Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Biologia# Neurociência

A Sensibilidade dos Recém-Nascidos a Vozes Emocionais

Pesquisas mostram que recém-nascidos conseguem reconhecer vozes emocionais já nascem com 37 semanas.

― 6 min ler


Sensibilidade à VozSensibilidade à VozEmocional emRecém-Nascidossemanas.detectam vozes emocionais com 37Estudo revela que recém-nascidos
Índice

As emoções são uma parte chave de como os humanos interagem uns com os outros. Esse assunto é estudado em áreas como ciência do cérebro, psicologia e saúde mental. Com o tempo, o cérebro humano se tornou mais sensível aos sinais emocionais que os outros mostram. Mesmo antes de seus olhos se desenvolverem completamente, os bebês conseguem reconhecer emoções nas Vozes. Características sonoras como tom, volume e ritmo ajudam a transmitir emoções sem usar palavras. Pesquisas mostraram que bebês com apenas 2 meses podem reagir de maneiras diferentes a sons que transmitem felicidade, medo, raiva e tristeza.

Respostas Emocionais em Recém-nascidos

Recém-nascidos, especialmente os com menos de quatro semanas, mostram reações claras a sinais emocionais nas vozes. Isso foi medido usando diferentes métodos, como observar os movimentos dos olhos e monitorar a atividade cerebral. A maioria dos estudos focou em bebês a termo, nascidos entre 37 e 41 semanas de gestação, tratando-os como um único grupo. Isso levanta perguntas importantes: Quando os recém-nascidos começam a mostrar SensibilidadeEmocional? Bebês prematuros (nascidos antes de 37 semanas) também podem mostrar isso? Bebês nascidos um pouco antes (37-38 semanas) reagem de forma diferente dos que nasceram no termo completo (39-40 semanas)? Surpreendentemente, nenhuma pesquisa ainda abordou essas questões.

Entender quando os bebês começam a processar emoções pode ajudar a diagnosticar condições como o autismo em um estágio inicial.

Objetivos da Pesquisa

Esse estudo tem como objetivo observar como os recém-nascidos reagem a vozes emocionais com base na idade em semanas. Queremos descobrir se bebês nascidos em diferentes estágios de gestação mostram diferentes níveis de sensibilidade a sons emocionais. Usamos um método conhecido como paradigma do odd-ball junto com uma resposta cerebral chamada negatividade de desvio (MMN) para verificar como os cérebros dos recém-nascidos reagem a vozes emocionais. A MMN é uma onda cerebral que aparece quando um som se destaca dos outros e pode aparecer mesmo que o bebê não esteja prestando atenção.

Nesse estudo, tocamos gravações de vozes felizes e neutras para os recém-nascidos. Focamos nas emoções felizes porque pesquisas sugerem que os bebês mostram preferência por emoções positivas. Também usamos sons de controle que combinavam com os sons vocais em volume e tom para garantir que os bebês estavam respondendo ao conteúdo emocional e não apenas às características sonoras.

Nosso objetivo é identificar quando os bebês conseguem começar a diferenciar entre vozes felizes e neutras.

Medições de Atividade Cerebral

Medimos a atividade cerebral de vários pontos no couro cabeludo durante o tempo em que os bebês escutavam os sons. Observamos ondas do cérebro que se formaram em resposta aos sons. Inicialmente, queríamos ver se havia diferenças entre os lados esquerdo e direito do cérebro. No entanto, descobrimos que não havia diferenças significativas, então fizemos uma média dos dados.

Ao analisarmos as diferenças, descobrimos que sons vocais levaram a respostas cerebrais mais fortes em comparação com sons não vocais. Também descobrimos que havia diferenças na atividade cerebral com base na idade dos bebês, com os bebês mais novos mostrando respostas menores em comparação com os mais velhos.

Resultados Significativos

Nossos resultados sugerem que os bebês começam a mostrar melhor sensibilidade a vozes emocionais por volta de 37 semanas de gestação. Eles reagem mais a vozes felizes do que a sons neutros. No entanto, recém-nascidos que nasceram antes de 37 semanas não parecem mostrar essa habilidade.

Durante os últimos meses de gestação, muita coisa acontece em termos de estrutura cerebral e habilidades cognitivas. Embora não haja prova direta de que bebês prematuros possam entender emoções vocais, alguns estudos mostram que eles respondem bem à fala com contexto social. Bebês nascidos a partir de 29 semanas parecem preferir a fala infantil, o que está relacionado a melhor foco e engajamento.

Impactos na Compreensão do Desenvolvimento

Tradicionalmente, 37 semanas de gestação era considerado um marco para a maturidade fetal. Pesquisas recentes mostraram que o desenvolvimento físico e cognitivo dos bebês varia dentro da faixa de termo completo. Bebês nascidos um pouco antes (37-38 semanas) estão em maior risco de problemas de saúde em comparação com aqueles nascidos mais tarde (39-41 semanas). Há evidências que ligam a idade gestacional a atrasos no desenvolvimento, sugerindo que nascimentos mais precoces podem ter impactos duradouros no desenvolvimento.

Nosso estudo destaca que as habilidades de processamento emocional em recém-nascidos parecem se desenvolver por volta de 37 semanas. Esse momento é importante para entender como apoiar os bebês durante a transição após o nascimento.

Importância para Triagem Precoce

Ao reconhecer quando a sensibilidade emocional se desenvolve, podemos melhor informar decisões tomadas nas últimas semanas de gestação e identificar recém-nascidos em risco de desafios emocionais e de desenvolvimento, particularmente o autismo. O autismo está frequentemente associado a dificuldades em processar informações emocionais. Embora os sinais comportamentais de autismo possam aparecer por volta dos dois anos de idade, a atividade cerebral relacionada ao processamento emocional pode ser observada muito antes, indicando a importância do diagnóstico precoce.

Essa pesquisa oferece uma possível ferramenta de triagem precoce através da medição das respostas cerebrais a vozes emocionais, o que poderia levar a melhores estratégias de intervenção.

Limitações e Direções Futuras

É importante notar que nossos sons de controle podem não ter levado em conta totalmente todas as características acústicas que ajudam os bebês na discriminação. Estudos futuros devem explorar vários tipos de sons emocionais, incluindo sons não vocais como riso e choro, para entender melhor o desenvolvimento emocional.

Devemos também investigar como os bebês respondem a uma gama mais ampla de estímulos emocionais para determinar se as habilidades que desenvolvem por volta de 37 semanas se aplicam a todos os tipos de sons emocionais ou são específicas para vozes.

Conclusão

Esse estudo ilumina um marco importante no desenvolvimento - a capacidade dos bebês de perceber vozes emocionais por volta de 37 semanas de gestação. Embora isso não indique uma compreensão completa das emoções, é um passo fundamental no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Entender essas habilidades iniciais ajuda a destacar a importância da idade gestacional na formação de como os bebês percebem e processam informações emocionais. Além disso, essas percepções podem abrir caminho para a detecção precoce e intervenção em crianças com distúrbios emocionais e de desenvolvimento. Focando nessas respostas iniciais, podemos melhorar a saúde e o bem-estar dos recém-nascidos enquanto eles se adaptam a seus novos ambientes.

Fonte original

Título: Neonatal sensitivity to vocal emotions: A developmental change at 37 weeks of gestational age

Resumo: Emotional responsiveness in neonates, particularly their ability to discern vocal emotions, plays an evolutionarily adaptive role in human communication and adaptive behaviors. The developmental trajectory of emotional sensitivity in neonates is crucial for understanding the foundations of early social-emotional functioning. However, the precise onset of this sensitivity and its relationship with gestational age (GA) remain subjects of investigation. In a study involving 120 healthy neonates categorized into six groups based on their GA (ranging from 35 and 40 weeks), we explored their emotional responses to vocal stimuli. These stimuli encompassed disyllables with happy and neutral prosodies, alongside acoustically matched nonvocal control sounds. The assessments occurred during natural sleep states using the odd-ball paradigm and event-related potentials. The results reveal a distinct developmental change at 37 weeks GA, marking the point at which neonates exhibit heightened perceptual acuity for emotional vocal expressions. This newfound ability is substantiated by the presence of the mismatch response, akin to an initial form of adult mismatch negativity, elicited in response to positive emotional vocal prosody. Notably, this perceptual shifts specificity becomes evident when no such discrimination is observed in acoustically matched control sounds. Neonates born before 37 weeks GA do not display this level of discrimination ability. This developmental change has important implications for our understanding of early social-emotional development, highlighting the role of gestational age in shaping early perceptual abilities. Moreover, while these findings introduce the potential for a valuable screening tool for conditions like autism, characterized by atypical social-emotional functions, it is important to note that the current data are not yet robust enough to fully support this application. This study makes a substantial contribution to the broader field of developmental neuroscience and holds promise for future research on early intervention in neurodevelopmental disorders. Significance statementThis study illuminates a key developmental change, pinpointing the emergence of heightened emotional perceptual acuity at 37 weeks of gestational age. Employing rigorous methods, we reveal that neonates at this stage exhibit remarkable discrimination abilities for emotional vocal prosody, a vital turning point in early social-emotional functioning. These findings emphasize the pivotal role of gestational age in shaping neonatal perception and provides a potential pathway for early screening of neurodevelopmental disorders, particularly autism. This insight holds profound implications for understanding the foundations of early social-emotional development in humans, offering a potential tool for early intervention in neurodevelopmental disorders, thereby enhancing child health and well-being.

Autores: Dandan Zhang, X. Hou, L. Mo, C. Peng

Última atualização: 2024-07-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.14.575448

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.14.575448.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes