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Melhorando a Educação Antenatal para Mães Grávidas

Este estudo melhora a educação pré-natal pra ajudar as mulheres durante o trabalho de parto e o nascimento.

― 7 min ler


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Índice

A educação antenatal (ANE) é uma forma de ajudar as mulheres grávidas a se prepararem para o parto e o nascimento. Isso já faz parte do cuidado há muitos anos e é reconhecido nas diretrizes de saúde. A ANE não só ajuda com informações práticas, mas também molda a forma como as mulheres veem suas experiências de parto, o que pode afetar seu bem-estar emocional.

Quando as mulheres pensam em dar à luz, a prioridade delas é ter um bebê saudável. Mas, quando as coisas não saem como planejado, elas querem se sentir no controle e orgulhosas de suas escolhas. Oferecer uma educação de qualidade sobre o parto pode ajudar as mulheres a se sentirem satisfeitas com suas experiências de nascimento.

Importância das Expectativas no Parto

Ter expectativas claras é crucial, porque um descompasso entre o que as mulheres esperam e o que realmente acontece pode levar a sentimentos negativos. Muitas mulheres sentem estresse após eventos inesperados durante o parto, especialmente depois de procedimentos de emergência. Estudos mostram um risco maior de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) entre mulheres que têm cesarianas não planejadas, comparadas àquelas que têm partos vaginais. Fatores que podem levar ao TEPT incluem experiências negativas durante o parto e a sensação de perda de controle. Além disso, pode haver uma ligação entre as expectativas sobre o parto e experiências de depressão depois. Uma boa educação antenatal pode ajudar a gerenciar essas expectativas e reduzir a diferença entre o que as mulheres esperam e o que vivenciam.

Estado Atual da Educação Antenatal

Apesar de sua importância, nem todas as mulheres recebem educação antenatal adequada. Muitas não têm acesso a aulas, e as que estão disponíveis variam muito em qualidade. Algumas aulas focam em informações gerais, enquanto outras ensinam estratégias específicas de enfrentamento, como técnicas de respiração. O conteúdo dessas aulas não é regulado, então as mulheres podem não receber informações consistentes ou abrangentes.

Estudos anteriores indicam que as mulheres se sentem despreparadas para certas intervenções durante o parto porque não foram devidamente informadas. Muitas mulheres relataram durante conversas com parteiras que faltava treinamento em ministrar educação antenatal. Isso levou a sessões de treinamento mal organizadas, com parteiras criando seus próprios materiais sem apoio.

Objetivo do Estudo

O objetivo deste estudo foi melhorar a maneira como a educação antenatal é fornecida, criando um pacote educacional otimizado para as mulheres. Isso envolve trabalhar diretamente com as pessoas que usarão a educação, incluindo mulheres grávidas e profissionais de saúde.

Considerações Éticas

O estudo foi aprovado por um comitê de ética, garantindo que os padrões éticos fossem mantidos durante todo o processo de pesquisa.

Metodologia de Pesquisa

A pesquisa envolveu quatro fases principais: co-design, implementação, avaliação e refinamento.

Fase 1: Co-design

Na primeira fase, foram realizados grupos de foco com mulheres que haviam dado à luz recentemente. Elas conversaram sobre suas experiências e a necessidade de uma educação melhor a respeito de intervenções comuns durante o parto. As participantes expressaram que saber mais sobre o que esperar ajudaria a apoiar sua saúde mental se a experiência de parto não correspondesse ao que esperavam.

O método de co-design envolveu trabalhar com os usuários do serviço para criar uma sessão educacional de duas horas que cobrisse o parto e o nascimento. Os envolvidos compartilharam suas experiências, e suas contribuições moldaram o conteúdo da sessão.

Fase 2: Implementação

Para a segunda fase, parteiras comunitárias foram recrutadas para ministrar a educação. Elas receberam treinamento sobre o novo formato da sessão e foram compensadas pelo seu tempo. Mulheres grávidas com mais de 24 semanas foram convidadas a participar dessas sessões, que também podiam incluir seus parceiros.

Devido à COVID-19, as sessões presenciais foram suspensas, mas assim que as restrições foram levantadas, as aulas foram retomadas de maneira segura. Cada sessão durou duas horas, e o número de participantes foi limitado para garantir segurança e engajamento.

Fase 3: Avaliação

Após as aulas, o Feedback foi coletado através de vários métodos:

  1. Feedback Imediato com as Parteiras: As parteiras discutiram a sessão com a equipe de pesquisa para captar o que funcionou e o que precisava de melhorias.

  2. Questionários Online: Os participantes preencheram uma pesquisa logo após a sessão para avaliar seu conteúdo e utilidade.

  3. Entrevistas: Entrevistas de acompanhamento foram conduzidas com mulheres e seus parceiros para obter insights mais aprofundados sobre suas experiências e o que poderia ser melhorado.

  4. Grupo de Foco com Parteiras: Um grupo de parteiras discutiu suas experiências com a aula, fornecendo feedback para melhorias futuras.

O feedback coletado durante essas avaliações ajudou a refinar a aula e fazer os ajustes necessários.

Fase 4: Refinamento

Mudanças foram feitas continuamente durante a fase de implementação com base no feedback de parteiras e pais. Por exemplo, mais tempo foi alocado para discussões sobre emergências, e os arranjos de assentos foram ajustados para promover a interação.

Após a conclusão do estudo, mais refinamentos foram feitos nos materiais e no manual de treinamento, com base em pedidos consistentes por mudanças. Essa abordagem sistemática ao feedback ajudou a melhorar a qualidade geral das sessões educacionais.

Principais Descobertas do Estudo

O estudo concluiu que os participantes, em geral, gostaram das sessões de educação antenatal e acharam-nas informativas. As mulheres relataram se sentir mais preparadas para o parto após a participação, e muitas consideraram estratégias para lidar com os desafios do parto.

Embora as mulheres tenham apreciado as informações, foi notado que os parceiros de parto se sentiram menos engajados. Isso destaca a necessidade de as aulas atenderem melhor às necessidades únicas dos parceiros, já que eles também enfrentam seus próprios sentimentos de ansiedade e incerteza durante o parto.

As sessões abordaram vários tópicos, incluindo diferentes tipos de partos, estratégias de enfrentamento, o período pós-natal imediato e suporte social. Os participantes valorizaram aprender com profissionais e apreciaram ter uma forma estruturada de se preparar para o parto.

Forças e Limitações

Uma força significativa da Intervenção educacional foi sua viabilidade, pois foi ministrada dentro de um prazo padrão e utilizou funcionários do NHS. Além disso, o processo de feedback iterativo permitiu a melhoria contínua das sessões.

No entanto, houve limitações, como a falta de diversidade nos grupos de foco. Esforços foram feitos para aumentar a participação entre diversos grupos, mas mais trabalho é necessário para garantir que todos tenham acesso igual à educação antenatal.

Os participantes expressaram o desejo de mais informações sobre tópicos fora do parto, como alimentação infantil. É importante equilibrar o conteúdo da educação antenatal para garantir uma abordagem mais holística.

Conclusão

O estudo enfatiza a importância de uma educação antenatal estruturada que atenda às necessidades das mulheres e de seus parceiros de parto. Ao focar em fornecer informações relevantes e apoio, a intervenção ACE pode ajudar a preparar as famílias para o parto de uma maneira mais eficaz.

À medida que o cenário de saúde continua a evoluir, ter acesso equitativo a uma educação antenatal de qualidade deve ser uma prioridade. Esta pesquisa estabelece as bases para futuros trabalhos visando refinar e implementar programas educacionais eficazes em diferentes configurações de saúde.

Fonte original

Título: Co-design and refinement of an optimised antenatal education session to better inform women and prepare them for labour and birth.

Resumo: ObjectiveTo co-design, implement, evaluate acceptability and refine an optimised antenatal education session to improve birth preparedness. DesignThere were four distinct phases: co-design (focus groups and co-design workshops with parents and staff); implementation of intervention; evaluation (interviews, questionnaires, structured feedback forms), and systematic refinement. SettingA single maternity unit with approximately 5,500 births annually. ParticipantsPostnatal and antenatal women/birthing people, birth partners and clinicians. Outcome measures: To establish whether the optimised session is deliverable, acceptable, meets the needs of women/birthing people and partners, and refine it with input from parents, clinicians and researchers. ResultsThe co-design was undertaken by 35 women, partners and clinicians. Five midwives were trained and delivered 19 Antenatal education (ACE) sessions to 142 women and 94 partners. 121 women and 33 birth partners completed the feedback questionnaire. Women/birthing people(79%) and birth partners(82%) felt more prepared after the class with most participants finding the content very helpful or helpful. Women/birthing people perceived classes were more useful and engaging than their partners. Interviews with 21 parents, a midwife focus group and a structured feedback form resulted in 38 recommended changes: 22 by parents, 5 by midwives and 11 by both. Suggested changes have been incorporated in the training resources to achieve an optimised intervention. ConclusionsEngaging stakeholders (women and staff) in co-designing an evidence informed curriculum resulted in an antenatal class designed to improve preparedness for birth, including assisted birth, that is acceptable to women and their birthing partners, and has been refined to address feedback and is deliverable within NHS resource constraints. A nationally-mandated antenatal education curriculum is needed to ensure parents receive high-quality antenatal education that targets birth preparedness. Key messagesO_ST_ABSWhat is already knownC_ST_ABSAntenatal education is used to prepare women/birthing parents for labour, birth and the postnatal period, but it has been eroded. Antenatal education has potential to support women/birthing parents in developing their expectations around labour and the postnatal period, via improved health literacy. Improving antenatal education could be impactful as the expectation-experience gap is linked to post traumatic stress disorder. What this study addsWe have shown that a co-designed, optimised antenatal class can provide information helpful to parents and important to staff, within the constraints of the NHS resources How this study might affect research, practice or policyThis study can be used to understand what parents need from antenatal education, and how to begin to address the expectation-experience gap.

Autores: Abi Merriel, M. Toolan, M. Lynch, G. L. Clayton, A. Demetri, L. Willis, N. Mampitiya, A. Clarke, K. Birchenall, C. de Souza, E. Harvey, T. Russel-Webster, E. Larkai, M. Grzeda, K. Rawling, S. Barnfield, M. Smith, R. Plachcinski, C. Burden, A. Fraser, M. Larkin, A. Davies

Última atualização: 2023-12-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.22.23300473

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.22.23300473.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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