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# Ciências da saúde# Allergia e Immunologia

Entendendo os Autoanticorpos e Seu Impacto na Saúde

Insights sobre autoanticorpos e seu papel nas doenças autoimunes.

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Autoanticorpos: UmaAutoanticorpos: UmaPerspectiva de Saúdeem condições autoimunes.Analisando os papéis dos autoanticorpos
Índice

Os Autoanticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico que atacam por engano as próprias células e tecidos do corpo. Eles têm um papel em várias doenças autoimunes, onde o sistema imunológico ataca células saudáveis. Em alguns casos, esses autoanticorpos podem causar danos diretos, enquanto em outros, podem ajudar ou aumentar o dano feito por outras células do sistema imunológico.

Avanços nas Tecnologias de Detecção

As recentes inovações tecnológicas melhoraram muito a capacidade de detectar autoanticorpos no sangue das pessoas. Novos métodos conseguem testar várias proteínas de uma só vez, mesmo quando só tem amostras pequenas de sangue. Por exemplo, um método chamado imunoprecipitação com fagos e sequenciamento (PhIP-Seq) permite examinar todo o proteoma humano. Isso levou à descoberta de novos autoanticorpos ligados a várias condições de saúde, como certos distúrbios cerebrais, problemas de distribuição de gordura, distúrbios genéticos e uma condição inflamatória grave em crianças conhecida como síndrome inflamatória multissistêmica.

Perfis Autoreativos Únicos

Cada pessoa tem um conjunto único de autoreatividades, que se refere aos autoanticorpos específicos presentes no sangue. Para entender como isso varia entre pessoas que têm uma doença semelhante, os pesquisadores descobriram que amostras de sangue de um grande número de pessoas saudáveis são necessárias. Isso porque indivíduos saudáveis também têm uma variedade de autoanticorpos, tornando difícil distinguir o que é normal e o que está ligado a doenças.

A pesquisa mostrou que o conjunto de autoreatividades de cada pessoa, chamado de "autoreactome", é estável ao longo do tempo, mesmo ao longo de vários anos. Isso significa que uma vez formado, o padrão único de autoreatividades de um indivíduo não muda significativamente.

O Impacto das Terapias de Depleção de Células B

As células B são um tipo de célula do sistema imunológico que produz anticorpos. Algumas terapias visam reduzir o número de células B para tratar doenças autoimunes. Os tratamentos comumente usados incluem Rituximabe, que ataca o CD20, e terapias com células CAR-T que visam CD19 ou BCMA. Esses tratamentos podem afetar os níveis de autoanticorpos no sangue, mas o impacto geral no autoreactome único pode variar.

Através de estudos, foi descoberto que a terapia com rituximabe teve efeitos mínimos a longo prazo no autoreactome da pessoa, mesmo reduzindo certos autoanticorpos. Além disso, a terapia CAR-T direcionada ao CD19 também manteve a estabilidade no autoreactome da maioria dos pacientes.

Estudo de Pesquisa em Indivíduos Saudáveis

Para entender melhor como os anticorpos autoreativos variam, os pesquisadores estudaram amostras de sangue de pessoas saudáveis. Eles mediram cuidadosamente o conjunto único de autoreatividades usando o método PhIP-Seq. Os resultados mostraram que esses autoreactomes eram bastante estáveis ao longo do tempo, levando à conclusão de que cada pessoa tem uma "digital sorológica" distinta.

Mesmo que algumas mudanças possam ocorrer nas autoreatividades devido às terapias, o perfil geral tende a permanecer estável. Isso foi refletido na pesquisa onde estudos longitudinais mostraram altas semelhanças no autoreactome de um indivíduo ao longo do tempo.

Os Efeitos do IVIG

A terapia com imunoglobulina intravenosa (IVIG), que é fornecida a muitos pacientes com condições relacionadas ao sistema imunológico, é feita a partir de doações de sangue e pode introduzir autoanticorpos comuns para quem está recebendo o tratamento. Estudos mostraram que o IVIG não alterou significativamente o autoreactome de indivíduos que já estavam sendo tratados para condições autoimunes.

Insights sobre o Tratamento com Rituximab

O tratamento com rituximabe é comumente usado em condições autoimunes. Estudos em pacientes que receberam esse tratamento indicaram que, enquanto alguns autoanticorpos diminuíram, o autoreactome único dos indivíduos permaneceu em grande parte inalterado ao longo do tempo. Mesmo quando autoanticorpos específicos foram reduzidos, o padrão geral de autoreatividade permaneceu estável.

Impacto da Terapia Direcionada ao CD19

A terapia direcionada usando células CAR-T contra o CD19 também demonstrou a capacidade de manter a estabilidade no autoreactome. Em pacientes tratados para linfoma, aqueles que foram monitorados antes e depois da terapia mostraram que seus perfis únicos de autoanticorpos permaneceram consistentes, apesar da depleção de células B positivas para CD19.

A Grande Mudança com a Terapia BCMA CAR-T

Em contraste com as terapias direcionadas ao CD19 e CD20, o tratamento direcionado ao BCMA resultou em mudanças significativas no autoreactome. A análise de pacientes que receberam terapia CAR-T BCMA revelou que seu conjunto único de autoreatividades foi drasticamente alterado após o tratamento, muitas vezes se assemelhando aos autoreactomes de indivíduos completamente diferentes. Isso sugere que as terapias direcionadas ao BCMA podem redefinir efetivamente o pool de autoanticorpos nesses pacientes.

Conclusão

Resumindo, cada pessoa saudável tem um conjunto distinto de autoreatividades que permanece relativamente estável ao longo do tempo, formando um "autoreactome" único. Enquanto terapias como rituximabe e CAR-T direcionadas ao CD19 mantêm o padrão geral de autoreatividades, a terapia CAR-T BCMA pode levar a mudanças significativas. Esses insights sobre perfis autoreativos podem ajudar a esclarecer as respostas e a resistência entre os pacientes com doenças autoimunes. Entender esses padrões também pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias e medidas preventivas para condições autoimunes no futuro.

Fonte original

Título: Unveiling the autoreactome: Proteome-wide immunological fingerprints reveal the promise of plasma cell depleting therapy

Resumo: The prevalence and burden of autoimmune and autoantibody mediated disease is increasing worldwide, yet most disease etiologies remain unclear. Despite numerous new targeted immunomodulatory therapies, comprehensive approaches to apply and evaluate the effects of these treatments longitudinally are lacking. Here, we leverage advances in programmable-phage immunoprecipitation (PhIP-Seq) methodology to explore the modulation, or lack thereof, of proteome-wide autoantibody profiles in both health and disease. We demonstrate that each individual, regardless of disease state, possesses a distinct set of autoreactivities constituting a unique immunological fingerprint, or "autoreactome", that is remarkably stable over years. In addition to uncovering important new biology, the autoreactome can be used to better evaluate the relative effectiveness of various therapies in altering autoantibody repertoires. We find that therapies targeting B-Cell Maturation Antigen (BCMA) profoundly alter an individuals autoreactome, while anti-CD19 and CD-20 therapies have minimal effects, strongly suggesting a rationale for BCMA or other plasma cell targeted therapies in autoantibody mediated diseases.

Autores: Joseph L DeRisi, A. Bodansky, D. J. Yu, A. Rallistan, M. Kalaycioglu, J. Boonyaratanakornkit, D. J. Green, J. Gauthier, C. J. Turtle, K. Zorn, B. O'Donovan, C. Mandel-Brehm, J. Asaki, H. Kortbawi, A. F. Kung, E. Rackaityte, C.-Y. Wang, A. Saxena, K. de Dios, G. Masi, R. J. Nowak, K. C. O'Connor, H. Li, V. E. Diaz, K. B. Casaletto, E. Q. Gontrum, B. Chan, J. H. Kramer, M. R. Wilson, P. J. Utz, J. A. Hill, S. W. Jackson, M. S. Anderson

Última atualização: 2023-12-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.19.23300188

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.19.23300188.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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