Diabetes Tipo 1 na Tanzânia: Visões Atuais
Uma visão geral da prevalência e do cuidado do diabetes tipo 1 na Tanzânia.
Lucy Elauteri Mrema, A. A. Mapunda, P. Sylvester, W. Olomi, N. E. Ntinginya, M. Mayige
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Índice
O Diabetes Tipo 1, geralmente chamado de T1D, é um problema de saúde sério que afeta pessoas em todo o mundo. Essa condição é marcada pela falta de Insulina no corpo, que é um hormônio essencial para controlar os níveis de açúcar no sangue. Quando a insulina não tá disponível, a galera pode sentir uma variedade de sintomas que podem piorar com o tempo. Sinais comuns de diabetes incluem precisar urinar com frequência, sentir muita sede, ter problemas de visão e perder peso sem explicação. Em casos graves, o diabetes pode levar a condições que ameaçam a vida, como a Cetoacidose Diabética, que pode causar confusão e até um coma.
Diferente do diabetes tipo 2, que é mais comum, o diabetes tipo 1 pode aparecer em qualquer idade, embora apareça mais em crianças e jovens adultos. Historicamente, o diabetes tipo 1 foi menos comum em algumas regiões, incluindo partes da África. No entanto, estudos recentes mostraram que o número de casos tá crescendo entre crianças e adolescentes na Tanzânia.
Na Tanzânia, vários programas foram criados pra ajudar as crianças que sofrem com diabetes tipo 1. Essas iniciativas têm sido importantíssimas pra reduzir problemas de saúde e mortes relacionadas a essa condição, mesmo com o número de casos de diabetes aumentando. Infelizmente, o diabetes muitas vezes não recebe a atenção necessária nas discussões de saúde pública, e o financiamento pra pesquisa é frequentemente limitado. Um dos motivos pra isso pode ser os altos custos dos testes diagnósticos que confirmam o diabetes, especialmente os que checam certos anticorpos no corpo. Isso pode resultar em um número de casos reais estimado mais baixo.
Também falta informação detalhada sobre quantas pessoas têm diabetes tipo 1 em diferentes áreas da Tanzânia. Portanto, é bem claro que precisa de dados precisos pra ajudar no planejamento de serviços de saúde e criar serviços médicos adaptados pra quem é afetado. Diante dessa situação, os pesquisadores tentaram coletar e revisar todos os estudos disponíveis relacionados à ocorrência e propagação do diabetes tipo 1 no país.
Metodologia da Pesquisa
Pra reunir estudos relevantes, os pesquisadores procuraram artigos que falavam sobre o número de pessoas vivendo com diabetes tipo 1, os métodos usados pra fazer triagem e quais critérios foram usados pra diagnosticar. Eles excluíram especificamente estudos focados apenas em diabetes tipo 2, revisões e certos outros tipos de pesquisa. Não havia limites de data ou idioma dos estudos considerados.
Os pesquisadores buscaram em seis bancos de dados por estudos elegíveis. Essa busca rolou ao longo de um período de dois meses e meio, sem restrições de tempo específicas. Usaram várias palavras-chave pra encontrar estudos sobre diabetes tipo 1 na Tanzânia. Além das buscas nos bancos de dados, exploraram outras literaturas e materiais de conferências. Qualquer documento encontrado foi incluído se satisfizesse os critérios estabelecidos pelos pesquisadores, e a qualidade foi avaliada usando uma lista de verificação estabelecida.
Dois pesquisadores analisaram independentemente os títulos e resumos pra ver quais estudos eram válidos. Depois, revisaram os textos completos dos artigos que pareciam relevantes. Quaisquer desentendimentos entre os pesquisadores foram discutidos pra garantir clareza. Usaram uma ferramenta online pra ajudar a gerenciar o processo de triagem e eliminar entradas duplicadas.
Os dados que coletaram foram baseados em uma lista de verificação estruturada que guiou que informações extrair. Focaram em detalhes como identificação do estudo (títulos e autores), design do estudo, características dos participantes (idade e sexo), métodos usados pra coleta de dados e os resultados medidos.
A qualidade de cada estudo foi avaliada com base no potencial de viés. Cada estudo foi avaliado usando uma lista de verificação com nove perguntas que ajudaram a avaliar sua qualidade. Um estudo poderia ser classificado como tendo alto, moderado ou baixo risco de viés. Uma resposta positiva significava menor risco, enquanto uma negativa indicava maior risco.
Resultados dos Estudos
Os pesquisadores inicialmente encontraram 63 artigos através da busca nos bancos de dados. Após remover duplicatas, ficaram com 42 artigos. Depois, excluíram 23 artigos após a triagem de elegibilidade. Isso deixou 19 artigos pra revisão completa, e no final, apenas 2 estudos foram incluídos na revisão sistemática.
Um estudo foi uma investigação prospectiva enquanto o outro foi um estudo observacional retrospectivo. Ambos analisaram a incidência e prevalência do diabetes tipo 1 entre crianças e adolescentes na Tanzânia. Eles cobriram diferentes locais como Dar es Salaam, Mwanza, Zanzibar e Kilimanjaro, e foram publicados em 1993 e 2019.
O primeiro estudo tinha como objetivo determinar quantos novos casos de diabetes tratados com insulina ocorreram em jovens de 0 a 19 anos em Dar es Salaam ao longo de um período de dez anos. Descobriu que a taxa anual foi de 1,5 por 100.000 indivíduos nesse grupo etário. Os autores sugeriram que fatores genéticos poderiam oferecer alguma proteção contra o desenvolvimento do diabetes tipo 1 nessa área.
O segundo estudo focou em dados de 604 pacientes em cinco hospitais que oferecem cuidados de diabetes para crianças na Tanzânia. Esse estudo coletou informações de registros médicos de 2010 a 2016. Constatou que a prevalência de diabetes em crianças com menos de 15 anos variava de 10,1 a 11,9 por 100.000, com uma taxa de incidência anual de cerca de 1,8 a 1,9 por 100.000. A maioria dos pacientes mostrou sintomas comuns de diabetes tipo 1, e uma grande porcentagem tinha sinais de cetoacidose diabética no diagnóstico.
Insights e Implicações
Ambos os estudos revelam informações valiosas sobre a ocorrência do diabetes tipo 1 na Tanzânia. Eles indicam que as taxas são relativamente baixas em comparação com países mais desenvolvidos. É essencial considerar que esses estudos podem não representar todas as regiões igualmente. A necessidade de pesquisas mais amplas e diversificadas continua crítica, já que dados mais completos podem ajudar a melhorar a conscientização sobre diabetes e o planejamento de saúde.
Os resultados destacam a importância de educar provedores de saúde e comunidades sobre diabetes tipo 1. Aumentar a conscientização pode levar a um diagnóstico melhor e suporte pra quem é afetado em áreas com recursos limitados. Essa conscientização pode ajudar a reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com diabetes.
Além disso, os resultados sugerem uma crescente necessidade de mais pesquisas nessa área. Estudos futuros deveriam considerar regiões variadas dentro da Tanzânia pra obter um retrato nacional mais preciso e também estabelecer métodos padronizados pra diagnosticar diabetes tipo 1. Assim, os pesquisadores podem comparar melhor estatísticas e descobertas em diferentes estudos, contribuindo para estratégias de saúde melhores pra lidar com o diabetes na Tanzânia.
Resumindo, o diabetes tipo 1 é um desafio significativo de saúde pública na Tanzânia, mas a pesquisa atual oferece um ponto de partida pra entender sua prevalência e incidência. Embora as taxas pareçam mais baixas do que em algumas outras regiões, os estudos indicam que mais trabalho é necessário pra entender completamente essa condição e garantir que os afetados recebam o cuidado e suporte adequados.
Título: Type 1 Diabetes Mellitus in Tanzania: a systematic review of prevalence and incidence
Resumo: ObjectiveType 1 diabetes mellitus (T1DM) is a chronic disease that affects children and adolescents globally. However, there is a paucity of data on the incidence and prevalence T1DM in Tanzania. This systematic review aimed to determine the prevalence and incidence of type 1 diabetes mellitus Tanzania through a comprehensive review of available literature. MethodsA systematic literature search was conducted in six electronic databases (PubMed, Scopus, Web of Science, Embase, African Journals Online, and Tanzania Medical Journal) to identify studies reporting on the prevalence and incidence of T1DM in Tanzania. The search was conducted according to the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) guidelines. ResultsA total of 63 studies were identified through the initial search, of which two studies met the inclusion criteria. Both studies were conducted in Dar es Salaam, Mwanza, Zanzibar, Kilimanjaro Tanzania, and reported on the incidence and prevalence of T1DM in children and adolescents. The studies were published in 1993 and 2019, respectively. The first study reported an annual incidence of T1DM of 1.5 per 100,000 population aged 0-19 years, while the second study reported an annual incidence ranging from 1.8 to 1.9 per 100,000 children and a prevalence ranging from 10.1 to 11.9 per 100,000 children. ConclusionThe prevalence and incidence of T1DM in Tanzania are relatively low, based on the limited evidence available. More prevalence and incidence studies are needed to provide a better understanding of the burden of T1DM to inform diabetes management strategies in the country. EthicsSince this review has used previously published studies, consent of an ethics committee was not sought. PROSPERO registration numberCRD42022369954.
Autores: Lucy Elauteri Mrema, A. A. Mapunda, P. Sylvester, W. Olomi, N. E. Ntinginya, M. Mayige
Última atualização: 2024-10-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.09.24315148
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.09.24315148.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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