Abordando o Viés Geográfico em Modelos de Linguagem
Esse artigo analisa o viés geográfico em LLMs e seus impactos na sociedade.
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Índice
Modelos de Linguagem Grande (LLMs) estão se tornando ferramentas importantes em várias áreas como saúde, educação, direito e finanças. Mas, eles trazem preconceitos que podem prejudicar a sociedade. Esses preconceitos vêm dos dados usados para treiná-los, que muitas vezes refletem desigualdades sociais. Como os LLMs impactam muitas vidas, é essencial avaliar sua justiça e precisão, especialmente em relação a preconceitos geográficos.
Preconceito geográfico se refere a diferenças na forma como os LLMs tratam locais, o que pode resultar em estereótipos sobre pessoas com base em onde elas vivem. Por exemplo, os LLMs podem fazer afirmações imprecisas sobre a atração, moralidade ou inteligência das pessoas, dependendo de sua localização geográfica. Este artigo foca em entender esses preconceitos ao observar como os LLMs se saem em relação a informações geográficas.
Abordagem do Estudo
Este estudo tem como objetivo ver o que os LLMs sabem sobre o mundo de uma perspectiva geográfica. A geografia tem fatos claros sobre aspectos da vida humana como cultura, raça, língua, política e religião. Podemos definir preconceito geográfico como erros que os LLMs cometem ao prever ou classificar diferentes lugares.
No começo, descobrimos que os LLMs conseguiam prever informações geográficas com uma forte conexão a dados do mundo real. Por exemplo, os LLMs alcançaram altas pontuações de correlação ao prever coisas como densidade populacional e dados relacionados à saúde. No entanto, também descobrimos que os LLMs mostraram preconceito contra áreas com condições socioeconômicas mais baixas, como muitas regiões da África, ao discutir assuntos sensíveis como atração e moralidade.
Preconceito Geográfico nos LLMs
O preconceito geográfico existe em várias áreas importantes:
Tópicos Objetivos: Estas são áreas onde os fatos são claros, como densidade populacional ou estatísticas de saúde. Percebemos que os LLMs frequentemente cometiam erros consistentes nesses tópicos, seja superestimando ou subestimando os números de diferentes regiões. Por exemplo, os modelos tendiam a subestimar as populações na África.
Tópicos Sensíveis e Subjetivos: Estes envolvem questões mais pessoais e controversas, como atração, inteligência e ética de trabalho das pessoas. Aqui, os LLMs mostraram claro preconceito ao classificar residentes em áreas de menor condição socioeconômica de forma mais negativa do que aqueles em regiões mais ricas. Esse preconceito forma estereótipos que podem contribuir ainda mais para o dano à sociedade.
Independência Geográfica: Nessa área, analisamos tópicos que não deveriam estar ligados a nenhuma localização geográfica, como características biológicas ou fatos universais. Aqui, encontramos pouca concordância entre os modelos, o que sugeriu que essas classificações eram principalmente aleatórias.
Entendendo o Desempenho dos LLMs
Os LLMs mostraram uma forte capacidade de fazer previsões precisas sobre tópicos objetivos. Usamos pontuações de correlação para medir o quão bem as previsões dos LLMs se alinham aos dados do mundo real. Para muitos tópicos, essas pontuações eram altas, indicando que os LLMs conseguem entender informações geográficas razoavelmente bem.
No entanto, quando analisamos tópicos sensíveis e subjetivos, a situação era diferente. Os preconceitos exibidos nessas previsões sugeriam que os LLMs não são neutros e, em vez disso, refletem as desigualdades sociais em suas avaliações. Isso significa que eles tendem a perceber pessoas de diferentes regiões de maneira enviesada.
Avaliando o Conhecimento Geográfico
Abordamos o estudo comparando previsões dos LLMs com dados de verdade estabelecidos. Esses dados incluem estatísticas conhecidas sobre várias áreas geográficas, como saúde e densidade populacional. Fazendo isso, pudemos avaliar se os LLMs mostram preconceito em suas previsões.
Para identificar esses preconceitos, aplicamos vários métodos, incluindo métricas para quantificar a extensão do preconceito nas respostas dos LLMs. Descobrimos que os LLMs têm variações significativas em preconceito em diferentes tipos de tópicos. Por exemplo, percebemos que os LLMs frequentemente distorciam suas classificações com base nas condições socioeconômicas, levando a um tratamento injusto dos residentes em áreas mais pobres.
Descobertas Comuns
A partir da nossa análise, notamos várias descobertas significativas relacionadas ao preconceito geográfico:
Desempenho em Tópicos Objetivos: Os LLMs mostraram um desempenho forte ao prever tópicos objetivos, mas cometeram erros sistemáticos. Por exemplo, os LLMs comumente subestimaram as densidades populacionais na África, sugerindo uma falta de consciência sobre as condições reais de vida nessas regiões.
Preconceito em Tópicos Sensíveis: Houve um notável acordo entre os modelos quando se tratou de classificações subjetivas. Regiões com menores condições socioeconômicas foram consistentemente classificadas mais baixo em atração e moralidade em comparação com áreas mais ricas. Esses preconceitos reforçam estereótipos existentes e essas imprecisões podem alimentar visões prejudiciais sobre pessoas de regiões específicas.
Diferenças de Preconceito Entre os LLMs: Diferentes modelos exibiram níveis variados de preconceito. Alguns modelos, como o GPT-4 Turbo, mostraram significativamente menos preconceito em comparação com outros, como o Gemini Pro. Isso sugere que nem todos os LLMs são iguais e alguns conseguem navegar potenciais preconceitos de forma mais eficaz.
Explorando o Impacto do Preconceito
Os preconceitos presentes nos LLMs podem ter consequências no mundo real. Por exemplo, se um modelo classifica indivíduos em regiões mais pobres como menos atraentes ou inteligentes, essas classificações podem moldar percepções e oportunidades para essas pessoas. Esses estereótipos podem dificultar as perspectivas pessoais e profissionais para os residentes em áreas enviesadas.
Além disso, os preconceitos podem levar a uma reforço de estereótipos negativos. Se os LLMs são amplamente utilizados em aplicações que afetam a vida das pessoas, a perpetuação do preconceito geográfico pode contribuir para a desigualdade social contínua. É fundamental aumentar a conscientização sobre esses preconceitos entre pesquisadores, desenvolvedores e usuários da tecnologia LLM.
Recomendações para Reduzir o Preconceito
Para abordar o preconceito geográfico nos LLMs, várias recomendações podem ser feitas:
Consciência dos Dados: Os desenvolvedores devem estar cientes dos preconceitos presentes nos dados de treinamento. Isso significa usar conjuntos de dados diversos e representativos que reflitam uma ampla gama de condições geográficas e experiências humanas.
Auditorias de Preconceito: Auditorias regulares do desempenho dos LLMs podem ajudar a identificar e mitigar preconceitos. Ao avaliar continuamente como os LLMs se saem em diferentes tópicos, os desenvolvedores podem fazer os ajustes necessários para melhorar a justiça.
Educação dos Usuários: Os usuários devem ser educados sobre os preconceitos potenciais presentes nas saídas dos LLMs. Entender que esses modelos podem não ser neutros ajuda os usuários a avaliar criticamente as informações que recebem.
Design Inclusivo: Os modelos devem ser projetados para considerar o contexto geográfico e o potencial de preconceito. Incorporar feedback de indivíduos em regiões diversas pode melhorar a justiça do modelo e reduzir preconceitos.
Conclusão
Resumindo, nosso estudo destaca o preconceito geográfico significativo em LLMs populares. Embora eles sejam capazes de fazer previsões precisas sobre tópicos objetivos, também perpetuam preconceitos prejudiciais contra certas regiões, especialmente aquelas com condições socioeconômicas mais baixas. Esses preconceitos podem afetar percepções e resultados no mundo real para indivíduos que vivem nessas áreas.
À medida que os LLMs continuam sendo integrados em várias aplicações, é crucial abordar esses preconceitos por meio de design cuidadoso, seleção de dados e avaliação. Fazendo isso, podemos trabalhar para criar uma tecnologia que reflita mais com precisão a diversidade e complexidade da vida humana, promovendo um ambiente onde todos os indivíduos sejam tratados de forma justa, independentemente de onde vivam.
Título: Large Language Models are Geographically Biased
Resumo: Large Language Models (LLMs) inherently carry the biases contained in their training corpora, which can lead to the perpetuation of societal harm. As the impact of these foundation models grows, understanding and evaluating their biases becomes crucial to achieving fairness and accuracy. We propose to study what LLMs know about the world we live in through the lens of geography. This approach is particularly powerful as there is ground truth for the numerous aspects of human life that are meaningfully projected onto geographic space such as culture, race, language, politics, and religion. We show various problematic geographic biases, which we define as systemic errors in geospatial predictions. Initially, we demonstrate that LLMs are capable of making accurate zero-shot geospatial predictions in the form of ratings that show strong monotonic correlation with ground truth (Spearman's $\rho$ of up to 0.89). We then show that LLMs exhibit common biases across a range of objective and subjective topics. In particular, LLMs are clearly biased against locations with lower socioeconomic conditions (e.g. most of Africa) on a variety of sensitive subjective topics such as attractiveness, morality, and intelligence (Spearman's $\rho$ of up to 0.70). Finally, we introduce a bias score to quantify this and find that there is significant variation in the magnitude of bias across existing LLMs. Code is available on the project website: https://rohinmanvi.github.io/GeoLLM
Autores: Rohin Manvi, Samar Khanna, Marshall Burke, David Lobell, Stefano Ermon
Última atualização: 2024-10-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2402.02680
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2402.02680
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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