Padrões de Dismorfismo Sacral no Quênia
Estudo revela alta prevalência de dismorfismo sacral em tomografias de pelve no Quênia.
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Índice
- Características da Dismorfia Sacral
- Importância da Identificação da Dismorfia Sacral
- Lacuna de Conhecimento Atual
- Objetivo do Estudo
- Materiais e Métodos
- População do Estudo
- Medindo a Dismorfia Sacral
- Características Qualitativas da Dismorfia Sacral
- Aprovação Ética
- Análise de Dados
- Resultados
- Análise Comparativa
- Implicações para o Planejamento Cirúrgico
- Conclusão
- Fonte original
O termo “sacra dismórfica ou displásica” se refere a formas ou estruturas anormais em partes da coluna inferior chamadas sacro. Essas mudanças podem afetar as partes superiores do sacro (especificamente os segmentos S1 e S2) e podem causar um espaço estreito que dificulta a colocação segura de parafusos especiais usados em cirurgias. Esses parafusos são importantes para estabilizar a pelve após certos acidentes. Os sinais desses problemas foram notados pela primeira vez ao analisar raios-X simples da pelve.
Características da Dismorfia Sacral
Algumas características que ajudam a identificar essas formas anormais incluem:
- Falta de fusão nos segmentos sacrais
- Aberturas irregulares no sacro chamadas forames
- Desalinhamento da crista ilíaca (a borda superior da pelve)
- Presença de pequenas protuberâncias ósseas conhecidas como corpos mamilares
- Ângulos acentuados nas laterais do sacro (declives alares agudos)
- Uma forma específica que lembra uma língua encaixando-se em uma ranhura
Diferentes estudos definiram a dismorfia sacral de maneiras variadas. Alguns dizem que todas essas características precisam estar presentes, enquanto outros afirmam que ter apenas uma já é suficiente. Essa inconsistência levou a mais pesquisas para desenvolver métodos mais claros para identificar a dismorfia sacral.
Importância da Identificação da Dismorfia Sacral
O uso de parafusos especiais chamados parafusos sacroilíacos percutâneos é comum em cirurgias para lesões pélvicas. Esses parafusos ajudam a fornecer estabilidade e controlar sangramentos, sendo melhores do que métodos cirúrgicos mais antigos que podem levar a complicações sérias. Por isso, saber como identificar a dismorfia sacral é crucial para os cirurgiões ao planejar essas cirurgias e garantir que os parafusos sejam colocados com segurança.
Lacuna de Conhecimento Atual
Falta informação global sobre a dismorfia sacral. Métodos anteriores para identificar esses problemas eram subjetivos, ou seja, podiam variar dependendo da pessoa que avaliava. Métodos mais novos, como o escore de dismorfia sacral, estão sendo introduzidos para fornecer uma avaliação mais objetiva. Estudos mostraram que a ocorrência de dismorfia sacral varia amplamente, estimada entre 40-70% em populações da Europa, América do Norte e Ásia. No entanto, não há dados disponíveis da África sobre esse assunto.
Objetivo do Estudo
Este estudo tinha como objetivo identificar os padrões de dismorfia sacral em exames de tomografia computadorizada (TC) da pelve em um hospital importante no Quênia. O objetivo foi alcançado através de uma investigação minuciosa.
Materiais e Métodos
A pesquisa foi concebida como um estudo transversal. Um total de 293 exames de TC da coluna inferior e da pelve foram revisados. Pacientes com idades entre 18 e 70 anos foram incluídos, desde que os exames mostrassem certas características anatômicas. Exames foram excluídos se tivessem lesões pélvicas instáveis, implantes bloqueando as vistas, tumores, infecções, curvaturas excessivas da coluna ou defeitos espinhais específicos. Qualquer exame que não atendesse a esses critérios foi substituído pelo próximo participante aleatório.
O estudo ocorreu no Hospital Nacional Kenyatta, que é uma instalação de referência chave em Nairóbi, Quênia. Essa instalação tem serviços especializados em radiologia e ortopedia. Os dados foram coletados usando imagens de TC armazenadas ao longo de um período de 13 meses. Um método de amostragem aleatória simples foi usado para a seleção, garantindo que cada participante tivesse a mesma chance de ser escolhido. O processo de escaneamento envolveu posições e técnicas específicas para obter imagens claras.
População do Estudo
No total, o estudo revisou 1.200 exames de TC pélvicos do hospital. Com uma ocorrência esperada de 40% para dismorfia sacral, um tamanho de amostra de 283 foi calculado para garantir que os resultados do estudo fossem confiáveis. No final, 303 exames foram selecionados e, após a limpeza dos dados, 293 exames foram analisados para o estudo.
Medindo a Dismorfia Sacral
Para medir a dismorfia sacral, os exames foram reformulados para mostrar imagens claras das partes do sacro. Ângulos específicos foram medidos para ver como eles se correlacionavam com a colocação segura de parafusos. Um sistema de pontuação foi desenvolvido onde pontuações mais altas indicavam maiores chances de dismorfia.
Características Qualitativas da Dismorfia Sacral
Para identificar características qualitativas da dismorfia sacral, um método de reconstrução especial foi usado para avaliar as formas e características específicas da pelve. Foram procurados vários sinais, como a posição dos segmentos sacrais superiores, a presença de processos mamilares, ângulos acentuados e certas formações de disco. Todos os exames foram revisados para observar a presença ou ausência dessas características.
Aprovação Ética
O estudo recebeu aprovação ética do comitê relevante no Hospital Nacional Kenyatta e outros órgãos reguladores, garantindo que todos os procedimentos atendessem aos padrões éticos.
Análise de Dados
A análise de dados foi feita usando ferramentas estatísticas para produzir vários gráficos e proporções. As relações entre dismorfia sacral e fatores como sexo e idade também foram exploradas.
Resultados
Dos 293 exames de TC selecionados, a maioria dos pacientes era do sexo masculino, com uma idade média de 44 anos. Uma parte significativa dos participantes tinha um escore de dismorfia sacral superior a 70, indicando uma taxa de prevalência de 64%. Notavelmente, isso foi mais comum entre os homens. Curiosamente, cada exame analisado mostrou pelo menos um sinal de dismorfia.
As características dismórficas mais comuns encontradas incluíram a forma de língua encaixada na ranhura (73%) e o declive alar agudo (59%). Nos casos definidos como dismórficos, as características mais comuns foram segmentos sacrais não fundidos (67%) e o segmento S1 que não recuou para a pelve (66%).
Análise Comparativa
Os resultados mostraram que características específicas da dismorfia sacral eram mais comuns em indivíduos identificados com pontuações de dismorfia mais altas. Sinais como um declive não agudo, ausência de corpos mamilares e outras formas específicas eram estatisticamente significativos.
Planejamento Cirúrgico
Implicações para oIdentificar a dismorfia sacral é crucial ao planejar cirurgias para colocar parafusos na pelve. Não fazer isso pode levar a parafusos mal colocados, que podem causar problemas a longo prazo para os pacientes. Ainda não existe uma maneira padronizada de definir a dismorfia sacral, criando espaço para confusão.
Conclusão
O estudo indica que a dismorfia sacral é altamente prevalente na população queniana estudada. É essencial que os profissionais de saúde reconheçam essas características em pacientes como parte das avaliações pré-operatórias. Os métodos atuais de identificação da dismorfia por meio de avaliações qualitativas podem não ser confiáveis. Em vez disso, uma abordagem mais estruturada, como o uso do escore de dismorfia sacral, oferece uma visão mais clara para avaliação. Essas informações são vitais para cirurgiões ortopédicos e radiologistas para garantir a segurança dos pacientes durante os procedimentos cirúrgicos.
A pesquisa serve como um ponto de partida para investigações mais aprofundadas sobre os padrões de dismorfia sacral em populações africanas, potencialmente levando a uma melhor compreensão e opções de tratamento no futuro.
Título: Patterns of sacral dysmorphism in pelvic CT scans at a national referral hospital in Kenya
Resumo: BackgroundSacral dysmorphism refers to morphological variations found in the first two sacral segments that limit the safe placement of percutaneous sacral iliac screws. The prevalence is documented in European, North American and some Asian populations. However, studies within the African population including Kenya are lacking. The aim of the study was to describe the patterns of sacral dysmorphism in pelvic computerized tomography (CT) scans at a national referral hospital in Kenya. MethodsA cross-sectional study carried out at the Radiology Department, Kenyatta National Hospital from March 2020 to March 2021 involving the radiographic evaluation of 293 stored abdominal pelvic CT scans of patients. Sacral dysmorphism was identified based on the sacral dysmorphism score >70 and the presence of any of the six morphological features of sacral dysmorphism. ResultsA sacral dysmorphism score of more than 70 was found to in 64% of the population. The prevalence of dysmorphic sacra (based on the presence of at least one qualitative feature) was 100%. The most prevalent feature of sacral dysmorphism was the lack of recession of the S1 segment (82%) followed by an unfused sacral segment (76%). Of note is that some qualitative features of sacral dysmorphism were protective against a high sacral dysmorphism score. There was no statistical significance of gender in sacral dysmorphism. ConclusionThere is a high prevalence of sacral dysmorphism score in this population. There is a need for further studies to revisit the concept of dysmorphic sacra based on the presence of at least one qualitative feature as all our participants had at least one feature.
Autores: Valentine Bosibori Nyang'au, O. AMUNGA, E. M. GAKUYA, F. C. Sitati
Última atualização: 2023-12-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.20.23300320
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.20.23300320.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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