Força de pegada: um indicador chave de saúde
Pesquisas mostram que a força de pegada tá ligada à saúde geral e a fatores genéticos.
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Índice
A Força de pegada (FP) é uma medida simples de quão forte é a mão de uma pessoa ao apertar algo, tipo um dinamômetro. Essa força é importante porque pode ser um sinal da Saúde muscular no geral. Estudos mostraram que a força de pegada pode ajudar a prever várias questões de saúde.
Por exemplo, uma pesquisa descobriu que, entre mulheres pós-menopáusicas, a baixa força de pegada na mão dominante aumentava ligeiramente a probabilidade de fraturas no quadril. Resultados semelhantes foram observados em um estudo com uma grande população em Hong Kong, que mostrou que pessoas com força de pegada mais baixa tinham maior chance de fraturas graves. Além disso, um grande estudo com mais de um milhão de homens indicou que indivíduos mais fortes tinham um risco menor de problemas de saúde sérios, como doenças cardíacas e questões de saúde mental.
No Reino Unido, outro estudo mostrou que a força de pegada pode ter um papel protetor contra certas condições, como fibrilação atrial e doenças das artérias coronárias. A força de pegada também foi ligada à saúde mental, mostrando uma relação negativa com depressão e problemas de atenção.
Genéticos na Força de Pegada
FatoresA força de pegada não é influenciada só pela atividade física e dieta; a genética também desempenha um papel crucial. Estimativas sugerem que 30-65% das diferenças na força de pegada podem ser atribuídas à genética. No entanto, relativamente poucos estudos analisaram os genes específicos envolvidos na força de pegada.
Um estudo inicial não encontrou variantes genéticas significativas associadas à força de pegada. Em contraste, um estudo maior no UK Biobank encontrou 16 marcadores genéticos ligados à força de pegada. Esses marcadores estavam próximos a genes envolvidos na função muscular e em certas condições neurológicas.
Outro estudo focou na força de pegada em relação ao peso corporal e identificou 64 marcadores. Alguns desses marcadores estavam perto de genes associados a distúrbios do desenvolvimento muscular e deficiências intelectuais. Um estudo recente mais amplo também identificou vários marcadores genéticos ligados à força de pegada entre um grupo de idosos.
O Papel do Ambiente
Enquanto a genética é significativa, a força de pegada também pode ser afetada por Fatores Ambientais como dieta, exercício e saúde geral. Indivíduos mais jovens, com menos influências ambientais, podem mostrar um impacto genético mais claro na força de pegada.
Para investigar os fatores genéticos que influenciam a força de pegada em crianças, pesquisadores conduziram estudos com dois grupos de crianças. Isso incluiu o Estudo Longitudinal de Pais e Crianças de Avon (ALSPAC) com mais de 5.000 participantes e o Estudo Raine com mais de 1.000 participantes.
Avaliando a Força de Pegada em Crianças
No estudo ALSPAC, as crianças foram medidas para força de pegada usando um dispositivo chamado dinamômetro Jamar aos 11 anos. Cada criança recebeu instruções e testes práticos para garantir resultados precisos. A melhor pontuação de três tentativas foi considerada a medida da força de pegada.
No Estudo Raine, a força de pegada foi avaliada durante vários acompanhamentos, com medidas específicas feitas em certas idades. Métodos semelhantes foram usados para garantir resultados consistentes.
Análise Genética e Descobertas
Ambos os estudos buscavam analisar dados genéticos juntamente com as medidas da força de pegada. Os participantes foram genotipados para encontrar marcadores genéticos ligados à força de pegada. Medidas de controle de qualidade foram implementadas para garantir descobertas precisas.
No estudo ALSPAC, a análise revelou que a força de pegada era altamente herdável, significando que a genética teve um papel importante nas diferenças observadas. As estimativas de herdabilidade mostraram que ambas as medidas de força de pegada estavam intimamente relacionadas.
Os pesquisadores também buscaram conexões entre a força de pegada e várias características de saúde, como problemas cardíacos e distúrbios psiquiátricos. Eles encontraram correlações positivas e negativas com certos riscos de saúde com base nas medidas de força de pegada.
A análise revelou que alguns marcadores genéticos já eram conhecidos por estarem associados a outras condições de saúde, sugerindo ainda mais relações entre a força de pegada e a saúde geral.
Descobertas Chave
Os estudos forneceram insights empolgantes sobre a genética da força de pegada. Eles não apenas encontraram marcadores genéticos previamente relatados, mas também identificaram novos que pareciam desempenhar um papel na força de pegada. Uma descoberta notável foi um marcador genético específico associado ao RNA não codificante longo, que tinha ligações ao tamanho do corpo.
Além disso, outros genes foram encontrados com fortes conexões à força de pegada. Essa consistência entre os dois estudos apoia a confiabilidade das descobertas.
Os pesquisadores buscaram replicar associações anteriores com a força de pegada e confirmaram várias delas. Isso incluiu marcadores ligados à função cerebral e aqueles envolvidos no desenvolvimento muscular.
Implicações para a Saúde
Entender o background genético da força de pegada e sua conexão com a saúde pode ter implicações importantes. Fortalecer a força de pegada pode ser um fator na redução de riscos à saúde como fraturas ou problemas cardiovasculares.
A pesquisa sugeriu que uma força de pegada mais baixa está relacionada tanto à saúde óssea quanto a uma maior probabilidade de fraturas. Assim, manter ou melhorar a força de pegada pode servir como uma medida preventiva para várias condições de saúde.
Direções Futuras
Esses estudos marcam passos significativos na compreensão da força de pegada sob uma perspectiva genética, particularmente em crianças. Os grupos mais jovens foram menos influenciados por fatores de estilo de vida, permitindo insights mais claros sobre os componentes genéticos envolvidos.
Com mais pesquisas, especialmente envolvendo grupos maiores de crianças, há potencial para descobrir ainda mais associações genéticas relacionadas à força de pegada. Isso pode levar a previsões melhores de resultados de saúde e intervenções mais eficazes para manter a força muscular conforme as pessoas envelhecem.
Conclusão
Em resumo, a força de pegada é um indicador valioso da saúde muscular e geral. Suas ligações com genética, riscos à saúde e fatores ambientais destacam sua importância. Através de estudos focados em crianças e adultos, os pesquisadores começaram a revelar o panorama genético relacionado à força de pegada. Este trabalho pode, em última análise, ajudar a melhorar estratégias de saúde e intervenções visando aumentar a saúde muscular e reduzir riscos à saúde no futuro.
Título: A GWAS for grip strength in cohorts of children, advantages of analysing young participants for this trait.
Resumo: Grip strength (GS) is a proxy measure for muscular strength and a predictor for bone fracture risk among other diseases. Previous genome-wide association studies (GWAS) have been conducted in large cohorts of adults focusing on scores collected for the dominant hand, therefore increasing the likelihood of confounding effects by environmental factors. Here, we perform the first GWAS meta-analyses on maximal GS with the dominant (GSD) and non-dominant (GSND) hand in two cohorts of children (ALSPAC, N = 5,450; age range = 10.65 - 13.61; Raine Study, N = 1,162, age range: 9.42-12.38 years). We identified a novel significant association for GSND (rs9546244, LINC02465, p = 3.43e-08) and replicated associations previously reported in adults including with a HOXB3 gene marker that shows an eQTL effect. Despite a much smaller sample ([~]3%) compared to the UK Biobank we replicated correlation and polygenic risk score (PRS) analyses previously reported in this much larger adult cohort. Specifically, we observed genetic correlations with coronary artery disease and a PRS association with the risk of overall fracture. Furthermore, we observed a higher SNP-heritability (24-41%) compared to previous studies (4-24%) in adults. Our results suggest that cohorts of children might be better suited for genetic studies of grip strength, possibly due to the shorter exposure to confounding environmental factors compared to adults.
Autores: Silvia Paracchini, F. Abbondanza, C. A. Wang, J. Schmitz, A. J. O. Whitehouse, C. E. Pennell
Última atualização: 2024-02-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.09.24302539
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.09.24302539.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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