Novo teste mostra promessas para diagnóstico de filariose linfática
Um estudo revela uma opção de diagnóstico melhor para a filariose linfática.
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Índice
- Esforços para Eliminar a Filariose Linfática
- Importância dos Testes Diagnósticos
- Desafios com Testes Diagnósticos Atuais
- Novas Abordagens de Teste
- Preparação e Métodos do Estudo
- Resultados do Estudo
- Precisão e Desempenho dos Testes
- Observações sobre a Usabilidade do Teste
- Conclusão e Recomendações
- Fonte original
- Ligações de referência
A Filariose Linfática (FL) é uma doença transmitida por mosquitos. Ela é causada por parasitas minúsculos que podem infectar o sistema linfático, que é importante para combater infecções. Os principais parasitas que causam FL são Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori. Essa doença pode causar problemas de saúde sérios, como inchaço em partes do corpo, conhecido como linfedema, e hidrocele (escalonamento do escroto). As pessoas que sofrem com essas condições podem ter mais dificuldade para trabalhar e enfrentar rejeição social.
Esforços para Eliminar a Filariose Linfática
A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou um programa chamado Programa Global para Eliminar a Filariose Linfática (GPELF). Esse programa tem como objetivo acabar com a FL como um problema de saúde pública. O plano tem duas partes principais:
- Parar a propagação da doença através da distribuição de medicamentos para grandes grupos de pessoas (administração em massa de medicamentos ou MDA).
- Ajudar os já afetados por FL com tratamento e cuidados para evitar a incapacidade.
Atualmente, 44 dos 72 países onde a FL é comum ainda precisam de MDA. Embora tenha havido uma redução significativa nos casos de FL ao redor do mundo, muitos lugares ainda estão se esforçando para controlar e eliminar a doença.
Importância dos Testes Diagnósticos
Para gerenciar a FL de forma eficaz, os países precisam de testes precisos para descobrir quantas pessoas têm a doença. Esses testes ajudam a entender a disseminação da infecção e a eficácia dos programas de tratamento. O método tradicional para diagnosticar a FL envolvia procurar parasitas minúsculos em amostras de sangue, o que pode ser demorado e requer coleta de sangue à noite.
Na década de 1980, foram desenvolvidos dois tipos de testes de sangue que podiam detectar a doença de forma mais rápida e fácil, identificando proteínas liberadas por vermes adultos. Esses testes podiam usar diferentes tipos de amostras de sangue, mas precisavam de equipamentos especializados.
Um dos testes mais populares é o Og4C3, que está disponível comercialmente. Outro teste, conhecido como teste imunocromatográfico (ICT), tem sido amplamente utilizado em pesquisas de FL por muitos anos. Para tornar os testes ainda mais simples e baratos, um novo teste chamado tira de teste de filariose Alere (FTS) foi criado. Esse teste foi projetado para ser fácil de usar em campo, mas surgiram algumas preocupações sobre sua precisão e confiabilidade em comparação com testes anteriores.
Desafios com Testes Diagnósticos Atuais
Embora o FTS tenha sido usado desde 2015, ele tem algumas limitações. Por exemplo, pode dar resultados falso-positivos se houver outro tipo de infecção por vermes presente. Também requer uma amostra de sangue maior, o que pode dificultar os testes. Além disso, o FTS precisa de manuseio cuidadoso para evitar a perda da qualidade do teste durante o transporte e uso.
Às vezes, o sangue não flui bem pela tira de teste, e isso pode causar atrasos na leitura dos resultados. Como esses testes são críticos para gerenciar a FL, há uma necessidade de opções mais fáceis e confiáveis.
Novas Abordagens de Teste
Um dos principais objetivos de estudos recentes é comparar um novo teste, chamado Teste de Antígeno de Filariose Padrão Q (QFAT), com o FTS para ver se pode oferecer uma opção melhor para diagnosticar a FL. Os pesquisadores usaram amostras de sangue da região Ásia-Pacífico para avaliar ambos os testes, verificando como cada um conseguia identificar casos de FL.
O estudo também analisou como diferentes tipos de amostras de sangue (soro ou plasma) afetariam os resultados do teste. Outro foco foi ver se os testes poderiam identificar casos de outras infecções por vermes e como os resultados mudaram ao longo do tempo.
Preparação e Métodos do Estudo
O estudo usou um total de 456 amostras de sangue que já estavam disponíveis em coleções. Essas amostras incluíam aquelas com status conhecido de FL de outros estudos. Uma mistura de amostras de regiões com e sem FL garantiu que houvesse casos positivos e negativos suficientes para uma análise precisa.
Diretrizes éticas foram seguidas, e o consentimento foi obtido dos participantes para usar suas amostras.
Os testes foram realizados de acordo com as instruções dos fabricantes, e observadores que não conheciam os resultados prévios leram os desfechos após um período estabelecido. Isso garantiu que a análise fosse imparcial.
Resultados do Estudo
No início dos testes, muito poucas amostras foram invalidadas, o que significa que a maioria dos testes deu resultados válidos. Quando os testes foram comparados, o QFAT mostrou mais resultados positivos que o FTS no geral, e menos casos ficaram sem definição ou indeterminados.
A concordância entre os dois testes aumentou com o tempo, significando que eles forneceram resultados semelhantes após um período mais longo. A sensibilidade do QFAT foi maior que a do FTS, indicando que o QFAT detectou mais casos de FL.
Precisão e Desempenho dos Testes
Em termos de precisão, o QFAT se mostrou melhor que o FTS, especialmente ao observar como cada teste conseguia detectar casos previamente confirmados de FL. No geral, o QFAT teve maior sensibilidade e manteve alta especificidade. Isso o torna uma opção confiável para diagnosticar FL em regiões afetadas.
Quando analisadas especificamente amostras de campo, o QFAT teve melhor desempenho que o FTS na detecção da FL. Em casos onde outras infecções estavam presentes, o QFAT não mostrou falso-positivos, o que é um fator importante para um diagnóstico preciso.
Observações sobre a Usabilidade do Teste
Feedback de quem conduziu os testes foi coletado ao final do estudo. Os observadores em geral preferiram o QFAT ao FTS devido à facilidade de uso e menor volume de amostra necessário. No entanto, a embalagem do QFAT foi considerada menos amigável.
Conclusão e Recomendações
Os resultados do estudo sugerem que o QFAT é uma boa opção para diagnosticar a FL e pode desempenhar um papel importante nas atividades do GPELF. O QFAT não só fornece resultados confiáveis, mas também oferece vantagens sobre o teste FTS, como precisar de menos sangue e ser mais fácil de usar.
À medida que a FL continua sendo uma preocupação em muitos países, ter métodos de teste eficazes e amigáveis é crucial para os esforços contínuos para eliminar essa doença. Pesquisas adicionais são encorajadas para investigar outras opções de teste possíveis e avaliar sua eficácia em diferentes contextos.
Título: Laboratory Comparison of Rapid Antigen Diagnostic Tests for Lymphatic Filariasis: STANDARDTM Q Filariasis Antigen Test (QFAT) and Bioline Filariasis Test Strip (FTS)
Resumo: BackgroundAccurate and user-friendly rapid diagnostic tests (RDT) are needed to assess prevalence of Wuchereria bancrofti antigen in the Global Programme to Eliminate Lymphatic Filariasis (GPELF). We evaluated performance under laboratory conditions of the new Q Filariasis Antigen Test (QFAT) against the Filariasis Test Strip (FTS) for detecting antigen of Wuchereria bancrofti, a causative agent of lymphatic filariasis (LF). Methodology/Principal Findings: We compared test performance using available panels of serum (n=195) and plasma (n=189) from LF endemic areas in the Asia-Pacific region (Samoa, American Samoa and Myanmar) together with Australian negative controls (n=46). Prior antigen and antibody positivity status of endemic samples had been determined by rapid test or ELISA. The proportion of all samples testing positive at 10 minutes was higher with QFAT (44.8%) than FTS (41.3%). Concordance between tests was 93.5% (kappa 0.87, N=417) at 10 minutes, and increased over time to 98.8% (kappa 0.98) at 24 hours. Sensitivity of QFAT and FTS at 10 minutes compared to prior antigen results were 92% (95% CI 88.0-96.0) and 86% (95% CI 80.0-90.0), respectively. Specificity was 98% for QFAT and 99% for FTS at 10 minutes. Sensitivity increased over time for both tests, rising to 99% for QFAT and 97% for FTS at 24 hours. QFAT positively identified all microfilaria (Mf)-positive samples, whereas FTS was negative for 3 of 66 Mf-positives. For both QFAT and FTS, there was evidence of cross-reaction with Dirofilaria repens and Onchocerca lupi but not with Acanthochilonema reconditum, Cercopithifilaria bainae or Strongyloides. Disadvantages noted for QFAT were inconvenient packaging and an additional buffer step. Advantages of QFAT include ease-of-use, smaller sample (10-20 {micro}L vs 75 {micro}L for FTS), clearer control line, and higher sensitivity for Mf-positive samples. Conclusions/Significance. Under lab conditions, QFAT is a suitable rapid Ag test for use in filariasis elimination programmes and has advantages over FTS. Author summaryLymphatic filariasis (LF) is a debilitating and stigmatizing disease that affects populations in tropical areas usually in developing social environments. It is caused by a parasite worm transmitted by mosquitoes. The WHO programme to eliminate LF aims to improve the lives of their residents through a global mass drug administration campaign, and provide the tools to monitor prevalence within the countries public health contexts. It is imperative to utilize the most effective and practical diagnostic tests to monitor progress to elimination of this disease, while ensuring a cost-effective and rapid implementation under potentially vulnerable settings. In this study we investigated the performance of a new rapid antigen diagnostic test for LF compared to the existing recommended test, in samples of known infection status from the Asia-Pacific region. The results showed the new test to be a suitable rapid antigen test, with advantages over the current test, for use in filariasis elimination programmes in the region.
Autores: Patricia M Graves, J. L. Scott, A. Berg Soto, A. Y. Widi, M. Whittaker, D. Lee, C. L. Lau, K. Y. Won
Última atualização: 2024-03-27 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.25.24304827
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.25.24304827.full.pdf
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