O Papel da Geometria na Replicação do DNA
Investigando como a forma do DNA impacta os desafios e mecanismos de replicação.
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Índice
A replicação do DNA é o processo pelo qual uma célula faz cópias do seu DNA. Isso envolve vários jogadores chave, um dos quais é um grupo de proteínas chamado replissoma. O replissoma funciona como uma máquina que se move ao longo do DNA, criando duas novas fitas a partir do DNA original. No entanto, esse processo não é simples e traz desafios.
Desafios Durante a Replicação do DNA
À medida que o replissoma se move, ele segue a torção natural do DNA, que é como uma escada em espiral. Essa torção pode criar um problema chamado estresse torsional. Se não for gerenciado corretamente, esse estresse pode fazer com que as novas fitas de DNA fiquem emaranhadas. Esses emaranhados precisam ser desfeitos antes que a célula possa se dividir adequadamente, o que é crucial para passar adiante a informação genética.
Nas células vivas, existem proteínas especializadas chamadas topoisomerases que ajudam a aliviar esse estresse torsional. No entanto, essas proteínas às vezes não conseguem trabalhar rápido o suficiente para acompanhar o replissoma. Isso pode levar a mais estresse no DNA e resultar em fitas filhas entrelaçadas, especialmente no final do processo de replicação.
O Impacto da Geometria do DNA
Uma área que analisamos é como a forma e o espaço do DNA podem afetar esses processos. Quando o replissoma está se movendo, há um equilíbrio que precisa ser alcançado. A torção do DNA à frente do replissoma afeta como as fitas atrás dele se comportam. O espaço entre as duas novas fitas formadas durante a replicação desempenha um papel significativo em como elas interagem.
Em condições normais, as fitas de DNA criadas pelo replissoma estão bem próximas uma da outra. No entanto, quando o replissoma desacelera, possivelmente devido a problemas na replicação, a distância entre essas fitas pode aumentar. Essa mudança pode levar a diferenças significativas em como o DNA se comporta durante a replicação.
Entendendo a Trança do DNA
Para estudar isso mais a fundo, criamos configurações especiais para observar como as fitas de DNA se entrelaçam, que é quando elas se torcem uma em torno da outra. Essas configurações nos permitiram controlar a distância entre as fitas e medir quanta força era necessária para trançá-las.
Desenvolvemos dois tipos de Substratos de trança de DNA, chamados de 'substrato O' e 'substrato V'. Cada um desses substratos tinha segmentos de DNA projetados para ter comprimentos e marcas específicas, permitindo que os víssemos claramente.
O Design do 'Substrato O'
O 'substrato O' foi criado para ter muito pouca separação entre as duas fitas de DNA. Conseguimos isso projetando o DNA de forma precisa, de modo que houvesse pequenos espaços preenchidos com marcadores específicos. Essa configuração nos permitiu segurar o DNA no lugar enquanto medíamos quanta força era necessária para começar a trançar as fitas.
O Design do 'Substrato V'
O 'substrato V' tinha outra configuração que permitia uma maior separação em uma extremidade enquanto mantinha a outra extremidade próxima uma da outra. Essa configuração nos ajudou a entender como diferentes distâncias entre as fitas afetavam a força necessária para trançá-las.
Medindo Propriedades Torsionais
Usamos ferramentas especiais para medir as forças de torção ao trançar o 'substrato O'. À medida que girávamos o cilindro que segurava o DNA, podíamos ver quanta força de torção era necessária para começar o processo de trança. Descobrimos que a força aumentava à medida que adicionávamos mais torções. Essa foi uma descoberta chave, pois pudemos ver como o DNA começava a se envolver em si mesmo e formar uma estrutura trançada.
Observações dos 'Substratos V e U'
Usando o 'substrato V' e outro chamado 'substrato U', exploramos mais. Aqui, notamos algumas mudanças interessantes nas forças de torção. Com o 'substrato V', havia um espaço visível no torque, o que significa que era mais difícil começar a trançar, provavelmente devido à geometria das fitas. No 'substrato U', onde ambas as extremidades das fitas de DNA podiam estar distantes, observamos picos significativos nas forças de torção. Isso indicou que havia uma barreira muito forte para começar a trançar as fitas.
O Gap de Torque e o Overshoot
Essas descobertas destacaram dois conceitos importantes: o gap de torque e o overshoot de torque. O gap de torque representa uma resistência adicional ao tentar iniciar a trança, enquanto o overshoot de torque indica um aumento súbito na força de torção que ocorre quando as fitas fazem contato pela primeira vez.
Curiosamente, descobrimos que o overshoot de torque estava diretamente relacionado à distância entre as extremidades das fitas de DNA. Quanto maior a separação, maior o overshoot, indicando que a geometria do DNA desempenha um papel crucial em como ele responde durante a trança.
Implicações para a Replicação do DNA
Esses experimentos têm implicações importantes para entender como a replicação do DNA funciona nas células. Quando as fitas de DNA estão próximas uma da outra, a supercoiling tende a se acumular atrás do replissoma, fazendo com que elas se entrelacem. Isso pode ajudar a amortecer o estresse torsional, facilitando o avanço do replissoma.
No entanto, quando as fitas estão mais separadas, o overshoot de torque cria uma barreira, limitando a quantidade de trança que ocorre. Isso pode aumentar a resistência torsional que o replissoma enfrenta, dificultando o progresso da máquina.
Conclusão
Em resumo, aprendemos que a geometria do DNA desempenha um papel vital em como as fitas se entrelaçam durante a replicação. A distância entre as fitas pode afetar muito as forças que elas experimentam, o que tem consequências para como o DNA é replicado e como as células se dividem. Esse conhecimento pode informar pesquisas futuras sobre a replicação do DNA e suas complexidades, especialmente em entender como as células conseguem manter sua integridade genética durante o processo.
Título: Geometry of Braided DNA Dictates Supercoiling Partition
Resumo: During DNA replication, the replisome must rotate relative to the DNA substrate, generating supercoiling that must be partitioned in front of or behind the replisome. Supercoiling partitioned behind the replisome may intertwine (or braid) daughter DNA molecules and restrict chromosome segregation. Supercoiling partitioning and torsional resistance at the replisome should depend on the geometry of the two daughter DNA molecules, determined by their end separations. However, experimental investigation of DNA braiding under well-defined DNA geometry has proven challenging. Here, we present methods to engineer braiding substrates of defined geometry, from minimal to significant end separations. We then directly measured the torque required to braid these substrates using an angular optical trap (AOT) and found that the torque required to initiate the braiding during the first 0.5 turn critically depends on the end separation. Once braiding started, we found that the subsequent effective twist persistence length of DNA braiding is about 20-30 nm, insensitive to the end separations. Our work highlights the crucial role of braiding geometry in dictating supercoiling partitioning and torque build-up during replication. It suggests that dynamic modulation of end separation on the daughter DNA molecules could serve as a mechanism to regulate replication progression in vivo.
Autores: Michelle D Wang, Y. Hong, S. h. Park
Última atualização: 2024-10-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.08.617221
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.08.617221.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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