Entendendo o Sentido de Agência em Ação
Um olhar sobre como percebemos o controle sobre nossas ações e sua importância.
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Índice
- Por Que o Sentido de Agência é Importante
- Mecanismos por Trás do Sentido de Agência
- Combinando Teorias
- O Cérebro e o Sentido de Agência
- Entendendo Mecanismos Neurais
- Pesquisa sobre Sentido de Agência
- Configuração Experimental
- Analisando os Resultados
- Análise da Atividade Cerebral
- Importância das Ondas Cerebrais
- Entendendo Erros de Previsão Sensorial
- Comparando Diferentes Condições
- Resultados de Cross-Decoding
- Limitações da Pesquisa
- Direções Futuras
- Conclusão: A Importância do Sentido de Agência
- Fonte original
O Sentido de Agência (SoA) é como a gente sente que controla nossas ações. Ele ajuda a gente a se ver como participantes ativos da vida, permitindo moldar nossas experiências e ambientes. Esse senso geralmente passa despercebido no dia a dia, mas fica bem claro quando as coisas dão errado. Por exemplo, se você quer mover a mão direita, mas a esquerda se mexe, essa confusão mostra um problema no seu SoA. Essas interrupções podem rolar em várias condições de saúde que afetam como percebemos o controle sobre nossos movimentos.
Por Que o Sentido de Agência é Importante
Sentir que estamos no controle é importante pra nossa percepção de nós mesmos. Isso ajuda a separar o que a gente faz do que acontece ao nosso redor. Essa habilidade de perceber nosso papel nas nossas ações afeta nossa identidade e como interagimos com o mundo. Se você perde esse sentido, pode acabar se sentindo confuso ou até impotente, o que mostra como o SoA é essencial no nosso dia a dia.
Mecanismos por Trás do Sentido de Agência
Várias ideias explicam como o SoA se forma. Um modelo sugere que nosso cérebro tá sempre prevendo os resultados dos nossos movimentos. Ele compara o que a gente espera que aconteça com o que realmente acontece. Esse processo envolve avaliar várias características das nossas ações, como tempo e as partes do corpo usadas. Se nossas previsões batem com nossas experiências, sentimos agência; se não, percebemos uma discrepância, levando a confusão sobre quem é responsável pela ação.
Outra teoria gira em torno da causalidade mental, destacando três fatores que influenciam nosso sentido de agência. Primeiro, prioridade se refere ao tempo da nossa intenção de agir e da ação em si, onde a intenção deve vir antes da ação. Segundo, consistência avalia quão bem nossa intenção combina com o que realmente fazemos. Por fim, exclusividade checa se outras causas estão presentes que poderiam explicar a ação. Se algum desses fatores estiver ausente, nosso sentido de agência diminui.
Combinando Teorias
Esses dois modelos podem trabalhar juntos. Uma teoria sugere que existem duas partes no nosso sentido de agência. A primeira parte é uma sensação básica de agência que diz se nossas ações são auto-causadas ou não. A segunda parte é um julgamento de nível mais alto que permite decidir se nós ou algo externo causou a ação. Quando tudo flui bem, a gente confia na nossa sensação básica. Mas, quando as coisas não batem com nossas expectativas, precisamos pensar mais a fundo sobre nosso sentido de agência. Essa combinação de processamento básico e de nível mais alto ajuda a entender nossa agência.
O Cérebro e o Sentido de Agência
Pesquisas mostram que várias áreas do cérebro estão envolvidas na formação do nosso sentido de agência. Muitos estudos focaram em como regiões do cérebro reagem quando nossas ações levam a resultados inesperados. Por exemplo, a junção temporoparietal ajuda a conectar informações de diferentes sentidos relacionadas ao nosso corpo. Outras áreas, como a área motora suplementar, são cruciais para preparar e iniciar movimentos. O cerebelo também tem um papel em monitorar nossos movimentos. Essas regiões cerebrais contribuem pra um sistema que apoia nosso sentido de agência e como o interpretamos.
Entendendo Mecanismos Neurais
Apesar do progresso em identificar regiões cerebrais ligadas ao SoA, muitas questões ainda permanecem sobre como esses processos funcionam com o tempo. Alguns estudos analisaram a atividade elétrica no cérebro ligada ao nosso sentido de agência. Por exemplo, pesquisadores descobriram que ações que controlamos produzem padrões de ondas cerebrais diferentes em comparação com aquelas que não controlamos. Especificamente, mudanças nas ondas cerebrais nas faixas de frequência alfa e teta foram ligadas à sensação de agência.
Pesquisa sobre Sentido de Agência
Em um estudo recente, pesquisadores exploraram esses conceitos usando realidade virtual para manipular como os participantes viam seus movimentos. Os participantes foram convidados a fazer movimentos com os dedos enquanto assistiam a uma mão virtual que mostrava suas ações em tempo real. Os cientistas mudaram a maneira como essa mão virtual se movia pra ver como isso afetava o sentido de agência dos participantes. Medindo a Atividade Cerebral enquanto os participantes interagiam com a mão virtual, eles tentaram entender como o Feedback Sensorial afeta a sensação de controle.
Configuração Experimental
O estudo envolveu vários participantes que podiam ver um modelo virtual da mão fazendo movimentos em uma tela. Os pesquisadores manipularam esse modelo pra fazer parecer que dedos diferentes estavam se movendo ou que os dedos se moviam em direções diferentes do que pretendiam. Os participantes então avaliaram seu sentido de agência em cada teste enquanto sua atividade cerebral era registrada usando EEG.
Analisando os Resultados
Depois de coletar os dados, os pesquisadores observaram como os participantes se sentiam sobre seu sentido de agência em diferentes condições. Os resultados mostraram uma queda significativa na sensação de agência quando as manipulações foram introduzidas em comparação com quando os movimentos corresponderam perfeitamente. Essa redução indicou que as mudanças afetaram significativamente como os participantes percebiam seu controle.
Análise da Atividade Cerebral
Os pesquisadores registraram padrões de ondas cerebrais durante as tarefas e descobriram que diferentes condições levaram a mudanças na atividade cerebral, particularmente nas bandas alfa e teta. Essas mudanças sugerem que a sensação de agência está ligada a como nossos cérebros processam informações sensoriais quando experimentamos discrepâncias entre o que esperamos e o que realmente acontece.
Importância das Ondas Cerebrais
O estudo destacou como mudanças na atividade das ondas cerebrais podem estar relacionadas ao nosso sentido de agência. Por exemplo, um poder alfa mais forte geralmente significa melhor foco e controle, mas quando há um descompasso entre o movimento esperado e o real, o poder alfa diminui. Os pesquisadores também observaram que o poder teta aumentava durante essas discrepâncias, indicando que o cérebro está respondendo a Erros de Previsão.
Entendendo Erros de Previsão Sensorial
As descobertas estão alinhadas com teorias sobre previsão em nossos cérebros. Quando nos movemos, nossos cérebros preveem o que deve acontecer. Se o resultado real difere significativamente da previsão, nossos cérebros respondem ajustando como processam a informação, o que pode envolver ativar diferentes áreas do cérebro e aumentar certos padrões de ondas cerebrais.
Comparando Diferentes Condições
Os pesquisadores também examinaram quão bem o cérebro podia distinguir entre diferentes condições onde os participantes experimentaram mudanças em seu sentido de agência. Eles descobriram que o cérebro podia identificar efetivamente se os movimentos foram alterados ou não analisando os padrões na atividade cerebral.
Resultados de Cross-Decoding
O estudo analisou não apenas como os participantes classificaram suas experiências, mas também se os padrões cerebrais para diferentes tipos de violações de agência eram semelhantes. Os resultados mostraram que havia informações compartilhadas entre as condições, sugerindo que pode haver um mecanismo subjacente comum pra como experimentamos agência, independentemente do contexto específico.
Limitações da Pesquisa
Embora o estudo tenha oferecido insights valiosos, houve algumas limitações. Por exemplo, a faixa de confiança nas respostas dos participantes era relativamente estreita, tornando desafiador analisar a profundidade de seus processos metacognitivos. Além disso, o design do estudo não levou em conta completamente a complexidade das sensações e seu impacto na agência.
Direções Futuras
Mais pesquisas poderiam expandir essas descobertas explorando como diferentes tipos de alterações sensoriais interagem com nosso sentido de agência. Isso poderia envolver estudar como pequenas mudanças no feedback afetam a percepção de agência. Além disso, os pesquisadores poderiam investigar como indivíduos com condições como psicose experimentam seu sentido de agência, já que eles frequentemente relatam se sentir desconectados de suas ações.
Conclusão: A Importância do Sentido de Agência
Compreender o Sentido de Agência é essencial, pois desempenha um papel crítico na nossa autoconsciência e interação com o mundo. A pesquisa demonstra que mudanças na percepção de agência estão ligadas a mecanismos cerebrais específicos e que nossa capacidade de sentir controle é moldada por como nossos cérebros processam previsões e erros. Analisando a atividade cerebral, os pesquisadores podem obter insights mais profundos sobre como experimentamos agência e como ela pode ser alterada em várias condições psicológicas.
Título: Neural Correlates of the Embodied Sense of Agency
Resumo: The Sense of Agency (SoA) is the subjective experience that I am in control of my actions. Recent accounts have distinguished two levels in the formation of SoA - early implicit sensorimotor processes (feeling of agency) and later explicit higher-level processes, incorporating ones thoughts and beliefs (judgment of agency). Even though SoA is fundamental to our interactions with the external world and the construct of the self, its underlying neural mechanism remains elusive. In the current pre-registered electroencephalography (EEG) study, we used time-frequency analysis and Multivariate Pattern Analysis (MVPA) to investigate the electrophysiological characteristics associated with SoA. We used an established embodied virtual reality paradigm in which visual feedback of a movement is modulated to examine the effect of conflicts between the predicted and perceived sensory feedback. Participants moved their finger and were shown a virtual hand that either mimicked their movement or differed anatomically (different finger) or spatially (angular shift), then judged their SoA over the observed movement while their brain activity was recorded. In accordance with our pre-registered hypothesis, we found that a reduction of SoA is associated with decreased attenuation in the alpha frequency band. Increased power in the theta frequency band was also associated with SoA reduction. Importantly, we show that trials containing a sensorimotor alteration vs. trials containing no alteration can reliably be decoded with up to 68% accuracy starting around 200ms after the movement onset. Finally, cross-decoding analyses revealed similar neural patterns for reduced SoA in the anatomical and spatial conditions, starting around 500ms after the movement onset. Together, our results reveal a cortical signature of loss of SoA and provide neural evidence supporting the hypothesis of a two-level formation of SoA - an early domain-specific component, possibly the equivalent of the implicit feeling of agency, and a late domain-general component, possibly the equivalent of the explicit judgment of agency.
Autores: Roy Salomon, A. Regev Krugwasser, R. van der Goot, G. Markusfeld, Y. Zvilichovsky
Última atualização: 2024-11-02 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.06.611665
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.06.611665.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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