A Nature Complexa da Gordura Corporal
Analisando diferentes tipos de gordura e seus impactos na saúde.
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Índice
A gordura está presente em várias partes do nosso corpo. Algumas dessas áreas são fáceis de ver, como os quadris, coxas e a barriga, mas também tem lugares onde a gordura não é tão óbvia, como atrás dos olhos, em volta do coração, sob os joelhos e ao longo da coluna. A gordura tá em todo lugar, logo abaixo da pele e mais fundo, cercando nossos órgãos.
Nos animais, especialmente nos humanos, existem dois tipos principais de tecido adiposo: a gordura marrom e a gordura branca. Os adultos têm mais gordura branca, que aparece em várias partes, enquanto a gordura marrom geralmente tá limitada ao peito superior e ao pescoço. A gordura branca tem várias funções importantes. Ela ajuda a armazenar energia, dá suporte a outras estruturas, envia sinais para outras partes do corpo e tem funções relacionadas ao sistema imunológico, reprodução e aparência. A gordura branca não é feita só de Células de gordura, mas também de outros tipos de células, incluindo as que ajudam com a circulação sanguínea e com as respostas imunológicas.
Curiosamente, nem toda gordura é igual. As diferentes áreas onde a gordura é armazenada se comportam de maneiras distintas. Por exemplo, não ganhamos muita gordura nas palmas das mãos ou atrás dos olhos, mesmo se a gente comer bastante. Onde a gordura tá armazenada no corpo pode afetar como respondemos ao ganho de peso e nosso risco de doenças relacionadas ao sobrepeso ou obesidade. Ter gordura principalmente na barriga pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
Como a Gordura é Armazenada e Seus Impactos na Saúde
Quando a gente ganha peso, onde esse peso é armazenado importa. Pessoas com corpo "em forma de maçã", ou seja, que acumulam gordura principalmente na barriga, podem ter um risco maior de certos problemas de saúde em comparação com aquelas com corpo "em forma de pera", onde a gordura fica mais concentrada nos quadris e coxas.
A gordura que tá dentro da barriga costuma ser mais perigosa do que a gordura que tá só sob a pele. Isso acontece porque a gordura abdominal pode produzir sinais diferentes que influenciam como nosso corpo processa açúcar e gorduras, o que pode levar a condições como a síndrome metabólica.
A forma como a gente armazena gordura também varia por causa da genética e de como nossos corpos reagem a certos medicamentos. Algumas pessoas podem ter condições médicas que fazem com que ganhem ou percam gordura em áreas específicas. Isso mostra que os diferentes depósitos de gordura não são só áreas de armazenamento passivo; eles podem reagir à nossa dieta e saúde geral de maneiras únicas.
O Foco em Diferentes Áreas de Gordura
As pesquisas têm se concentrado principalmente em três tipos de áreas de gordura no corpo: Gordura visceral (a gordura dentro do abdômen), Gordura Subcutânea (a gordura logo sob a pele) e gordura nas coxas. Estudos mostraram que esses tipos de gordura têm efeitos diferentes no metabolismo, hormônios e respostas imunológicas. Mas a gente ainda precisa aprender mais sobre como e quando essas diferenças se desenvolvem e se mantêm.
Alguns estudos sugerem que a forma como as células de gordura se comportam é parcialmente determinada pelo nosso desenvolvimento inicial. Em testes com camundongos e humanos, os pesquisadores mediram a expressão de vários genes nas células de gordura de diferentes locais. Eles descobriram que esses genes são responsáveis por como as células de gordura crescem e funcionam.
A Importância da Expressão Gênica
Os genes têm um papel crucial em como as células de gordura se comportam. Por exemplo, alguns genes são mais ativos na gordura abdominal comparados à gordura das pernas. Isso significa que a gordura em diferentes áreas pode ter características únicas com base nos genes que estão ativos ali.
Os pesquisadores identificaram genes específicos que estão ligados ao crescimento da gordura. Alguns desses genes são conhecidos por influenciar quão eficientemente nossos corpos processam comida e energia. Eles também ajudam a explicar por que algumas pessoas podem ganhar peso em certas áreas mais facilmente do que outras.
Desenvolvimento e Origem da Gordura
A origem das células de gordura também é interessante. As células de gordura se desenvolvem a partir de células-tronco no corpo durante o crescimento inicial. O tipo de célula-tronco que dá origem à gordura pode determinar onde a gordura é armazenada. Algumas células-tronco estão ligadas à gordura na área abdominal, enquanto outras levam à gordura nas pernas.
Entender de onde vêm os diferentes tipos de gordura pode ajudar a explicar por que certas pessoas têm quantidades diferentes de gordura em diferentes áreas do corpo. Isso pode ser muito importante para entender os resultados de saúde relacionados ao peso.
Estudando a Gordura no Laboratório
Para entender melhor a gordura, os pesquisadores coletaram células de gordura de várias partes do corpo humano. Eles estudaram essas células em laboratórios para ver como elas se comportam fora do corpo. Isso pode oferecer insights sobre como a gordura armazena energia e se comunica com outros sistemas do corpo.
Em condições de laboratório, as células de gordura de diferentes áreas mostram diferenças marcantes em como reagem a nutrientes e hormônios. Isso demonstra que essas células de gordura têm características distintas que são mantidas mesmo quando não estão mais em seu ambiente natural.
Principais Descobertas
Variação no Armazenamento de Gordura: Diferentes áreas de gordura no corpo são responsáveis por funções e respostas diferentes ao equilíbrio energético.
Riscos à Saúde: A localização do armazenamento de gordura impacta significativamente os riscos de saúde associados à obesidade e doenças relacionadas.
Influência Genética: A genética desempenha um papel em como e onde a gordura é armazenada no corpo.
Programação do Desenvolvimento: A programação das células de gordura durante o desenvolvimento pode determinar suas características e funções na idade adulta.
Comportamento Celular: Estudar células de gordura em um ambiente de laboratório mostra que elas mantêm suas características únicas mesmo fora do corpo.
Conclusão
Entender a complexidade da gordura no corpo humano é essencial para lidar com problemas de saúde relacionados ao ganho de peso. Ainda tem muito a aprender, especialmente sobre como a gordura se comporta e se adapta em diferentes partes do corpo. Esse conhecimento pode levar a melhores estratégias para gerenciar a obesidade e doenças relacionadas, melhorando os resultados de saúde para muitas pessoas.
Título: Depot-Specific mRNA Expression Programs in Human Adipocytes Suggest Physiological Specialization via Distinct Developmental Programs
Resumo: Adipose tissue is distributed in diverse locations throughout the human body. Not much is known about the extent to which anatomically distinct adipose depots are functionally distinct, specialized organs, nor whether depot-specific characteristics result from intrinsic developmental programs, as opposed to reversible physiological responses to differences in tissue microenvironment. We used DNA microarrays to compare mRNA expression patterns of isolated human adipocytes and cultured adipose stem cells, before and after ex vivo adipocyte differentiation, from seven anatomically diverse adipose tissue depots. Adipocytes from different depots displayed distinct gene-expression programs, which were most closely shared with anatomically related depots. These depot-specific differences in gene expression were recapitulated when adipocyte progenitor cells from each site were differentiated ex vivo, suggesting that progenitor cells from specific anatomic sites are deterministically programmed to differentiate into depot-specific adipocytes. mRNAs whose expression differed between anatomically diverse groups of depots (e.g., subcutaneous vs. internal) suggest important functional specializations. Many developmental transcription factors showed striking depot-specific patterns of expression, suggesting that adipocytes in each anatomic depot are programmed during early development in concert with anatomically related tissues and organs. Our results support the hypothesis that adipocytes from different depots are functionally distinct and that their depot-specific specialization reflects distinct developmental programs.
Autores: Patrick O Brown, H. J. Clemons, D. J. Hogan
Última atualização: 2024-01-28 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.28.577632
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.01.28.577632.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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