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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Fatores Genéticos e Ambientais em Traços de Autismo e TDAH

Estudo revela como a genética e o ambiente moldam o autismo e o TDAH em Bristol.

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As taxas de Autismo e do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) podem variar dependendo de onde as pessoas moram. Estudos mostram que o autismo tende a ser mais comum em áreas urbanas, mas a relação entre TDAH e vida urbana não é tão clara. Parece haver uma conexão entre autismo e níveis socioeconômicos mais altos, assim como um acesso melhor ao diagnóstico. Alguns estudos sugerem que mais luz solar pode estar ligado a uma taxa menor de TDAH, possivelmente devido aos efeitos da vitamina D. Tanto o autismo quanto o TDAH têm fortes componentes Genéticos, indicando que muito do risco pode vir de fatores genéticos. Estudos recentes mostraram que ambas as condições são influenciadas por muitos genes, e pontuações genéticas podem ajudar a prever Características relacionadas ao autismo e ao TDAH em diferentes grupos de pessoas.

No entanto, ainda não está claro se os fatores genéticos para autismo e TDAH variam em diferentes locais. Pesquisas iniciais com gêmeos indicam que podem haver diferenças em como a genética e o ambiente afetam traços autistas dentro de um país, mas não sabemos se essa variação acontece dentro de uma única área urbana. Para investigar isso mais a fundo, olhamos para dados genéticos de um estudo na área de Bristol, no Reino Unido, para ver como as pontuações genéticas para autismo e TDAH se relacionam com características de crianças que vivem lá.

Visão Geral do Estudo

O estudo envolveu o Estudo Longitudinal de Pais e Crianças de Avon (ALSPAC), que começou recrutando mulheres grávidas na área de Bristol entre abril de 1991 e dezembro de 1992. Inicialmente, havia mais de 14.500 mulheres grávidas, e quando as crianças completaram 1 ano, aproximadamente 13.988 ainda estavam vivas. Mais participantes elegíveis se juntaram ao estudo quando as crianças tinham cerca de 7 anos, totalizando quase 14.900 crianças. O estudo ALSPAC fornece uma riqueza de dados acessíveis para pesquisadores.

Aprovação ética foi obtida para o estudo. Os participantes deram consentimento informado para o uso de dados coletados por meio de questionários e avaliações de saúde. O consentimento para amostras biológicas também foi coletado de acordo com os requisitos legais.

Medidas de Traços de TDAH e Autismo

Para avaliar os traços de TDAH, os pesquisadores usaram um questionário respondido pelos pais, focando em hiperatividade e problemas de atenção quando as crianças tinham cerca de 9 anos. Esse questionário mostrou ser confiável e eficaz na identificação do TDAH. As perguntas abordavam comportamentos como inquietude, agitação e dificuldade em manter o foco.

Para os traços de autismo, foram usadas duas medidas diferentes. A primeira medida analisou habilidades sociais através de um único questionário respondido pelos pais quando as crianças tinham aproximadamente 10 anos. Outra medida mais abrangente dos traços autistas foi derivada de múltiplas avaliações realizadas ao longo da infância. Essa segunda medida permitiu que os pesquisadores analisassem uma gama de comportamentos autistas.

Em ambos os casos, o sexo e a idade da criança foram levados em conta na análise. Para a medida mais abrangente de traços autistas, apenas o sexo foi considerado, já que incluía dados de vários momentos da vida da criança.

Localização e Pesos na Análise

O estudo analisou dados de mais de 1.000 locais ao redor de Bristol, divididos em uma grade hexagonal para melhor resolução. Os dados de cada participante foram ponderados com base na proximidade do local da análise, permitindo que os pesquisadores considerassem as diferenças na densidade populacional.

Coleta de Dados Genéticos

Informações sobre a composição genética das crianças e mães foram coletadas de amostras de sangue e saliva. Após garantir a qualidade dos dados e remover participantes que não consentiram, o estudo incluiu mais de 8.200 crianças e quase 8.000 mães com dados genéticos.

Criação de Pontuações Poligênicas

Para analisar as influências genéticas no autismo e TDAH, os pesquisadores construíram pontuações poligênicas (PGS). Essas pontuações combinam informações sobre muitas variantes genéticas ligadas ao autismo e ao TDAH para criar uma pontuação que indica o risco genético para cada participante. Vários limites foram usados para ver quão bem as pontuações previam traços de autismo e TDAH na amostra do estudo.

Análise Estatística

Os pesquisadores usaram software estatístico para analisar os dados sem considerar a localização primeiro. Em seguida, executaram modelos de regressão para cada local, ponderando as contribuições dos participantes com base na distância do ponto de análise. Eles examinaram como as PGS estavam relacionadas aos traços autistas e de TDAH nos participantes.

Características Ambientais e Mapas

O estudo também analisou fatores ambientais que poderiam correlacionar com traços de autismo e TDAH. Isso incluiu densidade populacional, educação dos pais, renda do bairro e exposição à luz solar. Os pesquisadores criaram mapas para visualizar essas variáveis e compará-las com os mapas de influência genética.

Medidas de Participação e Migração

O estudo avaliou como as pontuações poligênicas de TDAH se relacionavam com a participação no estudo. Descobriram que um risco genético mais alto de TDAH estava associado a taxas de participação mais baixas entre crianças e mães. Isso pode significar que as estimativas dos traços de TDAH podem estar distorcidas devido à baixa participação.

Descobertas sobre Variações Genéticas

Os resultados mostraram que realmente há variações nas influências genéticas sobre os traços de autismo e TDAH em Bristol. Os pesquisadores notaram que traços autistas sociais estavam mais consistentemente ligados a influências genéticas em diferentes limites, mas o mesmo não se pode dizer para os traços de TDAH.

Isso sugere que o risco genético pode interagir com o ambiente de maneiras complexas, moldando como o autismo e o TDAH se apresentam em diferentes locais. Certos ambientes podem ou aumentar ou diminuir os efeitos genéticos sobre esses traços, enfatizando a importância do contexto local em estudos de risco genético.

Correlação de Variáveis Ambientais

O estudo encontrou fortes correlações entre os mapas de risco genético e várias características ambientais, especialmente níveis de educação e renda do bairro. Áreas com maior nível de educação e menos privação tendiam a mostrar influências genéticas mais fortes para ambos os traços de autismo e TDAH. Por outro lado, áreas com populações mais densas e maior urbanização geralmente mostraram uma influência genética mais fraca.

Uma descoberta notável foi uma correlação positiva forte entre traços autistas sociais e exposição à luz solar, sugerindo que mais luz solar pode aumentar as influências genéticas sobre esses traços. No entanto, esse padrão não se manteve para o TDAH, mostrando a complexidade das influências ambientais em diferentes condições.

Viés de Participação

Os pesquisadores notaram que um viés de seleção pode ter afetado suas descobertas. A associação das pontuações de risco de TDAH com uma participação mais baixa sugere que crianças com maior risco genético para TDAH podem ter sido sub-representadas nos dados. Embora não tenham encontrado evidências fortes de que a migração para fora da área estivesse significativamente ligada ao risco genético, a possibilidade de viés ainda permaneceu.

Conclusão

Este estudo fornece insights valiosos sobre a variação espacial das influências genéticas sobre os traços de autismo e TDAH dentro da cidade de Bristol. As descobertas indicam que fatores genéticos e ambientais são importantes na formação desses traços. Os resultados enfatizam a necessidade de mais estudos localizados que considerem tanto os contextos genéticos quanto ambientais para entender melhor essas condições neurodesenvolvimentais.

Pesquisas futuras poderiam construir sobre essas descobertas explorando variáveis ambientais adicionais e como elas interagem com a genética. Compreender essas relações pode levar a melhores políticas sociais e intervenções voltadas a melhorar os resultados para indivíduos com autismo e TDAH. Identificar os fatores específicos que influenciam os riscos genéticos pode, em última análise, ajudar a atender às necessidades únicas das comunidades afetadas por essas condições de desenvolvimento.

Fonte original

Título: Mapping the association of polygenic scores with autism and ADHD traits in a single city region

Resumo: BackgroundThe genetic and environmental aetiology of autistic and Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) traits is known to vary spatially, but does this translate into variation in the association of specific common genetic variants? MethodsWe mapped associations between polygenic scores for autism and ADHD and their respective traits in the Avon Longitudinal Study of Parents and Children (N=4,255 to 6,165) across the area surrounding Bristol, UK, and compared them to maps of environments associated with the prevalence of autism and ADHD. ResultsOur maps suggest genetic associations vary spatially, with consistent patterns for autistic traits across polygenic scores constructed at different p-value thresholds. Patterns for ADHD traits were more variable across thresholds. We found that the spatial distributions often correlated with known environmental influences. ConclusionsThese findings shed light on the factors that contribute to the complex interplay between the environment and genetic influences in autism and ADHD traits. Key pointsO_LIThe prevalence of autism and ADHD vary spatially. C_LIO_LIOur study highlights that genetic influences based on PGS also vary spatially. C_LIO_LIThis spatial variation correlates with spatial variation in environmental characteristics as well, which would be interesting to examine further. C_LIO_LIOur findings have implications for future research in this area examining the factors that contribute to the complex interplay between the environment and genetic influences on autistic and ADHD traits. C_LI

Autores: Zoe E Reed, R. Thomas, A. Boyd, G. J. Griffith, T. T. Morris, D. Rai, D. Manley, G. Davey Smith, O. S. P. Davis

Última atualização: 2024-01-05 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.09.22.22280240

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.09.22.22280240.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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