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Abordando as desigualdades nas habilidades de pensamento computacional

Examinando as diferenças de gênero e tipo de escola no pensamento computacional entre alunos de STEM no Chile.

― 8 min ler


Desigualdades na EducaçãoDesigualdades na Educaçãoem STEMcomputacionais entre os estudantes.Estudo revela lacunas nas habilidades
Índice

O Pensamento Computacional tá se tornando uma habilidade importante no mundo de hoje. Em vários países, principalmente na América Latina, as escolas não ensinam ativamente essas habilidades. Essa falta de ensino pode fazer com que os alunos não desenvolvam as capacidades necessárias pra resolver problemas usando conceitos de ciência da computação. Este artigo analisa um estudo feito em uma universidade no Chile, focando nos estudantes que estão entrando em programas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). O estudo verifica quão bem esses alunos entendem o pensamento computacional e se existem diferenças baseadas em gênero, tipo de escola e conhecimento prévio em programação.

O que é Pensamento Computacional?

Pensamento computacional envolve vários processos chave. Inclui dividir problemas em partes menores, organizar e analisar dados e encontrar soluções que um computador ou uma pessoa pode executar. Essas habilidades são vitais num mundo onde a tecnologia tem um grande papel nas nossas vidas diárias. Os defensores do pensamento computacional acreditam que todo mundo deveria aprender essas habilidades desde cedo pra ter sucesso numa sociedade movida pela tecnologia. Países como Austrália, Coreia do Sul e Finlândia fizeram mudanças em seus programas escolares pra ajudar a ensinar essas habilidades.

Apesar da pressão global pra ensinar pensamento computacional, a América Latina tem demorado pra fazer essas mudanças. Embora existam iniciativas em países como Argentina, Brasil e Uruguai pra promover essas habilidades, muitas escolas ainda não incluem pensamento computacional no seu ensino. No Chile, as escolas podem oferecer cursos opcionais de pensamento computacional, mas não é obrigatório. A maioria dos esforços pra ensinar pensamento computacional no Chile envolve oficinas organizadas por universidades ou organizações não governamentais.

Objetivos do Estudo

Os principais objetivos do estudo foram:

  1. Descobrir se os alunos já tinham desenvolvido alguma habilidade de pensamento computacional antes de começar a faculdade.
  2. Investigar se existem diferenças nas habilidades baseadas em gênero e no tipo de escola frequentada (privada ou pública).

Pesquisas Anteriores sobre Gênero e Tipo de Escola

Vários estudos analisaram as diferenças de gênero no pensamento computacional. Algumas pesquisas sugerem que existe uma lacuna nas habilidades entre meninos e meninas, especialmente nas séries mais altas. No entanto, em alguns casos, as meninas se saíram igualmente bem quando receberam treinamento específico. Além disso, pesquisas também mostraram que o status socioeconômico e o tipo de escola frequentada podem afetar o desempenho dos alunos nas matérias de STEM.

No Chile, o sistema educacional é altamente segregado com base em fatores socioeconômicos. Isso significa que alunos de famílias de baixa renda costumam frequentar escolas públicas, enquanto aqueles de famílias mais ricas geralmente vão pra escolas privadas. Como resultado, há uma relação significativa entre o tipo de escola e o desempenho acadêmico. Alunos de escolas privadas geralmente alcançam resultados melhores que os colegas de escolas públicas ou subsididas.

Design do Estudo

O estudo focou em alunos que foram recentemente admitidos em uma universidade especializada em programas de STEM. Os participantes foram convidados a fazer um teste avaliando suas habilidades de pensamento computacional. O teste foi projetado pra avaliar suas capacidades em várias áreas, incluindo direções e sequências básicas, condicionais, loops e funções.

Os pesquisadores coletaram informações demográficas dos participantes, incluindo gênero, tipo de escola e conhecimento prévio em programação. O objetivo era analisar como esses fatores influenciaram suas pontuações em pensamento computacional.

Resultados

Visão Geral dos Resultados

O estudo incluiu mais de 500 alunos que estavam entrando na universidade. Os resultados mostraram que os alunos, de modo geral, se saíram bem no teste de pensamento computacional, indicando um bom nível de habilidade. No entanto, a análise também revelou diferenças consideráveis baseadas em gênero e tipo de escola.

Diferenças de Gênero

O estudo descobriu que os alunos do sexo masculino tiveram pontuações mais altas em média do que os do sexo feminino. Essa diferença sugere que, mesmo antes de entrar na universidade, os meninos podem ter desenvolvido habilidades de pensamento computacional mais fortes que as meninas. A diferença continuou significativa mesmo considerando a experiência prévia em programação.

Curiosamente, enquanto algumas pesquisas sugerem que as meninas podem alcançar os meninos com o treinamento apropriado, este estudo indica que a lacuna de gênero continua existindo entre os alunos que entram em programas de STEM no Chile. Esse padrão se alinha com descobertas de outros países, onde as disparidades em habilidades computacionais se tornam mais evidentes nas séries mais altas.

Diferenças Baseadas em Tipo de Escola

Havia também diferenças observáveis no desempenho com base no tipo de escola que os participantes frequentavam. Alunos de escolas privadas alcançaram pontuações mais altas do que aqueles de escolas públicas ou subsidiadas. Esse resultado destaca outra camada de desigualdade nas oportunidades e resultados educacionais.

De modo geral, os dados mostraram que alunos com conhecimento prévio em programação se saíram melhor no teste. No entanto, as alunas foram sub-representadas entre aqueles com experiência em programação, indicando que podem ter tido menos oportunidades de aprender essas habilidades antes de entrar na faculdade.

Implicações dos Resultados

Os achados deste estudo sugerem que existem questões sistêmicas no sistema educacional que contribuem para desigualdades em pensamento computacional. A falta de treinamento obrigatório em pensamento computacional nas escolas pode levar a lacunas nas habilidades entre os alunos, especialmente aqueles de diferentes Gêneros e contextos socioeconômicos.

Abordando as Desigualdades de Gênero

Pra lidar com a lacuna de gênero no pensamento computacional, é crucial implementar programas que proporcionem oportunidades iguais pra todos os alunos, especialmente pra meninas. Oferecer oficinas e treinamentos direcionados pode ser benéfico pra ajudar as alunas a desenvolverem suas habilidades de pensamento computacional.

Pesquisas futuras podem explorar o efeito de diferentes métodos de ensino e programas de treinamento na redução das disparidades de gênero. Se as iniciativas se mostrarem eficazes, podem ser introduzidas em uma escala maior, promovendo igual acesso à educação em ciência da computação pra todos os alunos.

Abordando as Desigualdades Baseadas em Tipo de Escola

Além das desigualdades baseadas em gênero, o estudo destaca a necessidade de abordar as disparidades baseadas no tipo de escola. Esforços voltados pra melhorar os recursos educacionais e oportunidades para alunos em escolas públicas e subsidiadas podem ajudar a nivelar o campo de jogo pra todos os aprendizes.

Ao criar programas adaptados às necessidades de alunos de diferentes origens, os educadores podem ajudar a garantir que cada aluno tenha uma chance de ter sucesso em pensamento computacional e em outras matérias de STEM.

Direções para Pesquisas Futuras

Os resultados do estudo abrem várias possibilidades pra futuras pesquisas. Estudos de longo prazo poderiam acompanhar o desenvolvimento das habilidades de pensamento computacional ao longo do tempo, proporcionando insights sobre como essas habilidades evoluem à medida que os alunos avançam em sua educação.

A pesquisa também pode investigar os fatores que contribuem para as lacunas observadas nas habilidades. Compreender o papel das normas sociais, expectativas e estereótipos pode ajudar a informar estratégias para reduzir essas disparidades.

Investigar o impacto de diferentes estratégias e programas educacionais nas habilidades de pensamento computacional dos alunos pode fornecer insights valiosos para os educadores. Ao aprender o que funciona melhor para diferentes grupos de alunos, as escolas podem adaptar seus programas para promover melhores resultados de aprendizado.

Conclusão

O estudo realizado entre alunos que entraram em programas de STEM em uma universidade chilena destaca desigualdades significativas no desenvolvimento das habilidades de pensamento computacional. As descobertas revelam uma lacuna de gênero, onde os alunos do sexo masculino tiveram um desempenho superior ao das alunas, além de disparidades baseadas no tipo de escola. Esses resultados enfatizam a necessidade de práticas educacionais mais inclusivas pra lidar com essas desigualdades.

Ampliar o acesso ao treinamento em pensamento computacional, especialmente pra grupos sub-representados, pode ajudar a fomentar um ambiente educacional mais equitativo.

Esforços futuros devem se concentrar na criação de programas que ofereçam oportunidades iguais para todos os alunos e na realização de pesquisas que explorem mais os fatores que influenciam as disparidades em pensamento computacional. Ao trabalhar pra reduzir essas lacunas, os educadores podem ajudar a garantir que todos os alunos estejam preparados pra prosperar num mundo cada vez mais digital.

Fonte original

Título: Inequalities in Computational Thinking Among Incoming Students in an STEM Chilean University

Resumo: While computational thinking arises as an essential skill worldwide, formal primary and secondary education in Latin America rarely incorporates mechanisms to develop it in their curricula. The extent to which students in the region acquire computational thinking skills remains largely unknown. To start addressing this void, this article presents findings from a cross-sectional study that characterizes the computational thinking abilities of incoming students at a Chilean university with a strong emphasis on STEM disciplines. Based on more than 500 responses, this study provides evidence of significant inequalities in computational thinking across gender, type of school (private or no), and prior programming knowledge. The discussion offers insights into how these disparities relate to contextual factors of the country, such as a highly socio-economically segregated educational system, public policies focused mainly on technology access, and heavy reliance on voluntary initiatives, to develop computational thinking. The findings can enlighten upcoming research endeavors and formulate strategies to create a more equitable field for students entering STEM degrees in nations facing similar circumstances.

Autores: Felipe González-Pizarro, Claudia López, Andrea Vásquez, Carlos Castro

Última atualização: 2024-07-22 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.15833

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.15833

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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