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Equilibrando Justiça e Performance em Aprendizado de Máquina

Explorando métodos pra conseguir justiça em sistemas de classificação sem perder performance.

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Nos últimos anos, tem rolado uma atenção maior sobre a Justiça em machine learning, especialmente em sistemas de Classificação. Esses sistemas costumam analisar Dados que incluem várias características demográficas, como idade ou gênero. O desafio tá em equilibrar dois objetivos importantes: maximizar o desempenho do sistema em uma tarefa específica, como reconhecer um rosto, e garantir que os resultados sejam justos em relação aos grupos demográficos. Quando esses dois objetivos entram em conflito, é preciso fazer um “trade-off”.

O objetivo desse artigo é mergulhar nesses trade-offs de Utilidade e justiça e oferecer métodos para identificá-los e avaliá-los. Vamos traçar as complexidades desse assunto, discutir trabalhos anteriores na área e apresentar duas abordagens chave para avaliar e quantificar esses trade-offs em conjuntos de dados do mundo real.

O Desafio da Justiça em Machine Learning

Conforme machine learning vai se espalhando, especialmente em áreas críticas como contratações, empréstimos, e aplicação da lei, é essencial garantir que esses modelos não perpetuem preconceitos injustos. Muitas vezes, esses preconceitos vêm dos dados usados para o treinamento. Se os dados de treinamento refletem desigualdades sociais existentes, o modelo provavelmente vai repetir essas disparidades nas suas previsões.

Por exemplo, se um classificador é treinado em um conjunto de dados onde certos grupos demográficos estão sub-representados, ele pode ter um desempenho ruim para esses grupos, levando a resultados injustos. Essa situação pede métodos para medir e mitigar preconceitos, enquanto ainda alcança um alto desempenho nas tarefas pretendidas.

Utilidade e Justiça em Sistemas de Classificação

No mundo da classificação, “utilidade” geralmente se refere a métricas de desempenho como precisão ou exatidão, enquanto “justiça” diz respeito a quão equitativos são os resultados entre diferentes grupos definidos por características sensíveis, como gênero ou etnia. Equilibrar esses dois componentes frequentemente leva a trade-offs.

Quando buscamos justiça, pode ser que a precisão geral do sistema de classificação diminua. Por isso, é preciso determinar com cuidado como otimizar esses objetivos concorrentes.

Dois Tipos de Trade-Offs

A gente destaca dois tipos distintos de trade-offs de utilidade e justiça que dependem da natureza dos dados e dos rótulos disponíveis.

  1. Trade-Off de Espaço de Dados (DST): Esse trade-off surge quando as condições de justiça precisam ser atendidas usando os dados disponíveis. O desempenho do modelo é limitado pelas relações estatísticas inerentes aos dados. Assim, existem limites claros sobre o que pode ser alcançado em termos de justiça e utilidade.

  2. Trade-Off de Espaço de Rótulos (LST): O segundo tipo de trade-off existe em um cenário mais idealizado, onde se presume que o modelo pode acessar informações adicionais, perfeitas. Esse trade-off representa o melhor desempenho e justiça possíveis que poderiam ser alcançados, dada um modelo otimizado que não é restringido por limitações de dados do mundo real.

Esses trade-offs delineiam três áreas dentro do panorama de utilidade e justiça: o que é totalmente alcançável, o que é parcialmente alcançável, e o que é impossível devido à natureza dos dados.

Quantificando Trade-Offs a Partir dos Dados

Para aplicar esses conceitos de forma eficaz, precisamos de uma maneira sistemática para quantificar os trade-offs de utilidade e justiça com base em conjuntos de dados reais. O objetivo é derivar valores numéricos que representem o quanto de utilidade pode ser sacrificado pela justiça e vice-versa.

A gente propõe um método para calcular esses trade-offs a partir de dados observados. Analisando várias tarefas de previsão junto com suas definições de justiça demográfica correspondentes, conseguimos dar uma ideia dos limites potenciais de desempenho do modelo.

A Importância dos Trade-Offs

Entender os trade-offs de utilidade e justiça é crucial por várias razões:

  • Eles esclarecem as limitações inerentes dos algoritmos de aprendizado. Saber até onde um modelo pode chegar em termos de justiça ajuda a guiar pesquisas e aplicações futuras.
  • Eles servem como referências para avaliar sistemas de classificação existentes. Ao avaliar quão próximos esses sistemas estão de trade-offs ideais, dá pra identificar áreas para melhoria.
  • Eles promovem um melhor design em modelos futuros, encorajando os desenvolvedores a considerar a justiça desde o começo, e não como um pensamento depois.

Relação com Trabalhos Anteriores

Vários estudos tentaram abordar a justiça em machine learning. Porém, muitos só consideraram um único tipo de trade-off ou se focaram em limites teóricos. Esse artigo expande os trabalhos anteriores ao identificar tanto o DST quanto o LST, fornecendo uma estrutura mais abrangente para entender e quantificar a justiça dentro do machine learning.

Aplicações Práticas

Agora que estabelecemos a base para entender os trade-offs de utilidade e justiça, precisamos considerar como esses conceitos podem ser aplicados em cenários do mundo real. Essa seção vai mostrar a importância dos trade-offs discutidos através de exemplos práticos.

Estudo de Caso: Conjunto de Dados CelebA

O conjunto de dados CelebA consiste em imagens de celebridades anotadas com várias características, como maçãs do rosto altas ou gênero. Usando esse conjunto de dados, podemos investigar o desempenho de diferentes modelos de classificação sob as restrições de justiça e precisão.

Por exemplo, se um modelo tenta prever a presença de maçãs do rosto altas enquanto é justo para ambos os gêneros, ele pode alcançar alta precisão para um gênero às custas do outro. Estimando os trade-offs, conseguimos entender como operar dentro desses limites e garantir o melhor equilíbrio para essa tarefa.

Conjunto de Dados FairFace

O conjunto de dados FairFace, que contém imagens de vários grupos étnicos, é mais um recurso valioso para examinar a justiça em machine learning. Aqui, podemos analisar como os modelos se saem na previsão de características como idade e gênero, enquanto asseguramos que os resultados sejam equitativos entre vários grupos demográficos.

Avaliar modelos nesse conjunto de dados pode ajudar a identificar discrepâncias no desempenho do modelo relacionadas às características sensíveis. Com os trade-offs estabelecidos, podemos quantificar o nível de injustiça e desempenho e identificar quais modelos operam mais próximos dos cenários de trade-off ideais.

Conjunto de Dados FolkTables

Saindo dos dados de imagem, podemos considerar o conjunto de dados FolkTables, que contém informações demográficas de indivíduos de diferentes estados. Esses dados tabulares são úteis para estudar a justiça de uma perspectiva diferente. Nesse cenário, podemos aplicar princípios semelhantes para avaliar quão bem os modelos se saem em tarefas de classificação, como prever o status de emprego, enquanto mantemos o foco na justiça entre grupos definidos por idade e outras características sensíveis.

Avaliando Métodos de Aprendizado de Representação Justa

Para avaliar na prática o impacto de diferentes sistemas de classificação e sua adesão aos trade-offs que estabelecemos, podemos avaliar uma série de métodos de aprendizado de representação justa (FRL). Calculando suas métricas de desempenho e comparando-as com os trade-offs de utilidade e justiça derivados anteriormente, conseguimos insights sobre a eficácia de cada método.

Além disso, é essencial avaliar como vários fatores, como arquitetura do modelo e o conjunto de dados de treinamento usado, influenciam o desempenho de diferentes modelos. Ao fazer essas avaliações em conjuntos de dados como CelebA e FairFace, conseguimos identificar tendências em como certas abordagens mantêm um equilíbrio entre utilidade e justiça.

Observações e Conclusões

Através das nossas avaliações, conseguimos fazer várias observações chave:

  • Muitos modelos existentes têm dificuldade em alcançar justiça sem sacrificar uma precisão significativa. Enquanto alguns métodos oferecem resultados promissores, ainda há um considerável hiato entre seu desempenho e os trade-offs ideais estabelecidos.

  • Os resultados destacam que, em alguns cenários, aumentar a quantidade e qualidade dos dados de treinamento pode levar a uma melhoria na justiça e utilidade. Modelos treinados em conjuntos de dados com amostras diversas e representativas tendem a ter um desempenho melhor em equilibrar ambos os objetivos.

  • É essencial que trabalhos futuros explorem como fechar a lacuna entre os modelos atuais e os trade-offs ideais. Essa exploração pode envolver mais refinamentos no design do modelo, melhores metodologias de treinamento ou algoritmos avançados que coloquem uma ênfase maior na justiça.

O Caminho a Seguir

Olhando para frente, é vital que pesquisadores e praticantes se concentrem nos dois objetivos de utilidade e justiça em machine learning. Ao avaliar continuamente os trade-offs e melhorar como os modelos são construídos, podemos trabalhar em direção a sistemas que mantenham resultados equitativos sem sacrificar desempenho.

Em resumo, entendendo os trade-offs de utilidade e justiça, conseguimos navegar melhor pelas complexidades do machine learning, abrindo caminho para sistemas mais responsáveis e justos no futuro.

Fonte original

Título: Utility-Fairness Trade-Offs and How to Find Them

Resumo: When building classification systems with demographic fairness considerations, there are two objectives to satisfy: 1) maximizing utility for the specific task and 2) ensuring fairness w.r.t. a known demographic attribute. These objectives often compete, so optimizing both can lead to a trade-off between utility and fairness. While existing works acknowledge the trade-offs and study their limits, two questions remain unanswered: 1) What are the optimal trade-offs between utility and fairness? and 2) How can we numerically quantify these trade-offs from data for a desired prediction task and demographic attribute of interest? This paper addresses these questions. We introduce two utility-fairness trade-offs: the Data-Space and Label-Space Trade-off. The trade-offs reveal three regions within the utility-fairness plane, delineating what is fully and partially possible and impossible. We propose U-FaTE, a method to numerically quantify the trade-offs for a given prediction task and group fairness definition from data samples. Based on the trade-offs, we introduce a new scheme for evaluating representations. An extensive evaluation of fair representation learning methods and representations from over 1000 pre-trained models revealed that most current approaches are far from the estimated and achievable fairness-utility trade-offs across multiple datasets and prediction tasks.

Autores: Sepehr Dehdashtian, Bashir Sadeghi, Vishnu Naresh Boddeti

Última atualização: 2024-04-23 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.09454

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.09454

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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