Avaliando Intervenções para Sobreviventes de Violência de Parceiro Íntimo
Essa pesquisa avalia a eficácia do apoio psicossocial para sobreviventes de IPV.
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Índice
Violência por Parceiro Íntimo (VPI) é qualquer tipo de violência ou agressão contra um parceiro atual ou ex-parceiro. Isso não envolve só danos físicos, mas também abuso emocional, violência sexual e comportamentos controladores. Um grande problema relacionado à VPI é o impacto que isso tem na saúde mental. Estudos mostram que as pessoas envolvidas em VPI sofrem mais de Transtornos Mentais do que aquelas que não estão envolvidas.
A VPI é uma preocupação séria de saúde pública que afeta indivíduos, famílias e comunidades inteiras. Os efeitos negativos sobre as vítimas, agressores e crianças são gigantescos. A pandemia de COVID-19 piorou a situação, aumentando os casos de VPI. Um fator importante ligado a esse aumento é o estresse financeiro. Com o custo de vida só aumentando, é bem provável que a VPI também suba.
Infelizmente, os serviços disponíveis para ajudar sobreviventes de VPI costumam ser insuficientes. Muita gente tem dificuldade em acessar os serviços necessários e há preocupações sobre a qualidade do atendimento. Embora alguns programas mostrem resultados positivos em ajudar sobreviventes, muitas vezes têm efeitos limitados na saúde mental ou na segurança. A diversidade da população de sobreviventes significa que diferentes pessoas podem precisar de diferentes tipos de apoio, fazendo com que seja crucial atender às suas necessidades variadas.
Tipos de Intervenções
Os pesquisadores classificaram as intervenções psicossociais disponíveis em três tipos principais: psicológicas, voltadas para advocacy e integradas.
Intervenções Psicológicas envolvem terapia que usa diferentes técnicas para ajudar as pessoas a lidarem com seus sentimentos e experiências. Um terapeuta conduz essas sessões, que geralmente consistem em conversar sobre as dificuldades enfrentadas.
Intervenções de advocacy focam em fornecer conselhos práticos e suporte contínuo. Isso pode incluir ajudar indivíduos a acessar abrigos ou outros recursos e planejar sua segurança.
Intervenções integradas combinam aspectos das intervenções psicológicas e de advocacy para oferecer um suporte mais completo.
Pesquisas mostram que a eficácia dessas intervenções pode variar bastante, sendo influenciada tanto pelas características dos sobreviventes quanto pelo contexto em que a ajuda é oferecida. Muitos estudos não têm evidências fortes devido a métodos de implementação variados, e ainda há muitas perguntas sem resposta sobre os efeitos a longo prazo e as necessidades específicas de diferentes indivíduos.
A Necessidade de Melhores Dados
Para realmente entender quão eficazes essas intervenções são, os pesquisadores propõem usar um método chamado meta-análise de Dados de Participantes Individuais (MDPI). Essa abordagem combina dados brutos de vários estudos para realizar uma análise mais profunda sobre como diferentes intervenções funcionam em diversas populações. Ao juntar essas informações, os pesquisadores conseguem ter uma visão melhor sobre o que dá certo.
Outra abordagem é a Meta-análise de Dados de Pacientes Individuais em Rede (MDPIN). Esse método não só compara diferentes intervenções, mas também considera características individuais, ajudando a identificar quais tipos de suporte funcionam melhor para pessoas específicas.
Objetivos da Pesquisa
O objetivo dessa pesquisa é comparar e avaliar cuidadosamente a eficácia de várias intervenções psicossociais para sobreviventes de VPI. Para isso, serão abordadas algumas questões específicas de pesquisa:
- Qual é a eficácia geral das intervenções psicossociais para melhorar a saúde mental e a segurança entre sobreviventes de VPI?
- Como diferentes fatores (como as características dos sobreviventes e os tipos de intervenções) influenciam esses resultados?
- Quais intervenções específicas são mais eficazes e aceitas pelos sobreviventes?
Usando técnicas analíticas avançadas, a pesquisa espera fornecer orientações mais claras sobre quais intervenções são mais benéficas e em quais circunstâncias.
Métodos
Para realizar esse estudo, os pesquisadores vão reunir e analisar dados em nível individual de estudos relevantes. Isso inclui procurar ensaios clínicos randomizados (ECRs) que focam em VPI e nas intervenções associadas. Uma estratégia de busca abrangente será usada para identificar estudos elegíveis, e os pesquisadores vão entrar em contato com os autores para obter os dados necessários para análise.
Os pesquisadores vão avaliar a qualidade dos estudos disponíveis e o risco de viés em cada um deles. Eles também vão categorizar as várias intervenções e as condições de controle usadas nesses estudos.
Os resultados de interesse incluem sintomas de saúde mental, comportamentos de segurança, uso de serviços e satisfação geral com as intervenções. Usando várias técnicas estatísticas, os pesquisadores buscam determinar a eficácia das intervenções enquanto exploram como diferentes fatores podem influenciar esses efeitos.
Gestão e Análise de Dados
Os dados dos estudos individuais serão geridos e analisados de forma segura. A equipe de pesquisa vai garantir que informações sensíveis sejam tratadas adequadamente, e todos os dados serão armazenados com segurança.
Na fase de análise, os pesquisadores vão observar tanto os efeitos gerais quanto subgrupos específicos para entender melhor como diferentes variáveis interagem. Essa abordagem minuciosa vai ajudar a estabelecer uma imagem mais clara do que funciona melhor para os diversos grupos de sobreviventes.
Os achados dessa pesquisa não só vão contribuir com insights valiosos sobre a eficácia das intervenções psicossociais, mas também vão ajudar a orientar práticas e políticas futuras para ajudar sobreviventes de VPI.
A Importância da Pesquisa
A necessidade de estratégias de intervenção eficazes para sobreviventes de VPI é urgente. Ao identificar quais tipos de suporte funcionam melhor e para quem, essa pesquisa pode ajudar a melhorar a vida de indivíduos que passaram por VPI.
O uso de métodos rigorosos de análise de dados, como MDPI e MDPIN, oferece a chance de tirar conclusões mais robustas do que pesquisas anteriores. O objetivo final é criar uma compreensão mais clara de como apoiar melhor os afetados pela VPI, adaptando as intervenções para atender às suas necessidades e circunstâncias únicas.
Essa pesquisa não só visa preencher lacunas no conhecimento existente, mas também busca informar profissionais e formuladores de políticas sobre as melhores formas de alocar recursos e fornecer apoio a quem precisa.
Conclusão
Essa abordagem abrangente para avaliar intervenções psicossociais para sobreviventes de VPI destaca a complexidade do problema. Com muitos fatores influenciando a eficácia dessas intervenções, é crucial adotar métodos que permitam uma análise detalhada dos dados individuais.
Focando nas necessidades específicas dos sobreviventes e buscando uma melhor coleta e análise de dados, a pesquisa visa melhorar não apenas os resultados individuais, mas a abordagem geral para enfrentar a VPI. As percepções obtidas com este estudo podem abrir caminho para melhores sistemas de apoio, guiando aqueles afetados em direção à ajuda que realmente precisam.
Com pesquisa e avaliação contínuas, é possível avançar significativamente na compreensão e no enfrentamento dos desafios enfrentados pelos sobreviventes de VPI. À medida que a conscientização cresce e os recursos são melhor alinhados com as necessidades, há esperança para um futuro onde os sobreviventes encontrem o apoio necessário para curar e prosperar.
Título: Individual Participant Data Network Meta-analysis of psychosocial interventions for survivors of intimate partner violence: Study protocol
Resumo: Many systematic reviews and meta-analyses have been conducted in the field of Intimate Partner Violence (IPV) and the evidence shows small to moderate effect sizes in improving mental health. However, there is considerable heterogeneity due to great variation in participants, interventions and contexts. It is therefore important to establish which participant and intervention characteristics affect the different psychosocial outcomes in different contexts. Individual Participant Network Meta-analysis (IPDNMA) is a gold-standard method to estimate the effects with the highest precision possible and estimate moderating effects, compare the effectiveness of the different interventions and thus answer the question of which intervention is best-suited for whom. We will conduct an IPDNMA of randomised controlled trials (RCTs) of psychosocial interventions for IPV survivors aimed at improving mental health, well-being, risk-lowering and intervention acceptability outcomes compared to any type of control (PROSPERO registration number: CRD42023488502). We aim to establish a collaboration with the authors of the eligible RCT, to obtain and to harmonise the Individual Participant Data of the trials, and conduct an one-stage IPDNMA will be conducted under a Bayesian framework using the multinma package in R, after testing which characteristics of the participants and interventions are effect modifiers. There are however inherent limitations of IPDMAs, such as depending on data availability and missing nuancing through the harmonisation of variables. We aim to address these possibly by creating pseudo-IPD and sensitivity analyses. This approach is novel in the field and it can inform more efficient clinical and policy-related decision making.
Autores: Christina Palantza, K. Morgan, N. J. Welton, H. M. Micklitz, L. B. Sander, G. Feder
Última atualização: 2024-06-25 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.25.24309424
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.25.24309424.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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