Novas Ferramentas para Estudar a Atividade do RNA em Plantas
Pesquisadores desenvolvem biossensores de ribozima dividida pra rastrear RNA em plantas vivas.
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Índice
- Tecnologias Atuais e Suas Limitações
- Novas Abordagens com Ribozimas Divididas
- Testando o Método em Plantas
- Convertendo Sinais de RNA em Saídas de Proteína
- Expandindo Capacidades de Detecção
- Trabalhando Rumo a Aplicações In Vivo
- Perspectivas Futuras e Aplicações
- Conclusão
- Materiais de Planta
- Construindo Plasmídeos
- Infiltração de Folhas de Tabaco
- Transformação Estável em Arabidopsis thaliana
- Medindo Fluorescência
- Análise Estatística
- Western Blotting
- Fonte original
- Ligações de referência
RNA é uma parte importante de como as plantas crescem e funcionam. Ele atua como um mensageiro que carrega informações genéticas do DNA pra fazer proteínas, além de ajudar a controlar como os genes são ativados e desativados. Pra entender melhor como as plantas reagem ao ambiente e como elas se desenvolvem, os cientistas precisam de maneiras de ver o que o RNA tá fazendo dentro das células das plantas.
Muitos métodos atuais pra estudar RNA podem ser bem complicados. Geralmente, eles exigem desmontar as amostras de plantas, o que pode ser difícil e demorado. Novas ferramentas, especialmente Biossensores, podem ser usadas pra medir RNA sem machucar as plantas. Esses biossensores também ajudam os cientistas a ver como as plantas reagem ao estresse e mudam à medida que crescem.
Tecnologias Atuais e Suas Limitações
Tradicionalmente, métodos como PCR em tempo real, hibridização in situ e sequenciamento de transcriptoma são usados pra medir os níveis de RNA. Embora sejam eficazes, esses métodos podem ser destrutivos. Eles geralmente exigem procedimentos complexos e demoram muito, o que dificulta capturar mudanças rápidas na atividade do RNA.
Avanços recentes em biossensores oferecem uma nova abordagem. Essas ferramentas podem medir o que acontece nas células sem precisar destruir a amostra. Por exemplo, os cientistas começaram a usar tecnologias de rotulagem de RNA com moléculas especiais chamadas aptâmeros pra criar biossensores que podem detectar a atividade gênica. No entanto, muitas dessas ferramentas mudam o RNA que tá sendo medido, dificultando o estudo do seu comportamento natural.
Novas Abordagens com Ribozimas Divididas
Um novo método envolve o uso de ribozimas divididas-moléculas de RNA especiais que podem espremer outros RNAs pra deixá-los funcionais de novo. Quando essas ribozimas divididas encontram seu RNA-alvo, elas se juntam e podem acionar a produção de proteínas. Esse método já mostrou resultados promissores em células animais e microbianas, mas não tinha sido testado em plantas até agora.
O objetivo é ver se essas ribozimas divididas podem funcionar em plantas pra detectar a atividade do RNA. Usando uma planta chamada Nicotiana benthamiana, os pesquisadores descobriram que a ribozima dividida consegue espremer RNA de forma eficaz. Eles usaram uma proteína fluorescente verde (GFP) como marcador, que brilha sob uma iluminação específica pra indicar se o processo funcionou.
Testando o Método em Plantas
Pra ver se o sistema de ribozimas divididas poderia funcionar em plantas, os pesquisadores criaram amostras de plantas que incluíam a ribozima dividida ligada ao marcador GFP. Eles trataram as plantas com condições específicas pra testar como a ribozima poderia detectar RNA. Ajustando o design da ribozima e os GRNAS (pequenas moléculas de RNA que guiam a ribozima ao seu alvo), eles puderam checar se esses ajustes ajudavam a melhorar a detecção de RNA nas células das plantas.
Nos experimentos, plantas com uma certa estrutura no RNA mostraram um sinal forte de GFP, indicando que a ribozima funcionou bem. No entanto, se mudanças eram feitas, o sinal nem sempre era tão forte. Isso mostrou que, embora o método seja promissor, ele precisa de mais ajustes pra funcionar perfeitamente em diferentes tipos de RNA.
Convertendo Sinais de RNA em Saídas de Proteína
Depois que o sistema de ribozima dividida foi validado, os pesquisadores buscaram ligá-lo a diferentes proteínas usando gRNAs. Eles queriam transformar RNAs-alvo em diferentes proteínas que pudessem brilhar em cores diferentes, facilitando o estudo. Os pesquisadores criaram várias construções pra ver quão bem podiam usar o sistema de ribozima pra produzir diferentes saídas.
Nos primeiros testes, eles usaram uma proteína fluorescente vermelha (RFP) pra ver se o sistema a detectava corretamente. Depois de colocar as construções nas plantas, eles puderam ver um forte sinal verde do relatório sfGFP quando o RNA-alvo estava presente. Isso sugeriu que o biossensor poderia detectar com sucesso o RNA desejado e indicar que estava funcionando.
Expandindo Capacidades de Detecção
Depois de confirmar que o sistema de ribozima dividida podia detectar RNA, os pesquisadores aprofundaram a investigação pra ver se ele conseguia distinguir entre diferentes tipos de RNA. Eles miraram em um gene da Arabidopsis thaliana, uma planta comum em pesquisas. Descobriram que o sistema podia detectar esse RNA específico usando a construção ligada aos gRNAs que miravam o gene, produzindo um sinal forte de GFP.
Eles também testaram o sistema em um vírus que infecta plantas, o vírus do tabaco (TRV). Criaram construções projetadas especificamente pra detectar RNA do vírus. Os resultados indicaram que o sistema foi eficaz em identificar RNAs de genes de plantas e de vírus.
Trabalhando Rumo a Aplicações In Vivo
Depois de demonstrar a capacidade de detectar múltiplos tipos de RNA em plantas, o próximo passo foi implementar esse sistema pra imagens em tempo real em plantas vivas. Isso é crucial, pois permitiria que os cientistas observassem a expressão gênica e como as plantas reagem a vários estímulos sem precisar coletar amostras.
Pra isso, os pesquisadores projetaram uma nova construção que ligava a ribozima a uma outra proteína fluorescente que podia ser vista com menos equipamentos técnicos. Eles testaram em N. benthamiana e descobriram que, com ajustes na ribozima e na nova combinação de proteínas, conseguiram visualizar efetivamente a atividade do RNA em tecidos vivos.
Perspectivas Futuras e Aplicações
O sucesso desse sistema de biosensor baseado em ribozimas divididas, chamado "Visão de RNA de Plantas," abre portas pra aplicações empolgantes. Essa tecnologia poderia permitir que cientistas imaginem a expressão gênica em tempo real em várias condições. Como o RNA desempenha um papel crucial em como as plantas respondem a mudanças ambientais, isso poderia levar a uma melhor compreensão e manejo do crescimento das plantas sob estresse.
Com potenciais aplicações em biotecnologia de plantas, o sistema poderia ajudar a melhorar as respostas das culturas a estressores como seca ou doenças. Monitorando como as plantas expressam certos genes ao longo do tempo, os pesquisadores podem validar previsões feitas por tecnologias avançadas de sequenciamento e aprimorar programas de melhoramento.
Conclusão
O desenvolvimento do sistema de biosensor baseado em ribozimas divididas abre novas portas pra estudar a atividade do RNA em plantas. Ao permitir a observação em tempo real da expressão gênica, fornece insights críticos sobre como as plantas crescem e respondem ao ambiente. Com melhorias contínuas, essa tecnologia pode transformar a forma como os pesquisadores abordam a biologia das plantas, levando a novas inovações em agricultura e biologia.
Materiais de Planta
Para os estudos, foram usadas duas tipos de plantas: plantas Arabidopsis do tipo selvagem Col-0 e Nicotiana benthamiana. Elas foram cultivadas em condições controladas com iluminação e temperatura específicas.
Construindo Plasmídeos
Os pesquisadores criaram várias construções de DNA através de métodos estabelecidos que permitiram a montagem de genes em configurações específicas. Isso incluiu sequências projetadas pra ligar ribozimas a outras proteínas.
Infiltração de Folhas de Tabaco
Estirpes de Agrobacterium foram usadas pra introduzir plasmídeos nas folhas das plantas de N. benthamiana. Essa técnica permitiu que os pesquisadores testassem quão bem as construções funcionavam em plantas vivas.
Transformação Estável em Arabidopsis thaliana
Usando o método de imersão floral, os pesquisadores transformaram Arabidopsis thaliana pra estudar a atividade do sistema de ribozima em um contexto genético mais estável.
Medindo Fluorescência
A fluorescência das proteínas foi avaliada usando microscópios específicos e software de imagem pra garantir leituras precisas da atividade de RNA nas plantas.
Análise Estatística
Os dados dos experimentos foram analisados pra garantir precisão e significância, ajudando os pesquisadores a entender a eficácia de suas abordagens.
Western Blotting
Pra verificar a presença de proteínas específicas, os pesquisadores usaram uma técnica chamada western blotting, que ajuda a visualizar as proteínas produzidas a partir do RNA que estavam estudando.
Título: Ribozyme-based biosensor for imaging gene expression in plants
Resumo: Detection of gene expression in plants is critical for understanding the molecular basis of complex plant biosystems and plant responses to environmental stresses. Here, we report the development of a split ribozyme-based biosensor that enables in vivo visualization of gene expression in plants. We demonstrated the utility of this biosensor in transient expression experiments (i.e., leaf infiltration in Nicotiana benthamiana) to detect RNAs derived from transgenes and tobacco rattle virus, respectively. Furthermore, we successfully engineered a split ribozyme-based biosensor in Arabidopsis thaliana for in vivo visualization of endogenous gene expression at the cellular level. In addition, we developed a platform for easy incorporation of different reporters into the RNA biosensor.
Autores: Yang Liu, Ruchika Rajput, Torikul Islam, Ilenne Del Valle, Tao Yao, Rekha Agarwal, Brandon A. Boone, Carrie Eckert, Paul E. Abraham, Jin-Gui Chen, Gerald A. Tuskan, Xiaohan Yang
Última atualização: 2024-09-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.30.615876
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.30.615876.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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