Declínio Cognitivo e Perda Auditiva: Efeitos na Processamento da Fala
Estudo investiga como o declínio cognitivo e a perda auditiva afetam a compreensão da fala em adultos mais velhos.
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Índice
- Impacto do Declínio Cognitivo e da Perda Auditiva no Processamento da Fala
- Objetivos do Estudo
- Desempenho Comportamental no Reconhecimento de Fala
- Respostas Cerebrais à Fala
- Acompanhamento da Fala em Diferentes Níveis Linguísticos
- Conclusões e Implicações
- Direções Futuras
- Design do Estudo e Métodos
- Análise de Dados e Resultados
- Conclusão
- Fonte original
À medida que as pessoas envelhecem, muitas vezes enfrentam desafios com o pensamento e a compreensão, além de dificuldades auditivas. Esses problemas tendem a aumentar à medida que a expectativa de vida cresce globalmente. Pesquisas mostraram que há uma conexão forte entre problemas de pensamento e Perda Auditiva, tornando a perda auditiva um fator chave que pode ser mudado para ajudar a reduzir o risco de desenvolver demência. Muitos idosos com problemas cognitivos também enfrentam perda auditiva, o que pode afetar como o cérebro processa a linguagem falada. Apesar desse conhecimento, não houve muitos estudos que olhassem de perto como o cérebro envelhecido processa a fala quando tanto as habilidades de pensamento quanto as auditivas são afetadas.
Declínio Cognitivo e da Perda Auditiva no Processamento da Fala
Impacto doPesquisas indicam que os primeiros sinais de declínio cognitivo podem estar ligados a dificuldades no processamento de sons, como sons de sílabas repetidas. Isso pode ocorrer tanto em estágios básicos de processamento no cérebro quanto em estágios mais complexos. No entanto, estudos anteriores que usaram fala natural para estudar as respostas do cérebro não conseguiram replicar essas descobertas. Ainda não se sabe se certas respostas cerebrais podem indicar de forma confiável o declínio cognitivo.
Alguns estudos sugeriram que as respostas do cérebro relacionadas ao processamento da fala podem variar com base no nível de função cognitiva. Por exemplo, variações em certos componentes de ondas cerebrais não mostraram consistentemente diferenças entre indivíduos com leve comprometimento cognitivo, doença de Alzheimer e idosos saudáveis. No entanto, outros componentes das ondas cerebrais, que respondem a estímulos raros e inesperados, podem ser mais úteis na exploração do declínio cognitivo. Além disso, outras ondas cerebrais ligadas à compreensão do significado na linguagem podem fornecer mais insights sobre como o declínio cognitivo afeta o processamento da fala.
É bem sabido que fornecer um Contexto útil pode melhorar a compreensão da fala para os mais velhos. Esse contexto pode ser linguístico, como a estrutura da frase, ou não linguístico, como sons ou imagens, ajudando os idosos com declínio cognitivo a entender melhor a fala, especialmente em ambientes barulhentos. Pesquisas mostraram que indivíduos com leve comprometimento cognitivo ou doença de Alzheimer se beneficiam do contexto ao tentar seguir a fala em meio ao barulho. No entanto, aqueles com declínio cognitivo podem não se beneficiar tanto do contexto quanto os idosos saudáveis, indicando uma interação complexa entre o processamento sensorial e cognitivo.
Objetivos do Estudo
Esse estudo tem como objetivo investigar como o declínio cognitivo e a perda auditiva juntos influenciam o processamento da fala em idosos, com foco especial nos efeitos do contexto. Entender como o cérebro acompanha a fala é importante para dividir a fala contínua em partes menores, que é essencial para a compreensão.
Para realizar o estudo, os idosos ouviram frases projetadas para serem ricas em contexto ou aleatórias. Isso permitiu que os pesquisadores observassem os efeitos do contexto no processamento da fala em idosos com diferentes níveis de saúde cognitiva e auditiva.
O declínio cognitivo dos participantes foi avaliado usando uma ferramenta de triagem e a habilidade auditiva deles foi medida por meio de testes audiométricos padrão. Os pesquisadores analisaram as respostas do cérebro aos estímulos de fala, focando no tempo e na amplitude de componentes específicos das ondas cerebrais associados ao início da fala e à compreensão do significado.
Desempenho Comportamental no Reconhecimento de Fala
Os participantes eram solicitados a identificar uma palavra-alvo após ouvir cada frase para garantir que estavam prestando atenção. Eles se saíram bem nessa tarefa, respondendo corretamente em quase todas as tentativas. Os resultados indicaram que aqueles que mostraram sinais de declínio cognitivo tinham menos probabilidade de responder corretamente em comparação com aqueles sem problemas cognitivos. Notavelmente, não houve efeito da habilidade auditiva no desempenho de reconhecimento de fala, nem o contexto melhorou significativamente sua compreensão.
Respostas Cerebrais à Fala
A pesquisa envolveu explorar as respostas das ondas cerebrais ao início da fala. Componentes específicos dessas ondas cerebrais foram medidos, incluindo P1, N1 e P2, com os achados mostrando que participantes com sinais de declínio cognitivo tiveram respostas P2 maiores. Isso está alinhado com outros estudos que sugerem que mudanças nas respostas das ondas cerebrais podem sinalizar declínio cognitivo. No entanto, a habilidade auditiva não influenciou significativamente essas medições.
As respostas ligadas à compreensão do significado na linguagem também mostraram variações com base no contexto, com respostas de ondas cerebrais mais negativas observadas para frases aleatórias em comparação com aquelas com contexto. Isso sugere que o cérebro reage de forma diferente dependendo de estar presente o contexto ou não, o que é vital para entender a fala.
Acompanhamento da Fala em Diferentes Níveis Linguísticos
O estudo também analisou quão bem o cérebro acompanha a fala em diferentes níveis linguísticos, como frases, palavras, sílabas e fonemas. Os resultados mostraram que o declínio cognitivo não interrompeu significativamente o acompanhamento nesses níveis. No entanto, a habilidade auditiva melhorou o acompanhamento especificamente nos níveis de palavra e fonema.
Curiosamente, a necessidade de contexto foi especialmente importante para os participantes com declínio cognitivo ao acompanhar palavras. Isso indica que a capacidade deles de seguir a fala pode se beneficiar muito da informação contextual. Por outro lado, o contexto pareceu facilitar o acompanhamento no nível da sílaba, reforçando a ideia de que uma função cognitiva mais jovem permite que os indivíduos aproveitem o contexto de forma mais eficaz.
Conclusões e Implicações
Os achados desse estudo destacam as interações entre o declínio cognitivo e a perda auditiva na compreensão da fala. Desafios cognitivos estavam associados a uma menor taxa de respostas corretas em uma tarefa de reconhecimento de fala, enquanto vários componentes das respostas cerebrais apresentaram um quadro mais complexo de como o processamento da fala é afetado.
Especificamente, o declínio cognitivo influenciou certas respostas das ondas cerebrais, enquanto a habilidade auditiva aumentou a força do acompanhamento da fala. O contexto provou ser um fator significativo, especialmente para aqueles que enfrentam declínio cognitivo, guiando como eles entendiam os segmentos de fala.
Os resultados enfatizam a necessidade de considerar tanto fatores cognitivos quanto auditivos ao avaliar o processamento da fala em idosos. Dada a crescente quantidade de indivíduos enfrentando múltiplos desafios de saúde à medida que envelhecem, mais pesquisas são necessárias para explorar essas interações para melhores diagnósticos e intervenções.
Direções Futuras
Estudos futuros devem incluir uma gama mais ampla de participantes, incluindo aqueles com diferentes perfis cognitivos, para ampliar essas descobertas. Testes cognitivos abrangentes ajudariam a confirmar os resultados iniciais sugeridos pela ferramenta de triagem usada neste estudo. Investigar os impactos do declínio cognitivo, da perda auditiva e das dicas contextuais no processamento da fala poderia levar a novas estratégias para apoiar idosos com esses desafios, melhorando, em última análise, sua comunicação e qualidade de vida.
Design do Estudo e Métodos
Participantes com 60 anos ou mais foram recrutados para o estudo, garantindo que fossem falantes nativos e não tivessem problemas médicos significativos que pudessem interferir nos resultados. Os participantes completaram avaliações cognitivas e testes auditivos, o que ajudou a categorizá-los com base no desempenho cognitivo e na habilidade auditiva.
Os estímulos de fala foram criados em duas categorias: frases com contexto e frases aleatórias. As frases foram projetadas para imitar conversas naturais enquanto eram estruturadas para controle experimental. Esse design permitiu que os pesquisadores entendessem como a informação contextual impactava o processamento da fala.
Os participantes ouviram as frases e completaram uma tarefa de reconhecimento de fala, identificando palavras-alvo de uma lista após ouvir cada frase. Dados neurofisiológicos foram coletados usando equipamentos padrão, focando em componentes específicos das ondas cerebrais para analisar as respostas do processamento da fala.
Análise de Dados e Resultados
A análise de dados envolveu examinar as respostas cerebrais aos estímulos de fala, comparando diferentes grupos de habilidades cognitivas e auditivas. Os pesquisadores usaram modelos estatísticos para avaliar a precisão das respostas dos participantes e a relação entre função cognitiva, habilidade auditiva e processamento da fala.
De forma geral, o estudo teve como objetivo esclarecer como o declínio cognitivo e a perda auditiva afetam a capacidade de processar a fala, especialmente quando dicas contextuais estão presentes. Os resultados indicaram interações significativas entre esses fatores, sugerindo caminhos para mais exploração nessa área de pesquisa.
Conclusão
Em resumo, o estudo ilumina a relação complexa entre declínio cognitivo, perda auditiva e processamento da fala em idosos. O contexto desempenha um papel significativo em ajudar na compreensão da fala, particularmente para aqueles com problemas cognitivos. As descobertas destacam a necessidade de estratégias direcionadas para apoiar os idosos na comunicação, enfatizando a importância de considerar tanto aspectos cognitivos quanto auditivos na pesquisa sobre processamento da fala. Investigações futuras poderiam levar a intervenções e suporte melhorados para essa população crescente.
Título: Hearing and cognitive decline in aging differentially impact neural tracking of context-supported versus random speech across linguistic timescales
Resumo: Cognitive decline and hearing loss are common in older adults and often co-occur while investigated separately, affecting the neural processing of speech. This study investigated the interaction between cognitive decline, hearing loss, and contextual cues in speech processing. Participants aged 60 years and older were assessed for cognitive decline using the Montreal Cognitive Assessment and for hearing ability using a four-frequency pure tone average. They listened to in-house-designed matrix-style sentences that either provided supportive context or were random, while we recorded their electroencephalography. Neurophysiological responses were analyzed through auditory evoked potentials and speech tracking at different linguistic timescales (i.e., phrase, word, syllable and phoneme rate) using phase-locking values. The results showed that cognitive decline was associated with a lower chance of correct responses in a speech recognition task. Cognitive decline significantly impacted the P2 component of auditory evoked potentials, while hearing loss influenced speech tracking at the word and phoneme rates, but not at the phrase or syllable rates. Contextual cues enhanced speech tracking at the syllable rate. These findings suggest that cognitive decline and hearing loss differentially affect the neural mechanisms underlying speech processing, with contextual cues playing a significant role in enhancing syllable rate tracking. This study emphasises the importance of considering both cognitive and auditory factors when studying speech processing in older people and highlights the need for further research to investigate the interplay between cognitive decline, hearing loss and contextual cues in speech processing.
Autores: Elena Bolt, K. Kliestenec, N. Giroud
Última atualização: 2024-07-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.16.603693
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.16.603693.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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