O Futuro dos Dados de Saúde Após a Morte
Analisando as atitudes em relação a doar dados de saúde depois de morrer.
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No mundo de hoje, fazer parte da economia digital é super importante. A maioria das pessoas usa a internet para tarefas do dia a dia, tipo banco online, compras, redes sociais e controle de saúde. Muitas atividades envolvem guardar dados pessoais na web. Isso levanta questões sobre quem possui esses dados e como eles podem ser usados, principalmente depois que alguém faleceu.
Quando se trata de Dados de Saúde, existem regras específicas que determinam quanto controle os indivíduos têm sobre suas informações pessoais, especialmente após a morte. Esse é um assunto complicado. Quem toma decisões precisa considerar as Leis já existentes, casos judiciais passados e os desejos dos familiares. Nos Estados Unidos, leis como a Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros de Saúde (HIPAA) protegem dados de saúde por 50 anos após a morte da pessoa. De forma semelhante, as leis da Europa asseguram informações médicas mesmo após a morte.
No entanto, ainda existem lacunas nessas leis, especialmente em relação a como os dados de saúde são usados para Pesquisas. A conversa sobre quem pode usar esses dados, principalmente os de indivíduos falecidos, ainda está em desenvolvimento. Este estudo investiga o quanto as pessoas estão dispostas a compartilhar seus dados de saúde com pesquisadores depois de morrer. Ao entender as opiniões das pessoas sobre esse tema, esperamos contribuir para políticas e práticas melhores quanto ao uso de dados de saúde.
A Importância da Propriedade dos Dados
À medida que continuamos vivendo mais online, entender quem é dono desses dados é crucial. As pessoas costumam querer compartilhar seus dados de saúde para fins de pesquisa, acreditando que isso pode ajudar a avançar o conhecimento médico e melhorar a saúde de outros. Contudo, há vários detalhes para resolver quando se trata de como esses dados podem ser doados após a morte.
Existem leis que protegem dados pessoais, mas elas podem ser inconsistentes. Por exemplo, enquanto algumas leis oferecem proteção para dados após a morte, há lacunas que podem permitir abusos. Saber quais direitos os indivíduos têm sobre seus dados, mesmo após falecer, é vital para garantir que seus desejos sejam respeitados.
Visão Geral da Pesquisa
Para entender melhor a disposição das pessoas em doar seus dados após a morte, foi realizada uma pesquisa nacional. O objetivo era coletar informações sobre quais tipos de dados os indivíduos estariam confortáveis em compartilhar com pesquisadores e quais fatores influenciavam essa disposição.
Os participantes do estudo eram, na sua maioria, adultos com mais de 21 anos, com um número significativo tendo algum nível de ensino superior. A maioria relatou ter utilizado sites médicos online por vários anos e não ter adoecido frequentemente. Esses fatores podem influenciar como se sentem em compartilhar seus dados.
Disposição para Doar Dados
Os resultados da pesquisa mostraram que uma porcentagem considerável de participantes estava disposta a doar seus dados de saúde depois de morrer. Especificamente, 86% dos participantes estavam dispostos a compartilhar alguns dados, enquanto uma parte menor (7%) estava completamente indisposta.
Os tipos de dados de saúde que as pessoas estavam mais dispostas a compartilhar incluíam registros médicos eletrônicos, históricos de prescrições e informações genéticas. Surpreendentemente, muitos estavam menos inclinados a compartilhar dados de redes sociais ou registros financeiros. Essa diferença destaca considerações específicas que as pessoas têm sobre o que veem como informações sensíveis.
Fatores que Influenciam a Disposição para Compartilhar Dados
O estudo analisou vários fatores demográficos para ver como eles impactaram a disposição das pessoas em compartilhar dados. Esses fatores incluíam idade, nível de educação, frequência de uso de recursos de saúde online e com que frequência os indivíduos relataram adoecer.
Os resultados mostraram uma tendência: pessoas que tinham mais experiência com sites médicos online eram mais propensas a estar dispostas a compartilhar uma quantidade de dados após a morte. Por exemplo, aquelas que usaram esses recursos por períodos mais longos demonstraram uma maior disposição para doar informações de saúde.
Curiosamente, indivíduos que relataram adoecer com mais frequência também mostraram uma tendência maior a estar abertos a compartilhar alguns dados. Isso pode indicar que experiências pessoais com desafios de saúde podem influenciar como as pessoas veem a relevância e a importância dos seus dados de saúde na pesquisa.
Implicações para Pesquisas Futuras
As descobertas dessa pesquisa podem guiar como os pesquisadores abordam o tema da doação de dados póstumos. Entender as preferências dos indivíduos pode ajudar a construir melhores estratégias para coletar e usar dados de saúde em pesquisas. Isso enfatiza a importância de respeitar os desejos dos indivíduos e garantir que eles tenham voz sobre como seus dados são usados após a morte.
À medida que as discussões sobre Privacidade e propriedade de dados continuam a crescer, haverá a necessidade de políticas claras que protejam os indivíduos e suas famílias. O desenvolvimento de ferramentas de consentimento que permitam que os indivíduos especifiquem como e se seus dados devem ser utilizados após a morte será fundamental.
Desafios nas Políticas de Uso de Dados
Embora existam algumas leis já estabelecidas para orientar o uso de dados de saúde, a realidade é que essas leis podem estar desatualizadas ou variar significativamente entre diferentes jurisdições. Essa inconsistência cria desafios tanto para pesquisadores quanto para indivíduos. Há uma necessidade urgente de políticas mais abrangentes que abordem o uso de dados póstumos.
Muitas pessoas estão dispostas a contribuir com seus dados de saúde para pesquisas, desde que sintam que sua privacidade e preferências são reconhecidas. À medida que a tecnologia e as abordagens de pesquisa evoluem, será essencial acompanhar essas mudanças e garantir que os direitos dos indivíduos permaneçam protegidos.
Resumo
Resumindo, à medida que avançamos na era digital, entender as dinâmicas da propriedade dos dados, especialmente no que diz respeito às informações de saúde, é crítico. Há uma disposição clara entre os indivíduos para compartilhar seus dados após a morte, principalmente em relação à saúde. No entanto, como esses dados serão usados deve ser transparente e respeitar os desejos individuais.
Criar políticas robustas que delineiem a propriedade e o uso dos dados após a morte pode levar a melhores resultados tanto para pesquisadores quanto para indivíduos. À medida que essa conversa continua a se desenrolar, ser proativo e inclusivo nas discussões sobre o uso de dados é vital para fomentar confiança e engajamento.
Este estudo fornece insights valiosos sobre como as pessoas veem a doação de dados de saúde e estabelece as bases para pesquisas futuras sobre esse tema importante. Focando nas preferências e necessidades dos indivíduos, podemos trabalhar para criar uma estrutura mais inclusiva e respeitosa para o uso de dados de saúde em pesquisas, garantindo que todos sintam que seus direitos e desejos são honrados.
Título: A Survey of Individuals Willingness to Share Real-World Data Post-Mortem with Researchers
Resumo: BackgroundPosthumous data use policy within the broader scope of navigating post-mortem data privacy is a procedurally complex landscape for those engaged in data collection and sharing, and data-driven health research. ObjectiveTo help address some of this complexity by exploring patterns in individuals willingness to donate data with health researchers after death and developing practical recommendations. MethodsAn electronic survey was conducted in April 2021 among adults ([≥]18 years of age) registered in ResearchMatch (www.researchmatch.org), a national health research registry. Descriptive and multinomial logistic regression analyses were conducted at a 95% confidence level to determine the association between willingness to donate data after death overall and across each demographic category (education level, age range, duration of using online medical websites, annual frequency of getting ill) and based on the overall quantity at which individuals expressed willingness to donate data (some, all, none) with researchers. ResultsOf 399 responses, most participants were willing to donate health data (electronic medical record data [67%], prescription history data [63%], genetic data [54%], and fitness tracker data [53%]) after death. We identified that individuals were more likely to donate some data after death (versus no data) if they had longer duration of using online medical websites (relative risk ratio = 1.22, p
Autores: Rachele Hendricks-Sturrup, C. Y. Lu
Última atualização: 2024-05-13 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.13.24307263
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.13.24307263.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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