A Ligação Crescente Entre Obesidade e Câncer
Pesquisas mostram a ligação entre o aumento do peso corporal e o risco de câncer.
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Índice
- Contexto: Entendendo a Gordura Corporal e Tendências Globais
- Medindo a Gordura Corporal
- Aumento das Taxas de Obesidade no Mundo
- Obesidade e Risco de Câncer
- A Conexão Entre Obesidade e Câncer
- Diferentes Tipos de Câncer
- Principais Descobertas da Pesquisa
- Visão Atual
- Diferenças Entre Regiões
- Circunferência da Cintura vs. IMC
- Como a Gordura Corporal Afeta o Risco de Câncer ao Longo do Tempo
- O Papel da Obesidade na Infância
- Perda de Peso e Risco de Câncer
- Desigualdades no Risco de Câncer
- Mecanismos Biológicos Ligando Obesidade e Câncer
- Entendendo a Ciência
- Novas Descobertas em Biologia
- Direções Futuras de Pesquisa
- Ampliando o Escopo da Pesquisa
- Melhorando as Técnicas de Medição
- Utilizando Dados Genéticos
- Novos Tratamentos Medicamentos
- Criando Políticas de Saúde Pública
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Nas últimas décadas, muitos estudos encontraram uma conexão entre um peso corporal mais alto e o risco de desenvolver Câncer. A maior parte dessa pesquisa começou nos anos 60 e 70, mostrando que pessoas com um índice de massa corporal (IMC) mais alto podem enfrentar um risco maior para certos tipos de câncer, incluindo cânceres de mama e endometrial. Desde então, muitos mais estudos foram realizados para entender melhor essa relação. Os dados e ferramentas disponíveis melhoraram muito, permitindo que os pesquisadores coletassem mais informações sobre esse assunto.
Contexto: Entendendo a Gordura Corporal e Tendências Globais
Medindo a Gordura Corporal
Os profissionais de saúde costumam usar o IMC para classificar as pessoas em diferentes categorias de peso. O IMC é calculado dividindo o peso da pessoa em quilos pela altura em metros ao quadrado. Esse método agrupa as pessoas em peso normal, sobrepeso ou Obesidade. Embora o IMC seja amplamente utilizado, ele tem suas limitações. Não distingue entre gordura e músculo, e pode estar mais relacionado à massa magra do que à gordura corporal. No entanto, a nível populacional, o IMC correlaciona bem com a gordura corporal, tornando-se uma ferramenta útil para pesquisas de saúde.
Existem métodos mais precisos para medir a gordura corporal, como tomografias e ressonâncias magnéticas. Essas técnicas fornecem detalhes sobre diferentes tipos de gordura no corpo, incluindo a gordura armazenada sob a pele e a gordura na cavidade abdominal. No entanto, esses métodos são caros e complicados, então o IMC continua sendo a medida mais utilizada em muitos estudos.
Aumento das Taxas de Obesidade no Mundo
O aumento global da obesidade começou nos anos 70 e tem afetado cada vez mais países ao redor do mundo. Atualmente, uma porcentagem significativa de homens e mulheres é classificada como obesa. Até mesmo as crianças estão vendo taxas crescentes de obesidade. Essa tendência é preocupante, pois a obesidade está ligada a vários problemas de saúde, incluindo câncer.
Enquanto a obesidade costumava ser mais comum em países ricos, agora também está se tornando um problema em países de baixa renda. As maiores taxas de obesidade são vistas em certas regiões, como na Ásia Central e no Oriente Médio. Populações jovens são particularmente afetadas, e o aumento das taxas de obesidade pode estar contribuindo para diagnósticos de câncer mais precoces.
Obesidade e Risco de Câncer
A Conexão Entre Obesidade e Câncer
A obesidade está entre os fatores de risco para câncer mais estudados. Pesquisas mostraram que estar acima do peso ou ser obeso aumenta o risco de desenvolver vários tipos de câncer. Muitos estudos são necessários para atualizar a compreensão dessa relação, especialmente considerando que muitos estudos mais antigos se basearam em dados antigos.
Estudos recentes descobriram que um IMC elevado aumenta o risco de vários cânceres, incluindo câncer endometrial, colorretal e de mama. A associação entre obesidade e câncer acredita-se que se deva a vários mecanismos biológicos, que os cientistas continuam investigando.
Diferentes Tipos de Câncer
Um IMC mais alto aumenta os riscos para muitos tipos de câncer, como:
- Câncer endometrial
- Adenocarcinoma esofágico
- Câncer renal
- Câncer de fígado
- Câncer da vesícula biliar
- Câncer de mama (em mulheres na menopausa)
- Câncer de tireoide
- Câncer colorretal
- Outros
Alguns cânceres são influenciados por outros fatores, como o tabagismo, o que pode complicar o entendimento da relação entre obesidade e câncer. A pesquisa destaca que o impacto de um peso corporal mais alto no risco de câncer pode variar com base em diferentes fatores.
Principais Descobertas da Pesquisa
Visão Atual
Os estudos recentes indicam que a relação entre obesidade e câncer é forte e consistente. Os pesquisadores revisaram milhares de artigos e realizaram uma meta-análise que incluiu milhões de participantes para avaliar a conexão entre IMC e risco de câncer. Os resultados mostraram que um IMC mais alto se correlaciona consistentemente com um aumento no risco de câncer.
Diferenças Entre Regiões
O impacto da obesidade no risco de câncer pode variar de região para região. Por exemplo, estudos mostraram que mulheres na Ásia Oriental podem ter um risco maior de desenvolver câncer de mama associado a um IMC mais alto do que mulheres na América do Norte ou na Europa.
Os pesquisadores descobriram que diferentes fatores, como escolhas de estilo de vida e o uso de terapia de reposição hormonal, podem influenciar como a obesidade afeta o risco de câncer em várias populações.
Circunferência da Cintura vs. IMC
A circunferência da cintura às vezes é usada como uma medida alternativa de distribuição de gordura. Alguns estudos sugerem que o tamanho da cintura poderia ser um melhor indicador do risco de câncer do que o IMC. No entanto, a pesquisa sobre esse tópico ainda está em desenvolvimento, e as diferenças gerais no risco com base na medida da cintura em comparação ao IMC são relativamente pequenas.
Como a Gordura Corporal Afeta o Risco de Câncer ao Longo do Tempo
O Papel da Obesidade na Infância
Estudos indicam que estar acima do peso na infância pode impactar o risco de câncer mais tarde. Diferentes tipos de câncer podem ser influenciados pelo peso corporal em diferentes estágios da vida. Por exemplo, a obesidade na infância pode estar mais ligada ao câncer pancreático, enquanto a obesidade na idade adulta é considerada mais relevante para cânceres como o de rim e o endometrial.
Perda de Peso e Risco de Câncer
Perda de peso intencional mostrou potencial para reduzir o risco de câncer. Opções cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica, estão ligadas a taxas de câncer mais baixas, especialmente entre mulheres. No entanto, mais evidências são necessárias, pois muitos estudos sobre perda de peso e risco de câncer ainda são inconclusivos.
Desigualdades no Risco de Câncer
A obesidade tende a ser mais comum entre populações desfavorecidas. Fatores sociais e econômicos aumentam o risco de obesidade e, consequentemente, levam a taxas mais altas de câncer em grupos específicos. Por exemplo, mulheres negras têm uma prevalência maior de obesidade e, como resultado, uma maior proporção de cânceres de mama atribuíveis à obesidade.
Mecanismos Biológicos Ligando Obesidade e Câncer
Entendendo a Ciência
A obesidade afeta muitos processos biológicos no corpo, que por sua vez podem influenciar o risco de câncer. Os principais mecanismos incluem:
- Níveis hormonais alterados: O tecido adiposo pode produzir hormônios que aumentam o risco de certos cânceres.
- Resistência à insulina: A obesidade pode levar a níveis mais altos de insulina, que estão ligados a alguns tipos de câncer.
- Inflamação crônica: O excesso de gordura pode causar inflamação no corpo, contribuindo para o risco de câncer.
Os pesquisadores estão estudando esses mecanismos para desenvolver melhores estratégias de prevenção e tratamentos.
Novas Descobertas em Biologia
Avanços recentes na tecnologia permitiram que os cientistas examinassem como vários fatores no corpo se relacionam à obesidade e ao risco de câncer. Por exemplo, estudos "ômicos" (como metabolômica e proteômica) analisam milhares de marcadores biológicos simultaneamente para encontrar aqueles que conectam obesidade com câncer.
Embora muitos marcadores estejam sendo estudados, mais pesquisas são necessárias para identificar os fatores-chave que realmente impulsionam a relação entre obesidade e câncer.
Direções Futuras de Pesquisa
Ampliando o Escopo da Pesquisa
Há uma necessidade de mais pesquisas sobre como a obesidade afeta o risco de câncer em diferentes populações ao redor do mundo. A maioria dos estudos existentes se concentrou na América do Norte, Europa e na Ásia Oriental, e há uma compreensão limitada da conexão entre obesidade e câncer em outras regiões.
Melhorando as Técnicas de Medição
À medida que as tecnologias de imagem melhoram, os pesquisadores podem avaliar melhor a distribuição de gordura corporal e seu impacto no risco de câncer. Isso pode ajudar a identificar tipos específicos de gordura que contribuem mais significativamente para os riscos à saúde.
Utilizando Dados Genéticos
Coletar informações genéticas pode ajudar os pesquisadores a entender como a genética e o ambiente interagem para influenciar a obesidade e o risco de câncer. Isso pode levar a abordagens direcionadas no tratamento ou prevenção dessas condições.
Novos Tratamentos Medicamentos
Com o surgimento de novos medicamentos para perda de peso, os pesquisadores estão interessados em explorar como esses tratamentos influenciam não apenas o peso corporal, mas também os resultados de saúde em geral, incluindo risco de câncer. Estudos longitudinais serão essenciais para acompanhar os efeitos desses medicamentos ao longo do tempo.
Criando Políticas de Saúde Pública
Para enfrentar a epidemia de obesidade, políticas de saúde pública devem ser fortalecidas. Isso envolve incentivar hábitos alimentares mais saudáveis, promover a atividade física e abordar os fatores comerciais que contribuem para o ganho de peso não saudável.
Conclusão
A conexão entre obesidade e câncer é complexa e influenciada por vários fatores biológicos, sociais e econômicos. À medida que a pesquisa evolui, há uma necessidade crescente de expandir o conhecimento além de populações e métodos tradicionais. Entender melhor essas conexões abrirá caminho para intervenções eficazes e políticas de saúde para mitigar as taxas crescentes de cânceres relacionados à obesidade em todo o mundo.
Título: Adiposity and cancer: meta-analysis, mechanisms, and future perspectives
Resumo: Obesity is a recognised risk factor for many cancers and with rising global prevalence, has become a leading cause of cancer. Here we summarise the current evidence from both population-based epidemiologic investigations and experimental studies on the role of obesity in cancer development. This review presents a new meta-analysis using data from 40 million individuals and reports positive associations with 19 cancer types. Utilising major new data from East Asia, the meta-analysis also shows that the strength of obesity and cancer associations varies regionally, with stronger relative risks for several cancers in East Asia. This review also presents current evidence on the mechanisms linking obesity and cancer and identifies promising future research directions. These include the use of new imaging data to circumvent the methodological issues involved with body mass index and the use of omics technologies to resolve biologic mechanisms with greater precision and clarity.
Autores: Eleanor Watts, S. C. Moore, M. Gunter, N. Chatterjee
Última atualização: 2024-02-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.16.24302944
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.16.24302944.full.pdf
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