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# Ciências da saúde# Epidemiologia

A Relação Entre Fatores Socioeconômicos e a Saúde dos Jovens

Explorando como a origem familiar afeta a saúde mental e física dos jovens.

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Estar acima do peso ou passar por Depressão na adolescência e no início da vida adulta são problemas de saúde significativos. Ambas as condições podem continuar nas fases posteriores da vida. Pesquisas mostram que estar acima do peso e ter depressão geralmente acontecem juntos, e essa relação pode começar quando as pessoas ainda são bem jovens. Entender como essas duas questões se conectam é importante, já que pode impactar a saúde futura e os custos de saúde.

O Impacto do Histórico Familiar

O histórico familiar tem um papel crucial na formação da Saúde Mental e física durante os anos de formação. Estudos mostram que um Status Socioeconômico mais baixo (SES) pode levar a maiores chances de depressão e de estar acima do peso entre os adolescentes. Famílias com menos recursos podem ter mais dificuldades com estresse e podem não ter acesso aos meios que as ajudam a lidar com isso.

Diferentes fatores na posição socioeconômica de uma família contribuem para vários resultados de saúde. Por exemplo, a educação dos pais pode afetar significativamente a saúde de uma criança. Pais que têm mais educação podem ter um conhecimento melhor sobre alimentação saudável e exercícios. Por outro lado, se as famílias estão enfrentando dificuldades financeiras, isso pode aumentar o estresse, levando a problemas de saúde mental. Reconhecer como esses fatores se entrelaçam é essencial para iniciativas de saúde pública.

O Papel do Gênero

O gênero é outro fator que pode influenciar a ligação entre condições sociais e saúde. As pesquisas mostraram resultados mistos sobre como meninos e meninas diferem em suas experiências relacionadas ao SES familiar e à saúde. Geralmente, meninas relatam mais desafios emocionais e são diagnosticadas com depressão com mais frequência do que meninos. Além disso, parece que as meninas têm uma conexão mais forte entre estar acima do peso e a depressão, possivelmente devido a pressões sociais relacionadas à imagem corporal.

Examinando a Conexão

Para entender melhor a conexão entre pobreza e a combinação de estar acima do peso e depressão, pesquisadores estudaram jovens que enfrentavam esses desafios. O estudo acompanhou indivíduos de uma região específica do Reino Unido, coletando dados sobre sua saúde, condições sociais e histórico familiar ao longo do tempo.

Participantes e Design do Estudo

O estudo coletou informações de um grande número de participantes que nasceram em um período específico e os acompanhou enquanto cresciam. Os dados incluíram avaliações regulares que mediam tanto a saúde mental quanto a condição física, como altura e peso. Os participantes responderam questionários sobre seus sentimentos e quaisquer desafios que enfrentaram em suas vidas. Essa abordagem detalhada permitiu que os pesquisadores obtivessem insights sobre como as circunstâncias na infância podem moldar resultados de saúde futuros.

Descobertas sobre Resultados de Saúde

Em várias idades, os participantes revelaram detalhes sobre sua saúde mental e peso. Foi constatado que mais meninas do que meninos estavam lidando com a depressão, independentemente do status de peso. Essa tendência continuou nos primeiros vinte anos. O estudo também indicou que indivíduos que estavam acima do peso aos 17 anos geralmente experimentavam taxas mais altas de depressão, especialmente entre as meninas.

À medida que os participantes envelheceram de 17 a 24 anos, as incidências de estar acima do peso ou obeso aumentaram significativamente. As taxas de depressão também subiram durante esse período, indicando que esses problemas costumam coexistir e podem piorar com o tempo.

Fatores Socioeconômicos e Saúde

O estudo examinou como vários aspectos do histórico familiar se relacionam com depressão, estar acima do peso e a combinação de ambos. Famílias com níveis mais baixos de educação, classe social inferior e dificuldades financeiras eram mais propensas a relatar taxas mais altas de depressão entre seus filhos. Essa tendência se manteve verdadeira tanto para meninos quanto para meninas, embora a força dessas associações variou com base no gênero.

Em relação a estar acima do peso, padrões semelhantes surgiram. Baixa educação dos pais e classe social estavam ligados a uma maior probabilidade de status de Sobrepeso em meninas, enquanto os meninos mostraram conexões mais fracas entre seu peso e o histórico familiar. No geral, o nível de educação dos pais surgiu como um preditor relevante desses problemas de saúde.

A Importância a Longo Prazo das Circunstâncias da Infância

Os achados ressaltam como as condições na infância são vitais para determinar a saúde mental e física de um indivíduo. As conexões observadas entre fatores socioeconômicos e saúde sublinham a necessidade de medidas de saúde pública que possam eficazmente abordar e mitigar esses riscos. Entender essas conexões é fundamental para melhorar os resultados de saúde para as futuras gerações.

Abordando Dados Faltantes

Na coleta desses dados, os pesquisadores enfrentaram desafios, especialmente com a falta de informações de participantes. Para resolver essas lacunas, foram utilizadas técnicas de imputação múltipla para garantir que os resultados do estudo permanecessem confiáveis e úteis. Esse método ajudou os pesquisadores a olhar de forma abrangente para as relações entre vários fatores sem perder informações valiosas devido a entradas faltantes.

Associações Chave

Os resultados destacaram relações específicas entre o histórico familiar e os resultados de saúde. Baixa educação dos pais estava fortemente associada a um maior risco de problemas de saúde mental e de peso. As dificuldades financeiras nas famílias também desempenharam um papel, afetando não apenas o bem-estar material, mas também os recursos emocionais de enfrentamento.

Além disso, os dados do estudo indicaram que experiências de dificuldades financeiras na infância tiveram efeitos duradouros. Aqueles que enfrentaram esses desafios tendiam a ter taxas mais altas de depressão e sobrepeso mais tarde na vida. Esses achados sugerem que o impacto das tensões financeiras é significativo e pode influenciar a saúde ao longo da vida.

Implicações para a Saúde Pública

Este estudo enfatiza a importância de entender as influências sociais na saúde. Ao reconhecer como o histórico familiar molda os resultados de saúde, as intervenções de saúde pública podem ser mais eficazmente adaptadas para ajudar aqueles em maior risco. Abordar as causas raízes das disparidades de saúde poderia levar a melhores recursos e sistemas de apoio para as famílias, reduzindo, em última análise, os casos de comorbidade em jovens.

Conclusão

O estudo conclui que o histórico socioeconômico na infância é um forte preditor de problemas de saúde mental e física durante a adolescência e o início da vida adulta. Reconhecer essa ligação fornece insights que podem guiar políticas e programas de saúde voltados para reduzir as desigualdades de saúde. Pesquisas futuras devem continuar a examinar como esses fatores da infância influenciam desafios de saúde contínuos e quais passos podem ser tomados para apoiar melhores resultados de saúde para os jovens.

Fonte original

Título: Early-life socioeconomic circumstances and the comorbidity of depression and overweight in adolescence and young adulthood: a longitudinal study

Resumo: BackgroundDepression and overweight both often emerge early in life and have been found to be associated, but few studies examine depression-overweight comorbidity and its social patterning early in the life course. This study investigates how different aspects of early-life socioeconomic circumstances are associated with depression-overweight comorbidity from adolescence to young adulthood exploring any differences by age and sex. MethodsDrawing on data from 4,948 participants of the Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC) birth cohort from the UK, we estimated how parental education, social class and financial difficulties reported in pregnancy were associated with depression and overweight, and their comorbidity at approximately the ages 17 and 24 in males and females. ResultsThe results from multinomial logistic regression models showed that all three socioeconomic markers were associated with depression-overweight comorbidity and results were similar across age. Lower parental education (relative risk ratio (RRR) and 95% confidence interval (CI) of low education v high education: 3.61 (2.30-5.67) in females and 1.54 (1.14-2.07) in males) and social class (class IV/I v class I: 5.67 (2.48-12.94) in females and 3.11 (0.70-13.91) in males) had strong associations with comorbidity at age 17 relative to having neither depression or overweight. Financial difficulties were also a risk factor in females, with less clear results in males. ConclusionThe findings indicate that early socioeconomic circumstances are linked with the accumulation of mental and physical health problems already in adolescence, which has implications for life-long health inequalities.

Autores: Fanny Kilpi, L. D. Howe

Última atualização: 2023-04-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.04.24.23289020

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.04.24.23289020.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

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