Tendências de Tratamento da COVID-19 em Veteranos dos EUA
Analisando os padrões de tratamento da COVID-19 entre veteranos de janeiro de 2022 até janeiro de 2023.
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Índice
- Administração de Saúde dos Veteranos e Seu Papel
- Como os Dados Foram Coletados
- População do Estudo
- Tipos de Tratamentos COVID-19
- Análise Estatística
- Principais Resultados
- Tendências no Tratamento ao Longo do Tempo
- Variações Regionais no Tratamento
- Fatores que Influenciam a Distribuição do Tratamento
- Observações sobre Disparidades Raciais e Étnicas
- Limitações do Estudo
- Conclusão
- Fonte original
COVID-19 levou ao desenvolvimento de diversos medicamentos antivirais para ajudar os pacientes a se recuperarem e a reduzir as chances de doenças graves. Nos Estados Unidos, vários tratamentos foram aprovados para veteranos que testaram positivo para o vírus, mas não estão hospitalizados. Isso inclui nirmatrelvir com ritonavir, remdesivir e Molnupiravir. Esses medicamentos ficaram disponíveis para uso sob autorização de emergência da FDA entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022.
Até abril de 2023, cerca de 8,9 milhões de tratamentos com Nirmatrelvir-ritonavir e aproximadamente 1,3 milhão de tratamentos com molnupiravir foram dados a veteranos. No entanto, ainda existem barreiras significativas que impedem muitos veteranos em risco de receber esses tratamentos. As informações sobre como esses tratamentos foram usados mais de um ano após a aprovação também são limitadas.
Administração de Saúde dos Veteranos e Seu Papel
A Administração de Saúde dos Veteranos (VHA) é o maior sistema de saúde dos EUA e atende milhões de veteranos a cada ano. Ela opera diversos centros médicos e instalações ambulatoriais. A VHA tem um sistema para distribuir tratamentos COVID-19 através de suas farmácias, tornando possível analisar como esses medicamentos foram fornecidos aos veteranos diagnosticados com COVID-19.
Este estudo tem como objetivo observar as tendências e fatores que influenciaram como os tratamentos COVID-19 foram prescritos para veteranos de janeiro de 2022 a janeiro de 2023. O foco está nos medicamentos nirmatrelvir-ritonavir, molnupiravir e certos Anticorpos Monoclonais usados durante esse período.
Como os Dados Foram Coletados
Os dados para este estudo vieram do Recurso de Dados Compartilhados COVID-19 da VA. Esse recurso reúne várias fontes de dados para dar um panorama detalhado da COVID-19 entre veteranos. Testes positivos para SARS-CoV-2 são rastreados usando a Ferramenta Nacional de Vigilância da VA, que coleta informações sobre veteranos que testam positivo tanto dentro do sistema VHA quanto de fontes externas documentadas em seus registros médicos.
Os registros para tratamentos COVID-19 foram coletados de várias fontes: o Armazém de Dados Corporativos da VA, dados de reivindicações do Medicare para veteranos que também usam o Medicare, e dados de reivindicações para anticorpos monoclonais disponíveis através do VA Community Care. Esta análise cobriu dados até 30 de setembro de 2022 e usou o Armazém de Dados Corporativos para coletar informações demográficas e clínicas sobre os pacientes.
População do Estudo
O estudo focou em veteranos com 18 anos ou mais que testaram positivo para SARS-CoV-2 entre 1º de janeiro de 2022 e 31 de janeiro de 2023. Apenas veteranos que tiveram pelo menos uma consulta ambulatorial de cuidados primários nos 18 meses antes do teste positivo e que não foram hospitalizados nesse período foram incluídos.
O estudo examinou vários fatores demográficos, como raça, etnia, idade e localização geográfica. Também analisou condições de saúde subjacentes, status de tabagismo e status de vacinação.
Tipos de Tratamentos COVID-19
O estudo identificou veteranos que receberam nirmatrelvir-ritonavir, molnupiravir ou anticorpos monoclonais específicos. Devido a variantes do vírus, alguns tratamentos como sotrovimab e bebtelovimab não foram mais autorizados após abril de 2022. Embora o remdesivir tenha sido aprovado para uso ambulatorial, não foi incluído como um grupo de tratamento separado devido a dificuldades em distinguir entre administração ambulatorial e hospitalar.
Os veteranos foram categorizados com base no primeiro tratamento que receberam dentro de sete dias após testar positivo. Aqueles que não receberam tratamento foram colocados em um grupo de "sem tratamento".
Análise Estatística
A análise calculou as proporções de veteranos prescritos com vários tratamentos COVID-19 ao longo do tempo. Também analisou os fatores que influenciaram se um veterano recebeu qualquer tratamento. Modelos estatísticos foram usados para determinar o impacto de fatores demográficos como idade, gênero, raça e estado de saúde na probabilidade de tratamento.
Principais Resultados
Entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, mais de 285.000 veteranos testaram positivo para SARS-CoV-2. O número de veteranos que recebeu tratamento COVID-19 aumentou significativamente de janeiro de 2022, chegando a um pico em agosto de 2022 antes de cair levemente no início de 2023.
Dos que testaram positivo, apenas 9,3% receberam nirmatrelvir-ritonavir, 3,2% receberam molnupiravir e 1,7% receberam anticorpos monoclonais. A maioria, 83,8%, não recebeu tratamento. A maior parte das prescrições foi identificada no sistema VHA.
Tendências no Tratamento ao Longo do Tempo
A porcentagem de veteranos recebendo tratamento aumentou de 3,2% em janeiro para 23,9% em agosto de 2022, mas caiu de volta para 20,8% em janeiro de 2023. O nirmatrelvir-ritonavir teve o maior uso, mas a taxa de prescrição desse medicamento diminuiu ao longo do tempo. Em contrapartida, o uso de molnupiravir cresceu à medida que certos anticorpos monoclonais não foram mais autorizados.
Variações Regionais no Tratamento
Houve grandes diferenças nas taxas de tratamento com base na localização geográfica. Algumas regiões mostraram taxas mais altas de prescrições de nirmatrelvir-ritonavir em comparação com molnupiravir. Fatores que influenciaram essas variações incluíram políticas locais e recursos de saúde.
Fatores que Influenciam a Distribuição do Tratamento
Vários fatores estavam ligados ao recebimento de tratamento COVID-19. Veteranos mais velhos e aqueles com mais problemas de saúde subjacentes eram mais propensos a receber tratamento, assim como veteranos negros e hispânicos. Por outro lado, veteranos que vivem em áreas rurais, os que fumam e aqueles com transtornos por uso de substâncias eram menos propensos a receber tratamento.
Observações sobre Disparidades Raciais e Étnicas
Inicialmente, veteranos negros e hispânicos eram menos propensos a receber tratamento COVID-19. No entanto, ao longo do tempo, essa tendência mudou, mostrando progresso em alcançar essas populações. Comparado a grupos não veteranos, as disparidades raciais e étnicas no tratamento parecem ser menos pronunciadas dentro do sistema da VA.
Limitações do Estudo
É importante considerar as limitações do estudo. Os pesquisadores não puderam determinar completamente se os veteranos estavam sintomáticos no momento dos testes positivos, o que poderia ter influenciado a elegibilidade para o tratamento. O estudo também não tinha dados sobre tratamentos administrados fora da VHA, especialmente para veteranos mais jovens que não estavam inscritos no Medicare.
Outra limitação é que os dados de certas fontes externas estavam disponíveis apenas até setembro de 2022. Isso pode ter afetado a análise geral, mas a falta de captura de cada tratamento fornecido não desfaz as tendências mais amplas observadas.
Conclusão
Resumindo, entre os veteranos que testaram positivo para COVID-19 de janeiro de 2022 a janeiro de 2023, as taxas de tratamento aumentaram significativamente até agosto de 2022, antes de cair levemente. O nirmatrelvir-ritonavir permaneceu como o tratamento mais prescrito, apesar das quedas em seu uso. O estudo destacou disparidades demográficas e geográficas no tratamento, com melhorias notadas para veteranos negros e hispânicos ao longo do tempo. Esforços contínuos são necessários para garantir que indivíduos em alto risco recebam o cuidado que precisam. Pesquisas futuras devem se concentrar na avaliação da eficácia dos tratamentos COVID-19 disponíveis entre diferentes grupos de veteranos.
Título: Receipt of anti-SARS-CoV-2 pharmacotherapies among non-hospitalized U.S. Veterans with COVID-19, January 2022 to January 2023
Resumo: IMPORTANCESeveral pharmacotherapies have been authorized to treat non-hospitalized persons with symptomatic COVID-19. Longitudinal information on their use is needed. OBJECTIVETo analyze trends and factors related to prescription of outpatient COVID-19 pharmacotherapies within the Veterans Health Administration (VHA). DESIGN, SETTINGS, AND PARTICIPANTSThis cohort study evaluated non-hospitalized veterans in VHA care who tested positive for SARS-CoV-2 from January 2022 through January 2023, using VHA and linked Community Care and Medicare databases. EXPOSURESDemographic characteristics, regional and local systems of care including Veterans Integrated Services Networks (VISNs), underlying medical conditions, COVID-19 vaccination. MAIN OUTCOMES AND MEASURESMonthly receipt of any COVID-19 pharmacotherapy (nirmatrelvir-ritonavir, molnupiravir, sotrovimab, or bebtelovimab) was described. Multivariable logistic regression was used to identify factors independently associated with receipt of any versus no COVID-19 pharmacotherapy. RESULTSAmong 285,710 veterans (median [IQR] age, 63.1 [49.9-73.7] years; 247,358 (86.6%) male; 28,444 (10%) Hispanic; 198,863 (72.7%) White; 61,269 (22.4%) Black) who tested positive for SARS-CoV-2 between January 2022 and January 2023, the proportion receiving any pharmacotherapy increased from 3.2% (3,285/102,343) in January 2022 to 23.9% (5,180/21,688) in August 2022, and declined slightly to 20.8% (2,194/10,551) by January 2023. Across VISNs, the range in proportion of test-positive patients who received nirmatrelvir-ritonavir or molnupiravir during January 2023 was 5.9 to 21.4% and 2.1 to 11.1%, respectively. Veterans receiving any treatment were more likely to be older (adjusted odds ratio [aOR], 1.18, 95% CI 1.14-1.22 for 65 to 74 versus 50 to 64 years; aOR 1.19, 95% CI 1.15-1.23 for 75 versus 50 to 64 years), have a higher Charlson Comorbidity Index (CCI) (aOR 1.52, 95% CI 1.44-1.59 for CCI [≥]6 versus 0), and be vaccinated against COVID-19 (aOR 1.25, 95% CI 1.19-1.30 for primary versus no vaccination; aOR 1.47, 95% CI 1.42-1.53 for booster versus no vaccination). Compared with White veterans, Black veterans (aOR 1.06, 95% CI 1.02 to 1.09) were more likely to receive treatment, and compared with non-Hispanic veterans, Hispanic veterans (aOR 1.06, 95% CI 1.01-1.11) were more likely to receive treatment. CONCLUSIONS AND RELEVANCEAmong veterans who tested positive for SARS-CoV-2 between January 2022 and January 2023, prescription of outpatient COVID-19 pharmacotherapies peaked in August 2022 and declined thereafter. There remain large regional differences in patterns of nirmatrelvir-ritonavir and molnupiravir use.
Autores: Kristina L Bajema, L. Yan, E. Streja, Y. Li, N. Rajeevan, M. Rowneki, K. Berry, D. M. Hynes, F. Cunningham, G. D. Huang, M. Aslan, G. N. Ioannou
Última atualização: 2023-05-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.03.23289479
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.03.23289479.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/
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