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# Ciências da saúde# Medicina d'urgenza

Avaliando a Auto-triagem em Prontos-Socorros

Estudo analisa ferramentas de autoavaliação de pacientes na triagem de emergência.

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Índice

Quando você vai pra emergência, o primeiro passo se chama triagem. É nesse momento que uma enfermeira verifica quão sério tá seu problema pra decidir com que rapidez você precisa ver um médico. No Canadá, eles usam um sistema chamado Escala Canadense de Triagem e Acuidade (CTAS) pra isso. Infelizmente, muitos pacientes têm que esperar muito tempo pra serem atendidos, o que pode prejudicar a saúde deles. Uma ideia é deixar os pacientes fazerem parte dessa avaliação pra agilizar o processo.

Já rolou pesquisa sobre auto-triagem em grupos específicos de pessoas, e algumas mostraram resultados promissores. Mas tem desafios, porque nem todo mundo entende questões de saúde da mesma maneira. Algumas pessoas podem achar que precisam de atendimento quando na verdade não precisam, ou podem não perceber quão sério é o que estão sentindo. Estudos anteriores mostraram que as pessoas frequentemente não seguem as orientações sobre ir ou não pra emergência.

A gente já olhou se uma ferramenta de computador pra auto-triagem funcionava tão bem quanto o método tradicional feito pelas enfermeiras e descobrimos que não se equiparavam. Neste estudo, queríamos investigar melhor como os pacientes conseguem avaliar suas próprias condições quando têm queixas específicas, tipo dor no peito ou dor abdominal. Usamos dois métodos diferentes de auto-triagem: um com uma série de perguntas de sim ou não e outro usando uma escala deslizante pra avaliar a condição. Nosso objetivo era ver quão precisos esses métodos de auto-triagem eram se comparados com as notas de triagem dadas pelas enfermeiras.

Desenho do Estudo

Esse foi um estudo piloto feito nas emergências de dois hospitais em Saskatoon, Saskatchewan. Focamos em pacientes a partir de 17 anos que chegavam com queixas específicas, como dor no peito, dor abdominal, dificuldade pra respirar ou dor muscular. Não incluímos pacientes que chegaram de ambulância ou que tinham outros problemas e excluímos quem não teve suas respostas de auto-triagem combinando com suas queixas reais.

Um assistente de pesquisa tava disponível na emergência por um número fixo de horas todo dia pra inscrever os participantes. Começamos o estudo em 4 de novembro de 2019, mas paramos de inscrever participantes quando a pandemia de Covid-19 começou em março de 2020. O projeto recebeu financiamento e aprovação ética das organizações relevantes.

Como Fizemos

Criamos duas ferramentas de auto-triagem pra ajudar os pacientes a avaliarem suas condições. Essas ferramentas foram revisadas e ajustadas com a ajuda de profissionais de saúde e representantes de pacientes. Elas incluíam uma série de perguntas de sim ou não e uma escala deslizante onde os pacientes podiam avaliar seus sintomas.

A primeira ferramenta, um questionário de auto-triagem gerado por algoritmo (AGST), tinha de cinco a seis perguntas baseadas nos sintomas deles. Dependendo de quantas perguntas responderam "sim", eles recebiam uma nota CTAS que variava de 2 (alta urgência) a 4 ou 5 (baixa urgência).

A segunda ferramenta era uma escala analógica visual (VAS) onde os pacientes avaliavam sua dor, o quão preocupados estavam, quão urgente achavam que precisavam ver um médico e como a condição afetava seu dia a dia. Essas notas eram médias e, com base nessa média, os pacientes recebiam uma nota CTAS.

Ambas as ferramentas ficaram disponíveis em smartphones, e os pacientes podiam optar por preenchê-las sozinhos ou pedir ajuda a um assistente de pesquisa. Antes de usarem as ferramentas, os participantes assinavam um termo de consentimento e forneciam algumas informações básicas. Depois de coletar os dados, a gente checou os registros médicos deles pra ver as notas CTAS dadas pelas enfermeiras.

Resultados

A gente queria incluir pelo menos 16 pessoas pra cada tipo de queixa. No total, 279 pessoas completaram os questionários de auto-triagem, mas tivemos que excluir algumas porque as queixas não batiam com as respostas, ou porque saíram antes de serem avaliadas. Isso deixou a gente com 223 participantes pra análise.

Desses 223, 159 preencheram a ferramenta VAS e 142 usaram o questionário AGST. Alguns participantes usaram as duas ferramentas. A distribuição das queixas foi a seguinte: 14,3% teve dor no peito, 11,2% teve problemas respiratórios, 33,4% teve problemas abdominais e 40,8% teve preocupações musculoesqueléticas.

Comparando as Ferramentas

A gente queria ver quão bem as ferramentas de auto-triagem se comparavam com as notas dadas pelas enfermeiras. Os resultados mostraram que houve pouca concordância no geral. Alguns pacientes superestimaram a urgência da condição deles, enquanto outros subestimaram. A ferramenta AGST teve um desempenho um pouco melhor do que a VAS. A VAS parece ter problemas devido à sua natureza mais subjetiva, já que dependia dos sentimentos pessoais dos pacientes sobre suas condições.

O Que Aprendemos

A gente esperava que envolver os pacientes na própria triagem melhorasse as coisas, mas nosso estudo mostrou que as ferramentas de auto-triagem, do jeito que estão, não funcionaram bem pra isso. A concordância entre as autoavaliações e as avaliações das enfermeiras foi inexistente ou fraca. Isso se alinha com descobertas de outros estudos que mostraram altas taxas de sobrediagnóstico.

Alguns estudos no passado mostraram que ferramentas de autoavaliação mais simples e focadas poderiam funcionar melhor, especialmente se adaptadas para condições específicas como dor no peito. Isso levanta a questão se criar ferramentas mais específicas poderia melhorar o processo de triagem no futuro.

Já olharam várias tecnologias pra melhorar a triagem, como verificadores de sintomas online ou quiosques na emergência. Essas mostraram diferentes níveis de sucesso e precisam de mais pesquisa. Até tecnologias mais novas como inteligência artificial poderiam ter um papel na triagem, já que alguns modelos iniciais mostraram promessas.

Limitações

Enquanto nosso estudo tinha a intenção de fazer contribuições significativas sobre como vemos a triagem, precisamos reconhecer algumas limitações. Nossa recrutamento foi feito durante horários específicos da semana, o que pode não capturar toda a gama de pacientes que geralmente aparecem numa emergência. Além disso, a maioria dos participantes veio de um único hospital, o que pode ter levado a um viés.

Mesmo com instruções claras de que não receberiam tratamento especial por participar, algumas pessoas podem ter superestimado sua gravidade pra evitar longas esperas. Por fim, o processo de triagem dirigido por enfermeiras também não é perfeito e pode ter suas próprias inconsistências.

Conclusão

Em resumo, nosso estudo descobriu que deixar os pacientes auto-triagem usando as ferramentas AGST ou VAS não se mostrou uma opção viável no ambiente de emergência. Mais pesquisa é necessária pra encontrar maneiras melhores de envolver os pacientes na avaliação de suas próprias condições de saúde e otimizar o processo de triagem. Focar em queixas específicas e aproveitar a tecnologia pode ser o próximo passo pra melhorar o atendimento de emergência.

Fonte original

Título: A comparison of self-triage tools to nurse driven triage in the emergency department

Resumo: INTRODUCTIONCanadian patients presenting to the emergency department (ED) typically undergo a triage process where they are assessed by a specially trained nurse and assigned a Canadian Triage and Acuity Scale (CTAS) score, indicating their level of acuity and urgency of assessment. We sought to assess the ability of patients to self-triage themselves through use of one of two of our proprietary self-triage tools, and how this would compare with the standard nurse-driven triage process. METHODSWe enrolled a convenience sample of ambulatory ED patients aged 17 years or older who presented with chief complaints of chest pain, abdominal pain, breathing problems, or musculoskeletal pain. Participants completed one, or both, of an algorithm generated self-triage (AGST) survey, or visual acuity scale (VAS) based self-triage tool which subsequently generated a CTAS score. Our primary outcome was to assess the accuracy of these tools to the CTAS score generated through the nurse-driven triage process. RESULTSA total of 223 patients were included in our analysis. Of these, 32 (14.3%) presented with chest pain, 25 (11.2%) with shortness of breath, 75 (33.6%) with abdominal pain, and 91 (40.8%) with musculoskeletal pain. Of the total number of patients, 142 (47.2%) completed the AGST tool, 159 (52.8%) completed the VAS tool and 78 (25.9%) completed both tools. When compared to the nurse-driven triage standard, both the AGST and VAS tools had poor levels of agreement for each of the four presenting complaints. CONCLUSIONSSelf-triage through use of an AGST or VAS tool is inaccurate and does not appear to be a viable option to enhance the current triage process. Further study is required to show if self-triage can be used in the ED to optimize the triage process.

Autores: Sachin V Trivedi, R. Batta, N. Henao - Romero, P. Mondal, T. Wilson, J. Stempien

Última atualização: 2024-01-07 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.04.24300856

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.04.24300856.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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