Os sensores de RNA das plantas respondem às mudanças de temperatura
Pesquisas mostram como os mRNAs das plantas detectam a temperatura pra controlar a produção de proteínas.
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Índice
As plantas podem se adaptar às mudanças de temperatura no ambiente. Elas têm formas especiais de fazer isso, que os cientistas já estudaram bastante. Recentemente, pesquisadores descobriram que certos mRNAs de plantas podem agir como sensores de temperatura. Esses sensores controlam diretamente como as Proteínas são feitas quando as Temperaturas mudam.
RNA ThermoSwitches
Um tipo desses sensores é chamado de RNA ThermoSwitch. O primeiro foi encontrado numa planta chamada Arabidopsis thaliana. Um exemplo de RNA ThermoSwitch tá no mRNA de um gene chamado PIF7, que é importante pro crescimento da planta. Esse ThermoSwitch fica numa parte do mRNA que ajuda a começar a produção da proteína PIF7.
Quando a temperatura tá abaixo de 22 °C, o RNA ThermoSwitch forma uma estrutura estável de cabelo. Essa forma impede que a maquinaria que inicia a produção de proteína chegue à parte do mRNA que começa esse processo. Mas, quando a temperatura sobe pra entre 27 e 32 °C, a forma de cabelo muda. Essa mudança permite que a maquinaria de produção de proteína continue lendo o mRNA e chegue ao ponto de partida pra fazer a PIF7. Ao mesmo tempo, o ThermoSwitch pode bloquear temporariamente novas máquinas que chegam, dando chance pra que a maquinaria já existente faça a proteína.
O Papel da Proteína PIF7
Uma vez que a proteína PIF7 é feita, ela ajuda a produzir outros genes importantes que controlam como as plantas crescem durante o dia. Isso significa que a PIF7 tem um papel na reação das plantas às mudanças de temperatura.
Testando o ThermoSwitch
Pra estudar como esse ThermoSwitch funciona, os pesquisadores criaram diferentes versões da parte do mRNA que inclui o ThermoSwitch. Eles conectaram essas versões a um gene que cria uma proteína fluorescente, permitindo que eles medíssem como a tradução funciona.
Quando os pesquisadores mudaram a temperatura de 17 °C pra 27 °C, perceberam que a maioria dos mRNAs modificados produzia menos proteína fluorescente conforme a parte do mRNA ficava mais curta. Isso pode ser porque menos unidades de produção de proteína estavam se ligando ao mRNA. Mas uma versão específica do mRNA, que era mais curta, acabou resultando em mais proteína sendo produzida do que a versão original mais longa. Isso foi surpreendente e apontou pra uma forma interessante nesse mRNA que pode ajudar a aumentar a tradução.
Os pesquisadores também descobriram que todas as versões encurtadas do mRNA ainda resultaram em maior produção de proteína em temperaturas mais altas comparadas a outras formas de mRNA que não se dobravam em formas como o ThermoSwitch. Isso significa que, enquanto o processo de leitura é importante, a forma de cabelo sozinha também pode ajudar a aumentar a produção de proteína quando as temperaturas sobem.
Usos Práticos em Biotecnologia
A capacidade de controlar a produção de proteínas mudando a temperatura pode ser muito útil em biotecnologia. Pra os cientistas, isso apresenta uma forma de gerenciar quanta proteína uma planta produz sem usar aditivos químicos que podem ser prejudiciais.
Pra testar se o RNA ThermoSwitch poderia ser usado com uma técnica envolvendo Agrobacterium, os cientistas montaram um experimento na planta Nicotiana benthamiana. Eles criaram um sistema que podia mostrar como o ThermoSwitch afetava a produção de proteína quando a temperatura era mudada em 10 °C. Dois genes repórteres diferentes foram usados pra garantir medições precisas.
As plantas foram mantidas em uma temperatura mais baixa por alguns dias, depois a temperatura foi aumentada. Após esperar um tempo específico depois da mudança de temperatura, os pesquisadores mediram os sinais fluorescentes dos genes repórteres. Eles confirmaram que, quando o ThermoSwitch foi usado, o sinal fluorescente desse gene aumentou significativamente após a mudança de temperatura.
Em contraste, o grupo controle negativo, que não tinha o ThermoSwitch, não mostrou mudança no sinal, mesmo na temperatura mais alta. Outro aspecto importante desse experimento foi verificar se havia interações indesejadas entre o ThermoSwitch e os genes repórteres, que poderiam afetar os resultados.
Resumo das Descobertas
Essa pesquisa mostrou com sucesso que RNA ThermoSwitches podem ser usados pra controlar a expressão gênica em um sistema de plantas. Isso pode ter várias aplicações, como cultivar plantas com melhores colheitas ou características mais úteis. O benefício de usar a temperatura pra controlar esse processo é que pode ser feito sem produtos químicos, tornando-se uma opção mais limpa.
Estudos futuros vão se concentrar em como tornar esses ThermoSwitches ainda melhores pra que eles possam aumentar ou diminuir a produção de proteínas em resposta às mudanças de temperatura de forma mais eficaz.
Conclusão
Em conclusão, as plantas evoluíram maneiras fascinantes de lidar com mudanças de temperatura. Ao estudar esses processos, os pesquisadores estão descobrindo novas ferramentas que podem beneficiar a agricultura e a biotecnologia no futuro. Essas descobertas oferecem esperança pra desenvolver melhores culturas que possam prosperar em diferentes climas ou crescer de forma mais eficiente em condições variadas. Conforme os cientistas continuam investigando esses mecanismos, podemos ver abordagens ainda mais inovadoras na ciência das plantas que podem beneficiar a todos nós.
Título: Controlling heterologous protein synthesis through a plant RNA ThermoSwitch
Resumo: Plants have evolved sophisticated mechanisms to adapt to temperature fluctuations, including transcriptional, post-transcriptional, and post-translational processes. Recent discoveries highlight RNA ThermoSwitches, cis-acting elements in several plant mRNAs that regulate protein synthesis based on temperature changes. These mechanisms, first identified in Arabidopsis thaliana, offer a promising tool for biotechnology by enabling temperature-sensitive control of protein expression. This study demonstrates, for the first time, the feasibility the application of plant RNA ThermoSwitches in Agrobacterium-mediated transient expression systems, presenting a novel method for controlled gene expression in plants. This system is particularly advantageous due to its homogeneous nature and independence from chemical inducers or suppressors.
Autores: Betty YW Chung, F. Lastovka, H. Peyret, S. E. Thomas, G. P. Lomonossoff
Última atualização: 2024-10-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.07.616989
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.07.616989.full.pdf
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