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# Biologia# Biofísica

Novas Descobertas sobre LRRK2 e a Doença de Parkinson

Pesquisas mostram papéis cruciais do LRRK2 na Doença de Parkinson através de interações com microtúbulos.

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A Doença de Parkinson (DP) é uma condição comum que afeta o cérebro e o sistema nervoso. Ela causa problemas de movimento e é frequentemente vista em adultos mais velhos. Cerca de 10% das pessoas com DP têm histórico familiar da doença, o que significa que pode passar de geração pra geração. Uma das principais causas ligadas à DP familiar é uma mudança em uma proteína chamada LRRK2.

O que é LRRK2?

LRRK2 é uma proteína grande composta por 2527 blocos de construção chamados aminoácidos. Tem diferentes seções que ajudam a realizar suas funções, incluindo uma parte que funciona como um interruptor pra adicionar grupos químicos a outras proteínas, e outra parte que ajuda a se ligar a diferentes moléculas. Algumas mudanças na proteína LRRK2 podem aumentar a atividade dela, o que tá ligado à Doença de Parkinson.

Os cientistas descobriram mudanças específicas na proteína LRRK2 que podem contribuir pra DP. Essas mudanças podem deixar a proteína mais ativa, o que pode causar problemas no cérebro que, no fim das contas, levam aos sintomas da DP.

LRRK2 e Microtúbulos

Microtúbulos são tubos pequenos encontrados dentro das células que ajudam no movimento e na estrutura da célula. Eles são importantes pra várias funções celulares. Foi observado que a LRRK2 pode interagir com microtúbulos, e essa conexão pode ajudar a entender como a Doença de Parkinson funciona.

Pesquisas mostraram que quando certas versões da proteína LRRK2, especialmente aquelas ligadas à DP, são produzidas em excesso, elas tendem a se acumular ao redor dos microtúbulos. Esse acúmulo sugere que a LRRK2 tem papéis importantes em como as células funcionam e como podem ser afetadas pela DP.

O Papel dos Inibidores

Pesquisadores estão testando várias moléculas pequenas que podem atuar como inibidores da LRRK2 pra ver se conseguem ajudar a controlar ou tratar a DP. Existem dois tipos de inibidores de LRRK2: tipo-I e tipo-II. Os inibidores tipo-I prendem a proteína em uma forma "ativa", enquanto os inibidores tipo-II ajudam a mantê-la em uma forma "inativa". Um inibidor tipo-I comumente usado é chamado MLi-2, que mostrou efeitos fortes sobre a LRRK2 tanto em estudos de laboratório quanto em ensaios clínicos.

Curiosamente, mesmo usando o inibidor tipo-I MLi-2, a LRRK2 completa parece continuar em um estado aberto e inativo. Isso pode ter implicações sobre como esses inibidores podem afetar a função da LRRK2.

LRRK2 e Sua Estrutura

A estrutura da LRRK2 é complexa, com diferentes domínios trabalhando juntos pra realizar suas funções. A proteína LRRK2 completa pode ser imaginada como uma máquina complicada com várias partes. A metade N-terminal dessa proteína contém seções que ajudam nas interações e funções, enquanto a metade C-terminal inclui a parte responsável pela atividade dela.

Quando os cientistas analisam a estrutura da LRRK2, eles usam técnicas como tomografia eletrônica criogênica (cryo-ET) pra obter imagens detalhadas. Estudos recentes mostraram que a estrutura da LRRK2 pode mudar dependendo se está em um estado ativo ou inativo e como ela interage com outros componentes celulares, como microtúbulos.

Investigando a Interação com Microtúbulos

Pra entender como a LRRK2 se comporta nos microtúbulos, os pesquisadores analisaram tanto versões saudáveis da LRRK2 quanto versões associadas à Doença de Parkinson. Eles encontraram que ambos os tipos de LRRK2 conseguem se ligar aos microtúbulos, mas se comportam de formas diferentes.

Quando os cientistas usaram cryo-ET pra visualizar a LRRK2 nos microtúbulos, descobriram que a versão inativa da LRRK2 pode formar pequenos grupos nos microtúbulos. Isso contrasta com as formas ativas, que tendem a criar Estruturas mais longas e organizadas. Isso sugere que o estado auto-inibido da LRRK2 ainda pode interagir com os microtúbulos, mas não forma as estruturas mais longas vistas com os estados ativos.

Estrutura e Estabilidade da LRRK2 nos Microtúbulos

Ao olhar de perto a estrutura da LRRK2 ligada aos microtúbulos, os cientistas descobriram que a forma como a LRRK2 forma esses pequenos grupos depende das interações entre suas diferentes partes. Por exemplo, uma área da proteína, conhecida como domínio WD40, interage com outras seções como os domínios ARM e ANK.

Através dessa interação, a LRRK2 pode estabilizar sua presença nos microtúbulos. As seções N-terminais da proteína, que eram flexíveis e difíceis de estudar antes, parecem se tornar mais ordenadas quando a LRRK2 está ligada aos microtúbulos, sustentando ainda mais sua integridade estrutural.

Observações dos Oligômeros de LRRK2

Os pesquisadores também observaram que a LRRK2 forma grupos curtos e soltos ao redor dos microtúbulos, em vez de longas estruturas compactas. Essa descoberta é importante, já que revela as diferentes formas que a LRRK2 pode interagir com o ambiente dependendo do seu estado e das condições ambientais.

Ao examinar os ângulos e arranjos desses oligômeros, os cientistas descobriram que eles apresentavam um padrão de organização diferente em comparação com as formas ativas. A LRRK2 auto-inibida tende a criar estruturas que parecem mais com anéis ao redor dos microtúbulos, em vez de formas espirais.

Importância das Descobertas

As descobertas recentes sobre o comportamento da LRRK2 nos microtúbulos podem ajudar a melhorar nossa compreensão da Doença de Parkinson. É crucial entender como a LRRK2 interage com os microtúbulos e como isso pode mudar com diferentes versões da proteína ligadas à DP.

Essa pesquisa não só acrescenta ao nosso conhecimento sobre a LRRK2, mas também aponta a necessidade de estudos futuros. Compreender essas interações pode levar a novos tratamentos para a Doença de Parkinson, direcionando a proteína LRRK2 de uma maneira que ajude a controlar sua atividade e seus efeitos nas funções celulares.

Direções Futuras

Conforme a pesquisa avança, os cientistas precisarão explorar os papéis biológicos da LRRK2 em mais detalhes. Entender como mutações relacionadas à DP afetam a interação da LRRK2 com microtúbulos e outras estruturas celulares é essencial. Estudos futuros podem se concentrar em se a LRRK2 pode mudar sua forma dependendo do ambiente e como isso se relaciona com suas funções em estados saudáveis e doentes.

A investigação contínua sobre o papel da LRRK2 na Doença de Parkinson tem o potencial de levar a insights importantes e avanços no tratamento. Estudando cuidadosamente como a LRRK2 forma conexões e muda sua estrutura, os pesquisadores esperam descobrir novas opções para estratégias terapêuticas que possam beneficiar pessoas diagnosticadas com essa condição complexa.

Fonte original

Título: Cryo-electron tomography reveals the microtubule-bound form of inactive LRRK2

Resumo: Parkinsons Disease (PD) is the second most common neurodegenerative disorder. Mutations in leucine-rich repeat kinase 2 (LRRK2), a multi-domain protein containing both a kinase and a GTPase, are a leading cause of the familial form of PD. Pathogenic LRRK2 mutations increase LRRK2 kinase activity. While the bulk of LRRK2 is found in the cytosol, the protein associates with membranes where its Rab GTPase substrates are found, and under certain conditions, with microtubules. Integrative structural studies using single-particle cryo-electron microscopy (cryo-EM) and in situ cryo-electron tomography (cryo-ET) have revealed the architecture of microtubule-associated LRRK2 filaments, and that formation of these filaments requires LRRK2s kinase to be in the active-like conformation. However, whether LRRK2 can interact with and form filaments on microtubules in its autoinhibited state, where the kinase domain is in the inactive conformation and the N-terminal LRR domain covers the kinase active site, was not known. Using cryo-ET, we show that full-length LRRK2 can oligomerize on microtubules in its autoinhibited state. Both WT-LRRK2 and PD-linked LRRK2 mutants formed filaments on microtubules. While these filaments are stabilized by the same interfaces seen in the active-LRRK2 filaments, we observed a new interface involving the N-terminal repeats that were disordered in the active-LRRK2 filaments. The helical parameters of the autoinhibited-LRRK2 filaments are different from those reported for the active-LRRK2 filaments. Finally, the autoinhibited-LRRK2 filaments are shorter and less regular, suggesting they are less stable.

Autores: Elizabeth Villa, S. Chen, T. Basiashvili, J. Hutchings, M. S. Murillo, A. V. Suarez, J. A. Louro, A. E. Leschziner

Última atualização: 2024-06-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.18.599606

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.18.599606.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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