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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Relação entre mudanças no DNA e problemas de saúde menstrual

Pesquisas mostram ligações entre mudanças no DNA e sintomas menstruais em adolescentes.

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Índice

Nos últimos anos, pesquisadores têm investigado a conexão entre nosso ambiente e nossa saúde estudando algo chamado epigenoma. Isso se refere a mudanças químicas no nosso DNA que influenciam como os genes funcionam sem mudar a sequência real do DNA. Essas mudanças podem ser afetadas por vários fatores, incluindo a alimentação, a quantidade de exercício e até mesmo nossas experiências de vida. Essa área de pesquisa é importante para entender características relacionadas à saúde e doenças.

Uma área específica que recebeu atenção limitada é a saúde menstrual. Muitas mulheres enfrentam problemas como cólicas intensas e sangramentos menstruais pesados, o que pode atrapalhar o dia a dia. No entanto, não há muitas informações disponíveis sobre as causas e fatores de risco para esses problemas. Este estudo teve como objetivo encontrar conexões entre esses problemas menstruais e várias características usando técnicas genéticas avançadas.

Visão Geral do Estudo

Esta pesquisa utilizou um grande banco de dados de um estudo chamado ALSPAC, que vem acompanhando a saúde de famílias na Inglaterra desde os anos 1990. Os pesquisadores focaram nos dados de participantes do sexo feminino que estavam enfrentando problemas menstruais. Eles analisaram amostras de DNA coletadas em diferentes fases da vida para entender como as mudanças no DNA estão ligadas a problemas de saúde menstrual.

O objetivo principal era identificar como alterações específicas na Metilação do DNA, uma forma de mudança epigenética, se relacionam a sintomas menstruais como cólicas (dismenorreia) e sangramento menstrual intenso (HMB).

Métodos

População do Estudo

O estudo ALSPAC envolveu mulheres grávidas da região de Avon, na Inglaterra, começando no início dos anos 1990. Ao longo dos anos, um grande número de crianças e suas mães participaram de várias pesquisas e forneceram amostras biológicas. Para esta pesquisa, o foco foi em um grupo específico de meninas que tinham dados de metilação do DNA disponíveis.

Os pesquisadores coletaram informações de questionários preenchidos pelos participantes ou seus responsáveis sobre problemas menstruais. Se uma participante relatou ter ido ao médico por sintomas menstruais, isso foi usado como um indicativo de que estava enfrentando problemas significativos.

Identificando Conexões com Sintomas Menstruais

O processo de pesquisa envolveu várias etapas. Primeiro, a equipe identificou as conexões entre as mudanças no DNA e os sintomas menstruais das participantes. Depois, eles verificaram bancos de dados já estabelecidos para ver se as mudanças no DNA identificadas estavam ligadas a outras características e potenciais fatores de risco.

Na fase seguinte, eles usaram o conjunto completo de dados do ALSPAC para testar se alguma das conexões identificadas realmente fornecia informações úteis sobre saúde menstrual. Eles consideraram vários fatores, como tabagismo, índice de massa corporal (IMC) e outras características relacionadas à saúde para entender melhor como poderiam se relacionar com sintomas menstruais.

Coleta e Análise de Dados

Os pesquisadores reuniram dados sobre diferentes características em vários momentos da vida, como exposição pré-natal a substâncias como álcool ou tabaco, e marcadores de saúde na infância. Eles analisaram como esses fatores estavam relacionados aos sintomas menstruais entre as participantes.

Métodos estatísticos foram utilizados para ver se havia associações significativas entre as características identificadas e problemas de saúde menstrual. Eles também realizaram verificações adicionais para garantir que suas descobertas não fossem influenciadas por outras condições de saúde ou fatores não relacionados ao estudo.

Resultados

Locais de Metrilação Diferencial

Na análise da dismenorreia, os pesquisadores descobriram várias mudanças específicas no DNA que apareciam com mais frequência em participantes que relataram cólicas. Eles identificaram uma série de características ligadas a essas mudanças, incluindo Fatores de Estilo de Vida como tabagismo e experiências relacionadas a adversidades na infância.

Para HMB, um número menor de mudanças no DNA foi notado, mas também encontraram conexões com características como tabagismo e níveis de colesterol.

Associações com Sintomas Menstruais

Ao investigar as relações entre as características identificadas e os sintomas menstruais, os pesquisadores descobriram que vários fatores de estilo de vida estavam associados à dismenorreia e HMB. Por exemplo, fumar e consumir álcool em idade jovem estavam relacionados a maiores chances de experimentar esses sintomas.

Depois de ajustar por outros fatores, algumas relações permaneceram fortes, especialmente em relação ao tabagismo e experiências adversas da infância.

Análise de Sensibilidade

Para garantir que suas descobertas fossem confiáveis, os pesquisadores realizaram análises adicionais excluindo participantes com outras condições de saúde, como problemas de tireoide ou síndrome dos ovários policísticos. A maioria das descobertas significativas permaneceu mesmo após esses ajustes, consolidando as conexões identificadas.

Conclusão

Os resultados desta pesquisa oferecem novas perspectivas sobre os fatores que podem influenciar a saúde menstrual, especialmente entre adolescentes. Eles destacam a importância de olhar para vários aspectos da vida de uma pessoa, incluindo experiências precoces e escolhas de estilo de vida, ao considerar os resultados de saúde.

Ao utilizar técnicas genéticas avançadas, os pesquisadores forneceram evidências de que condições como cólicas e sangramentos intensos podem estar ligadas a uma interação complexa de fatores biológicos e ambientais.

Implicações

As descobertas deste estudo podem informar iniciativas futuras de pesquisa focadas na saúde menstrual. Ao compreender melhor as conexões entre fatores de estilo de vida e sintomas menstruais, os profissionais de saúde podem oferecer um suporte mais direcionado a indivíduos que enfrentam esses desafios.

Além disso, esses resultados ressaltam a necessidade de maior conscientização e pesquisa na área da saúde menstrual, já que é um campo pouco explorado, apesar de afetar muitas pessoas ao redor do mundo.

Insights de Apoio

A metodologia usada nesta pesquisa é significativa, pois combina análise genética com dados epidemiológicos para explorar resultados de saúde. Isso oferece uma nova perspectiva sobre como genética e ambiente interagem para influenciar a saúde, especialmente em áreas que foram negligenciadas em estudos anteriores.

A pesquisa pode servir como um trampolim para estudos mais aprofundados visando estabelecer relações causais entre características identificadas e problemas de saúde menstrual.

Resumindo, o estudo apresenta descobertas valiosas que podem ajudar a preencher lacunas de conhecimento sobre saúde menstrual e contribuir para uma melhor compreensão e manejo de sintomas que afetam muitas pessoas. Ele destaca a importância da exploração contínua desse aspecto vital da saúde para melhorar os resultados para os afetados.

Fonte original

Título: A novel hypothesis-generating approach for detecting phenotypic associations using epigenetic data

Resumo: AO_SCPLOWBSTRACTC_SCPLOWO_ST_ABSBackgroundC_ST_ABSHypotheses about what phenotypes to include in causal analyses (that in turn can have clinical and policy implications) can be guided by hypothesis-free approaches, leveraging the epigenome for example. Materials & methods: Minimally adjusted epigenome-wide association studies (EWAS) using ALSPAC data were performed for example conditions, dysmenorrhea and heavy menstrual bleeding (HMB). Differentially methylated CpGs were searched in the EWAS Catalog and associated traits identified. Traits were compared between those with and without the example conditions in ALSPAC. Results: Seven CpG sites were associated with dysmenorrhea and two with HMB. Smoking and adverse childhood experience score were associated with both conditions in the hypothesis-testing phase. Conclusion: Hypothesis-generating EWAS can help identify associations for future analyses. PO_SCPLOWLAINC_SCPLOWO_SCPCAP C_SCPCAPO_SCPLOWLANGUAGEC_SCPLOWO_SCPCAP C_SCPCAPO_SCPLOWSUMMARYC_SCPLOWTo make a positive impact on policy and clinical practice, it is important that epidemiologists, those who study population health, can identify characteristics that might increase the risk of medical conditions. However, it can be difficult to know which associations should be investigated and decisions can often be biased by pre-formed opinions about what is relevant. In this study, we wanted to look for potential risk factors for dysmenorrhea (painful periods) and heavy menstrual bleeding (HMB) using a hypothesis-free approach (in other words, minimal adjustment for potential confounders), leveraging epigenetic data from a sub-sample of the Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC) and generating hypotheses about associations, then testing these hypotheses in the wider ALSPAC cohort. This meant looking for differentially methylated CpGs between those with and without the conditions of interest using an epigenome-wide association study (EWAS), seeing which phenotypes were associated with the CpGs in the EWAS Catalog, and testing these hypotheses in the ALSPAC cohort using measurements of each phenotype. For dysmenorrhea, we found seven differentially methylated CpGs and for HMB, we found two. These CpGs were associated with several phenotypes, which we could proxy in the wider ALSPAC cohort, creating hypotheses we tested using regression analyses. In the hypothesis-testing phase, we found that smoking and adverse childhood experience score were associated with dysmenorrhea and HMB. With this under-utilised approach, we can identify phenotypes that may be risk factors for under-studied conditions, that can be explored in other cohorts using analyses that can assess causality. TO_SCPLOWWEETABLEC_SCPLOWO_SCPCAP C_SCPCAPO_SCPLOWABSTRACTC_SCPLOWLeveraging EWAS data can help identify novel potential risk factors for understudied conditions such as dysmenorrhea and heavy menstrual bleeding for future examination in causally motivated analyses: a proof-of-concept study in the Children of the 90s cohort (ALSPAC)

Autores: Florence Zoe Martin, K. E. Easey, L. D. Howe, A. Fraser, D. A. Lawlor, C. L. Relton, G. C. Sharp

Última atualização: 2024-01-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.15.24301219

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.15.24301219.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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