Controle do Açúcar no Sangue e Seu Impacto na Saúde Óssea
Este estudo analisa a relação entre o controle do diabetes e o risco de fraturas.
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Índice
- Importância do Controle Glicêmico e da Densidade Óssea
- Visão Geral da População do Estudo
- Identificando Diabetes e Medindo Níveis de Açúcar no Sangue
- Medindo Fraturas e Densidade Óssea
- Analisando os Resultados
- Descobertas sobre Controle do Açúcar no Sangue e Densidade Óssea
- Risco de Fraturas e Controle do Açúcar no Sangue
- Insights Genéticos
- A Necessidade de Gestão Individualizada
- Conclusão
- Fonte original
Diabetes mellitus é um problema de saúde comum que afeta muitas pessoas pelo mundo, causando níveis altos de açúcar no sangue. Ele tem duas principais formas: Diabetes Tipo 1 e tipo 2. Apesar de ter muita pesquisa sobre como a diabetes afeta diferentes partes do corpo, os efeitos na saúde óssea ainda estão sendo estudados. Uma preocupação séria para quem tem diabetes é o risco de Fraturas, ou ossos quebrados. Fraturas podem causar problemas de saúde significativos e aumentar os custos médicos. Entender como o controle do açúcar no sangue, medido por um marcador chamado HbA1c, se relaciona com o risco de fraturas em pessoas com diabetes é importante para encontrar formas de prevenir esses problemas.
Importância do Controle Glicêmico e da Densidade Óssea
Controlar os níveis de açúcar no sangue é importante não só para gerenciar a diabetes, mas também para a saúde geral, incluindo a saúde óssea. A Densidade Mineral Óssea (DMO) é um fator chave que afeta a probabilidade de uma pessoa ter uma fratura. Pesquisas mostraram que um controle ruim do açúcar no sangue pode levar a outros problemas de saúde, como doenças cardíacas e problemas nos rins. Para preencher as lacunas de conhecimento sobre diabetes, saúde óssea e controle de açúcar no sangue, um grande estudo foi feito usando dados do UK Biobank, que é uma fonte de pesquisa bem famosa.
Visão Geral da População do Estudo
O estudo do UK Biobank envolveu mais de 500.000 participantes com idades entre 40 e 59 anos de 22 centros no Reino Unido. Os níveis de açúcar no sangue foram medidos para um número significativo desses indivíduos. O primeiro período de teste foi de 2006 a 2010, e a segunda rodada de testes foi de 2012 a 2013. Aqueles que tiveram fraturas antes do início do estudo não foram incluídos. Durante o período de acompanhamento, que durou mais de 11 anos, milhares de novas fraturas ocorreram. Alguns participantes também tiveram medições da densidade mineral óssea feitas durante o estudo.
Identificando Diabetes e Medindo Níveis de Açúcar no Sangue
No estudo, indivíduos com Diabetes Tipo 2 foram identificados através de diagnósticos auto-relatados ou resultados de testes de sangue específicos. Para o diabetes tipo 1, informações também foram coletadas através de auto-relato e registros médicos. Testes de sangue medindo os níveis de HbA1c foram feitos usando um sistema de teste específico. Os pesquisadores categorizaram os participantes com base nos resultados do HbA1c, onde níveis acima de 7% indicaram controle inadequado do açúcar no sangue, e níveis abaixo de 7% sugeriram controle adequado de acordo com as diretrizes.
Medindo Fraturas e Densidade Óssea
A densidade mineral óssea foi avaliada usando tecnologia de ultrassom, que forneceu dados ao longo de várias visitas. As fraturas foram categorizadas usando certos códigos médicos, e tipos específicos de fraturas foram excluídos da análise. Além disso, o estudo analisou outros problemas de saúde relacionados à diabetes, como doenças cardíacas e problemas renais.
Analisando os Resultados
Para examinar a relação entre controle do açúcar no sangue, densidade óssea e risco de fraturas, os pesquisadores usaram diferentes métodos estatísticos. O objetivo era ver como os níveis de HbA1c afetavam a probabilidade de fraturas e saúde óssea em pessoas com diabetes em comparação a quem não tinha diabetes. Eles descobriram que um aumento nos níveis de HbA1c estava ligado a um maior risco de fraturas, especialmente em indivíduos com diabetes tipo 1. Também houve descobertas notáveis para diabetes tipo 2, incluindo uma relação complexa onde tanto níveis baixos quanto altos de HbA1c podiam aumentar o risco de fraturas.
Descobertas sobre Controle do Açúcar no Sangue e Densidade Óssea
Em pessoas com diabetes tipo 1, níveis mais altos de HbA1c não mostraram uma ligação clara com a densidade mineral óssea. No entanto, aqueles com um melhor controle do açúcar no sangue apresentaram uma densidade óssea ligeiramente mais baixa em comparação com indivíduos sem diabetes. Em contraste, indivíduos com diabetes tipo 2 tiveram um pequeno aumento na densidade óssea à medida que seus níveis de HbA1c aumentaram. Curiosamente, indivíduos com níveis de açúcar no sangue mal controlados (ICD) tinham densidade óssea maior do que aqueles com melhor controle (ACD), mas isso não se traduziu em um risco menor de fraturas.
Risco de Fraturas e Controle do Açúcar no Sangue
Para quem tem diabetes tipo 1, um aumento nos níveis de HbA1c estava associado a um aumento significativo no risco de fraturas. Mesmo considerando a idade, o risco continuava mais alto para indivíduos com diabetes mal controlada. No diabetes tipo 2, a relação era mais complexa. Foi encontrado um padrão em U, onde tanto níveis baixos quanto altos de HbA1c representavam um risco para fraturas. Além disso, indivíduos do grupo mal controlado (ICD) não mostraram um risco maior de fraturas em comparação aos com melhor controle (ACD), mesmo que esse último grupo tivesse uma densidade óssea mais baixa.
Insights Genéticos
O estudo usou informações genéticas para investigar se os níveis de HbA1c determinados geneticamente influenciavam o risco de fraturas. Essa análise não mostrou uma relação significativa entre os níveis de HbA1c previstos geneticamente e o risco de fraturas. No entanto, houve uma correlação negativa entre esses níveis de HbA1c e a densidade mineral óssea nos grupos estudados.
A Necessidade de Gestão Individualizada
Os achados sugerem que gerenciar os níveis de açúcar no sangue é vital para reduzir o risco de fraturas, especialmente no diabetes tipo 1. Para pessoas com diabetes tipo 2, buscar níveis mais baixos de HbA1c pode ajudar a mitigar o risco de fraturas, mas é importante reconhecer os riscos potenciais associados tanto a níveis altos quanto baixos. Profissionais de saúde devem ter cautela ao usar pontos de corte definidos para controle do açúcar no sangue, já que esses podem variar entre diferentes populações.
Conclusão
Esse estudo destaca a relação complexa entre controle do açúcar no sangue, saúde óssea e risco de fraturas em indivíduos com diabetes. Os resultados indicam que pessoas com diabetes tipo 1 podem se beneficiar de um melhor controle do açúcar no sangue para reduzir o risco de fraturas. Em diabetes tipo 2, manter uma abordagem equilibrada para os níveis de açúcar no sangue é essencial, já que ambos os extremos podem levar a um aumento do risco de fraturas. Mais pesquisas são necessárias para explorar os mecanismos subjacentes, e estudos adicionais devem se concentrar em outros fatores que podem influenciar o risco de fraturas, incluindo os impactos de medicamentos e a saúde geral dos indivíduos. Estratégias individualizadas para o manejo da diabetes poderiam melhorar a saúde óssea e diminuir a chance de fraturas, promovendo melhores resultados de saúde para quem é afetado pela diabetes.
Título: Evaluating the relationship between glycemic control and bone fragility within the UK biobank: Observational and one-sample Mendelian randomization analyses
Resumo: Aims/hypothesisThis study aimed to: (1) examine the relationship between glycemic control, bone mineral density estimated from heel ultrasound (eBMD) and fracture risk in individuals with type 1 and type 2 diabetes and (2) perform a one-sample Mendelian randomization study to explore potential linear and non-linear associations between glycemic control, eBMD, and fractures. MethodsThis study comprised 452,131 individuals from the UK Biobank with glycated hemoglobin A1C (HbA1c) and eBMD levels. At baseline, 4,078 participants were diagnosed with type 1 diabetes and 23,682 with type 2 diabetes. HbA1c was used to classify patients into "adequately-" (ACD; n=17,078; HbA1c < 7.0%/53mmol/mol) and "inadequately-" (ICD; n=10,682; HbA1c [≥] 7.0%/53mmol/mol) controlled diabetes. The association between glycemic control (continuous and categorical) and eBMD was tested using linear regression, while fracture risk was estimated in Cox regression models, both controlling for covariates. Mendelian randomization (MR) was used to evaluate linear and non-linear causal relationships between HbA1c levels, fracture risk, and eBMD. ResultsIn individuals with type 1 diabetes, a 1% unit (11mmol/mol) increase in HbA1c levels was associated with a 12% increase in fracture risk (HR: 1.12, 95% CI [1.05-1.19]). Individuals with type 1 diabetes had lower eBMD in both the ICD (beta = -0.08, 95% CI [-0.11, -0.04]) and ACD (beta = -0.05, 95% CI [-0.11,0.01]) groups, as compared to subjects without diabetes. Fracture risk was highest in individuals with type 1 diabetes and ICD (HR 2.84, 95%CI [2.53, 3.19]), followed by those with ACD (HR 2.26, 95%CI [1.91, 2.69]). Individuals with type 2 diabetes had higher eBMD in both ICD (beta=0.12SD, 95%CI [0.10, 0.14]) and ACD (beta=0.07SD, 95%CI [0.05, 0.08]) groups. Significant evidence for a non-linear association between HbA1c and fracture risk was observed (F-test ANOVA p-value = 0.002) in individuals with type 2 diabetes, with risk being increased at both low and high levels of HbA1c. Fracture risk between the type 2 diabetes ACD and ICD groups was not significantly different (HR: 0.97, 95%CI [0.91-1.16]), despite increased BMD. In MR analyses genetically predicted higher HbA1c levels were not significantly associated with fracture risk (Causal Risk Ratio: 1.04, 95%CI [0.95-1.14]). However, disease stratified analyses were underpowered. We did observe evidence of a non-linear causal association with eBMD (quadratic test P-value = 0.0002), indicating U-shaped relationship between HbA1c and eBMD. Conclusion/interpretationWe obtained evidence that lower HbA1c levels will reduce fracture risk in patients with type 1 diabetes. In individuals with type 2 diabetes, lowering HbA1c levels can mitigate the risk of fractures up to a threshold, beyond which the risk may begin to rise once more. MR analyses demonstrated a causal relationship between genetically predicted HbA1c levels and eBMD, but not fracture risk.
Autores: Fernando Rivadeneira, S. Ghatan, F. Koromani, K. Trajanoska, E. F. S. van Velsen, M. Kavousi, M. C. Zillikens, C. Medina-Gomez, L. Oei
Última atualização: 2023-12-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.25.23300434
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.25.23300434.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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