Novas Perspectivas no Tratamento de Lipossarcoma Dediferenciado
Pesquisadores estão descobrindo novas abordagens de tratamento para Lipossarcoma Dediferenciado.
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Índice
Liposarcoma dediferenciado (DDLPS) é um tipo de câncer que ataca as células de gordura. É um tumor bem chato que a galera costuma descobrir só depois que ele já cresceu bastante. Os médicos ainda não sabem direito por que esse câncer aparece. Quem tem DDLPS geralmente tem outra parada: o corpo tem um problema com um gene chamado TP53. Esse gene normalmente ajuda a controlar o crescimento das células e a prevenir o câncer, mas no DDLPS, ele não tá funcionando direito. Em vez disso, outro gene chamado MDM2 fica super ativo, fazendo o câncer crescer mais rápido.
Problemas atuais no tratamento
Quando se trata de tratar DDLPS, os médicos costumam usar cirurgia e quimioterapia. Infelizmente, esses tratamentos não são muito eficazes. Na verdade, as chances de viver sem a doença após cinco anos é só cerca de 20%. Esse número não mudou muito desde a década de 1970. Além disso, os tratamentos podem ter efeitos colaterais sérios que prejudicam a qualidade de vida do paciente.
O que sabemos sobre DDLPS
A pesquisa ainda tá tentando entender como o DDLPS se comporta, especialmente no ambiente em que tá. Recentemente, cientistas descobriram que as células DDLPS podem enviar sinais para outras células chamadas macrófagos, que normalmente ajudam a defender o corpo. Esses sinais incluem moléculas pequenininhas conhecidas como microRNAs, que podem avisar os macrófagos pra produzir uma substância chamada IL6. Essa substância pode fazer as células DDLPS crescerem e se moverem mais facilmente, piorando o câncer.
O papel das células de gordura
O DDLPS costuma aparecer em áreas com bastante gordura chamadas tecido adiposo. Essas células de gordura também podem ajudar o câncer a crescer. O tecido adiposo é conhecido por liberar substâncias inflamatórias como IL6, que podem incentivar ainda mais o crescimento do tumor. Curiosamente, existem dois tipos de células de gordura: as células preadipócitas, que são menos maduras, e as adipócitas mais desenvolvidas. As células preadipócitas tendem a produzir mais IL6 do que as células de gordura maduras.
Quando a IL6 se liga a um receptor chamado GP130 nas células, ela ativa várias vias que podem levar ao crescimento do câncer. Mesmo que os cientistas não entendam completamente como a IL6 funciona, eles sabem que bloquear seus sinais pode ter efeitos positivos contra o câncer.
Testando tratamentos
Os pesquisadores queriam ver se conseguiam encontrar formas melhores de tratar o DDLPS focando na IL6 ou no seu receptor GP130. Eles testaram várias substâncias pra ver como elas afetavam as células cancerígenas em um ambiente controlado de laboratório.
Nas experiências, eles cultivaram células DDLPS com ou sem células preadipócitas. Descobriram que quando as células DDLPS estavam em contato com as células preadipócitas, as células cancerígenas cresciam mais rápido. Esse crescimento era principalmente por causa da IL6 produzida pelos preadipócitos.
Os cientistas também analisaram como a IL6 afeta a produção de MDM2, que é crucial para o crescimento do DDLPS. Quando adicionaram IL6 às células DDLPS, viram um aumento significativo nos níveis de RNA e proteína MDM2. Isso significava que a IL6 tem um papel no comportamento agressivo do câncer.
Focando no GP130 com SC144
Para explorar novos tratamentos, os cientistas usaram uma substância chamada SC144 que bloqueia especificamente o GP130. Quando trataram as células DDLPS com SC144, descobriram que o crescimento do câncer diminuiu. O tratamento com SC144 também levou a um aumento da morte celular nas células DDLPS.
Em estudos com animais, eles injetaram células DDLPS em camundongos e depois trataram alguns desses camundongos com SC144. Os resultados foram promissores: os tumores nos camundongos que receberam SC144 eram menores em comparação com os que não receberam. Isso sugere que bloquear o GP130 pode desacelerar o crescimento do tumor em situações reais.
Bloqueando IL6 e MDM2
Além de olhar só pro GP130, os pesquisadores examinaram como bloquear a IL6 impacta o DDLPS. Eles descobriram que reduzir a IL6 também diminuía os níveis de MDM2 nas células DDLPS. Isso é importante porque o MDM2 é conhecido por ajudar o câncer a crescer e sobreviver.
Os cientistas observaram que quando o GP130 foi bloqueado (através do tratamento com SC144), os níveis de outra variante do MDM2 chamada MDM2-ALT1 aumentaram. Isso é significativo porque o MDM2-ALT1 pode impedir que o MDM2 completo funcione, possivelmente permitindo que outro gene, o TP53, funcione melhor. Como o TP53 é crucial para parar o câncer, essa descoberta indica uma possível nova forma de tratar o DDLPS reativando o TP53.
A importância do ambiente do tumor
Compreender como as células não cancerígenas afetam o DDLPS é vital, pois essas relações podem levar a novas estratégias de tratamento. As interações entre células de gordura saudáveis e células cancerígenas podem mudar como ambas se comportam. De fato, alguns estudos mostraram que células de gordura normais podem se transformar e começar a agir como células cancerígenas quando estão em contato com elas.
Conclusão
Resumindo, DDLPS é um câncer desafiador que surge no tecido adiposo e continua sendo difícil de tratar. Os métodos atuais não melhoraram muito ao longo dos anos, e isso levou os pesquisadores a buscarem novas abordagens. A relação entre as células DDLPS e os preadipócitos que produzem IL6 fornece insights valiosos sobre como o tumor cresce e se espalha. Bloquear sinais pelo GP130 mostrou potencial como tratamento, levando a um crescimento mais lento do tumor e possivelmente reativando as funções protetoras do gene TP53. Compreender essas diversas interações e sinais dentro do ambiente do tumor traz esperança de que melhores terapias possam ser desenvolvidas no futuro, melhorando os resultados para os pacientes com DDLPS.
Título: Blockade of Interleukin-6 (IL-6) Signaling in Dedifferentiated Liposarcoma (DDLPS) Decreases Mouse Double Minute 2 (MDM2) Oncogenicity via Alternative Splicing
Resumo: Effective therapies for retroperitoneal (RP) dedifferentiated liposarcoma (DDLPS) remain unavailable. Loco-regional recurrence occurs in >80% of cases; 5-year disease-specific survival is only 20%. DDLPS is especially prevalent in the retroperitoneum and abdomen; evaluation of the DDLPS microenvironment in these high-fat compartments appears pertinent. Adipose is a main supplier of interleukin-6 (IL6); excessive activation of IL6 signal transducer glycoprotein 130 (GP130) underlies the development of some diseases. The role of GP130 pathway activation remains unstudied in DDLPS, so we examined the role of microenvironment fat cell activation of the IL6/GP130 signaling cascade in DDLPS. All DDLPS tumors and cell lines studied expressed elevated levels of the GP130-encoding gene IL6ST and GP130 protein compared to normal tissue and cell line controls. IL6 increased DDLPS cell growth and migration, possibly through increased signal transducer and activator of transcription 1 (STAT1) and 3 (STAT3) activation, and upregulated mouse double minute 2 (MDM2). GP130 loss conveyed opposite effects; pharmacological blockade of GP130 by SC144 produced the MDM2 splice variant MDM2-ALT1, known to inhibit full length MDM2 (MDM2-FL). Although genomic MDM2 amplification is pathognomonic for DDLPS, mechanisms driving MDM2 expression, regulation, and function beyond the MDM2:p53 negative feedback loop are poorly understood. Our findings suggest a novel preadipocyte DDLPS-promoting role due to IL6 release, via upregulation of DDLPS MDM2 expression. Pharmacological GP130 blockade reduced the IL6-induced increase in DDLPS MDM2 mRNA and protein levels, possibly through enhanced expression of MDM2-ALT1, a possibly targetable pathway with potential as future DDLPS patient therapy.
Autores: Raph Pollock, A. Zewdu, D. Braggio, G. Lopez, K. Batte, S. Khurshid, F. Costas de Faria, H. Bid, D. Koller, L. Casadei, K. Ladner, D. Wang, V. Grignol, O. H. Iwenofu, D. Chandler, D. Guttridge
Última atualização: 2024-02-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.21.581397
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.21.581397.full.pdf
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