Recuperação do Coração: Mudanças Importantes Depois do Tratamento
Estudo destaca mudanças na função e tamanho do coração após tratamento em pacientes com DAC.
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Índice
A Doença Arterial Coronariana (DAC) é quando os vasos que levam sangue pro coração ficam estreitos ou bloqueados. Isso pode causar Insuficiência Cardíaca (IC), que é uma condição séria onde o coração não consegue bombear sangue direito. A DAC é uma das causas comuns de IC e pode trazer vários problemas de saúde, aumentar o risco de morte e custar muito em tratamento médico.
Opções de Tratamento
Uma forma de tratar a DAC é através de procedimentos chamados revascularização. Isso pode ser feito de duas maneiras principais: por cirurgia (cirurgia de revascularização do miocárdio ou CABG) ou por um procedimento que desobstrui artérias bloqueadas (intervenção coronariana percutânea ou ICP). Esses tratamentos ajudam a reduzir a falta de fluxo sanguíneo pro músculo cardíaco e podem melhorar a forma e a função do coração a longo prazo. Isso é importante pra quem já tá com o coração meio capenga.
Mas nem todo mundo com insuficiência cardíaca causada por DAC se beneficia desses tratamentos. Os médicos sugerem checar a função do coração de novo com um ecocardiograma três meses depois da revascularização pra ver se o procedimento funcionou e decidir os próximos passos no tratamento.
Importância da Melhora da Função Cardíaca
Melhorar a eficiência do coração em bombear sangue, que é medido pela Fração de Ejeção (FE), é crucial pra sobrevivência de quem tem insuficiência cardíaca. A FE mede quanto sangue o coração bombeia a cada batida. Se um paciente mostra melhora na FE após a revascularização, ele provavelmente terá mais chances de viver mais. Pesquisas mostram que pacientes cuja FE melhora mais de 5% após o procedimento têm muito menos risco de morrer comparado àqueles que não melhoram.
Outro fator importante é o tamanho das câmaras do coração. Quando o coração tá estressado, ele pode aumentar. Mudanças no tamanho do Ventrículo Esquerdo (a principal câmara de bombeamento do coração) depois do tratamento podem indicar como o paciente tá se saindo. Uma diminuição no tamanho dessa câmara geralmente é um sinal positivo e pode estar relacionada a uma melhor sobrevivência a longo prazo.
Objetivo do Estudo
Pra descobrir mais sobre como essas mudanças no tamanho e função do coração se relacionam com os resultados dos pacientes, foi feito um estudo. O estudo analisou pacientes com bloqueios nas artérias do coração que tinham uma FE de 40% ou menos antes do tratamento. Os principais objetivos eram:
- Observar como o tamanho do ventrículo esquerdo mudou após o tratamento.
- Ver quanto a redução do tamanho do ventrículo esquerdo estava relacionada a melhorias na FE.
- Descobrir o quanto a mudança no tamanho do coração prevê melhores resultados para os pacientes.
Seleção dos Pacientes
O estudo incluiu pacientes que fizeram CABG ou ICP por DAC em um hospital de Pequim de janeiro de 2005 a dezembro de 2014. Pra ser incluído, o paciente tinha que ter uma FE baixa (40% ou menos), passar pelo tratamento e fazer exames de coração três meses depois. Pacientes que tiveram infartos graves pouco antes do procedimento ou que morreram em até três meses do tratamento não participaram do estudo.
Os pacientes foram divididos em duas grupos com base em quanto a FE melhorou após o tratamento. Aqueles que melhoraram a FE em 5% ou menos ficaram em um grupo, enquanto aqueles que melhoraram mais de 5% ficaram no outro. O tamanho do ventrículo esquerdo também foi examinado pra ver quanto mudou após o tratamento.
Coleta de Dados
Os registros médicos forneceram informações sobre a saúde dos pacientes, resultados de exames laboratoriais e exames de coração. O primeiro exame de coração foi feito até 30 dias antes do procedimento de revascularização, enquanto o exame de acompanhamento foi feito três meses depois. Tratamento bem-sucedido foi definido como a abertura de todas as artérias bloqueadas principais ou o desvio delas por cirurgia.
Pra acompanhar os resultados dos pacientes, os pesquisadores analisaram os registros médicos de acompanhamento e entraram em contato com os pacientes por telefone. Aqueles que morreram nesse período foram classificados como mortes cardiovasculares, a menos que outra causa clara fosse identificada.
Análise Estatística
Os pesquisadores compararam vários pontos de dados, incluindo características dos pacientes e mudanças no tamanho e função do coração após o tratamento. Usaram testes estatísticos específicos pra ver se havia diferenças significativas entre os grupos. Também analisaram como as mudanças no tamanho do coração e na FE se relacionavam ao risco de mortalidade geral.
Resultados do Estudo
Dos 1.781 pacientes inicialmente identificados, apenas 923 atenderam a todos os critérios do estudo. A idade média desses pacientes era de cerca de 65 anos, e a maioria era do sexo masculino. A FE média antes do tratamento era de 36%. Após a revascularização, a FE média aumentou pra 45%.
O tamanho médio do ventrículo esquerdo, medido pelo diâmetro final sistólico (LVESD), mostrou uma pequena redução após o tratamento. O estudo também descobriu que cerca de 45% dos pacientes tiveram uma diminuição de mais de 7% no LVESD, o que foi considerado clinicamente significativo pra prever a sobrevivência a longo prazo. Os pesquisadores descobriram que pacientes que tiveram uma redução maior no LVESD tinham um risco menor de morrer de todas as causas.
Relação Entre LVESD e Melhora da FE
Pacientes que melhoraram sua FE e também tiveram uma redução significativa no tamanho do ventrículo esquerdo tiveram as melhores taxas de sobrevivência. Em contrapartida, aqueles que não melhoraram em nenhuma área tiveram os piores resultados. Os melhores valores de corte pra prever a sobrevivência a longo prazo foram uma melhoria na FE de mais de 5,8% e uma redução no LVESD de mais de 7%.
Conclusão
Esse estudo destaca a importância tanto da melhoria da função cardíaca quanto das mudanças no tamanho do coração após a revascularização pra pacientes com DAC. Enfatiza a necessidade de acompanhamento e avaliação regulares pra garantir que os pacientes recebam o cuidado apropriado com base no progresso de recuperação individual. As descobertas sugerem que monitorar essas mudanças pode ajudar os médicos a prever melhor quais pacientes estão em maior risco de complicações e podem precisar de mais intervenções.
Resumindo, se um paciente vê melhorias significativas tanto na função cardíaca quanto no tamanho após o tratamento, ele provavelmente terá mais chances de sobrevivência a longo prazo. Por outro lado, se um ou ambos esses fatores não melhorarem, o paciente pode enfrentar um risco maior de morte. Mais pesquisas são necessárias pra entender a complexidade da recuperação cardíaca e desenvolver melhores estratégias de tratamento para pacientes com doença arterial coronariana.
Título: Left Ventricular Reverse Remodeling After Revascularization and Its Predictive Role for Survival
Resumo: AimsFor patients with ischemic heart failure who underwent revascularization, ejection fraction (EF) improvement is a major predictor of survival benefit. However, the association between left ventricular (LV) remodeling and outcomes has not been well-established. The aim of the study is to investigate the extent of LV remodeling after revascularization and its predictive role for long-term survival. MethodsPatients with reduced EF ([≤]40%), who underwent either coronary artery bypass grafting or percutaneous coronary intervention, and had echocardiography reassessment 3 months after revascularization were enrolled in a real-world cohort study (No. ChiCTR2100044378). Patients were categorized into 4 groups according to whether LV end-systolic dimension (LVESD) reduction was [≤]7% or >7%, and absolute EF improvement [≤]5% or >5% ResultsA total of 923 patients were identified. The percentage of LVESD reduction was 4.5{+/-}18.4%. The median follow-up time was 3.4 years, during which 123 patients died. Patients with greater percentage of LVESD reduction had lower risk of all-cause death (hazard ratio [HR] per 1% decrement in LVESD, 0.98; 95% CI, 0.97-0.99; P
Autores: Jinghua Liu, S. Wang, B. J. Borah, S. Cheng, S. Li, X. Gu, J. Li, Y. Lyu
Última atualização: 2023-11-01 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.31.23297881
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.31.23297881.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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