Mudanças na Expectativa de Vida na África Oriental
Analisando as tendências de expectativa de vida no Quênia, Uganda e Tanzânia de 1960 a 2021.
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Índice
A Expectativa de Vida subiu no mundo todo nos últimos cinquenta anos, com a galera vivendo quase 20 anos a mais do que antes. Essa tendência tá rolando em muitos lugares, incluindo os Estados Unidos. A expectativa de vida é um fator importante na hora de as pessoas decidirem como investir na própria Saúde e educação. Saber o que a galera acredita sobre a saúde futura pode ajudar a entender as escolhas que fazem relacionadas à saúde e finanças.
Em países desenvolvidos como os Estados Unidos, é comum perguntar pra galera sobre as expectativas de quanto tempo vão viver e eventos importantes que esperam. Por exemplo, pesquisas sobre saúde e aposentadoria geralmente incluem essas perguntas. As informações coletadas ajudam a entender fatores cruciais que influenciam as decisões das pessoas.
Mas, em regiões em desenvolvimento, especialmente na África Subsaariana, poucas pesquisas investigaram o que a galera espera sobre sua longevidade. Isso é importante porque a expectativa de vida nessa área caiu drasticamente durante a epidemia de HIV e AIDS, mas melhorou nos últimos anos com o avanço dos tratamentos. Não tem muita pesquisa sobre como esses problemas de saúde afetam as expectativas das pessoas por lá.
A saúde é uma parte central do desenvolvimento econômico. A importância de medir a expectativa de vida aparece nas metas globais de desenvolvimento. A expectativa de vida ajuda a avaliar o progresso de um país e a eficácia do seu sistema de saúde. Nos últimos vinte anos, a África Subsaariana mostrou melhorias na expectativa de vida, mas ainda tá atrás do resto do mundo.
Por exemplo, nos anos 2000, a expectativa de vida na África Subsaariana subiu de 46 anos em 1980 para 56 anos em 2000. Mas mesmo com esses aumentos, países como Serra Leoa ainda tinham esperanças de vida em torno de 47 anos, uma das mais baixas do mundo.
Trinta anos atrás, a expectativa de vida na África Subsaariana era muito menor, em grande parte por causa da crise do HIV e AIDS. Apesar das melhorias globais, ainda existe uma grande diferença entre a expectativa de vida em países desenvolvidos e em desenvolvimento, principalmente na África Subsaariana. Países como Japão e Suíça têm expectativas de vida em torno de 83 anos, enquanto vários países na África Subsaariana têm esperanças de vida entre 47 e 53 anos.
De 1980 a 2021, a expectativa de vida subiu na maioria dos países africanos, ligeiramente superando a média global. Porém, como esses países começaram com números de expectativa de vida mais baixos em 1960, ainda mostram valores menores em comparação com a média mundial. Por exemplo, a expectativa de vida na África Subsaariana era de 59 anos em 2021, enquanto a média global era de 71 anos. No norte da África, a expectativa de vida melhorou significativamente, atingindo a média global em 2014.
Países como Uganda, Quênia e Tanzânia na África Oriental mostram padrões de expectativa de vida semelhantes ao resto da África Subsaariana, embora possa haver algumas diferenças devido à história única de cada país. A Comunidade da África Oriental teve um forte crescimento econômico, especialmente após 2000, superando o crescimento em outras regiões da África Subsaariana.
Nesse contexto, foi feito um estudo para ver como a expectativa de vida mudou no Quênia, Uganda e Tanzânia de 1960 a 2021.
Design do Estudo
O estudo analisou dados sobre a expectativa de vida no Quênia, Uganda e Tanzânia. Tabelas de vida que categorizam dados por idade, país e sexo foram usadas, com informações extraídas de um banco de dados confiável. A expectativa de vida ao nascer foi o foco principal, já que é uma medida comum usada para avaliar a saúde da população.
Valores da Expectativa de Vida
Esse estudo examinou a expectativa de vida ao nascer no Quênia, Uganda e Tanzânia ao longo de 61 anos (1960 a 2021). Calculou as diferenças na expectativa de vida pra comparar as mudanças nesses países e entre os Gêneros. A análise descritiva dividiu as tabelas de vida em categorias masculinas e femininas pra entender melhor a expectativa de vida. Um modelo estatístico foi usado pra avaliar como fatores como idade e sexo afetavam a expectativa de vida.
Mudanças na Expectativa de Vida
De 1960 a 1987, a Tanzânia viu um aumento gradual na expectativa de vida, seguido por uma queda até 1998. Depois disso, a expectativa de vida aumentou de forma constante. Porém, a pandemia de COVID-19 causou uma queda notável na expectativa de vida em 2020 e 2021.
No Quênia, a expectativa de vida aumentou de forma constante até 1983, mas houve anos de queda de 1984 a 2000. Depois de 2001, subiu até 2019, mas caiu novamente durante a pandemia. O Quênia teve mais anos de perdas na expectativa de vida do que a Tanzânia, fazendo com que a Tanzânia tivesse uma expectativa de vida maior em 2021.
A expectativa de vida em Uganda mudou bastante, mostrando crescimento de 1960 a 1970, sofrendo perdas nos anos 70 e 80, mas vendo ganhos consistentes de novo na metade dos anos 90 até 2019. A pandemia também afetou negativamente a expectativa de vida em Uganda.
Análise da Expectativa de Vida por Gênero
Nos três países, aumentos na expectativa de vida foram observados ao longo dos últimos 61 anos, com variações segundo o gênero. No Quênia, a diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres flutuou ao longo do tempo, com as mulheres geralmente vivendo mais que os homens. Em Uganda e Tanzânia, tendências semelhantes foram observadas, mas as diferenças na expectativa de vida podem ser bem significativas, influenciadas por vários fatores.
Distribuição da Expectativa de Vida Ao Longo dos Anos
Gráficos que representam as tendências da expectativa de vida no Quênia, Uganda e Tanzânia mostraram que a expectativa de vida ao nascer alcançou seu pico em 2019. Especificamente, a Tanzânia teve a maior expectativa de vida, com 66,99 anos, seguida por Uganda com 62,99 anos e Quênia com 62,94 anos.
A probabilidade de sobrevivência para bebês nascidos nesses países melhorou bastante. Em 1960, a probabilidade de sobrevivência ao nascer era maior no Quênia, seguida por Uganda e Tanzânia. Em 2021, o Quênia manteve a maior probabilidade de sobrevivência, com os três países mostrando melhorias ao longo dos anos.
Contexto Global da Expectativa de Vida
Globalmente, a expectativa de vida e a expectativa de vida saudável aumentaram, atribuídas a melhorias nos serviços de saúde e no manejo de doenças. Porém, ainda existem desigualdades significativas em saúde. Apesar dos avanços gerais, populações desfavorecidas costumam ter menos acesso aos cuidados, enfrentando maiores riscos de problemas de saúde e custos relacionados.
Alguns progressos foram feitos na redução de mortes por doenças principais, mas isso desacelerou recentemente. Existem desafios contínuos, especialmente em ambientes com menos recursos. Ações urgentes são necessárias para lidar com fatores como fumo, consumo de álcool e falta de atividade física, que contribuem para problemas de saúde.
Diferenças de Gênero na Expectativa de Vida
O estudo mostrou que na África Oriental, as mulheres geralmente vivem mais que os homens. Mesmo que elas tenham uma vantagem biológica inata quando se trata de longevidade, fatores sociais também desempenham um papel significativo. Enquanto as diferenças biológicas podem explicar algumas lacunas, comportamentos e condições sociais contribuem bastante para essa disparidade.
As mulheres vivem mais, mas muitas vezes relatam uma saúde pior, levantando questões sobre os fatores que movem essas diferenças. Entender essas complexidades pode ajudar na implementação de melhores políticas de saúde e intervenções.
Conclusão
A expectativa de vida no Quênia, Uganda e Tanzânia viu um crescimento progressivo de 1960 a 2021, embora com flutuações devido a vários desafios, incluindo crises de saúde e condições sociais. É crucial saber como esses fatores impactam as expectativas de vida, especialmente dado o impulso global em direção a uma saúde melhor e redução de desigualdades. Monitorar essas mudanças oferece insights valiosos para intervenções de saúde e formulação de políticas que visem melhorar os resultados de saúde para todos.
Título: Comparative analysis of the evolution of Life Expectancy in the United Republic of Tanzania, Uganda, and Kenya in 61 years (1960-2021): A secondary data analysis of the World Population Prospects (WPPs) on the three East African countries.
Resumo: BackgroundLife expectancy at birth (LE0) in Kenya, Uganda, and the United Republic of Tanzania in 1960 was 57, 54, and 42 years, respectively. However, in 2019, LE0 had gained in Kenya, Uganda, and Tanzania to 62.94, 62.99, and 66.99 years, respectively. This study aimed to evaluate and compare the progression of LE0 in Kenya, Uganda, and Tanzania over 61 years (1960-2021). MethodsLife tables from World Population Prospects (WPPs) were used to calculate LE0 for Kenya, Uganda, and Tanzania by sex from 1960 to 2021. LE0 was contextualized alongside trends in 1960 and 2019. Using decomposition techniques, we examined how each sex contributed to losses or gains in LE0 between 1960 and 2021 and the likely contributory factors to LE0 losses. RStudio software was used to calculate differences in LE0 from one year to another. Linear regression analyses were used to trace the progression of LE0 in Kenya, Uganda, and Tanzania in six decades. ResultsLE0 improved from 1960 to 2021 in males and females in Kenya, Uganda, and Tanzania. The most substantial improvement occurred between 1960-1980 in Kenya and Tanzania while in Uganda between 1960-1970. LE0 losses were observed between 1980-2000, and 2020-2021 in Kenya and Tanzania while Uganda experienced losses between 1970-1981; 1989-1993, and 2020-2021. LE0 losses in Kenya, Uganda, and Tanzania were likely a result of deaths related to high infant, maternal, and child mortality rates due to infectious and non-communicable diseases (1990-2021). In Uganda, the political and economic turmoil during Amins regime (1971-1979) registered the most substantial LE0 losses over the period. In addition, LE0 gaps between males and females fluctuated over the years with the highest at 9.5 years in Uganda in 1982 and the lowest at 2.25 years in Kenya in 2001. The fluctuating LE0 gaps between males and females has been observed in the three East African countries. ConclusionLE0 in Kenya, Uganda, and Tanzania progressively increased from 1960-2021. Males and females showed fluctuating LE0 gaps in the last 61 years but females lived longer than males. There were LE0 losses between 1970-2000 and between 2020-2021. High infant, maternal, and child mortality rates, and later, the high prevalence of HIV and AIDS, immunizable diseases, and the COVID-19 pandemic were the likely reasons for LE0 losses. The COVID-19 pandemic contributed to LE0 losses more in Kenya than Tanzania and Uganda likely due to deaths related to the virus itself or the control measures. LE0 losses in Uganda in the 70s were likely due to political and economic turmoil during the brutal Amins regime. Even though many studies show LE0 gains in Kenya, Uganda, and Tanzania over the 61 years, political and economic stability, economic growth, health systems strengthening, control of infectious diseases, and epidemics were critical in the LE0 gains. Thus, a more comprehensive study is warranted to assess the actual impact of public health interventions in LE0 gains in the three East African countries.
Autores: David Lagoro Lagoro Kitara, J. A. abboud, G. Bamba, E. Olal
Última atualização: 2024-04-13 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.12.24305722
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.12.24305722.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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