O Impacto na Saúde Mental das Estratégias de Perda de Peso
Analisando como mudanças na dieta afetam o bem-estar mental durante tentativas de perda de peso.
― 8 min ler
Índice
- Perda de Peso e Saúde Mental
- Objetivo da Pesquisa
- Fonte de Dados
- Avaliação da Saúde Mental
- Avaliação das Mudanças na Dieta
- Informações dos Participantes
- Descobertas
- Relação Entre Dieta e Saúde Mental
- Implicações das Descobertas
- Recomendações para Profissionais de Saúde
- Limitações do Estudo
- Conclusão
- Fonte original
A obesidade é um grande problema nos Estados Unidos, afetando uma parte significativa da população. Um montão de gente tenta emagrecer todo ano. Perder peso pode ajudar a prevenir problemas de saúde sérios, tipo diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. Também melhora a mobilidade no geral. Os médicos geralmente recomendam emagrecimento pra quem tá obeso, mas o conselho é bem simples, tipo "coma menos e se exercite mais". Esse tipo de dica pode fazer as pessoas mudarem bastante a dieta, mas nem sempre essas mudanças são boas pra Saúde Mental. Tem vários fatores que influenciam o sucesso na perda de peso, não é só dieta e exercício.
Perda de Peso e Saúde Mental
Pesquisas mostram que perder peso pode ter efeitos diferentes na saúde mental. Alguns estudos encontraram que emagrecer pode melhorar a saúde mental, enquanto outros sugerem que pode aumentar os sentimentos de depressão. Um motivo pra isso pode ser o estresse causado pela dieta, incluindo a sensação de não poder comer o que quer.
Muita gente tentando emagrecer reduz a ingestão de Carboidratos. Carboidratos estão em vários alimentos calóricos, como bebidas açucaradas e lanches. Alguns estudos indicam que comer muitos carboidratos pode estar relacionado a uma saúde mental pior, especialmente com ansiedade e depressão. Mas nem todos os estudos concordam. Algumas análises recentes mostram que dietas com poucos carboidratos não melhoram necessariamente a ansiedade ou a depressão.
Gordura também é outra preocupação na perda de peso. Algumas pesquisas sugerem que uma dieta rica em gorduras saturadas pode estar ligada a um aumento no risco de depressão e ansiedade. Por outro lado, dietas com pouca gordura foram associadas a sentimentos de raiva e hostilidade. Diferentes tipos de gordura parecem ter efeitos diferentes no humor. Gorduras insaturadas, como os ácidos graxos ômega-3, podem até ajudar a reduzir a ansiedade e a depressão, enquanto as gorduras saturadas podem não ter o mesmo efeito positivo. No entanto, alguns estudos não encontraram nenhuma relação entre a ingestão de gordura e a saúde mental.
Manter-se Hidratado bebendo mais água pode ajudar na perda de peso, já que pode reduzir a fome e diminuir a ingestão calórica. A água também ajuda a queimar energia e quebrar gordura. Beber água suficiente foi associado a um humor melhor, enquanto a desidratação pode aumentar a tensão e a ansiedade.
Outra estratégia comum de emagrecimento é comer menos ou pular refeições. Embora isso possa ajudar a perder peso, também pode afetar a saúde mental por não fornecer os nutrientes necessários pro bom funcionamento do cérebro. Estudos mostram que pular o café da manhã tá ligado a taxas mais altas de depressão e estresse. Pra crianças, faltar refeições pode causar vários problemas psicológicos.
Objetivo da Pesquisa
Embora haja bastante pesquisa sobre os efeitos de mudanças alimentares específicas na perda de peso e saúde mental, muitos estudos focam em populações gerais, não em quem tá tentando emagrecer especificamente. Além disso, os estudos que olham pra perda de peso intencional muitas vezes não examinam como mudanças específicas na dieta se relacionam com a saúde mental. Eles tendem a olhar mudanças mais amplas, como programas de emagrecimento ou opções cirúrgicas.
Pra preencher essa lacuna, a gente quis explorar como várias mudanças na dieta feitas por pessoas tentando emagrecer se relacionam com a saúde mental. A gente hipotetizou que reduzir a ingestão de carboidratos e gorduras e beber mais água estaria ligado a uma saúde mental melhor, enquanto comer menos e pular refeições estaria associado a uma saúde mental pior.
Fonte de Dados
Utilizamos dados de uma pesquisa nacional de saúde realizada nos Estados Unidos, conhecida como National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), de 2005 a 2006. Essa pesquisa fornece informações extensas sobre a saúde e o estado nutricional das pessoas nos EUA e inclui uma amostra representativa da população. Focamos em adultos de 20 anos ou mais e excluímos quem não respondeu às perguntas relacionadas ao nosso estudo.
Avaliação da Saúde Mental
Pra avaliar a saúde mental, escolhemos quatro perguntas do conjunto de dados da NHANES. Essas perguntas focaram em sentimentos de autoestima, depressão e interesse em atividades nas últimas duas semanas. Além disso, os participantes disseram quantos dias a saúde mental deles não estava boa no mês anterior. As três primeiras perguntas fazem parte de uma ferramenta reconhecida que avalia a gravidade da depressão.
Avaliação das Mudanças na Dieta
Os participantes foram questionados sobre quais métodos usaram pra tentar emagrecer. Eles receberam uma lista de opções, incluindo "comi menos gordura", "comi menos carboidratos", "bebi muita água", "comi menos comida" e "pulei refeições", entre outras.
Informações dos Participantes
Analisamos dados de quase 4.000 participantes. A idade média era de cerca de 47 anos. A amostra incluía uma mistura de homens e mulheres e representava várias raças e níveis de escolaridade. A maioria dos participantes relatou uma renda familiar em torno de 38 mil dólares.
Descobertas
Quando olhamos quantas vezes os participantes relataram sentimentos negativos ou saúde mental ruim, vimos que cerca de 14% se sentiram mal consigo mesmos nas últimas duas semanas, pelo menos às vezes. Cerca de 22% se sentiram pra baixo, deprimidos ou sem esperança, e aproximadamente 20% tiveram dificuldade em encontrar interesse em atividades. Em média, os participantes relataram que sua saúde mental não estava boa por cerca de quatro dias no último mês.
Em termos de mudanças na dieta, cerca de 21% das pessoas relataram que estavam bebendo mais água, enquanto cerca de 19% comeram menos gordura e 14% comeram menos carboidratos. Muitos participantes também relataram que estavam comendo menos comida ou pulando refeições, com 30% dizendo que comeram menos e cerca de 9% admitindo que pularam refeições.
Relação Entre Dieta e Saúde Mental
Nossa análise mostrou que todas as mudanças na dieta estavam de alguma forma ligadas à saúde mental. Por exemplo, pular refeições estava associado a se sentir mal consigo mesmo, assim como a se sentir deprimido. Comer menos carboidratos estava ligado a menos interesse em atividades.
Na análise adicional, descobrimos que os participantes que pularam refeições tinham uma probabilidade maior de se sentir mal consigo mesmos e de se sentir pra baixo. Comer menos carboidratos também estava conectado a ter menos interesse em atividades que costumavam gostar. Curiosamente, nenhuma das mudanças na dieta estava fortemente associada a mais dias de saúde mental ruim.
Implicações das Descobertas
Nosso estudo revela as complexidades de como mudanças na dieta impactam a saúde mental durante os esforços de perda de peso. Enquanto antes acreditávamos que comer menos gordura e beber mais água teria efeitos positivos fortes na saúde mental, os dados não apoiaram essas ideias. Nossas descobertas destacam a importância de entender os potenciais impactos negativos de certas estratégias de emagrecimento, especialmente pular refeições.
Recomendações para Profissionais de Saúde
Dada a associação entre pular refeições e problemas de saúde mental, os profissionais de saúde devem ter cautela ao recomendar métodos de emagrecimento. É essencial promover uma alimentação equilibrada ao invés de dietas extremas. Embora reduzir carboidratos refinados seja benéfico, é crucial manter uma quantidade saudável de carboidratos gerais pra uma boa saúde mental e física.
Além disso, integrar apoio à saúde mental nas estratégias de perda de peso é vital. Os profissionais de saúde devem estar cientes de como vários métodos de emagrecimento podem afetar a saúde mental e considerar programas de aconselhamento ou suporte pra ajudar os indivíduos a gerenciar o estresse enquanto focam em seus objetivos de emagrecimento.
Limitações do Estudo
Esse estudo tem algumas limitações. Os dados que analisamos são observacionais, o que significa que não podemos afirmar com certeza que mudanças na dieta causam diretamente mudanças na saúde mental. Estudos futuros devem buscar dados de longo prazo e considerar outros fatores, como estresse, que podem influenciar essas relações.
Além disso, enquanto o conjunto de dados da NHANES fornece informações valiosas, ele não incluiu algumas práticas alimentares recentes, que poderiam dar uma visão melhor das tendências atuais. A amostra do estudo também não representou suficientemente alguns grupos raciais ou étnicos, o que limita a generalização das descobertas.
Por fim, as perguntas sobre saúde mental usadas na pesquisa focaram principalmente em sintomas de depressão e podem não representar totalmente questões de saúde mental mais amplas. Pesquisas futuras devem incluir uma gama mais ampla de avaliações de saúde mental.
Conclusão
Em resumo, as pessoas que querem emagrecer devem receber um apoio completo que equilibre a saúde física com o bem-estar mental. É crucial entender como mudanças alimentares específicas podem afetar a saúde mental pra fornecer a melhor orientação possível. Ao adotar estratégias práticas que apoiem tanto o corpo quanto a mente, as pessoas podem alcançar melhores resultados de saúde enquanto mantêm um estado mental positivo.
Título: The Association Between Dietary Changes to Lose Weight and Mental Health Status in the National Health and Nutrition Examination Survey, 2005-2006
Resumo: BackgroundWeight loss is a common endeavor taken by millions of residents annually in the U.S.--a country with a 31% overweight and 42% obesity rate. Weight loss is associated with numerous physical health benefits, such as better cardiovascular health. However, unhealthy weight loss strategies can cause adverse mental health effects. Past research has focused on how weight loss strategies affect the mental health of a general population--rather than those who are trying to lose weight--or has investigated a diverse array of weight loss strategies. This paper explores how dietary changes for weight loss are associated with mental health, specifically through several variables used in the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ9), which measures depression severity. We hypothesize that eating less and skipping meals will be associated with poorer mental health status, while eating fewer carbohydrates, eating less fat, and drinking more water will be associated with better mental health status. Methods and FindingsThis study uses the U.S. 2005-2006 National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) 2005. Univariate (descriptive statistics), bivariate (correlation coefficient), and multivariate (ordinal logistic regression) analyses were performed. The main results show that skipped meals was positively associated with feeling bad about yourself, feeling down, depressed, or hopeless, and little interest in doing things. Ate fewer carbohydrates was negatively associated with the little interest in doing things. ConclusionDiffering dietary changes used for weight loss, particularly skipping meals and eating fewer carbohydrates, are associated with differences in mental health status. Health care professionals providing weight loss guidance should be cognizant of patients baseline mental health and the potential for changes in mental health with different dietary strategies. Future research employing a longitudinal approach to determine whether there is evidence of a causal relationship between these and other dietary strategies and subsequent mental health outcomes.
Autores: Jihyun Jane Min, K. Noh, S. Nam, A. Ellison-Barnes
Última atualização: 2024-02-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.01.24302138
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.01.24302138.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.