Acompanhando a Disseminação do SARS-CoV-2 na Irlanda do Norte
Um estudo mostra as tendências da soroprevalência do SARS-CoV-2 na Irlanda do Norte.
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Índice
Desde os primeiros relatos do SARS-CoV-2, muita gente no mundo todo contraiu o vírus, levando a sérios problemas de saúde e grandes impactos econômicos. Pra controlar a disseminação do SARS-CoV-2, o governo do Reino Unido implementou lockdowns rigorosos, regras de distanciamento social e programas extensivos de testagem pra identificar e isolar rapidamente quem tava infectado. Mesmo com essas medidas, o vírus continuou se espalhando, mostrando a necessidade de monitoramento contínuo pra entender como a doença se propaga e guiar as políticas de saúde no futuro.
Opções de Teste para o SARS-CoV-2
Tem várias maneiras de testar e monitorar o SARS-CoV-2. O teste de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT-PCR) foi a principal forma de diagnosticar o vírus. Esse teste muito sensível pode detectar RNA viral, geralmente coletado do nariz e da garganta. Mas, ele exige uma estrutura laboratorial avançada e pode demorar pra dar resultados. Além disso, o RT-PCR é menos útil depois das fases iniciais da infecção, o que significa que talvez não reflita com precisão o número real de pessoas que tiveram o vírus.
Outra opção são os testes sorológicos, que buscam Anticorpos em amostras de sangue. Esses anticorpos mostram que a pessoa foi exposta ao SARS-CoV-2 em algum momento, geralmente aparecendo semanas depois da infecção e durando por vários meses. Esses testes podem dar uma ideia de quantas pessoas foram infectadas sem apresentar sintomas e podem fornecer estimativas melhores da disseminação do vírus. Muitos estudos foram feitos no mundo todo usando testes sorológicos pra ajudar no planejamento de vacinas e outras medidas de saúde.
Estudo do SARS-CoV-2 na Irlanda do Norte
Na Irlanda do Norte, as estimativas de quantas pessoas tiveram SARS-CoV-2 vêm principalmente da COVID-19 Infection Survey, que testa lares selecionados aleatoriamente em todo o Reino Unido. Esse estudo teve como objetivo reunir mais informações sobre quantos moradores da Irlanda do Norte contraíram o vírus até julho de 2021. O sistema de saúde na Irlanda do Norte é dividido em cinco Health and Social Care Trusts, então amostras foram coletadas de amostras de sangue sobrantes em laboratórios clínicos em todos esses Trusts pra analisar anticorpos contra o SARS-CoV-2.
Aprovação ética foi obtida pra esse estudo, e as amostras foram coletadas em três períodos: junho-julho de 2020, novembro-dezembro de 2020, e junho-julho de 2021. Os testes foram feitos usando dois tipos principais de testes de anticorpos, incluindo o ensaio Elecsys anti-SARS-CoV-2 e o teste Euroimmun ELISA. Os testes visavam medir a presença de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2, que indicam uma infecção anterior.
Coleta e Análise de Dados
No total, 4.844 amostras de sangue foram testadas quanto a anticorpos contra o SARS-CoV-2 nas três fases do estudo. A primeira rodada de testes ocorreu após o primeiro lockdown nacional, com resultados mostrando uma taxa de soropositividade de 3,9%. Esse número subiu ligeiramente pra 5,2% na segunda rodada. Porém, na terceira rodada, a taxa saltou pra 11,6%. Isso indica que um número crescente de pessoas foi Exposto ao vírus ao longo do tempo.
Variações nos níveis de anticorpos foram notadas entre diferentes grupos com base em idade, gênero e localização. O estudo incluiu uma ampla faixa etária, mas a maioria dos participantes tinha mais de 50 anos. Inicialmente, pessoas mais jovens (com menos de 30 anos) mostraram taxas de anticorpos mais baixas, mas na terceira rodada, suas taxas subiram significativamente, chegando a 16,1%.
Níveis de Anticorpos e Demografia
A terceira rodada de testes mostrou que grupos etários mais velhos tinham níveis mais altos de anticorpos específicos. A maioria dos participantes tinha anticorpos neutralizantes contra a proteína spike do vírus, com atividade notável contra a variante Alpha. Diferenças significativas nos níveis de anticorpos foram notadas entre os grupos etários, com os mais jovens mostrando melhores respostas contra certas variantes em comparação com os mais velhos.
Os homens tinham taxas de soropositividade mais altas do que as mulheres nas duas primeiras rodadas, mas isso mudou na terceira rodada, com as mulheres mostrando taxas mais altas. O estudo encontrou números semelhantes de amostras de cada Health and Social Care Trust, com aumento da soropositividade em todos os Trusts na terceira rodada.
Diferenças Geográficas nas Respostas de Anticorpos
O estudo também deu uma noção geográfica de onde o SARS-CoV-2 se espalhou na Irlanda do Norte. Diferentes áreas tiveram taxas de soropositividade variadas, com alguns códigos postais mostrando porcentagens muito altas de testes positivos na primeira rodada. Mas o número de amostras testadas de cada área variou bastante, o que pode impactar a confiabilidade dessas taxas.
Na terceira rodada de testes, várias áreas postais registraram taxas de positividade aumentadas, indicando que algumas comunidades tiveram maior exposição ao vírus do que outras.
A Importância da Vigilância
O surgimento do SARS-CoV-2 destacou a necessidade urgente de programas de vigilância contínuos pra monitorar a atividade do vírus. Esse estudo teve como objetivo reunir dados valiosos sobre quantas pessoas na Irlanda do Norte tiveram exposição prévia ao vírus. Analisando amostras de sangue sobressalentes em diferentes momentos durante a pandemia, os pesquisadores puderam rastrear tendências e mudanças nos níveis de anticorpos ao longo do tempo.
Apesar de algumas limitações nos métodos de amostragem e na representação demográfica, o estudo fornece insights cruciais sobre a Transmissão do vírus na Irlanda do Norte. Ele descobriu que menos de 15% da população contraiu o vírus nos três pontos de teste, sugerindo que um grande número permaneceu não exposto até meados de 2021.
Comparação com Outros Estudos
Poucos estudos olharam pra soroprevalência do SARS-CoV-2 na Irlanda do Norte especificamente. Uma pesquisa em andamento forneceu estimativas semelhantes, mostrando tendências que se alinham com os resultados desse estudo. Outro estudo envolvendo trabalhadores da saúde relatou taxas de positividade mais baixas, que podem ser difíceis de comparar devido a diferentes metodologias de amostragem.
No geral, os achados indicam um entendimento crescente de como o SARS-CoV-2 se espalhou pela Irlanda do Norte e destacam a necessidade de monitoramento e pesquisa contínuos pra informar os esforços de saúde pública.
Conclusão
Os dados desse estudo ilustram a situação em mudança do SARS-CoV-2 na Irlanda do Norte, com taxas de soropositividade crescentes ao longo do tempo e variações com base em idade, gênero e localização. Os resultados ressaltam a importância dos estudos de soroprevalência pra entender a propagação comunitária e guiar políticas de saúde.
Dada a natureza em evolução da pandemia, o acompanhamento contínuo do impacto do vírus será vital para planejar respostas, especialmente à luz de novas variantes e esforços de vacinação. Com esse estudo, os pesquisadores contribuíram com conhecimento importante para o cenário de saúde pública na Irlanda do Norte, abrindo caminho pra decisões mais informadas no futuro.
Título: Analysis of SARS-CoV-2 Ig seroprevalence in Northern Ireland
Resumo: BackgroundWith the impact of SARS-CoV-2 upon public health directly and socioeconomically, further information was required to inform policy decisions designed to limit virus spread. This study sought to contribute to serosurveillance work within Northern Ireland to track SARS-CoV-2 progression and guide health strategy. MethodsSera/plasma samples from clinical biochemistry laboratories were analysed for anti-SARS-CoV-2 immunoglobulins (Ig). Samples were assessed using an Elecsys anti-SARS-CoV-2 or anti-SARS-CoV-2 S ECLIA (Roche) on an automated Cobas-e-analyser. Samples were also assessed via ELISA (Euroimmun). A subset of samples assessed via Roche Elecsys anti-SARS-CoV-2 IgG assay were subsequently analysed in an ACE2 pseudoneutralisation assay using a V-PLEX SARS-CoV-2 Panel 7 for IgG and ACE2 by MesoScale Diagnostics Inc. ResultsAcross three testing rounds (June-July 2020, November-December 2020 and June-July 2021 (rounds 1-3 respectively)), 4844 residual sera/plasma specimens were assayed for SARS-CoV-2 Ig. Seropositivity rates increased across the study, peaking at 11.6% during round 3. Varying trends in SARS-CoV-2 seropositivity were noted based on demographic factors. For instance, highest rates of seropositivity shifted from older to younger demographics across the study period. In round 3, alpha (B.1.1.7) variant neutralising antibodies were most frequently detected across age groups, with median concentration of anti-spike protein antibodies elevated in 50-69 year olds and anti-S1 RBD antibodies elevated in over 70s, relative to other age groups. ConclusionsWith seropositivity rates of
Autores: Christopher J Scott, M. K. Greene, P. Smyth, A. English, J. McLaughlin, M. Bucholc, J. Bailie, J. McCarroll, M. McDonnell, A. Watt, G. Barnes, M. Lynch, K. Duffin, G. Duffy, C. Lewis, J. A. James, T. Ford, M. O'Kane, T. S. Rai, A. J. Bjourson, C. Cardwell, J. S. Elborn, D. S. Gibson
Última atualização: 2023-09-20 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.19.23295776
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.09.19.23295776.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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