Equilibrando Necessidades e Evidências na Alocação de Recursos
Uma nova abordagem para alocação de recursos em programas sociais prioriza as necessidades e a avaliação.
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Índice
- O Desafio da Alocação de Recursos
- Avaliação de Risco e Efeitos do Tratamento
- Uma Nova Estrutura para Equilibrar Objetivos
- O Conceito de Políticas de Alocação Ótimas
- Implementando a Estrutura
- Garantias de Desempenho
- Estimativas Alternativas
- Aplicação Empírica
- Trocas entre Utilidade e Tamanho da Amostra
- A Importância da Justiça
- Conclusão
- Fonte original
Muitos programas sociais buscam ajudar quem precisa, distribuindo recursos limitados de forma eficaz. Para conseguir isso, os serviços públicos costumam usar algoritmos pra avaliar riscos, o que ajuda a decidir quem deve receber ajuda. Mas focar nas pessoas com mais necessidade pode entrar em conflito com a avaliação do impacto geral de um programa, já que as melhores avaliações geralmente envolvem atribuições aleatórias. Este artigo apresenta uma nova forma de desenhar regras de Alocação que equilibra esses dois objetivos - ajudar quem mais precisa e, ao mesmo tempo, aprender sobre os Efeitos do Tratamento.
O Desafio da Alocação de Recursos
Os policymakers muitas vezes enfrentam o desafio de decidir como alocar recursos quando os benefícios de cada opção não estão claros. Imagine um tomador de decisão com um orçamento limitado que quer conseguir o maior benefício geral. Se ele soubesse exatamente quanto cada pessoa ganharia com uma intervenção específica, poderia direcionar recursos para os programas mais eficazes. Mas, na verdade, muitas vezes há incerteza sobre esses benefícios.
A maioria das situações fica em algum lugar no meio. Os tomadores de decisão podem ter algumas ideias sobre quem se beneficiaria mais de um serviço, mas geralmente faltam evidências concretas. Essa incerteza dificulta a identificação das intervenções mais eficazes. Como resultado, os recursos costumam ser direcionados para pessoas consideradas com maior necessidade, com base em características observáveis. Assim, as avaliações de risco estão sendo cada vez mais usadas para medir a necessidade em programas sociais.
Avaliação de Risco e Efeitos do Tratamento
Enquanto a previsão de risco pode identificar indivíduos vulneráveis, existe um dilema. Obter insights precisos sobre os efeitos do tratamento muitas vezes requer atribuições randomizadas, o que pode negar ajuda a indivíduos identificados como os que mais precisam. Sem evidências confiáveis sobre o efeito médio do tratamento, os recursos podem ser mal alocados.
Este artigo aborda como os policymakers podem lidar com a troca entre fornecer assistência imediata a quem precisa e adquirir conhecimento que pode melhorar os serviços no futuro. Os métodos atuais geralmente se resumem a dois extremos: direcionamento baseado em necessidade, que ajuda somente aqueles considerados mais necessitados, e ensaios controlados randomizados (RCTs), que se concentram em gerar evidências às custas de potencialmente negar ajuda a indivíduos de alto risco.
Uma Nova Estrutura para Equilibrar Objetivos
Para mitigar os desafios que os tomadores de decisão enfrentam, propomos uma estrutura de design experimental que delineia uma variedade de estratégias entre os dois extremos. Assim, os policymakers podem escolher uma estratégia que se encaixe nas suas prioridades.
O núcleo do método envolve criar um conjunto de regras de alocação que ligam características observáveis dos indivíduos às suas chances de receber uma intervenção. Essas regras vêm de uma série de problemas de otimização focados em encontrar o equilíbrio certo entre estimar efeitos do tratamento e atender às necessidades individuais.
Os resultados da nossa estrutura sugerem que sistemas algorítmicos em serviços públicos podem ser mais eficazes quando consideram ativamente a avaliação do programa junto com o direcionamento.
O Conceito de Políticas de Alocação Ótimas
A essência da abordagem proposta é permitir que os tomadores de decisão determinem como alocar um tratamento ou intervenção enquanto equilibram múltiplos objetivos. O policymaker escolhe uma função que orienta a probabilidade de atribuir tratamento a cada indivíduo com base nas suas características. Cada indivíduo é então aleatoriamente atribuído ao tratamento de acordo com essa probabilidade, após o que seus resultados são observados. O efeito médio do tratamento pode ser estimado a partir dos resultados.
O objetivo é minimizar o erro na estimativa do efeito médio do tratamento enquanto garante que indivíduos com maior necessidade recebam o tratamento. Isso é feito aplicando abordagens estatísticas que fornecem garantias para amostras finitas.
Implementando a Estrutura
A implementação da estrutura proposta requer apenas dados não rotulados para entender a distribuição das covariáveis, que podem ser usadas para formular um problema de otimização dual. À medida que novos indivíduos buscam tratamento, o sistema calcula sua probabilidade de alocação resolvendo um desafio de otimização que pesa a necessidade de Utilidade contra a variância nos efeitos estimados do tratamento.
A metodologia permite cálculos separados para cada indivíduo, tornando-a adequada para cenários da vida real onde os indivíduos podem chegar em momentos diferentes, como em serviços sociais.
Garantias de Desempenho
Para garantir que as políticas propostas atendam às restrições e estejam próximas do ótimo, delineamos o número de amostras necessárias para resultados confiáveis. Ao garantir que certas condições se mantenham verdadeiras dentro dos dados, podemos derivar garantias para assegurar que as políticas serão eficazes.
Essa abordagem fornece um mecanismo simples que pode ser adaptado ao longo do tempo, dada a natureza evolutiva dos contextos de serviços sociais.
Estimativas Alternativas
Os policymakers podem optar por se concentrar em estimar efeitos além do efeito médio do tratamento. Por exemplo, eles podem querer estimar o efeito médio do tratamento para indivíduos considerados em risco específico. A estrutura proposta pode ser facilmente adaptada para atender a essas necessidades diferentes, permitindo flexibilidade na forma como os efeitos do tratamento são estimados.
Aplicação Empírica
Para ilustrar a estrutura proposta, aplicamos a dois conjuntos de dados de serviços humanos em uma região específica. O primeiro conjunto de dados é composto por indivíduos que eram anteriormente elegíveis para assistência em habitação pública, enquanto o segundo se relaciona a indivíduos liberados da prisão.
Para cada conjunto de dados, avaliamos as políticas usando diferentes métricas, focando principalmente em quão efetivamente elas direcionam indivíduos necessitados e quão precisamente estimam os efeitos do tratamento.
Usando modelos preditivos, avaliamos o risco de resultados adversos entre os indivíduos para determinar como o tratamento pode ser alocado de forma eficiente dentro dos limites de orçamentos variados.
Trocas entre Utilidade e Tamanho da Amostra
A utilidade do direcionamento é comparada aos tamanhos de amostra necessários para estimar os efeitos do tratamento com precisão. Através de simulações, foi mostrado que políticas otimizadas podem alcançar uma utilidade significativa enquanto requerem um tamanho de amostra razoável, muitas vezes precisando apenas de 1,5 a 3 vezes as amostras necessárias para um ensaio controlado randomizado tradicional.
Por sua vez, políticas projetadas para estimar subconjuntos específicos podem gerar diferentes trocas em utilidade e poder para estimar efeitos médios do tratamento, demonstrando a flexibilidade da abordagem.
Justiça
A Importância daComo parte do processo de otimização, os policymakers também podem impor restrições de justiça para garantir um tratamento equitativo entre diferentes grupos. Esse aspecto é crucial em contextos sociais, onde podem existir disparidades. Ao acomodar a justiça na alocação, os tomadores de decisão podem alcançar um melhor equilíbrio entre utilidade e necessidade de atender grupos equitativamente.
Conclusão
Em resumo, desenvolver intervenções eficazes em domínios sociais críticos muitas vezes significa enfrentar trocas difíceis entre qualidade de serviço imediata e acumulação de conhecimento para melhorar esses serviços. A estrutura que propomos ajuda a navegar pelas complexidades de equilibrar a necessidade de fornecer assistência oportuna com a necessidade de obter informações confiáveis sobre os resultados dos tratamentos.
No futuro, à medida que o uso de modelos preditivos nos serviços públicos continuar a crescer, será ainda mais essencial encontrar esse equilíbrio. Alocar recursos puramente com base na precisão preditiva pode ignorar outras considerações importantes, como oportunidades de aprendizado para melhorias futuras dos programas.
A metodologia proposta ressalta que otimizar o design dos sistemas de alocação de recursos exige uma consciência desses objetivos concorrentes para proporcionar um impacto significativo na entrega de serviços públicos.
Título: Learning treatment effects while treating those in need
Resumo: Many social programs attempt to allocate scarce resources to people with the greatest need. Indeed, public services increasingly use algorithmic risk assessments motivated by this goal. However, targeting the highest-need recipients often conflicts with attempting to evaluate the causal effect of the program as a whole, as the best evaluations would be obtained by randomizing the allocation. We propose a framework to design randomized allocation rules which optimally balance targeting high-need individuals with learning treatment effects, presenting policymakers with a Pareto frontier between the two goals. We give sample complexity guarantees for the policy learning problem and provide a computationally efficient strategy to implement it. We then apply our framework to data from human services in Allegheny County, Pennsylvania. Optimized policies can substantially mitigate the tradeoff between learning and targeting. For example, it is often possible to obtain 90% of the optimal utility in targeting high-need individuals while ensuring that the average treatment effect can be estimated with less than 2 times the samples that a randomized controlled trial would require. Mechanisms for targeting public services often focus on measuring need as accurately as possible. However, our results suggest that algorithmic systems in public services can be most impactful if they incorporate program evaluation as an explicit goal alongside targeting.
Autores: Bryan Wilder, Pim Welle
Última atualização: 2024-07-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.07596
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.07596
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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