Abordando a Obesidade Infantil Através de Modelos Preditivos
Novo modelo prevê riscos de obesidade usando registros de saúde infantil.
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Índice
- Por Que Isso Importa
- A Necessidade de Ferramentas Melhores
- Limitações dos Modelos Atuais
- Nossos Objetivos de Pesquisa
- Fontes de Dados
- Como Processamos os Dados
- Analisando Padrões de Obesidade
- Treinando Nosso Modelo de Previsão
- Desempenho do Modelo
- Importância dos Preditores
- Implicações para Medidas Preventivas
- Forças do Nosso Modelo
- Limitações do Nosso Estudo
- Próximos Passos
- Conclusão
- Fonte original
A Obesidade infantil é um problema sério que afeta muitas crianças ao redor do mundo, especialmente nos Estados Unidos. Quase 1 em cada 5 crianças, ou cerca de 14,7 milhões de kids entre 2 e 19 anos, são consideradas obesas. Essa condição pode levar a problemas de saúde graves, como diabetes e doenças cardíacas.
Por Que Isso Importa
Muitas crianças só são vistas por profissionais de saúde por problemas de peso depois de já estarem obesas. Esse timing dificulta a eficácia das soluções. Estudos mostram que menos de 30% das crianças que estão acima do peso ou obesas são reconhecidas pelos médicos. E ainda menos têm um diagnóstico oficial registrado nos Prontuários Médicos. Os profissionais de saúde às vezes usam gráficos para checar o peso, mas geralmente não reagem até que a criança já esteja classificada como acima do peso ou obesa. Os motivos para isso incluem falta de tempo, recursos limitados e incerteza sobre a gravidade do peso da criança.
A Necessidade de Ferramentas Melhores
Nessa situação, ter ferramentas confiáveis que possam identificar rapidamente crianças em risco de obesidade poderia ajudar. Usando dados que normalmente estão nos prontuários médicos, essas ferramentas buscam alertar os profissionais de saúde com antecedência, antes que o problema de peso da criança se torne mais sério.
Novas ideias usando inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML) estão sendo exploradas para entender o que causa a obesidade infantil e como preveni-la de forma eficaz. Esses novos métodos são diferentes porque analisam mais do que apenas as medidas de peso em um único momento da vida da criança. Eles podem examinar dados coletados ao longo de vários anos para ver padrões e tendências.
Limitações dos Modelos Atuais
Um dos principais problemas com as ferramentas existentes que preveem a obesidade é que elas dependem de informações que nem sempre são fáceis de obter. Por exemplo, detalhes sobre saúde familiar, fatores genéticos e hábitos da criança nem sempre estão disponíveis nos prontuários médicos. Muitos modelos também olham para o risco de obesidade em apenas uma idade, o que limita sua aplicação para crianças em diferentes estágios. Além disso, não existem modelos grandes e bem testados para usar.
Nossos Objetivos de Pesquisa
Essa pesquisa tem como objetivo criar um modelo que possa Prever com precisão os riscos de obesidade em crianças usando dados que normalmente estão disponíveis nos prontuários médicos. Nos concentramos em crianças de até 10 anos porque os padrões de peso delas na primeira infância podem prever seu peso na vida adulta. Vamos analisar de perto o desempenho do modelo em diferentes momentos, locais e subgrupos de crianças.
Fontes de Dados
Os dados usados para este estudo vêm de uma grande rede de saúde infantil nos Estados Unidos. Analisamos registros de mais de 68.000 crianças de 2002 a 2019 para garantir que nossas descobertas não foram influenciadas pela pandemia recente, que pode ter mudado os padrões de peso das crianças. Desses, focamos em cerca de 36.191 crianças que fizeram check-ups regulares e tinham dados confiáveis de peso e altura.
Como Processamos os Dados
Selecionamos características relevantes dos prontuários médicos com base em conselhos de especialistas. Isso incluiu diagnósticos relacionados à obesidade, medicamentos e medidas físicas. Dividimos os dados em diferentes períodos, especialmente destacando mudanças no peso e na altura.
Classificamos o peso em grupos como abaixo do peso, normal, acima do peso e obeso, com base em diretrizes de saúde estabelecidas. Além disso, criamos uma característica para acompanhar como as medições de peso mudaram ao longo do tempo. Incluímos detalhes demográficos como sexo, raça e características do bairro para entender melhor o histórico de cada criança.
Analisando Padrões de Obesidade
Para ver como o status de obesidade muda, examinamos crianças de 3 a 10 anos que foram classificadas como obesas. Nossos achados mostraram que muitas crianças que eram obesas aos 3 anos tinham peso normal quando eram mais novas. Essa tendência continuou, com um número significativo de crianças sendo classificadas como peso normal na infância, mas se tornando obesas aos 10 anos.
Treinando Nosso Modelo de Previsão
Usamos um modelo de aprendizado profundo, um tipo de IA que aprende a partir de dados, para prever os riscos de obesidade. O modelo analisou os prontuários de saúde de crianças de 0 a 2 anos e combinou essas informações com dados de anos posteriores para fazer previsões.
Testamos o modelo extensivamente para garantir que fosse confiável. Verificamos como o desempenho do modelo se manteve ao longo do tempo e em diferentes locais. Também olhamos de perto como o modelo se saiu entre vários grupos de crianças com diferentes contextos.
Desempenho do Modelo
Nosso modelo mostrou resultados fortes. Medimos sua capacidade de identificar corretamente crianças em risco de obesidade usando várias métricas, como sensibilidade (quão bem o modelo detecta casos verdadeiros) e especificidade (quão bem o modelo evita alarmes falsos).
Além disso, comparamos nosso modelo com métodos de base que consideraram apenas os dados de peso mais recentes. Nosso modelo teve um desempenho significativamente melhor em todas as medidas, demonstrando sua eficácia como uma ferramenta de triagem.
Importância dos Preditores
Além de avaliar o modelo, analisamos quais características desempenharam o papel mais importante na previsão do risco de obesidade. Os fatores mais críticos acabaram sendo medições de peso anteriores e certas condições de saúde. O histórico de saúde da família, como antecedentes de hipertensão ou problemas cardiovasculares, também contribuiu para a precisão do modelo.
Medidas Preventivas
Implicações paraNosso trabalho destaca a importância de usar ferramentas que considerem mais do que apenas o peso atual. A identificação precoce de crianças em risco de obesidade oferece a chance de medidas preventivas, como educação sobre estilo de vida saudável e cuidados centrados na família.
Forças do Nosso Modelo
Uma das principais forças desse modelo é que ele usa apenas dados que normalmente são coletados durante visitas médicas regulares, tornando-o adequado para uso em muitos sistemas de saúde. Isso permite uma implementação mais ampla sem a necessidade de processos adicionais de coleta de dados que poderiam ser um fardo.
Limitações do Nosso Estudo
Embora tenhamos avançado bastante, nossa pesquisa não está sem limitações. Como se baseou em dados passados, pode não capturar totalmente mudanças nas práticas de saúde ao longo do tempo. Além disso, os dados vieram de um único sistema de saúde, o que pode limitar sua generalizabilidade.
Além disso, não tivemos acesso a informações sobre comportamentos de estilo de vida, que também podem influenciar o risco de obesidade. No entanto, nosso foco foi usar dados médicos rotineiros para criar uma ferramenta prática para os profissionais de saúde.
Próximos Passos
Estamos trabalhando no desenvolvimento de uma ferramenta que possa ser integrada aos sistemas de registros eletrônicos de saúde (EHR) para ajudar os médicos a identificar crianças em risco de obesidade de forma mais eficaz. Essa ferramenta buscará apoiar cuidados preventivos em tempo hábil em diferentes ambientes de saúde e, eventualmente, melhorar os resultados de saúde infantil.
Conclusão
Nosso estudo apresenta uma avenida promissora para prever a obesidade infantil usando dados médicos existentes. Ao identificar crianças em risco precocemente, podemos implementar intervenções eficazes que podem melhorar sua saúde e bem-estar à medida que crescem.
Título: Reliable prediction of childhood obesity using only routinely collected EHRs is possible
Resumo: ObjectiveIdentifying children at high risk of developing obesity can offer a critical time to change the course of the disease before it establishes. Numerous studies have tried to achieve this; but practical limitations remain, including (i) relying on data not present in routinely available pediatric data (like prenatal data), (ii) focusing on a single age prediction (hence, not tested across ages), and (iii) not achieving good results or adequately validating those. MethodsA customized sequential deep learning model was built to predict the risk of childhood obesity, focusing especially on capturing the temporal patterns. The model was trained only on routinely collected EHRs, containing a list of features identified by a group of clinical experts, and sourced from 36,191 diverse children aged 0 to 10. The model was evaluated using extensive discrimination, calibration, and utility analysis; and was validated temporally, geographically, and across various subgroups. ResultsOur results are mostly better (and never worse) than all previous studies, including those that focus on single-age predictions or link EHRs to external data. Specifically, the model consistently achieved an area under the curve (AUROC) of above 0.8 (with most cases around 0.9) for predicting obesity within the next 3 years for children 2 to 7. The validation results show the robustness of the model. Furthermore, the most influential predictors of the model match important risk factors of obesity. ConclusionsOur model is able to predict the risk of obesity for young children using only routinely collected EHR data, greatly facilitating its integration with the periodicity schedule. The model can serve as an objective screening tool to inform prevention efforts, especially by helping with very delicate interactions between providers and families in primary care settings.
Autores: Mehak Gupta, T.-L. T. Phan, D. Eckrich, H. T. Bunnell, R. Beheshti
Última atualização: 2024-01-31 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.29.24301945
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.29.24301945.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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