Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Informática# Redes Sociais e de Informação# Interação Homem-Computador

A Disseminação de Desinformação nas Redes Sociais do Chile

Analisando o impacto da desinformação durante eventos chave no Chile.

― 8 min ler


O Aperto da DesinformaçãoO Aperto da Desinformaçãono Chileque a verdade durante crises.Informação falsa se espalha mais rápido
Índice

A Desinformação nas redes sociais pode impactar como as pessoas participam da democracia. Esse estudo analisa como informações falsas se espalharam online durante eventos importantes no Chile, como protestos sociais e a pandemia de COVID-19. Focamos em três plataformas populares: Twitter, Facebook e Instagram. A pesquisa coletou dados sobre o que as pessoas estavam compartilhando de outubro de 2019 até outubro de 2021. Esse período foi marcado por agitação política e uma crise de saúde global, tornando-se um momento chave para estudar a desinformação.

Principais Descobertas

O estudo descobriu que a desinformação se espalha mais rápido e alcança mais pessoas do que a informação verdadeira, especialmente no Twitter e Facebook. O Instagram mostrou menos desse efeito. Informações falsas eram geralmente compartilhadas mais por usuários com menos habilidades de leitura. Informações verdadeiras costumavam ser mais simples e geravam menos interesse. Entender esses padrões ajuda a aprender quando e como a desinformação pode ser amplamente compartilhada.

Contexto

A desinformação não é um problema novo, mas as redes sociais facilitaram a disseminação rápida de afirmações falsas, teorias da conspiração e conteúdos enganosos. Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, grupos contra vacinas espalharam informações erradas, dificultando o trabalho dos especialistas da saúde. É essencial explorar a natureza e os efeitos da desinformação.

Pesquisas mostraram que informações falsas geralmente se espalham rapidamente entre grupos de pessoas, especialmente quando vão ao encontro das suas crenças. Isso pode afetar eventos significativos como eleições ou campanhas de marketing. A pandemia de COVID-19 demonstrou que a desinformação alcançou diversas partes do mundo, influenciando as opiniões das pessoas sobre a vacinação e dificultando o controle do vírus pelos governos.

Muitas organizações estão analisando como a desinformação impacta a sociedade para criar políticas que possam reduzir seus efeitos nocivos. O problema crescente da desinformação está ligado a tudo, desde a criação de conteúdos falsos até o uso de bots que espalham essas informações e aumentam interações negativas nas redes sociais, muitas vezes impulsionadas por contas que buscam causar caos. Essa complexidade aponta para a necessidade de mais pesquisas e respostas.

Objetivos do Estudo

Esse estudo tem como objetivo identificar as características da desinformação nas redes sociais no Chile, onde o uso de mídias sociais é bastante comum e eventos recentes tornaram a desinformação mais evidente. O Chile tem cerca de 19 milhões de pessoas, com milhões de contas no Facebook, Instagram e Twitter. Eventos como os protestos em 2019 contra os custos de transporte levaram a um descontentamento mais amplo com a desigualdade social e o governo, e a COVID-19 intensificou essas tensões ao exigir uma nova constituição.

O estudo tem dois objetivos principais:

  1. Comparar a disseminação de histórias falsas, imprecisas e verdadeiras por verificadores de fatos profissionais.
  2. Analisar as diferenças na desinformação em vários tópicos como os protestos sociais, a pandemia, o processo constitucional e as eleições presidenciais.

Ao olhar para esses assuntos, buscamos obter insights sobre como a desinformação se comportou durante esses períodos.

Trabalhos Relacionados

A desinformação se tornou uma preocupação urgente no mundo digital de hoje. Isso levou muitos pesquisadores a considerar como as redes sociais criam um ambiente que permite que informações falsas prosperem. Alguns estudos focaram em definir e categorizar a desinformação para ajudar na detecção e verificação de fatos. Outros exploraram as diferenças entre notícias verdadeiras e conteúdos falsos, frequentemente analisando padrões de linguagem.

Análises de conversas sobre desinformação no Twitter descobriram que discussões sobre conteúdos falsos frequentemente incluíam ceticismo e humor. Muitos usuários podem compartilhar desinformação sem querer, geralmente por falta de compreensão ou atenção. Estudos mostram que esforços de verificação de fatos às vezes são ignorados, e as pessoas podem manter crenças falsas mesmo quando corrigidas.

Pesquisas também indicam que informações falsas se espalham mais amplamente e profundamente do que informações verdadeiras nas plataformas de redes sociais. Por exemplo, estudos mostraram que afirmações falsas podem ser compartilhadas com mais frequência do que notícias precisas, mostrando uma tendência perturbadora em como as pessoas interagem com informações online.

Materiais e Métodos

Para coletar dados, trabalhamos com várias organizações de verificação de fatos no Chile que verificaram conteúdos circulando na mídia e nas plataformas sociais. Esse processo ocorreu de outubro de 2019 até outubro de 2021. O conteúdo foi classificado em quatro categorias principais:

  1. Surgimento Social
  2. COVID-19
  3. Eleições de 2021
  4. Processo Constitucional

Coletamos um total de 1.000 histórias verificadas. Cada tópico recebeu focos diferentes, com a COVID-19 tendo o maior número de verificações.

Utilizamos ferramentas para analisar o conteúdo, focando principalmente no Twitter. Para Instagram e Facebook, olhamos para as reações totais ao conteúdo verificado em vez das mensagens originais. Essa limitação tornou nossa análise dessas plataformas menos abrangente, mas ainda informativa.

Análise de Conteúdo no Twitter

Começamos examinando o conteúdo verificado no Twitter. Isso incluiu a análise dos tweets relacionados às histórias verificadas. Observamos várias características, como:

  • Comprimento dos tweets
  • Tipos de palavras usadas
  • Pontuações de sentimento

Descobrimos que as conversas sobre conteúdos falsos tendiam a ser mais longas e incluíam uma linguagem mais emocional. Em contraste, conteúdos verdadeiros costumavam ser mais curtos e diretos.

A legibilidade dos tweets também foi medida, mostrando que conteúdos falsos e imprecisos eram mais fáceis de ler em comparação com conteúdos verdadeiros. Essa descoberta destaca uma diferença significativa na acessibilidade da informação com base em sua precisão.

Dinâmicas de Propagação no Twitter

Para entender como a desinformação se espalha no Twitter, examinamos quão amplamente e profundamente os tweets eram compartilhados. Medimos características como:

  • Profundidade: Até onde as conversas iam nas respostas.
  • Tamanho: O número de usuários interagindo com o conteúdo.
  • Amplitude: O número de usuários únicos envolvidos nas discussões.

Nossas descobertas indicaram que conteúdos falsos alcançaram mais usuários e tiveram conversas mais longas do que conteúdos verdadeiros. A desinformação cresceu rapidamente, levando menos tempo para alcançar um público significativo. Em contrapartida, a informação verdadeira se espalhou mais devagar, mas teve um impacto mais duradouro.

Reações no Facebook e Instagram

Usando ferramentas analíticas disponíveis, olhamos como os usuários reagiram ao conteúdo no Facebook e Instagram. Descobrimos que conteúdos falsos muitas vezes recebiam mais likes do que conteúdos verdadeiros no Facebook. No entanto, no Instagram, conteúdos verdadeiros geraram mais interações no geral.

Fotos eram o tipo de conteúdo mais comum em ambas as plataformas. Embora conteúdos falsos recebessem muitos likes, conteúdos verdadeiros eram compartilhados com mais frequência. No Instagram, o número de reações era mais equilibrado entre likes, comentários e compartilhamentos.

Conclusão

Esse estudo destaca como a desinformação se espalha no Chile através de canais de mídia social. Ele mostra que informações falsas viajam mais rápido e alcançam um público mais amplo do que conteúdos verdadeiros. Enquanto o Instagram tende a ser menos afetado, Twitter e Facebook mostram uma clara preferência dos usuários por se engajarem com afirmações falsas.

A legibilidade é outro fator significativo. Conteúdos falsos geralmente requerem menos esforço para serem lidos, tornando-se mais acessíveis em comparação com informações verdadeiras. Essas descobertas sublinham a importância de desenvolver estratégias eficazes para combater a desinformação, considerando como ela se espalha de forma diferente entre plataformas e contextos.

Em resumo, essa pesquisa fornece insights valiosos sobre a dinâmica da desinformação em um contexto sociopolítico específico. Ela destaca a necessidade de conscientização e educação sobre a natureza da desinformação, especialmente em tempos de crise. Esforços futuros devem se concentrar em promover a alfabetização midiática, incentivando indivíduos a buscar informações verificadas e a entender o contexto dos eventos de desinformação.

Fonte original

Título: A study on information disorders on social networks during the Chilean social outbreak and COVID-19 pandemic

Resumo: Information disorders on social media can have a significant impact on citizens' participation in democratic processes. To better understand the spread of false and inaccurate information online, this research analyzed data from Twitter, Facebook, and Instagram. The data was collected and verified by professional fact-checkers in Chile between October 2019 and October 2021, a period marked by political and health crises. The study found that false information spreads faster and reaches more users than true information on Twitter and Facebook. Instagram, on the other hand, seemed to be less affected by this phenomenon. False information was also more likely to be shared by users with lower reading comprehension skills. True information, on the other hand, tended to be less verbose and generate less interest among audiences. This research provides valuable insights into the characteristics of misinformation and how it spreads online. By recognizing the patterns of how false information diffuses and how users interact with it, we can identify the circumstances in which false and inaccurate messages are prone to become widespread. This knowledge can help us develop strategies to counter the spread of misinformation and protect the integrity of democratic processes.

Autores: Marcelo Mendoza, Sebastián Valenzuela, Enrique Núñez-Mussa, Fabián Padilla, Eliana Providel, Sebastián Campos, Renato Bassi, Andrea Riquelme, Valeria Aldana, Claudia López

Última atualização: 2023-06-25 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.14378

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.14378

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Ligações de referência

Mais de autores

Artigos semelhantes