SCS.
Desafios do AI-SCS
AI-SCS inclui várias tecnologias, como carros autônomos, drones e ferramentas de diagnóstico médico. Esses sistemas frequentemente enfrentam desafios, especialmente quando dependem de componentes de aprendizado de máquina em caixa-preta. Esses sistemas de aprendizado de máquina podem ser difíceis de entender e prever, o que levanta preocupações de segurança.
Em muitos casos, o desenvolvimento de AI-SCS envolve várias pessoas diferentes, incluindo desenvolvedores, engenheiros, reguladores e fornecedores. Cada pessoa tem um papel em garantir que o sistema seja seguro. No entanto, ter tantas pessoas envolvidas pode levar a confusões sobre quem é responsável se algo der errado.
Frequentemente, espera-se que o operador humano do sistema de IA intervenha e tome decisões. No entanto, isso pode ser um fardo pesado, especialmente se o comportamento do sistema for incerto. Se um incidente acontecer, muitas vezes não está claro quem deve ser responsabilizado. Essa falta de clareza pode fazer com que o operador assuma a culpa por problemas que não criou ou nem entendeu completamente.
É essencial considerar cuidadosamente as responsabilidades de todos os envolvidos no desenvolvimento e operação do AI-SCS. Isso inclui entender as complexas relações entre todos os atores envolvidos e como suas contribuições podem impactar a segurança.
Compreendendo a Responsabilidade
A noção de responsabilidade tem sido amplamente explorada na filosofia e no direito. No entanto, não foi analisada profundamente na engenharia de segurança, especialmente em relação aos sistemas de IA. Na engenharia de segurança, não é apenas importante olhar para o que deu errado, mas também considerar o que pode ser feito para evitar problemas no futuro.
Muitos aspectos da responsabilidade precisam ser abordados ao olhar para AI-SCS. Por exemplo, a responsabilidade por funções indica quais tarefas e deveres estão associados a papéis específicos. A Responsabilidade Causal relaciona-se à ideia de quem causou um evento. A responsabilidade legal inclui quem pode ser legalmente responsabilizado, enquanto a responsabilidade moral lida com se alguém merece elogios ou críticas.
Ao definir e analisar esses diferentes tipos de responsabilidade, podemos entender melhor como elas se relacionam com o desenvolvimento e a operação de AI-SCS. Essa compreensão é crucial para estabelecer linhas de responsabilidade mais claras, o que pode ajudar a garantir que as pessoas não sejam injustamente culpadas por problemas causados pela tecnologia.
Modelos de Responsabilidade por Funções
Para ajudar a esclarecer esses problemas, o estudo propôs um modelo para descrever melhor as responsabilidades no contexto de AI-SCS. O modelo inclui diferentes atores, como sistemas de IA, desenvolvedores e reguladores, e analisa como eles estão conectados através de suas tarefas e responsabilidades.
A notação usada neste modelo é baseada na ideia de que um ator é responsável por um acontecimento. Esses acontecimentos podem incluir decisões, ações ou omissões relacionadas ao desempenho do sistema de IA. Por exemplo, um sistema de IA pode ser responsável por detectar objetos em seu ambiente, enquanto um operador humano é responsável por tomar ações com base nos alertas do sistema.
Esse modelo pode ser adaptado a situações específicas para destacar as diferentes responsabilidades entre todos os atores. O objetivo é fornecer uma visão clara de quem é responsável por quê, permitindo uma melhor responsabilização e, em última análise, contribuindo para sistemas de IA mais seguros.
Analisando a Responsabilidade em AI-SCS
Para analisar responsabilidades de forma eficaz, é crucial revisar e avaliar o modelo de responsabilidade. Esse processo envolve reunir informações sobre todos os atores envolvidos, suas tarefas e como se relacionam entre si.
A análise pode ajudar a identificar problemas potenciais, como responsabilidades faltando ou papéis sobrecarregados. Por exemplo, se uma pessoa for encarregada de responsabilidades demais, isso pode levar a confusões e aumentar o risco de erros. Por outro lado, se houver tarefas sem atores atribuídos, surgem questões sobre quem vai resolver essas responsabilidades.
Outro aspecto importante da análise é avaliar o impacto na segurança das responsabilidades e tarefas. Se uma tarefa for executada incorretamente ou não for feita, quais são as consequências para a segurança? Esse tipo de análise ajudará a entender como essas responsabilidades podem ser melhor alinhadas para melhorar os resultados de segurança.
Estudos de Caso na Análise de Responsabilidade
Exemplo 1: Colisão do Veículo Autônomo da Uber
Um exemplo notável de análise de responsabilidade envolveu a colisão fatal de um veículo autônomo da Uber com um pedestre em Tempe, Arizona. A investigação revelou várias falhas de segurança e desafios dentro do sistema de direção automatizada da Uber.
Nesse caso, o modelo de responsabilidade foi usado para analisar quem era responsável pelas várias ações que levaram ao acidente. O estudo descobriu que várias tarefas relacionadas à avaliação de segurança não foram realizadas de forma eficaz pelas partes responsáveis. Além disso, destacou a pressão sobre a equipe de desenvolvimento para entregar resultados, o que pode ter comprometido a segurança em favor do desempenho.
A partir dessa análise, ficou claro que as responsabilidades de diferentes atores precisam ser claramente definidas e comunicadas para evitar incidentes semelhantes no futuro. Ao entender onde as falhas ocorreram no desenvolvimento e operação do sistema de IA, podem ser tomadas medidas para garantir que todas as responsabilidades sejam cumpridas adequadamente.
Exemplo 2: Previsor de Co-Morbidade em Diabetes
Outro estudo de caso examinou um sistema baseado em IA projetado para prever co-morbidades em pacientes diabetes. Esse sistema ajuda clínicos durante consultas, fornecendo avaliações de risco com base em dados dos pacientes.
A análise focou no ciclo de vida de desenvolvimento da ferramenta de IA e identificou que vários atores contribuíram tanto para sua criação quanto para seu uso operacional. No entanto, potenciais problemas também foram descobertos durante a análise. Foi observado que se o sistema fornecesse previsões imprecisas, o clínico, em última instância, seria responsabilizado, o que poderia gerar um grande fardo de risco.
Esse exemplo demonstrou que, mesmo que os sistemas de IA sejam projetados para ajudar, o operador humano ainda permanece em uma posição crítica onde pode ser injustamente culpado pelas falhas da IA. Isso reforçou a necessidade de modelos de responsabilidade claros para garantir que todas as partes envolvidas sejam responsabilizadas por seus papéis específicos.
Conclusão e Direções Futuras
As discussões sobre responsabilidade em sistemas críticos de segurança baseados em IA revelam muitos desafios importantes. A lacuna de responsabilidade, o problema de muitas mãos e os afundamentos de responsabilidade destacam as complexidades de definir quem é responsável pelo comportamento dos sistemas de IA.
Ao modelar e analisar essas responsabilidades, é possível reduzir os riscos associados aos sistemas de IA. Esses modelos podem ajudar a prevenir conflitos e lacunas na responsabilidade, garantindo que todos os atores estejam cientes de seus deveres.
O trabalho futuro irá se concentrar em refinar os métodos de análise e expandir os modelos para incluir uma gama mais ampla de cenários. O objetivo é incorporar impactos de terceiros e aumentar a clareza em torno da responsabilidade moral e da responsabilidade legal.
No geral, esse trabalho busca contribuir para um desenvolvimento e operações de IA mais seguros, garantindo que o fardo do risco seja distribúido de forma justa e que indivíduos não sejam injustamente culpados por problemas decorrentes de comportamentos complexos da IA. Ao tomar essas medidas, podemos navegar melhor pelos desafios de integrar a IA em sistemas críticos, priorizando a segurança e a responsabilidade.
Título: What's my role? Modelling responsibility for AI-based safety-critical systems
Resumo: AI-Based Safety-Critical Systems (AI-SCS) are being increasingly deployed in the real world. These can pose a risk of harm to people and the environment. Reducing that risk is an overarching priority during development and operation. As more AI-SCS become autonomous, a layer of risk management via human intervention has been removed. Following an accident it will be important to identify causal contributions and the different responsible actors behind those to learn from mistakes and prevent similar future events. Many authors have commented on the "responsibility gap" where it is difficult for developers and manufacturers to be held responsible for harmful behaviour of an AI-SCS. This is due to the complex development cycle for AI, uncertainty in AI performance, and dynamic operating environment. A human operator can become a "liability sink" absorbing blame for the consequences of AI-SCS outputs they weren't responsible for creating, and may not have understanding of. This cross-disciplinary paper considers different senses of responsibility (role, moral, legal and causal), and how they apply in the context of AI-SCS safety. We use a core concept (Actor(A) is responsible for Occurrence(O)) to create role responsibility models, producing a practical method to capture responsibility relationships and provide clarity on the previously identified responsibility issues. Our paper demonstrates the approach with two examples: a retrospective analysis of the Tempe Arizona fatal collision involving an autonomous vehicle, and a safety focused predictive role-responsibility analysis for an AI-based diabetes co-morbidity predictor. In both examples our primary focus is on safety, aiming to reduce unfair or disproportionate blame being placed on operators or developers. We present a discussion and avenues for future research.
Autores: Philippa Ryan, Zoe Porter, Joanna Al-Qaddoumi, John McDermid, Ibrahim Habli
Última atualização: 2023-12-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2401.09459
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2401.09459
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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