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# Ciências da saúde# Politica sanitaria

Avaliando a Equidade em Saúde no Sistema da China

Analisando a alocação de recursos de saúde e equidade na atenção primária à saúde na China.

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Equidade em Saúde significa que todo mundo tem uma chance justa de ser saudável. Mas, ao redor do mundo, ainda rolam muitas diferenças injustas nos resultados de saúde. Essas diferenças estão em países em desenvolvimento e também em países desenvolvidos. Se a gente quer deixar a saúde mais igual, precisamos pensar em como compartilhar os recursos de saúde de forma justa em diferentes áreas e níveis de renda. Isso é importante porque o acesso justo aos recursos de saúde pode ajudar a diminuir as desigualdades na saúde.

O Papel da Atenção Primária à Saúde

A atenção primária à saúde (APS) é uma parte chave dos sistemas de saúde no mundo todo. Geralmente, é a forma mais econômica de melhorar a saúde das pessoas. Na China, depois das reformas no sistema de saúde no final dos anos 90, a atenção primária não foi prioridade. Em vez disso, muita gente procurava grandes hospitais, gerando superlotação e falta de recursos. Essa situação piorou as desigualdades na saúde.

Em 2009, o governo chinês lançou novas reformas de saúde para lidar com esses problemas. Em 2015, um novo sistema chamado Sistema Hierárquico de Diagnóstico e Tratamento (SHDT) foi introduzido para melhorar a equidade na saúde. Esse sistema destaca a importância da atenção primária na igualação dos recursos de saúde. Em 2016, a Comissão Nacional de Saúde da China apresentou uma política para apoiar consórcios de saúde piloto, com o objetivo de distribuir melhor os recursos de saúde, especialmente para a atenção primária.

Avaliando o Sistema de Saúde

Para entender os efeitos dessas políticas, os pesquisadores usaram várias metodologias para avaliar a distribuição dos recursos de saúde e as desigualdades. Alguns métodos comuns incluem calcular o Coeficiente de Gini, que mede como os recursos são compartilhados, e o índice de Theil, que analisa as diferenças de distribuição dentro e entre as regiões. Outras abordagens mediram como os recursos de saúde são acessíveis com base na localização.

Nosso estudo foca nas mudanças na alocação de recursos humanos para a atenção primária à saúde na China, avaliando como as políticas influenciaram a equidade ao longo de dez anos.

Fontes de Dados e Análise Regional

Os dados para este estudo foram coletados de anuários nacionais de saúde e estatísticas. Hong Kong, Macao e Taiwan não foram incluídos por conta de dados faltando. Dividimos a China em seis regiões econômicas para analisar as variações nos recursos de saúde. Essas regiões foram agrupadas com base na geografia e nas características econômicas.

Medindo Recursos Humanos para a Atenção Primária à Saúde

Para avaliar a alocação de recursos humanos na atenção primária, analisamos três grupos principais: profissionais técnicos de saúde, médicos atuantes e enfermeiros registrados. O coeficiente de Gini foi usado para medir a desigualdade geral na distribuição desses recursos. Um coeficiente de Gini mais baixo significa que os recursos são compartilhados de forma mais igual.

O índice de Theil nos ajudou a identificar de onde vêm as desigualdades, se dentro das regiões ou entre elas. O índice de concentração foi usado para ver se os recursos eram mais propensos a ir para áreas de alta ou baixa renda.

Mudanças na Alocação de Recursos

De 2012 a 2021, observamos um aumento no número de recursos de saúde tanto na China quanto nas seis regiões. Depois de 2016, quando os consórcios de saúde foram introduzidos, o crescimento desses recursos aumentou significativamente. Isso sugere que a política teve um efeito positivo na alocação de recursos.

Analisando a Desigualdade nos Recursos de Saúde

Os resultados do coeficiente de Gini indicaram que, no geral, os recursos de saúde para a atenção primária foram alocados de forma relativamente igual em todo o país. Embora algumas regiões tenham visto uma desigualdade maior entre 2012 e 2016, muitas melhoraram depois de 2016. No entanto, duas regiões-nordeste e noroeste da China-experimentaram uma piora na desigualdade nesse período.

A análise do índice de Theil mostrou que a maior parte da desigualdade vinha de diferenças dentro das regiões, e não entre elas. A região leste foi identificada como a que mais contribuiu para a desigualdade em pessoal técnico de saúde e médicos atuantes, enquanto a região norte contribuiu mais para a desigualdade em enfermeiros registrados.

O índice de concentração indicou que os recursos de saúde eram geralmente alocados mais para áreas de maior renda. Contudo, após a introdução dos consórcios de saúde, a diferença entre regiões ricas e pobres começou a diminuir, sugerindo que as reformas estavam impactando positivamente a equidade.

Prevendo Tendências Futuras

Usamos também um modelo preditivo para projetar tendências de recursos de saúde de 2022 a 2030, com base em dados passados. Essa previsão mostrou que, embora os recursos de saúde em geral devem crescer, a taxa de aumento pode variar entre as regiões. As lacunas entre áreas bem atendidas e áreas carentes podem se ampliar se as tendências atuais continuarem.

Efeitos dos Consórcios de Saúde

A introdução dos consórcios de saúde trouxe melhorias na alocação de recursos de saúde e ajudou a aumentar a equidade. Mas ainda existem disparidades entre as regiões. A configuração atual não ajuda significativamente as áreas com menos recursos a alcançarem aquelas que têm muitos recursos.

Para o futuro, é fundamental que o governo monitore como essas políticas influenciam tanto a alocação de recursos quanto a equidade na saúde. Deve-se dar atenção especial a como as políticas afetam regiões com diferentes níveis econômicos.

Conclusão

A implementação dos consórcios de saúde na China teve um impacto notável na alocação e equidade dos recursos humanos na atenção primária à saúde. As descobertas mostram que, apesar da igualdade na distribuição de recursos continuar relativamente alta, disparidades significativas ainda persistem entre as regiões. Parece que as condições econômicas locais e a eficácia da implementação das políticas desempenham papéis cruciais na formação desses resultados.

Daqui pra frente, é essencial que o governo adote uma perspectiva de longo prazo ao monitorar os impactos das políticas de saúde. Eles precisam garantir que as iniciativas não apenas aumentem a alocação de recursos, mas também promovam equidade em todas as regiões. As estratégias devem considerar como atrair mais profissionais de saúde para áreas que atualmente carecem de recursos adequados. Aprendendo com o sucesso de áreas que se saíram bem, o governo pode desenvolver programas que apoiem efetivamente as regiões carentes.

Resumindo, embora tenha havido progresso na melhoria do sistema de saúde e dos recursos na China, ainda há trabalho a fazer para garantir que todas as pessoas, independente de onde moram, tenham acesso aos serviços de saúde necessários. A jornada em direção à equidade total em saúde vai exigir esforço contínuo e ajustes cuidadosos nas políticas.

Fonte original

Título: The role of Construction of Healthcare Consortium on the allocation of human resources for primary care resources and its equity in China

Resumo: ObjectivesThis study aims to measure the effect of Construction of Healthcare Consortium (CHC) on the allocation and equity of human resources (HR) for primary health care (PHC) in China, at the same time, it provides some data to support the governments policies improvement in the next stage. MethodsChanges in the equity of allocation of HR for PHC by population are demonstrated through a three-stage approach to inequality analysis that includes the Gini coefficient (G), the Theil index (T), the concentration index (CI) and concentration curve. The GM(1,1) model is used to project the trend of resources from 2021 to 2030. ResultsVolume of HR for PHC accelerates at an average rate of growth following the release of CHC in the 2016. whilst some regions have seen their G and T rise between 2012 and 2016, their levels of inequality of allocation for resource shave gradually declined in the years following 2016, but there are exceptions, with the regions of northeast and northwest seeing the opposite. Eastern and northern region account for a larger contribution to intra-regional inequality. Concentration indices and concentration curves indicate that HR for PHC is related to economic income levels. GM (1, 1) projects an increasing trend in resources from 2021 to 2030, but with variations in average growth rates in different regions. ConclusionsThe inequality of human resources for primary health care in China is low, however, the inequality between regions has not been eliminated. We still need to take a long-term view to monitor the impact of CHC on the allocation of HR for PHC and its equity in China.

Autores: Shengli Zhang, S. Li, C. Liao

Última atualização: 2024-05-23 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.23.24307796

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.23.24307796.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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