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O Crescente Desafio da Resistência a Medicamentos para HIV

A resistência a medicamentos do HIV ameaça os esforços de tratamento para milhões de pessoas no mundo todo.

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Nos últimos anos, o uso da terapia antirretroviral (TAR) aumentou muito, ajudando milhões de pessoas que vivem com HIV/AIDS ao redor do mundo. Em 2021, cerca de 28,7 milhões de um total estimado de 38,4 milhões de pessoas com HIV estavam em TAR. No entanto, surgiu um problema significativo: a resistência a medicamentos para HIV. Isso acontece quando o vírus HIV muda de forma que faz com que alguns medicamentos sejam menos eficazes.

O que é resistência a medicamentos para HIV?

A resistência a medicamentos para HIV é quando o vírus HIV muta, ou seja, muda sua composição genética. Essas mudanças podem fazer com que medicamentos específicos ou combinações de medicamentos não consigam parar o vírus de se replicar. Todos os medicamentos existentes da TAR, mesmo os mais novos, podem correr o risco de perder a eficácia devido ao surgimento do HIV resistente a medicamentos.

Existem três tipos principais de resistência a medicamentos para HIV:

  1. Resistência Transmitida a Medicamentos para HIV (TDR): Isso acontece quando alguém contrai uma cepa de HIV resistente a medicamentos sem nunca ter recebido tratamento.
  2. Resistência Adquirida a Medicamentos para HIV (ADR): Isso ocorre quando uma pessoa desenvolve HIV resistente a medicamentos enquanto está em tratamento. Isso pode acontecer se o tratamento não for seguido corretamente ou se a terapia não for eficaz.
  3. Resistência a Medicamentos para HIV Pré-tratamento (PDR): Isso é visto em indivíduos que começam ou reiniciam a TAR, resultante de TDR ou ADR.

Por que a resistência a medicamentos é um problema?

A resistência a medicamentos para HIV é um grande desafio para o tratamento. É essencial saber quão comum isso é, o que a causa e onde acontece para tomar providências a respeito. Um estudo na Flórida entre 2012 e 2017 analisou a resistência a medicamentos para HIV e descobriu que fatores socioeconômicos desempenharam um papel importante em seus padrões. Locais com status socioeconômico mais baixo (SES) costumam ter níveis mais altos de resistência a medicamentos.

O papel dos fatores socioeconômicos

Pessoas com SES mais baixo frequentemente têm dificuldades para acessar tratamento consistente. Elas podem enfrentar questões como pobreza, falta de educação e barreiras na saúde. Esses problemas podem levar a uma adesão ruim ao tratamento, o que aumenta o risco de desenvolver resistência a medicamentos para HIV. O estudo mostrou que a Adesão ao Tratamento é afetada pela situação econômica da pessoa, pela demografia pessoal e até por fatores psicológicos.

Estudos ao redor do mundo

Em diferentes países, a resistência a medicamentos para HIV varia. Na China, um estudo mostrou que, em 2009, a prevalência geral da resistência a medicamentos para HIV era de 5,6%. Depois de um ano de tratamento, a taxa de incidência de resistência a medicamentos foi de 3,5 por 100 pessoas-ano. Fatores como o tipo de tratamento, o ambiente de cuidados e o estado de saúde do paciente influenciaram a probabilidade de desenvolver resistência.

Na África Subsaariana, a situação é mais complexa. A região enfrenta desafios diversos, incluindo recursos limitados em saúde e fatores culturais. Pesquisas indicaram que indivíduos de baixa renda têm mais dificuldade para manter seus tratamentos. O acesso aos serviços de saúde difere bastante entre áreas urbanas e rurais, complicando os esforços para controlar a resistência a medicamentos.

A situação na África do Sul

Um estudo na África do Sul mostrou que 27,4% das pessoas que não controlavam efetivamente seu HIV tinham algum nível de resistência a medicamentos. Isso indica o risco de transmitir cepas resistentes. Muitos dos afetados estavam em TAR, destacando a necessidade de monitoramento próximo da eficácia do tratamento.

Em Moçambique, a pesquisa descobriu que muitos pacientes tinham cargas virais baixas, mas ainda enfrentavam problemas com resistência a medicamentos por causa de adesão ruim ao tratamento e desafios socioeconômicos.

Progresso e desafios restantes

Embora tenha havido progresso no acesso à TAR na África Subsaariana, ainda existem desafios. Questões como condições econômicas, estigmas sociais e acesso à saúde continuam a dificultar tratamentos eficazes. Os esforços também precisam considerar a variabilidade do vírus HIV, o que complica a previsão e gestão da resistência a medicamentos.

O estudo se concentrou em entender esses fatores em dez países da África Subsaariana, analisando dados coletados entre 2015 e 2019. Essa análise buscou olhar para os padrões, causas e prevalência da resistência a medicamentos para HIV de forma estruturada.

Principais descobertas

A maioria dos entrevistados no estudo tinha 35 anos ou mais. A maioria eram mulheres, e o estudo notou um número significativo de indivíduos em TAR. A análise mostrou que pessoas de diferentes países tinham taxas variadas de resistência a medicamentos para HIV, com Ruanda apresentando a maior prevalência.

Vários fatores estavam ligados à presença de resistência a medicamentos para HIV. Notavelmente, indivíduos que não estavam em TAR apresentaram taxas de resistência mais altas. Além disso, aqueles com cargas virais não suprimidas também mostraram uma maior probabilidade de resistência.

Entendendo os dados

Os dados indicaram conexões significativas entre país e resistência a medicamentos para HIV, sugerindo diferenças regionais nas práticas de saúde e acesso ao tratamento. Embora os níveis de renda não tenham mostrado uma correlação direta forte, o ambiente geral de saúde e a capacidade de receber tratamento consistente continuaram cruciais na influência dos níveis de resistência.

O estudo também descobriu que indivíduos mais jovens mostraram proporções mais altas de resistência, indicando a necessidade de intervenções direcionadas para apoiar esse grupo.

Implicações para o tratamento

Entender as conexões entre os vários fatores e a resistência a medicamentos para HIV é vital para criar estratégias eficazes de tratamento e suporte. As descobertas sugerem que os profissionais de saúde precisam focar em alcançar a supressão da carga viral e promover a adesão à TAR, especialmente onde a resistência a medicamentos é prevalente.

Além disso, abordar as disparidades regionais em saúde é importante para reduzir a resistência a medicamentos para HIV. Países com sistemas de saúde mais robustos e melhores programas de TAR mostraram taxas mais baixas de resistência a medicamentos, o que destaca a importância de investir na saúde.

Conclusão

À medida que os esforços continuam para combater o HIV/AIDS, o surgimento da resistência a medicamentos apresenta desafios reais. Uma abordagem holística que incorpore tanto cuidados médicos quanto atenção a fatores sociais é essencial. Focar em educação, adesão ao tratamento e melhor acesso à saúde pode ajudar a mitigar o impacto da resistência a medicamentos para HIV, melhorando, em última análise, os resultados para os indivíduos que vivem com HIV/AIDS.

Com pesquisas contínuas e intervenções direcionadas, há esperança para um futuro onde a resistência a medicamentos não comprometa o trabalho realizado para tratar e prevenir o HIV/AIDS.

Fonte original

Título: Predicting HIV Drug Resistance among Persons Living with HIV/AIDS in Sub-Saharan Africa using Population-based HIV Impact Assessment Surveys: 2015-2019

Resumo: IntroductionHIV drug resistance (HIVDR) remains a significant challenge in sub-Saharan Africa (SSA), where access to effective treatment and healthcare resources varies widely. Socioeconomic status, demographic factors, clinical parameters, and regional disparities have been associated with patterns of HIVDR across SSA. Understanding the interplay of these factors is crucial for designing effective interventions to mitigate the impact of HIVDR and improve treatment outcomes in the region. MethodsWe conducted a secondary analysis of the Population-based HIV Impact Assessment (PHIA) HIV drug resistance datasets from Cameroon, Malawi, Eswatini, Ethiopia, Namibia, Rwanda, Tanzania, Zambia and Zimbabwe. All recipients of care aged between 15+ years were included in this analysis. The outcome of interest was whether a person had HIVDR resistant strains or no HIVDR resistant strains. Predictive analysis, chi-square test, univariable and multivariable logistic regression analyses were conducted in R. Statistical significance was set at P

Autores: Edson Nsonga, M. Goma, W. F. Ngambi, C. Zyambo

Última atualização: 2024-04-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.11.24305688

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.11.24305688.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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