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Endêmico vs. Epidêmico: Principais Diferenças na Gestão de Doenças

Entender as fases da doença ajuda nas respostas eficazes de saúde pública.

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Doenças contagiosas podem se comportar de duas maneiras principais: elas podem ser endêmicas ou epidêmicas. Entender as diferenças pode ajudar a gerenciar e responder a surtos, principalmente para doenças como a COVID-19.

O Que São Fases Endêmicas e Epidêmicas?

Uma fase endêmica se refere a um estado estável de uma doença dentro de uma população. Isso significa que o número de novos casos permanece relativamente constante ao longo do tempo. Por exemplo, algumas doenças podem estar presentes em pequenas quantidades devido a pessoas estarem vacinadas ou por causa da imunidade natural na população.

Por outro lado, uma fase epidêmica acontece quando há um aumento repentino no número de casos. Isso geralmente é resultado da propagação rápida de novas infecções. Fatores como mudanças no comportamento da comunidade, aumento de contatos ou o surgimento de um vírus mais contagioso podem levar a uma epidemia.

Por Que Prever a Transição É Importante

Saber quando uma doença pode mudar de um estado endêmico para um epidêmico é importante para o planejamento de saúde pública. Se conseguirmos prever quando pode ocorrer uma onda epidêmica, as autoridades de saúde podem preparar recursos e implementar medidas para controlar a disseminação da doença.

Indicadores para Detectar Mudanças

Para prever essas transições, vários indicadores podem ser usados para analisar dados sobre novos casos reportados. Eles incluem:

  • Coeficiente de Variação: Mede o quanto o número de novos casos varia da média. Um coeficiente alto indica flutuações maiores.
  • Assimetria: Mostra a direção da distribuição dos casos. Uma assimetria positiva indica mais casos na extremidade inferior, enquanto uma assimetria negativa sugere mais na extremidade superior.
  • Curtose: Mede a forma da distribuição de novos casos. Uma curtose alta significa que mais casos estão concentrados em torno da média.
  • Entropia: Indica a aleatoriedade ou previsibilidade do número de casos. Maior entropia significa mais imprevisibilidade.

Analisando esses indicadores ao longo de um período de duas semanas, os pesquisadores podem suavizar os efeitos causados pelos finais de semana, quando a notificação de casos costuma ser menor.

Usando Dados para Fazer Previsões

Uma metodologia chamada Análise de Componentes Principais (PCA) é usada para criar um escore preditivo com base nesses indicadores. Esse escore resume as mudanças nos dados e ajuda a prever quando uma fase epidêmica pode começar.

Como Isso Funciona na Prática

Ao analisar dados da COVID-19 de países como França, Índia e Japão, o escore derivado dos indicadores pode apontar o momento em que a doença passa de uma fase endêmica para uma epidêmica. Durante um período endêmico, o número diário de novos casos pode permanecer estável, mas à medida que muda para epidêmico, um aumento nos casos diários reportados será observado.

Por exemplo, se o escore indicar que um certo limite foi ultrapassado, pode prever que uma onda epidêmica provavelmente irá seguir. Isso ajuda as autoridades a implementarem medidas para prevenir infecções em grande escala.

Distribuição Empírica e Sua Importância

Para analisar com precisão os casos diários reportados, os pesquisadores usam um método que observa a distribuição empírica de novos casos. Essa distribuição ajuda a identificar padrões e tendências ao longo do tempo.

Analisando a COVID-19: Um Estudo de Caso

Ao examinar o surto de COVID-19, os pesquisadores coletaram dados sobre o número de novos casos reportados. Esses casos foram analisados separadamente para França, Índia e Japão. Cada país apresentou padrões únicos de como as fases endêmicas e epidêmicas ocorreram.

  • Na França, os dados mostraram uma mudança gradual de casos endêmicos estáveis para um aumento significativo nos relatos, indicando o início de uma fase epidêmica.
  • A Índia apresentou tendências semelhantes, onde períodos de novos casos baixos levaram a picos repentinos, marcando novas ondas epidêmicas.
  • O Japão também seguiu o mesmo padrão, indicando que apesar de medidas e respostas diferentes, as fases de transição eram prevalentes.

Estimando Características das Fases Epidêmicas

Durante a fase endêmica, o número médio de novos casos permanece baixo e estável. Quando a fase epidêmica começa, a média começa a aumentar rapidamente, levando a uma maior variação nos casos diários. Esse comportamento pode ser rastreado usando os indicadores estatísticos mencionados.

O Que Acontece Depois da Transição

Uma vez identificada a transição para uma epidemia, pode ser complexo. O formato do surto pode variar, com algumas ondas sendo mais pronunciadas que outras. É possível que uma fase epidêmica seja interrompida e depois retome, levando a um comportamento conhecido como "ombro". Isso significa que as taxas de infecção podem se estabilizar em vez de atingir um pico acentuado antes de cair.

Importância dos Métodos Preditivos

Os métodos preditivos discutidos ajudam a identificar quando esperar um aumento nos casos. Embora os modelos anteriores de previsão possam não ter sido confiáveis, os escores derivados da análise dos nossos quatro indicadores mostraram-se promissores. Esses escores preditivos ajudam a avaliar a probabilidade de uma onda epidêmica ocorrer com base nas mudanças na dinâmica dos novos casos diários.

Embora os resultados das previsões não tenham sido perfeitos, mostraram um nível razoável de precisão. Por exemplo, um limite que sinaliza um aumento provável nos novos casos diários foi eficaz em algumas situações, permitindo que as autoridades de saúde se preparassem proativamente.

A Necessidade de Mais Estudos

Apesar de algum sucesso em prever transições, ainda há necessidade de mais pesquisas. Analisar várias doenças contagiosas pode ajudar a refinar esses métodos e melhorar a precisão das previsões. Isso pode levar ao desenvolvimento de modelos mais confiáveis para gerenciar surtos futuros.

Conclusão

Para concluir, entender as diferenças entre fases endêmicas e epidêmicas é crucial para gerenciar doenças contagiosas como a COVID-19. Usando indicadores específicos para avaliar mudanças nos casos diários reportados, os pesquisadores podem desenvolver modelos preditivos que ajudam as autoridades de saúde a se prepararem para possíveis surtos. Essa pesquisa contínua promete um melhor controle sobre a disseminação de doenças e a minimização de seu impacto na saúde pública.

Fonte original

Título: Forecasting the changes between endemic and epidemic phases of a contagious disease, with the example of COVID-19

Resumo: Predicting the endemic/epidemic transition during the temporal evolution of a contagious disease. Methods: Defining indicators for detecting the transition endemic/epidemic, with four scalars to be compared, calculated from the daily reported news cases: coefficient of variation, skewness, kurtosis, and entropy. The indicators selected are related to the shape of the empirical distribution of the new cases observed over 14 days. This duration has been chosen to smooth out the effect of weekends when fewer new cases are registered. For finding a forecasting variable, we have used the PCA (principal component analysis), whose first principal component (a linear combination of the selected indicators) explains a large part of the observed variance and can then be used as a predictor of the phenomenon studied (here the occurrence of an epidemic wave). Results: A score has been built from the four proposed indicators using a Principal Component Analysis (PCA), which allows an acceptable level of forecasting performance by giving a realistic retro-predicted date for the rupture of the stationary endemic model corresponding to the entrance in the epidemic exponential growth phase. This score is applied to the retro-prediction of the limits of the different phases of the COVID-19 outbreak in successive endemic/epidemic transitions and three countries, France, India, and Japan. Conclusion: We provided a new forecasting method for predicting an epidemic wave occurring after an endemic phase for a contagious disease.

Autores: Jacques Demongeot, Pierre Magal, Kayode Oshnubi

Última atualização: 2023-09-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.17026

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.17026

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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