Escolas e Escolhas Alimentares: Perspectivas dos Jovens
Explorando como os ambientes alimentares ao redor das escolas influenciam os hábitos alimentares dos adolescentes.
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Índice
- O Impacto das Escolas nas Escolhas Alimentares
- Intervenções para Melhorar Ambientes Alimentares
- Visão Geral da Pesquisa
- Coletando Opiniões dos Jovens
- O que os Jovens Pensam sobre as Zonas de Gestão de Lanches
- Aceitação Geral das ZGLs
- Impacto Limitado das ZGLs
- Barreiras Impedindo a Eficácia
- Resumo das Principais Descobertas
- Importância das Opiniões dos Jovens
- Conclusão
- Fonte original
Os lugares onde a gente compra e come comida podem afetar nossa saúde. Ambientes alimentares ruins podem levar a maus hábitos alimentares e problemas de saúde. Isso é especialmente verdade para os jovens. Muitas autoridades estão tentando melhorar a dieta do pessoal através de mudanças nos ambientes alimentares, principalmente em torno das escolas, onde as crianças passam muito tempo.
O Impacto das Escolas nas Escolhas Alimentares
Adolescentes passam muito do tempo acordados na escola, o que significa que a comida disponível ao redor das escolas pode influenciar bastante os seus hábitos alimentares. Muitos jovens costumam comprar comida quente de lanches durante os intervalos escolares, no almoço e enquanto vão e voltam da escola. Pesquisas mostram que muitos alunos do ensino médio no Reino Unido compram lanches com frequência.
Comida de lanche geralmente é alta em calorias e baixa em nutrientes. Comer esse tipo de comida regularmente pode levar a problemas de saúde em crianças e adultos. Há uma relação entre estar perto de lanches e ser acima do peso. A obesidade durante a adolescência é um forte sinal de que a pessoa pode ser obesa na idade adulta. Programas focados em mudar hábitos alimentares durante a adolescência podem ajudar a reduzir problemas de peso.
Intervenções para Melhorar Ambientes Alimentares
Alguns programas tentaram mudar o Ambiente Alimentar ao redor das escolas para incentivar melhores hábitos alimentares entre os jovens. Uma abordagem foi criar políticas de planejamento para limitar o número de novas lojas de lanches perto das escolas. Muitas autoridades locais na Inglaterra adotaram tais políticas, criando zonas onde novos lanches não podem abrir. O objetivo é limitar o número de opções não saudáveis disponíveis para os alunos.
No entanto, parece que não foi feita muita pesquisa para entender como os jovens veem essas políticas. Quando se trata de políticas de saúde pública, é importante ouvir as opiniões das pessoas afetadas. Entender o que os jovens pensam pode ajudar a fazer essas políticas mais aceitáveis e impactantes.
Visão Geral da Pesquisa
Para saber mais sobre o que os jovens pensam sobre as zonas de gestão de lanches (ZGLs), foi feito um estudo com estudantes de escolas em áreas que implementaram essas políticas. Entrevistas foram realizadas com alunos de 11 a 18 anos em bairros de Londres que têm muitos estabelecimentos de lanches. A pesquisa buscou descobrir quão aceitas essas políticas são e o que os jovens sentem sobre seus efeitos.
Para coletar opiniões diversas, estudantes de diferentes origens foram incluídos. Dois bairros foram escolhidos: um tinha uma população densa e muitos desafios socioeconômicos, enquanto o outro tinha um nível médio de privação. Ambas as áreas implementaram políticas para controlar o número de lojas de lanches ao redor das escolas.
Coletando Opiniões dos Jovens
Os pesquisadores entraram em contato com várias escolas de ensino médio para recrutar alunos para as entrevistas. No total, 46 alunos participaram. As entrevistas foram planejadas para incentivar a discussão sobre suas experiências com o ambiente alimentar ao redor de suas escolas.
Ao participar das entrevistas, os alunos puderam compartilhar seus pensamentos em um ambiente natural enquanto caminhavam até seus lugares favoritos para comer. Esse método permitiu uma melhor compreensão de seus hábitos alimentares diários e como eles veem as opções de comida disponíveis.
O que os Jovens Pensam sobre as Zonas de Gestão de Lanches
Aceitação Geral das ZGLs
A maioria dos alunos não sabia que as ZGLs estavam em vigor. Como essas políticas visavam impedir a abertura de novos lanches, muitos acharam que suas opções alimentares não eram afetadas diretamente. Os alunos relataram que estavam geralmente felizes com as opções de comida disponíveis e não viam necessidade de mais lanches.
Os participantes mencionaram sua lealdade às lojas de comida locais, muitas vezes formando relações pessoais com os funcionários. Essa conexão contribuiu para o sentimento de pertencimento dentro da comunidade. Os alunos curtiam os aspectos sociais de comer nesses lugares, descrevendo os lanches como pontos de encontro importantes para os amigos. Eles costumavam enfatizar que a experiência de sair com amigos era tão importante quanto a própria comida.
Impacto Limitado das ZGLs
Muitos alunos acreditavam que a presença das ZGLs teve um efeito mínimo no acesso a comidas não saudáveis. Como estavam cercados por muitas opções alimentares, sentiam que simplesmente impedir novos lanches não mudava muito seus hábitos alimentares. Eles notaram que mesmo se novos lanches fossem impedidos de abrir, ainda tinham muitas outras opções de comida não saudável por perto.
Os alunos apontaram que muitas vezes viajavam um pouco mais para comer se quisessem algo específico. Mesmo com as zonas em vigor, acreditavam que poderiam facilmente ir a outras áreas depois da escola para encontrar o que queriam, independentemente de qualquer restrição ao redor da escola.
Barreiras Impedindo a Eficácia
Os alunos frequentemente compartilhavam suas crenças sobre por que as políticas poderiam não funcionar bem. Eles discutiram questões relacionadas ao ambiente alimentar mais amplo, incluindo o que era oferecido nas escolas e os tipos de lanches disponíveis nas lojas de conveniência. Muitos destacaram que a presença de fast food era apenas uma parte de um problema muito maior.
Ambiente Alimentar Escolar
Um argumento comum era que as opções alimentares ruins nas escolas empurravam os alunos para comprar lanches. Muitos alunos sentiam que a comida fornecida pelas escolas era pouco atraente e não acessível o suficiente em comparação com fast food. Eles explicaram que se as escolas oferecessem comida melhor a preços semelhantes, poderiam escolher comer na escola em vez de procurar lanches.
Os alunos destacaram problemas como filas longas para conseguir comida nas cantinas escolares e ambientes barulhentos e agitados que dificultavam comer e socializar. Eles acreditavam que mudar esses aspectos poderia ajudar a manter mais alunos na escola para as refeições.
Lojas de Conveniência
Além dos problemas com a comida da escola, os alunos sentiam que as lojas de conveniência ao redor das escolas também contribuíam para a alimentação não saudável. Eles observaram que era fácil comprar lanches como doces e salgadinhos nessas lojas a preços acessíveis antes e depois da escola. Muitos alunos acreditavam que mesmo que o número de lanches diminuísse, as lojas de conveniência preencheriam essa lacuna, facilitando o acesso a lanches não saudáveis.
Aplicativos de Entrega de Comida
Os alunos mencionaram aplicativos de entrega de comida como outro desafio para reduzir a alimentação não saudável. Eles disseram que esses aplicativos facilitavam pedir comida sem precisar sair, borrando as linhas das ZGLs. Embora ainda não sejam muito utilizados, alunos mais velhos percebiam que, com mais liberdade financeira, provavelmente usariam esses aplicativos mais no futuro.
Resumo das Principais Descobertas
A pesquisa revelou que a maioria dos jovens não estava ciente das zonas de gestão de lanches ao redor de suas escolas. Eles acreditavam que as políticas tinham pouco impacto visível em suas escolhas alimentares. Embora reconhecessem que limitar o número de novos lanches poderia ser benéfico, sentiam que outros aspectos do seu ambiente alimentar, como comida da escola e lojas de conveniência, eram influências mais significativas em seus hábitos alimentares.
Uma descoberta crucial foi que muitos alunos tinham dificuldades em encontrar opções de comida saudável que fossem acessíveis e atraentes perto de suas escolas. Melhorar a qualidade e a disponibilidade da comida nas escolas poderia ajudar a reduzir a dependência de lanches e de opções alimentares não saudáveis. A presença de espaços sociais onde os alunos pudessem se encontrar também desempenhou um papel vital nas suas escolhas alimentares.
Importância das Opiniões dos Jovens
As perspectivas dos jovens são essenciais para entender a eficácia das políticas alimentares. Envolver eles nas discussões sobre estratégias de saúde pública pode levar a políticas mais eficazes que se alinhem com suas necessidades e preferências. Suas experiências e percepções sobre os ambientes alimentares podem fornecer informações valiosas para as autoridades locais que buscam criar opções mais saudáveis para os estudantes.
Conclusão
Em conclusão, enquanto políticas como as zonas de gestão de lanches visam limitar a alimentação não saudável entre os jovens, esta pesquisa mostra que elas precisam fazer parte de uma estratégia mais ampla. Melhorar a comida escolar, considerar o papel das lojas de conveniência e abordar o aumento dos aplicativos de entrega de comida pode criar um ambiente alimentar mais favorável para os alunos. Ao ouvir os jovens e entender suas experiências, podem ser criadas políticas melhores para promover hábitos alimentares mais saudáveis e melhorar o bem-estar geral.
Título: 'It does help but there is a limit': Young people's perspectives on policies that restrict hot food takeaways opening near schools
Resumo: BackgroundLocal authorities (LAs) in England are increasingly using the planning system to control the proliferation of hot food takeaway outlets ( takeaways) near schools as part of a range of policies to promote healthy weight in children. These takeaway management zones (TMZs) include restrictions on planning permission to open new takeaways within a certain distance of a school. In this qualitative study we explore young peoples perspectives of TMZs. MethodsWe purposively recruited 46 young people (aged 11-18 years old) attending secondary school across two contrasting London LAs with operating TMZs. We conducted semi-structured, walking group interviews ("go-alongs") in January-February 2023 in the local food environment close to participants schools. We analysed data using framework analysis. ResultsParticipants generally viewed TMZs as reasonable and uncontroversial but were not always aware that TMZs were in operation. Although participants understood that TMZs prevented new outlets from opening, they observed they did not seem to reduce existing provision. This was viewed positively as it did not result in the closure of local takeaways perceived as important components of the social fabric of school life. Participants believed that the potential health impact of TMZs is limited by their exclusive focus on takeaways as other food retail commonly patronised by young people, such as convenience stores, are important sources of unhealthy food. Participants also identified inadequacies in the wider food environment, including the school dining environment and access to food delivery apps. ConclusionsOur findings suggest that although young people find TMZs acceptable and believe they have some positive impact on diet, they did not perceive TMZs as effective as they could be. Participants articulated that the management of takeaways on their own is unlikely to reduce exposure to unhealthy foods. Widening the remit of planning policy to include outlets selling convenience foods may be important for policy optimisation. HighlightsO_LIYoung peoples perspectives of takeaway management zones are explored C_LIO_LIAcceptability of zones was high as the existing food environment remains unchanged C_LIO_LIThe impact of takeaway management zones was deemed limited by its focus and scope C_LIO_LIConsidering wider aspects of the food environment is key for policy development C_LIO_LIFuture policy should also consider young peoples social and emotional needs C_LI
Autores: Bea Savory, C. Thompson, S. Hassan, J. Adams, B. Amies-Cull, D. Derbyshire, M. Chang, M. Keeble, B. Liu, A. Medina-Lara, O. Mytton, J. Rahilly, N. Rogers, R. Smith, M. White, T. Burgoine, S. Cummins
Última atualização: 2024-07-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.17.24310555
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.07.17.24310555.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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