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Avaliando o Tamanho do Baço na Doença Falciforme

Um estudo sobre o tamanho do baço entre indivíduos saudáveis e pacientes com anemia falciforme na Nigéria.

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Índice

A doença falciforme (DF) é um distúrbio genético do sangue que afeta os glóbulos vermelhos. É comum em várias partes da África Subsaariana, onde pode impactar cerca de 3% dos nascimentos em algumas regiões. Um dos órgãos mais importantes afetados por essa condição é o baço, que tem um papel crucial na ajuda do corpo a combater infecções. Infelizmente, o baço é frequentemente um dos primeiros órgãos a ter problemas em pessoas com DF.

Inicialmente, o baço pode aumentar, mas com o tempo pode encolher devido a episódios repetidos em que o fluxo sanguíneo é bloqueado, levando à morte do tecido. Isso pode resultar em uma condição repentina chamada crise aguda de sequestro esplênico (CASE), onde o baço se expande rapidamente. Essa condição pode causar uma queda significativa nos níveis de hemoglobina, o que pode levar a problemas de saúde graves ou até a morte. Por causa disso, os médicos costumam verificar o baço durante suas avaliações de pacientes com DF.

No entanto, examinar o baço pelo toque físico não é muito eficaz. O baço geralmente precisa crescer duas a três vezes seu tamanho normal antes que possa ser sentido durante um exame. Como resultado, pode haver casos de problemas esplênicos que passam despercebidos.

Importância do Ultrassom na Exame do Baço

O ultrassom é um método seguro e não invasivo usado para medir o tamanho do baço. É muito preferido porque é preciso e econômico. Outros métodos de imagem como tomografias ou ressonâncias magnéticas estão disponíveis, mas muitas vezes são caros demais ou difíceis de acessar em várias áreas em desenvolvimento.

Apesar de o ultrassom ser comumente usado, não existe uma diretriz clara sobre como definir um baço aumentado para pessoas com DF. Vários estudos sugeriram diferentes medições, levando a confusões. Alguns estabelecem o corte para um baço aumentado em 13 cm, enquanto outros usam 11 cm ou 12 cm. Alguns pesquisadores olham para o volume do baço em vez de seu comprimento.

Para avaliar com precisão as mudanças no tamanho do baço, é importante saber quais são as dimensões normais do baço em pessoas saudáveis. Isso pode ser afetado por fatores locais como infecções e diferenças genéticas. Infelizmente, há apenas alguns estudos disponíveis que fornecem essas informações para populações na África, principalmente em áreas onde a malária é comum.

Objetivo da Pesquisa

O objetivo dessa pesquisa foi descobrir os tamanhos normais do baço em crianças e adultos saudáveis no Nordeste da Nigéria. Isso ajudaria a criar um padrão para comparação ao examinar pacientes com DF. Além disso, o estudo tinha como meta ver se usar medições de comprimento ou volume do baço é melhor para monitorar a saúde do baço em um ambiente com recursos limitados.

Desenho do Estudo e Participantes

O estudo foi realizado no Hospital Universitário de Maiduguri, no Nordeste da Nigéria, de outubro de 2020 a novembro de 2021. Os participantes incluíram estudantes de medicina saudáveis, filhos de funcionários do hospital e crianças que passaram por cirurgias mas que não estavam doentes no momento. Esses indivíduos foram escolhidos para ajudar a estabelecer intervalos normais de tamanho do baço.

Pacientes com DF em estado estável também foram convidados a participar do estudo. Eles foram vistos em clínicas externas durante o período do estudo, e seus tamanhos de baço foram comparados com os valores de referência criados a partir dos participantes saudáveis.

Processo de Coleta de Dados

Exame Clínico

Os pesquisadores coletaram informações sobre os antecedentes dos participantes usando um questionário estruturado. Mediram altura e peso e calcularam o índice de massa corporal (IMC). Para verificar o tamanho do baço, um único examinador treinado palpou a área sob a costela esquerda.

Avaliação Sonográfica

Um radiologista experiente com mais de 15 anos de experiência realizou todos os exames de ultrassom. O equipamento de ultrassom usado permitiu imagens nítidas do baço. O tamanho do baço foi medido usando técnicas específicas que forneceram resultados consistentes.

As medições incluíram o comprimento, largura e profundidade do baço. A partir dessas medições, o volume do baço foi calculado. Duas medições para cada parâmetro do baço foram feitas, e a média foi usada para análise.

Depois de obter as medições do baço para pacientes com DF, esses tamanhos foram comparados com os valores de referência estabelecidos a partir dos participantes saudáveis. Tamanhos de baço que caíam dentro de um certo intervalo foram considerados normais, enquanto aqueles acima ou abaixo foram classificados como aumentados ou pequenos.

Análise Estatística

Os dados do estudo foram analisados usando softwares específicos. A análise incluiu dados categóricos, como frequência e porcentagens, e dados contínuos, resumidos usando estatísticas descritivas. Os pesquisadores buscaram relacionamentos entre diferentes fatores como idade, peso, altura, IMC e tamanho do baço usando métodos estatísticos.

Considerações Éticas

O estudo foi conduzido seguindo diretrizes éticas, garantindo que os participantes fornecessem consentimento informado. O protocolo de pesquisa recebeu aprovação dos conselhos de revisão ética relevantes.

Resultados do Estudo

Um total de 111 participantes normais e 214 pacientes com DF participaram do estudo. Dados de ultrassom estavam disponíveis para quase todos os participantes. Entre os pacientes com DF, um número pequeno tinha Baços palpáveis, indicando que exames físicos sozinhos podem deixar passar muitos casos de aumento do baço.

Descobertas sobre o Tamanho do Baço entre Participantes Saudáveis

O ultrassom mostrou que o baço era visível em todos os participantes saudáveis. A maioria tinha tamanhos de baço que caíam dentro dos intervalos normais estabelecidos. Alguns indivíduos mostraram tamanhos de baço acima dos níveis normais, especialmente entre as crianças mais novas.

Descobertas sobre o Tamanho do Baço entre Pacientes com DF

No grupo de pacientes com DF, os ultrassons revelaram que apenas cerca da metade tinha baços visíveis. Entre esses, alguns eram pequenos, de tamanho normal e aumentados. Baços aumentados foram particularmente notados em crianças pequenas e adolescentes mais velhos.

Ao comparar pacientes com DF com participantes saudáveis, foi encontrado que os pacientes com DF geralmente tinham tamanhos de baço menores. Curiosamente, em crianças muito pequenas com DF, os tamanhos de baço eram inicialmente maiores do que os dos controles saudáveis, mas começaram a diminuir à medida que envelheciam.

Discussão sobre Tamanho do Baço e Doença Falciforme

O ultrassom é uma ferramenta eficaz para avaliar o tamanho dos órgãos, incluindo o baço. No entanto, não existem padrões estabelecidos para definir o tamanho do baço em pacientes com DF. Variações nos tamanhos do baço com base em raça e geografia são influenciadas por fatores genéticos e ambientais.

Este estudo estabeleceu valores de referência especificamente para a população no Nordeste da Nigéria. Destacou a importância de usar padrões específicos da população para classificar com precisão o tamanho do baço em pacientes com DF. Os achados indicaram que pacientes jovens com DF estavam em maior risco de aumento do baço, especialmente nos primeiros anos de vida.

As implicações clínicas sugerem que a conscientização sobre baços aumentados em jovens pacientes com DF é vital. Verificações regulares de ultrassom podem ajudar a identificar complicações potenciais precocemente, levando a uma melhor gestão da doença.

Conclusão

Este estudo forneceu insights valiosos sobre os tamanhos normais do baço entre indivíduos saudáveis no Nordeste da Nigéria e como esses tamanhos se comparam com os de pacientes com DF. Enfatizou a necessidade de monitoramento regular dos tamanhos do baço em pacientes com DF para prevenir complicações graves. Compreender as mudanças no tamanho do baço é crucial para gerenciar as necessidades de saúde desses pacientes, especialmente em áreas onde a malária é comum. Avaliações regulares de ultrassom podem desempenhar um papel importante em garantir tratamento e cuidados em tempo hábil.

Fonte original

Título: Ultrasonographic Splenic Indices Among Paediatric and Adults with Sickle Cell Disease in Nigeria

Resumo: BackgroundUltrasonography is an established and reliable method for assessing the spleen. Because of variation due to genetic and other environmental factors including malaria endemicity, interpretation of splenic sizes requires a knowledge of the normal reference range for a given population. The aim of this study was to determine spleen size in different age groups among healthy people in North-Eastern Nigeria and use this as a reference to determine spleen size amongst sickle cell disease (SCD) patients. MethodsUsing a cross-sectional study design, spleen size was measured in healthy people of different age groups, and steady-state SCD patients (children and adults) using abdominal ultrasonography. Using the age-group specific reference values obtained from the controls, spleens were classified into small, normal size, or enlarged among the SCD patients. ResultsAbdominal ultrasonography was performed for 313 participants, comprising 109 (34.8%) healthy controls and 204 (65.2%) steady-state SCD patients. The spleen was visualized in all the controls. However, 97(47.6%) of the SCD patients had no visible spleen. Small, normal, and enlarged spleens were observed in 16.7% (n=18/107), 63.6% (n=68/107) and 19.6% (n=21/107) SCD patients, respectively. Compared to the control group, splenic length was three-fold higher in the first two years of life in SCD patients, followed by a progressive age-related decline in size. Enlarged spleens were detected among 5(2.4%) SCD patients by manual palpation method compared to 21 (19.6%) using ultrasonography. ConclusionModel-based age-specific reference ranges and percentile curves for splenic dimensions based on ultrasonography among normal controls in North-Eastern Nigeria were established and may be of value in assessing spleen sizes among SCD patients living in malaria-endemic regions of Africa. Regular spleen scans to assess changes in size can help identify SCD patients at risk of splenomegaly complications including subclinical acute sequestration and hypersplenism, and those who are developing splenic atrophy.

Autores: Adama Isah Ladu, C. Jeffery, A. Farate, A. G. Farouk, F. M. Abulfathi, A. Adekile, I. Bates

Última atualização: 2023-02-26 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.24.23286418

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.24.23286418.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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