Avaliando a Saúde Muscular em Crianças com Paralisia Cerebral
Estudo analisa a saúde muscular usando ultrassom em crianças com e sem deficiências.
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Índice
Na Reabilitação, é importante avaliar o sistema musculoesquelético, que inclui músculos, tendões, articulações e ligamentos. Essa avaliação ajuda a criar um plano de tratamento que visa restaurar a função. Entender como essas estruturas funcionam e quais problemas podem ter é crucial. Para os mais velhos, ter músculos suficientes é fundamental para continuar ativo fisicamente.
A Saúde Muscular pode ser checada usando várias técnicas, incluindo métodos de imagem como ressonância magnética e ultrassom. Esses métodos mostram quanto de gordura tem dentro dos músculos e como eles estão funcionando. Fisioterapeutas também usam testes para medir força e amplitude de movimento. Exames de imagem como raios-X e tomografias fornecem fotos detalhadas do sistema musculoesquelético, ajudando a identificar níveis de função e incapacidade. Porém, esses exames podem ser caros e às vezes usam radiação.
A Imagem por ultrassom está ganhando popularidade na avaliação musculoesquelética. Ela permite fotos em tempo real do corpo com menos riscos e geralmente é mais barata. Mais aparelhos de ultrassom são portáteis, facilitando seu uso em diferentes ambientes, até em casa. Estudos recentes começaram a focar em usar ultrassom para avaliar a saúde muscular. Por exemplo, um estudo mediu a espessura de um músculo específico em adultos mais velhos, ligando isso à saúde muscular geral e mobilidade.
Além disso, a imagem por ultrassom tem sido útil para Crianças na reabilitação. Muitas avaliações padrão para crianças medem a capacidade delas de se mover e realizar atividades do dia a dia. Estudos mostraram que a espessura muscular em crianças está relacionada à sua capacidade de correr e ser ativa. A sarcopenia, ou perda de músculo, pode acontecer em crianças assim como em adultos mais velhos, especialmente quando elas estão menos ativas. Embora existam estudos sobre ultrassom nos músculos de crianças, são menos os que analisam crianças com deficiências como Paralisia Cerebral.
Avaliar crianças com deficiências físicas pode ser desafiador porque alguns testes podem não se encaixar devido a diferentes habilidades intelectuais. No entanto, o ultrassom pode ajudar, pois fornece informações sobre a estrutura muscular e como as crianças conseguem realizar tarefas diárias.
Visão Geral do Estudo
Esse estudo analisou a saúde muscular usando imagens de ultrassom em crianças saudáveis e crianças com deficiências físicas devido à paralisia cerebral, com idades de 6 a 15 anos. Seis crianças saudáveis e seis com deficiências participaram dessa pesquisa.
As crianças com deficiências físicas foram categorizadas com base em sua capacidade de se mover e entender a linguagem. O aparelho de ultrassom usado no estudo mediu áreas específicas da espessura muscular enquanto as crianças estavam relaxadas. Imagens foram tiradas de ambos os lados do corpo para garantir precisão, e uma boa quantidade de gel foi usada para ajudar a obter fotos claras.
A análise das imagens de ultrassom forneceu dados sobre espessura e qualidade muscular. Medidas foram feitas em vários grupos musculares dos braços e pernas. Os dados foram então analisados para ver se havia diferenças entre as crianças saudáveis e aquelas com deficiências.
A aprovação ética para o estudo foi obtida, garantindo que seguisse padrões éticos para pesquisa, especialmente ao envolver crianças. O consentimento informado foi coletado dos responsáveis antes do início do estudo.
Resultados sobre Espessura e Qualidade Muscular
A pesquisa descobriu que os músculos das crianças saudáveis eram geralmente mais grossos do que os das crianças com deficiências físicas. Especificamente, para o grupo dos músculos flexores do cotovelo no braço, crianças saudáveis tinham uma espessura muscular de cerca de 19,16 mm, enquanto aquelas com paralisia cerebral tinham cerca de 16,08 mm. A porcentagem de tecido muscular no braço também foi menor nas crianças com deficiências.
Os músculos flexores do pulso mostraram uma diferença maior, com crianças saudáveis apresentando uma espessura de cerca de 25,03 mm em comparação com 15,97 mm nas crianças com deficiências. A massa muscular nesse grupo também foi menor nas com deficiências.
Ao olhar para o grupo muscular extensor do joelho na coxa, crianças saudáveis tinham uma espessura de 23,51 mm, enquanto as crianças com deficiências tinham apenas 12,38 mm. Esses resultados indicam diferenças substanciais na espessura muscular, apontando para a necessidade de terapia direcionada em crianças com deficiências.
Na perna inferior, a espessura dos músculos flexores plantares do tornozelo era de 48,32 mm em crianças saudáveis e 32,84 mm naquelas com deficiências. Isso indica que a saúde muscular da perna inferior também está comprometida em crianças com paralisia cerebral.
Implicações para Reabilitação
Os resultados do estudo sugerem que crianças com paralisia cerebral têm menos massa muscular e qualidade muscular inferior em comparação com seus colegas saudáveis. Essa diminuição pode afetar a capacidade delas de realizar atividades diárias. A força muscular nas pernas é especialmente importante para movimentos básicos como andar e subir escadas.
O treinamento de força para os músculos dos membros inferiores é essencial para a reabilitação em crianças com deficiências. No entanto, barreiras de comunicação podem dificultar a orientação apropriada durante a reabilitação dessas crianças.
É crucial desenvolver programas de treinamento que se concentrem em aumentar a espessura muscular, levando em conta diferentes níveis de desenvolvimento intelectual. Esses programas podem ajudar a melhorar as habilidades de movimento e apoiar as atividades diárias.
Direções Futuras
Embora este estudo mostre a utilidade da imagem por ultrassom para avaliar a saúde muscular, mais pesquisas são necessárias. O número de participantes foi limitado, então estudos maiores são necessários para entender melhor as diferentes condições de crianças com deficiências.
Melhorar a precisão das avaliações de ultrassom durante atividades físicas é outra área para desenvolvimento. Os métodos atuais podem não capturar a imagem completa do desempenho muscular, especialmente durante movimentos ativos.
Usando a imagem por ultrassom, os profissionais de saúde podem acompanhar as mudanças musculares ao longo do tempo e avaliar quão eficazes são os programas de reabilitação para crianças com deficiências. Essa abordagem não invasiva pode fornecer insights valiosos sobre a saúde muscular e ajudar a informar planos de tratamento voltados a melhorar a função geral e a qualidade de vida.
Resumindo, a imagem por ultrassom se mostra uma ferramenta útil na avaliação da saúde musculoesquelética tanto para crianças saudáveis quanto para aquelas com deficiências físicas. Ela permite uma melhor compreensão da estrutura e função muscular, apoiando o desenvolvimento de métodos de reabilitação eficazes. A pesquisa contínua contribuirá para aumentar o conhecimento sobre como melhorar a qualidade e a função muscular, melhorando os resultados para crianças com deficiências.
Título: Comparative analysis of muscle thickness, muscle percentage of subcutaneous tissue, and muscle luminance in skeletal muscles of limbs of normal children and children with limb disabilities due to cerebral palsy using ultrasound imaging
Resumo: BackgroundUltrasound imaging is increasingly utilized for musculoskeletal evaluation because it is cost-effective and non-invasive. This study aims to analyze the differences in muscle thickness, muscle percentage of subcutaneous tissue, and muscle luminance in children with limb disabilities due to cerebral palsy compared with typically developing children. MethodsThis cross-sectional study included 12 children aged 6-15 years, divided equally into two groups: children with physical disabilities due to cerebral palsy and healthy controls. Ultrasound imaging was used to measure muscle thickness, percentage of muscle in subcutaneous tissue, and muscle luminance in various muscle groups of the limbs. Statistical analyses were conducted using t-tests to compare the two groups. ResultsSignificant differences were observed in muscle thickness and percentage of muscle in subcutaneous tissue between the groups, particularly in the lower limbs. Muscle luminance did not exhibit consistent differences. These findings suggest a decreased muscle mass and altered composition in children with cerebral palsy, which may influence their physical function and mobility. ConclusionsOur results underscore the value of ultrasound in clinically assessing muscle properties in children with cerebral palsy. This modality offers a promising tool for evaluating muscle alterations and potentially guiding targeted interventions to improve mobility and quality of life in affected children.
Autores: Hideki Ishikura
Última atualização: 2024-06-28 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.24.600485
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.24.600485.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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