Dispersão Inter-Vale em Grafeno Bilayer Torcido
Estudo revela os impactos da voltagem na localização fraca e antilocalização em TBG.
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O grafeno bilayer torcido (TBG) é feito de duas camadas de grafeno que estão ligeiramente rotacionadas uma em relação à outra. Essa rotação cria propriedades únicas que podem ser estudadas, especialmente quando colocadas em um material especial chamado nitreto de boro hexagonal (hBN). Essa combinação virou um campo de pesquisa bem empolgante.
Neste estudo, a gente dá uma olhada em um efeito específico chamado Localização Fraca (WL) e outro chamado antilocalização fraca (WAL). Esses efeitos estão relacionados ao jeito que os elétrons se movem nos materiais e podem influenciar a condutividade, que é uma medida de quão fácil a eletricidade pode passar por eles. O comportamento dos elétrons no TBG pode ser bem diferente dos materiais tradicionais, por causa da estrutura única.
Na camada de cima do TBG, os níveis de energia dos elétrons criam uma forma conhecida como cone de Dirac, que permite tipos especiais de movimento. Já a camada de baixo tem uma lacuna de energia maior, o que afeta como os elétrons interagem. Na nossa investigação, a gente assume que tem bem poucas impurezas - defeitos minúsculos que podem espalhar os elétrons e mudar seu caminho.
Quando a gente muda a voltagem aplicada ao material, percebe que o espalhamento entre as duas camadas de grafeno se torna importante. Quando as áreas onde os elétrons podem existir nas duas camadas são parecidas, notamos mudanças interessantes na condutividade. Nossa pesquisa revela uma transformação particular entre WL e WAL, que é uma observação que chama a atenção.
Para entender o movimento dos elétrons de uma forma mais simples, podemos nos referir ao modelo de Drude, que é um método comum usado para explicar como os elétrons se comportam nos materiais. No entanto, esse modelo tem suas limitações, especialmente em temperaturas baixas, onde os efeitos quânticos, ou os comportamentos das partículas em escalas muito pequenas, precisam ser considerados. Nesse caso, os elétrons se comportam de forma diferente porque podem se espalhar de maneiras infinitas, criando caminhos complexos.
Quando dois caminhos de elétrons se encontram, eles podem interferir um com o outro, afetando as chances de um elétron voltar ao seu ponto de partida. Essa interferência geralmente reduz a condutividade. Aplicar um campo magnético pode atrapalhar essa interferência, mudando ainda mais os caminhos dos elétrons.
Em materiais como o grafeno monolayer, que tem apenas uma camada, os elétrons costumam mostrar antilocalização fraca, o que significa que têm mais chances de se afastar de onde começaram. Por outro lado, o grafeno bilayer tende a mostrar localização fraca, ou seja, os elétrons são mais propensos a ficar perto de onde começaram.
Além do grafeno, outros materiais como semicondutores e isolantes topológicos também são analisados quanto a esses efeitos. Os pesquisadores consideram fatores adicionais, como como os elétrons interagem entre si e como seus spins afetam o movimento. Cada um desses fatores complica ainda mais o cenário e produz efeitos significativos no comportamento da condutividade.
Recentemente, a descoberta de correlações fortes, como estados isolantes e supercondutores, no TBG perto de um ângulo crítico conhecido como ângulo mágico, ganhou atenção. Quando as duas camadas no TBG estão torcidas nesse ângulo mágico, as propriedades das bandas, ou níveis de energia, perto de um ponto específico mudam drasticamente. A energia dos elétrons se torna semelhante à força de interação causada pelo ambiente imediato, ou seja, eles influenciam bastante uns aos outros.
Apesar de muito trabalho ter sido feito para entender as correlações fortes nessas bandas planas, não se tem dado atenção suficiente a como a localização fraca e a antilocalização fraca se comportam no TBG. Alguns experimentos foram realizados, mas ainda há muitas perguntas sobre como esses efeitos de correção quântica funcionam nesse sistema único em comparação com outras formas de grafeno.
Para estudar esses efeitos, montamos experimentos colocando o grafeno bilayer torcido sobre o substrato de hBN. O sistema é projetado com poucas impurezas, focando apenas naquelas que espalham os elétrons por distâncias mais longas sem alterar seus spins.
Definimos duas regiões de energia dos elétrons, chamadas de vales, dentro do sistema TBG. Os elétrons podem se espalhar dentro desses vales ou se mover entre eles. Investigamos como esse espalhamento muda o movimento e as propriedades da corrente.
A camada de baixo do TBG é afetada pelo substrato de hBN, que abre uma lacuna de banda (uma faixa de níveis de energia onde os elétrons não podem existir). A diferença de energia entre duas áreas específicas na estrutura pode ser controlada com uma voltagem.
Na nossa análise, focamos nos Cooperons, que descrevem como os movimentos dos elétrons se afetam mutuamente quando se espalham. Esses Cooperons fornecem insights sobre as correções de condutividade que observamos.
Nossa pesquisa mostra que a relação entre o tamanho das superfícies de Fermi (as áreas onde os elétrons podem existir) nos vales influencia diretamente a correção da condutividade. Quando as superfícies de Fermi são semelhantes em tamanho, o espalhamento inter-vales contribui significativamente para a condutividade.
À medida que variamos a energia e ajustamos a voltagem aplicada, conseguimos alternar entre localização fraca e antilocalização fraca. Descobrimos que certas configurações de voltagem levam a um cenário onde o espalhamento inter-vales se torna essencial, mudando drasticamente o comportamento da condutividade.
Nas nossas descobertas, apresentamos como a temperatura e os campos magnéticos afetam a condutividade. À medida que a temperatura muda, o comprimento de coerência (a distância média pela qual o elétron mantém sua fase) também varia. Fornecemos uma visão clara de como a condutividade muda sob diferentes condições, especialmente ao passarmos de localização fraca para antilocalização fraca.
Quando um campo magnético é introduzido, ele altera o fluxo de elétrons de uma forma que pode ser medida. Isso acontece porque o campo magnético cria níveis de Landau, que discretizam os níveis de energia. Podemos ligar isso de volta a como os efeitos quânticos interagem com o campo magnético aplicado, levando a mudanças na condutividade.
Elaboramos diagramas de fase para ilustrar a localização fraca e a antilocalização fraca em diferentes energias e voltagens. Em sistemas com ângulos de torção menores, vemos um espalhamento inter-vales mais pronunciado. No entanto, com ângulos maiores, os efeitos se tornam mais fracos, levando a distinções mais claras entre as regiões de WL e WAL sem sobreposição.
Em resumo, nossa exploração revela o papel crucial do espalhamento inter-vales na compreensão da localização fraca e da antilocalização fraca no grafeno bilayer torcido. A transformação entre esses estados mostra que ajustes delicados na voltagem podem levar a mudanças significativas na condutividade, especialmente ao considerar as características únicas do TBG.
Nossas descobertas podem ajudar experimentos futuros a entender melhor as propriedades de transporte de materiais bidimensionais, particularmente aqueles com estruturas complexas. Esse trabalho abre caminhos para estudos mais aprofundados e potenciais aplicações em dispositivos eletrônicos.
Título: Weak Localization and Antilocalization in Twisted Bilayer Graphene
Resumo: In this study, we investigate the weak localization (WL) and weak antilocalization (WAL) effects in twisted bilayer graphene positioned on a hexagonal boron nitride substrate. The bottom graphene layer aligns with the hexagonal boron nitride. The top layer of the system features a Dirac cone with a negligible gap, while the bottom layer possesses a relatively large band gap. With a low concentration of impurities, the quantum correction to conductivity stems from the quantum interference between two time-reversed impurity scattering trajectories. We discover that inter-layer scattering significantly contributes to the conductivity correction when the Fermi surface areas of the two valleys at low energy are comparable. A double crossover from WL to WAL andback to WL occurs at a specific range of Fermi energy, which is particularly intriguing.
Autores: Hongyi Yan, Haiwen Liu
Última atualização: 2023-06-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.16436
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.16436
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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