Comparando Testes para Detecção de Filariose Linfática
Um estudo avalia os testes QFAT e FTS no diagnóstico de filariose linfática.
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Índice
- Esforços para Eliminar a LF
- Testes Diagnósticos para LF
- Objetivos da Pesquisa
- Onde o Estudo Aconteceu
- Como as Amostras Foram Coletadas
- Testando e Interpretando Resultados
- Seleção de Amostras para Testes
- Identificando Infecção a Partir de Amostras de Sangue
- Analisando os Dados
- Resultados dos Testes
- Mudanças nos Resultados dos Testes ao Longo do Tempo
- Feedback dos Trabalhadores de Laboratório
- Descobertas Gerais
- Fonte original
A Filariose Linfática (LF) é uma doença transmitida por mosquitos. Ela é causada por vermes minúsculos que entram no corpo e podem causar sérios problemas de saúde. As pessoas com LF podem enfrentar problemas a longo prazo, como inchaço nas pernas, condições dolorosas como Hidrocele (inchaço ao redor do escroto) e elefantíase (inchaço severo de partes do corpo). Essas condições podem levar a problemas sociais, como ser rejeitado pelos outros e perder oportunidades de trabalho.
O principal verme que causa essa doença é chamado de Wuchereria Bancrofti. Existem outros vermes, mas eles são menos comuns.
Esforços para Eliminar a LF
Para combater a LF, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um programa em 2000 chamado Programa Global para Eliminar a Filariose Linfática (GPELF). Uma parte importante desse programa visa parar a disseminação da doença, dando remédios para as pessoas em áreas afetadas para matar os vermes. Junto com o GPELF, outro programa chamado Programa do Pacífico para Eliminar a LF (PacELF) ajuda 16 países das Ilhas do Pacífico a lutar contra essa doença. Alguns países conseguiram eliminar a LF como um problema de saúde pública, enquanto outros continuam se esforçando.
Para acompanhar o progresso, testes confiáveis para diagnosticar a LF são necessários.
Testes Diagnósticos para LF
Em lugares onde o W. bancrofti é a principal causa da LF, a OMS sugere usar um teste chamado Alere Bioline Filariasis Test Strip (FTS). Esse teste rápido verifica a presença de antígenos do verme em uma amostra de sangue. Desde 2015, o FTS substituiu um teste mais antigo porque é mais estável, barato e pode detectar quantidades menores de proteínas do verme.
No entanto, o FTS tem algumas desvantagens. Ele pode ser complicado de usar corretamente e às vezes dá resultados inválidos. Também houve preocupações sobre se ele pode detectar erroneamente outros tipos de vermes, mesmo que eles não sejam comuns na área testada. Além disso, durante a pandemia de COVID-19, confiar em um único fabricante para esses testes causou problemas de fornecimento.
Um novo teste chamado Q Filariasis Antigen Test (QFAT) foi sugerido como uma alternativa. Esse teste também busca as proteínas do verme em uma pequena amostra de sangue e precisa de até menos sangue que o FTS. No entanto, a eficácia dele em condições de teste do dia a dia não foi totalmente verificada.
Objetivos da Pesquisa
O objetivo desta pesquisa foi comparar o desempenho do QFAT e do FTS quando usados em um ambiente de campo. Os principais objetivos eram ver com que frequência os dois testes concordavam nos resultados, verificar se a força da linha de teste no QFAT poderia indicar a presença do verme e descobrir se os resultados se mantinham consistentes ao longo do tempo.
Onde o Estudo Aconteceu
O estudo foi realizado em Samoa, especificamente na ilha principal de Upolu, em 2023. Amostras de sangue foram coletadas de membros da comunidade envolvidos em estudos anteriores. Os pesquisadores acompanharam pessoas que testaram positivo para LF em pesquisas anteriores, realizaram novas pesquisas em vilarejos selecionados e testaram vizinhos próximos de indivíduos identificados como positivos anteriormente.
Como as Amostras Foram Coletadas
Para coletar amostras de sangue, os pesquisadores usaram pequenos tubos para pegar uma gota de sangue dos participantes. Uma vez coletadas, essas amostras foram armazenadas corretamente até que estivessem prontas para serem testadas. Os testes foram feitos seguindo as instruções dos fabricantes, usando quantidades específicas de sangue para cada teste.
Testando e Interpretando Resultados
Os resultados do FTS e do QFAT foram verificados após 10 minutos por vários leitores. Quaisquer testes inválidos foram repetidos. Os testes também foram relidos uma hora depois e no dia seguinte para ver se os resultados mudavam.
Ao comparar os resultados dos dois testes, os pesquisadores procuraram casos onde um teste mostrava positivo enquanto o outro não. Eles também analisaram a força das linhas de teste, que poderia fornecer pistas sobre a gravidade da infecção.
Seleção de Amostras para Testes
Para garantir que amostras positivas suficientes estivessem disponíveis para comparação, os pesquisadores testaram lotes de amostras. Se mesmo uma amostra em um lote testasse positiva com o FTS, todo o lote também era testado com o QFAT. Algumas amostras inválidas do FTS foram incluídas nos testes do QFAT para ver como elas se saíam em relação aos resultados inválidos.
Identificando Infecção a Partir de Amostras de Sangue
As amostras de sangue que testaram positivo para LF foram examinadas sob um microscópio para procurar vermes vivos. Se algum leitor encontrasse vermes nas lâminas examinadas, essa amostra foi classificada como positiva para a presença desses vermes.
Analisando os Dados
Os pesquisadores usaram software para analisar os dados. Eles relataram quantos testes foram positivos ou negativos e compararam os resultados entre FTS e QFAT. Se os leitores discordassem em suas interpretações, a opinião da maioria foi usada para finalizar o resultado. Eles verificaram com que frequência os dois testes combinavam e calcularam a força dessa concordância.
Resultados dos Testes
Um total de 344 amostras de sangue foram testadas usando ambos os métodos. O teste QFAT não teve resultados inválidos, enquanto um pequeno número de testes FTS foram inválidos. A maioria dos participantes que testaram positivo para os antígenos também tinha vermes vivos em seu sangue.
Ambos os testes mostraram uma taxa semelhante de descobertas positivas. A concordância entre FTS e QFAT foi impressionante, com uma alta porcentagem de concordância.
Mudanças nos Resultados dos Testes ao Longo do Tempo
Os pesquisadores verificaram se os resultados dos testes mudaram após uma hora e no dia seguinte. Eles descobriram que o QFAT teve mais mudanças nos resultados do que o FTS, indicando que ele poderia produzir falsos positivos ao longo do tempo. Isso sugere que os resultados devem ser lidos apenas dentro dos prazos recomendados.
Feedback dos Trabalhadores de Laboratório
Os trabalhadores de laboratório que testaram as amostras deram feedback sobre ambos os testes. Eles preferiram o QFAT porque precisava de uma menor quantidade de sangue, era mais fácil de manusear e mostrava linhas de controle mais claras. Alguns notaram que os passos adicionais para o QFAT poderiam ocasionalmente ser pulados em condições de trabalho intenso, correndo o risco de resultados inválidos.
Descobertas Gerais
No geral, o QFAT mostrou resultados promissores em condições de campo. O estudo revelou que ambos os testes forneceram taxas comparáveis de descobertas positivas e que a equipe do laboratório preferiu o QFAT pela facilidade de uso e confiabilidade.
Embora os testes tenham mostrado alta concordância, algumas questões ainda precisam ser respondidas, como se o QFAT terá um desempenho semelhante em diferentes ambientes e condições ao longo do tempo.
Resumindo, o QFAT parece ser uma boa opção para testar a LF em campo, fornecendo resultados confiáveis enquanto é fácil de usar e eficiente. Novos estudos podem ajudar a confirmar sua utilidade em vários ambientes e contribuir para os esforços de eliminação da LF como um problema de saúde pública.
Título: Field comparison of STANDARDTM Q Filariasis Antigen Test (QFAT) with Bioline Filariasis Test Strip (FTS) for the detection of Lymphatic Filariasis in Samoa, 2023
Resumo: BackgroundTo monitor the progress of lymphatic filariasis (LF) elimination programmes, field surveys to assess filarial antigen (Ag) prevalence require access to reliable, user-friendly rapid diagnostic tests. We aimed to evaluate the performance of the new Q Filariasis Antigen Test (QFAT) with the currently recommended Filariasis Test Strip (FTS) for detecting the Ag of Wuchereria bancrofti, the causative agent of LF, under field conditions. Methodology/Principal FindingsDuring an LF survey in Samoa, 344 finger-prick blood samples were tested using FTS and QFAT. Microfilariae (Mf) status was determined from blood slides prepared from Ag-positive samples. Each test was re-read at 1 hour and the next day to determine the stability of results over time. Overall Ag-positivity by FTS was 29% and 30% by QFAT. Concordance between the two tests was 94% (Kappa=0.85). Of the 105 Mf slides available, 38.1% were Mf-positive, and all were Ag-positive by both tests. Darker test line intensities from Ag-positive FTS were found to predict Mf-positivity (compared to same/lighter line intensities). QFAT had significantly higher reported test result changes than FTS, mostly reported the next day. The field laboratory team preferred QFAT over FTS due to the smaller blood volume required, better usability, and easier readability. Conclusion/SignificanceQFAT could be a suitable and user-friendly diagnostic alternative for use in the monitoring and surveillance of LF in field surveys based on its similar performance to FTS under field conditions. Author SummaryLymphatic filariasis (LF) is a debilitating tropical disease caused by an infection with parasitic filarial worms that are transmitted by mosquitoes. Long-term infection can lead to stigmatising chronic conditions like lymphoedema and elephantiasis. The World Health Organization initiated the global programme to eliminate lymphatic filariasis (GPELF) in 2000, which focuses on the mass administration of anti-LF drugs to stop transmission in endemic countries. However, to monitor the success of this programme and to make informed decisions to stop costly mass drug administrations, it is crucial to have access to accurate and reliable rapid diagnostics. Here, we evaluated the performance of a new rapid antigen test called the Q Filariasis antigen test and compared it to the currently recommended filariasis test strip under field conditions in Samoa. This study showed that the new rapid test could be a suitable alternative to the currently recommended test for use in GPELF-related activities with more user-friendly features.
Autores: Jessica L Scott, H. J. Mayfield, J. Sinclair, B. Mario Martin, M. Howlett, R. Muttucumaru, K. Y. Won, R. Thomsen, S. Viali, R. Tofaeono-Pifeleti, P. M. Graves, C. L. Lau
Última atualização: 2024-04-03 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.01.24305170
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.01.24305170.full.pdf
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