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# Biologia# Neurociência

Proteínas-chave no desenvolvimento de tunicados: Ano5 e Ano6

Pesquisas mostram como Ano5 e Ano6 são super importantes na metamorfose das tunicatas.

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Proteínas Tunicados Ano5Proteínas Tunicados Ano5e Ano6sensorial e metamorfose.Estudo revela funções no processamento
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Este artigo foca em um animal marinho chamado tunicado, especificamente uma espécie conhecida como Ciona intestinalis. Nessa espécie, existem proteínas específicas conhecidas como proteínas Tmem16/Ano. Quatro dessas proteínas foram encontradas, e os pesquisadores têm estudado suas funções. Eles descobriram que uma dessas proteínas, chamada Ciona Tmem16k/Ano10, atua como um canal iônico durante o desenvolvimento inicial do animal.

Análise do Gene

As outras três proteínas, que pertencem às subfamílias Tmem16e/Ano5, Tmem16f/Ano6 e Tmem16g/Ano7, desempenham papéis no sistema nervoso das larvas. Através de experimentos, os cientistas confirmaram que Tmem16e/Ano5 e Tmem16f/Ano6 estão principalmente localizadas nos sistemas nervoso central e periférico da fase larval. Essas proteínas foram encontradas em células especiais que ajudam as larvas a se fixarem em superfícies e a começarem seu processo de transformação.

Localização e Função de Ano5 e Ano6

Para entender exatamente onde essas proteínas atuam nas células, os pesquisadores criaram proteínas de fusão que podem ser vistas sob um microscópio. Isso mostrou que Ano5 é encontrado principalmente no retículo endoplasmático (RE) das células, enquanto Ano6 está localizado na membrana celular e é abundante em partes das células chamadas cílios e projeções digitiformes. Essas localizações sugerem que ambas as proteínas desempenham papéis críticos nas funções sensoriais da estrutura larval conhecida como papilas.

O Papel de Ano5 e Ano6 na Metamorfose

Enquanto essas larvas se preparam para se transformar em formas adultas, elas devem se fixar em superfícies. As papilas ajudam nesse processo em resposta a diferentes tipos de sinais mecânicos e químicos. Os pesquisadores se perguntaram se Ano5 e Ano6 eram necessários para essa transformação. Eles usaram uma ferramenta chamada CRISPR/Cas9 para criar versões mutantes de larvas sem essas proteínas. O comportamento desses mutantes foi monitorado ao longo do tempo para ver como eles reagiam a sinais mecânicos e químicos.

Na ausência dessas proteínas, as larvas tiveram uma retração de cauda mais lenta quando colocadas em água do mar normal. Quando expostas a um químico conhecido por promover a metamorfose, os mutantes mostraram atrasos ainda mais significativos em comparação com larvas normais. No entanto, a transformação larval não parou completamente, indicando que provavelmente existem outras proteínas desconhecidas que também desempenham um papel no processo.

Analisando Respostas de Ca2+

Os pesquisadores também estudaram a resposta ao Cálcio nos neurônios sensoriais das larvas. Os sinais de cálcio são cruciais para como as células se comunicam entre si e reagem a estímulos externos. Eles mediram a frequência e as características das respostas de cálcio em diferentes genótipos das larvas quando expostas a cutucões mecânicas e estimulação química.

Usando indicadores especializados, os cientistas descobriram que as larvas sem Ano6 tinham menos respostas de cálcio em comparação com controles normais. Por outro lado, a ausência de Ano5 resultou em respostas de cálcio mais pronunciadas do que o que foi visto em larvas de controle normais. A falta combinada de ambas as proteínas teve efeitos únicos nas respostas de cálcio, sugerindo que elas trabalham juntas para modular esses sinais.

Importância de Ano5 e Ano6 nas Funções Sensoriais

O papel de Ano5 e Ano6 é significativo em como as larvas percebem seu ambiente e respondem a vários sinais. Quando os pesquisadores examinaram as ações dessas proteínas, notaram que Ano5 trabalhava principalmente para reduzir a resposta de cálcio nos neurônios. Isso significa que ajuda a evitar que os neurônios reagem demais à estimulação. Por outro lado, Ano6 afetava quão rapidamente uma resposta de cálcio poderia se acumular, especialmente em resposta a sinais mecânicos e químicos.

Nos casos em que ambas as proteínas estavam ausentes, as larvas ainda mostraram alguma capacidade de resposta, mas as respostas eram inconsistentes. O estudo sugeriu que as funções de Ano5 e Ano6 afetam como as informações sensoriais são processadas nos circuitos neurais das larvas.

Propriedades do Canal de Ano5 e Ano6

Os pesquisadores queriam saber se Ano5 e Ano6 funcionam como canais que permitem que íons passem pelas células e se também servem como scramblases, que ajudam a misturar certos lipídios dentro das membranas celulares. Eles realizaram experimentos expressando essas proteínas em linhagens celulares humanas.

Foi demonstrado que Ano5 tem atividade limitada como scramblase, enquanto Ano6 demonstrou uma atividade scramblase mais significativa. Ambas as proteínas conseguiram auxiliar na criação de correntes elétricas em resposta a estímulos, indicando que ambas possuem propriedades de canal iônico.

Insights sobre Evolução e Função

O estudo também examinou como essas proteínas se encaixam na imagem maior do processamento sensorial em animais marinhos. A presença dessas proteínas tanto em Ciona quanto em outros animais mais complexos sugere que suas funções na sinalização sensorial foram preservadas através da evolução.

Estudos anteriores indicaram papéis semelhantes de proteínas relacionadas em animais superiores, particularmente no sentido do olfato. Isso sugere que as funções de Ano5 e Ano6 podem estar relacionadas a como cordados antigos experimentavam seus ambientes.

Conclusão

Resumindo, o estudo destacou os papéis essenciais de Ano5 e Ano6 em Ciona intestinalis. Elas estão envolvidas nas funções sensoriais das larvas e são necessárias para responder a sinais mecânicos e químicos que levam à metamorfose. O trabalho ilumina como essas proteínas influenciam a sinalização de cálcio em neurônios sensoriais, afetando como as larvas processam informações sensoriais. As descobertas também abrem mais questões sobre os potenciais papéis de outras moléculas na metamorfose e transdução sensorial.

Direções Futuras

Mais pesquisas serão necessárias para explorar as interações dessas proteínas com outras envolvidas no processamento sensorial. Entender o escopo total de sua função pode levar a insights sobre como a evolução moldou os sistemas sensoriais dos cordados ao longo do tempo. Os resultados deste estudo fornecem uma base sólida para experimentos futuros voltados a decifrar os mecanismos exatos pelos quais essas proteínas operam e como elas interagem com outras vias de sinalização nas larvas.

Ao continuar estudando esses aspectos, os cientistas esperam ampliar seu conhecimento sobre sistemas sensoriais não apenas em tunicados, mas também em outros grupos de animais relacionados, contribuindo, em última análise, para insights biológicos mais amplos.

Recursos Chave

  • A pesquisa destaca a importância das proteínas Ano5 e Ano6 nas funções sensoriais e na metamorfose.
  • Metodologias como CRISPR e imagem de cálcio foram fundamentais para descobrir os papéis dessas proteínas.
  • O trabalho futuro ajudará a esclarecer as interações dessas proteínas com outras nas redes de sinalização sensorial.
Fonte original

Título: Anoctamins mediate polymodal sensory perception and larval metamorphosis in a non-vertebrate chordate.

Resumo: An exceptional feature of most animals is their ability to perceive diverse sensory cues from the environment and integrate this information in their brain to yield ethologically relevant behavioral output. For the myriad of marine species, the ocean represents a complex sensory environment, which acts as a crucible of evolution for polymodal sensory perception. The cellular and molecular bases of polymodal sensory perception in a marine environment remain enigmatic. Here we use Ca2+ imaging and quantitative behavioral analysis to show that in the tunicate Ciona intestinalis two members of the evolutionarily conserved Anoctamin family1-4 (Tmem16E/Ano5 and Tmem16F/Ano6), are required for sensing chemosensory and mechanosensory metamorphic cues. We find that they act by modulating neuronal excitability and Ca2+ response kinetics in the primary sensory neurons and axial columnar cells of the papillae, a widely conserved sensory-adhesive organ across ascidians5-9. Finally, we use electrophysiological recordings and a scramblase assay in tissue culture to demonstrate that Tmem16E/Ano5 acts as a channel, while Tmem16F/Ano6 is a bifunctional ion channel and phospholipid scramblase. Our results establish Ano5 and Ano6 as novel players in the zooplanktonic, pre-vertebrate molecular toolkit that controls polymodal sensory perception in aquatic environments.

Autores: Marios Chatzigeorgiou, Z. Liang, J. Hoyer

Última atualização: 2024-06-10 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.10.598279

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.10.598279.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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