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Melhorando a entrega de DNA em diatomáceas para uma agricultura sustentável

Pesquisadores melhoram a entrega de DNA em diatomáceas, prometendo avanços para a produção de alimentos sustentáveis.

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Hoje em dia, a agricultura enfrenta uns problemas grandes. A mudança climática tá deixando o tempo menos previsível, o número de pessoas no planeta tá aumentando, e o solo tá se desgastando. Os pesquisadores tão buscando novas maneiras de cultivar comida que não prejudiquem o meio ambiente, e uma opção promissora são as algas unicelulares. Esses pequenos organismos crescem rápido e usam a luz do sol de um jeito muito eficiente pra gerar energia. As diatomáceas, um tipo de alga, são especialmente interessantes porque tão em todos os oceanos do mundo e são incríveis em transformar carbono em matéria orgânica.

Apesar do potencial das diatomáceas, o uso delas na agricultura tá sendo devagar por causa de problemas técnicos com engenharia genética. Um dos principais desafios é como colocar DNA nessas células. A Phaeodactylum tricornutum é uma diatomácea bem estudada, e os cientistas mapearam todo o seu genoma. Eles desenvolveram ferramentas pra mudar seu DNA e torná-lo mais útil em laboratório. Isso levou a projetos com o objetivo de criar cromossomos sintéticos pra substituir os naturais na composição genética da diatomácea. Pra isso, os pesquisadores precisam de um método confiável pra introduzir novo DNA na diatomácea de forma eficiente.

Métodos Atuais de Entrega de DNA

Os pesquisadores tentaram vários métodos pra entregar DNA na P. tricornutum. Algumas das técnicas comuns incluem:

  1. Bombardeio Biolístico: Esse método envolve disparar partículas revestidas de DNA nas células. Embora funcione, precisa de equipamentos especializados.

  2. Eletroporação: Aqui, um campo elétrico é usado pra deixar as membranas celulares mais permeáveis, o que permite a entrada do DNA.

  3. Transformação com Polietileno Glicol (PEG): Essa abordagem química pode ajudar na absorção de DNA, mas foi encontrada menos eficiente.

  4. Conjugação Bacteriana: Esse método usa bactérias pra transferir DNA. É muito eficaz, mas pode ser complicado de configurar e gerenciar.

Desses, a conjugação bacteriana é atualmente a maneira mais eficiente de colocar DNA na diatomácea, mas também é bem trabalhosa. Os pesquisadores notaram que, enquanto a eletroporação tem potencial, não foi consistentemente bem-sucedida. Muitas tentativas anteriores mostraram baixa eficiência ao usar essa técnica.

Otimizando a Eletroporação

Na busca por melhorar a eletroporação, os pesquisadores descobriram que tratar as células algais com certas enzimas antes de aplicar pulsos elétricos aumentou significativamente a eficiência na absorção de DNA. A equipe percebeu que células cultivadas em placas de ágar se saíram melhor do que aquelas cultivadas em líquido. Isso levou eles a experimentar métodos diferentes de pré-tratamento das células, conhecidos como esferoplastagem, que envolve quebrar parcialmente a parede celular.

Durante esse processo, eles descobriram que adicionar a enzima alcalase antes da eletroporação melhorou muito a eficiência da transformação. Células pré-tratadas com a enzima mostraram um aumento drástico no número de integrações de DNA bem-sucedidas.

Testando Diferentes Condições

Os pesquisadores queriam ver como diferentes condições de cultivo impactavam as taxas de transformação. Eles compararam células cultivadas em meios líquidos e aquelas em placas sólidas de ágar. Os resultados foram claros: células derivadas de placas de ágar tiveram uma taxa de sucesso muito maior.

Monitorando cuidadosamente a fase de crescimento das diatomáceas, descobriram que culturas em fase estacionária-células que não estão mais se dividindo ativamente-eram as mais eficazes para transformação de DNA. Essas células tinham características únicas, como morfologias diferentes, que poderiam torná-las mais receptivas à absorção de DNA.

Experimentando com Quantidades de DNA

Pra otimizar ainda mais o processo, a equipe começou a experimentar com diferentes quantidades de DNA. As Transformações iniciais usaram entre 500 ng e 1 μg de DNA. No entanto, eles descobriram que uma transformação significativa poderia ocorrer mesmo usando apenas 1 ng de DNA, o que foi uma descoberta impressionante. Essa redução significava que os pesquisadores não precisariam produzir grandes quantidades de DNA pra uma transformação bem-sucedida, economizando tempo e recursos.

Explorando Estruturas de DNA

Diferentes formas estruturais de DNA também podem afetar a eficiência da transformação. Os pesquisadores testaram formas lineares de DNA contra formas circulares. Eles descobriram que o DNA linear consistentemente produziu mais transformantes do que o DNA circular. Além disso, após a transformação bem-sucedida, o DNA linear se circularizava dentro do núcleo da diatomácea através de processos de reparo celular.

Durante a análise, eles descobriram algumas mudanças inesperadas no DNA. Quando o DNA linear foi usado, ocorreram pequenas inserções ou deleções durante o processo de reparo. Isso foi particularmente interessante porque indicou que algum DNA residual de outras fontes, como DNA de esperma de salmão usado como transportador, poderia ter sido incorporado no produto final.

Desafios com Grandes Construções de DNA

Em seguida, os pesquisadores buscaram testar os limites da eletroporação introduzindo construções de DNA maiores. Eles tentaram transformar um plasmídeo muito maior de 55,6 kb-isso é significativamente maior do que as construções previamente testadas. Embora tenham conseguido, o número de transformações bem-sucedidas foi muito menor, destacando que, à medida que as construções crescem, fica mais difícil introduzi-las nas células da diatomácea.

Apesar desse desafio, a equipe confirmou que o plasmídeo maior foi retido com sucesso nas células da diatomácea, indicando que podiam transferir quantidades substanciais de material genético.

Montagem de Múltiplos Fragmentos de DNA

Uma das descobertas mais empolgantes foi a capacidade de introduzir múltiplos fragmentos de DNA na diatomácea simultaneamente. Os pesquisadores prepararam dois fragmentos diferentes de DNA que conferiam resistência a diferentes antibióticos e testaram se a diatomácea conseguia montá-los em uma unidade funcional dentro de suas células.

Os resultados mostraram que, quando ambos os fragmentos foram eletroporados juntos, um número significativo de colônias mostrou resistência a ambos os antibióticos. Isso sugeriu que a diatomácea poderia realmente recombinar peças de DNA separadas pra criar uma nova característica funcional, permitindo a construção de designs genéticos complexos diretamente na célula algal.

Conclusão

A otimização da eletroporação para P. tricornutum representa um avanço significativo no campo da biotecnologia algal. Esse método não só simplifica o processo de introdução de DNA nas células algais, mas também abre novas possibilidades pra criar construções genéticas personalizadas pra várias aplicações.

A capacidade de entregar eficientemente pequenas quantidades de DNA, montar múltiplos fragmentos e potencialmente usar essas técnicas em outras espécies de diatomáceas paveia o caminho pra avanços na agricultura sustentável e produção de biocombustíveis. À medida que a pesquisa avança, a esperança é aprimorar ainda mais essas técnicas e ampliar sua aplicação.

Num mundo que enfrenta desafios crescentes na produção de alimentos e sustentabilidade ambiental, métodos como a eletroporação para algas têm o potencial de levar a soluções inovadoras que poderiam beneficiar tanto o planeta quanto seus habitantes.

Fonte original

Título: Spheroplasted cells: a game changer for DNA delivery to diatoms

Resumo: Diatoms, vital to global carbon fixation and climate change mitigation, produce 20% of the worlds fixed organic carbon annually. Their potential as cell factories for biofuels, proteins, and other high value chemicals remains underutilized due to a lack of genetic engineering tools, with DNA delivery being the biggest challenge. Here, we present an optimized, highly efficient electroporation method for delivering DNA constructs as large as 55.6 kb to Phaeodactylum tricornutum, a model diatom species and emerging chassis for algal biotechnology. We also demonstrate that with this optimized protocol, episomes can be assembled de novo, forgoing the need for time-consuming traditional cloning steps in Escherichia coli and Saccharomyces cerevisiae. By incorporating other technologies, such as CRISPR genome editing, this method will accelerate diatom-based synthetic biology projects and, therefore, the development of sustainable technologies. This method should also be applicable to other diatom species.

Autores: Bogumil J Karas, E. J. L. Walker, M. Pampuch, G. Tran

Última atualização: 2024-10-10 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.10.617634

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.10.617634.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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