Novos Métodos Melhoram o Diagnóstico de Infecções Ósseas
Técnicas avançadas mostram bactérias ocultas em casos de osteomielite.
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As infecções podem rolar quando as bactérias invadem o corpo. Um tipo de infecção que afeta os ossos é conhecido como Osteomielite (OM). Diagnosticar e tratar essa condição pode ser complicado. Um método comum pra descobrir quantas bactérias tem nas células infectadas é contar as colônias que elas formam em placas depois de abrir essas células. Mas essa contagem pode dar resultados diferentes dependendo de várias coisas, como o tipo de células e bactérias envolvidas.
As bactérias Staphylococcus, principalmente a Staphylococcus aureus, são as vilãs comuns na osteomielite em adultos. Esse estudo usou um modelo específico de célula óssea pra imitar como essas bactérias infectam as células ósseas. Foram testadas duas cepas de Staphylococcus aureus: uma que é super virulenta e resistente a antibióticos, e outra que é mais fraquinha e sensível a antibióticos. Os pesquisadores usaram tanto a contagem de colônias quanto um método especial de medição de DNA pra ter uma ideia melhor de quantas bactérias estavam dentro das células infectadas.
Métodos Usados
Os pesquisadores prepararam as células semelhantes a ossos e as bactérias em um ambiente controlado de laboratório. Eles infectaram as células ósseas com as bactérias e depois coletaram amostras ao longo do tempo. Diferentes métodos foram usados pra medir a presença de bactérias. O método tradicional envolvia abrir as células infectadas e contar o número de colônias em uma placa, enquanto um método mais novo contava as cópias de DNA das bactérias diretamente das amostras.
O método de medição de DNA, conhecido como PCR de gotículas digitais (DdPCR), permite contar o DNA com precisão sem precisar de uma curva padrão, tornando o processo mais simples e rápido. Um tampão de lise especial foi usado pra extrair DNA das amostras sem as etapas de limpeza que normalmente levam mais tempo.
Resultados do Estudo In Vitro
A pesquisa descobriu que o método de medição de DNA revelou um número maior de cópias bacterianas em comparação à contagem tradicional de colônias. Ao longo de vários dias, o número de colônias bacterianas nas placas caiu bastante. Porém, usando o método de DNA, os pesquisadores descobriram que para a cepa altamente virulenta, o número de cópias de DNA permaneceu estável, indicando que as bactérias estavam sobrevivendo dentro das células mesmo quando menos colônias eram contadas.
Em contrapartida, a cepa menos virulenta mostrou uma diminuição nas contagens de DNA ao longo do tempo, sugerindo que essas bactérias não estavam tão bem em sobreviver dentro das células. Os pesquisadores também olharam pras células humanas que foram infectadas pra ver se ainda estavam vivas. Com as quantidades menores de bactérias, a saúde das células humanas parecia parecida com as controles não infectadas. Mas com níveis mais altos de bactérias, as células humanas mostraram uma queda na saúde.
Os resultados destacaram uma diferença significativa entre os dois métodos. A contagem de colônias pode frequentemente subestimar o número real de bactérias presentes em uma infecção, especialmente no caso de bactérias se adaptando às condições difíceis dentro das células hospedeiras.
Aplicação aos Casos Humanos
Os pesquisadores então queriam ver se essas descobertas se aplicavam a casos reais em humanos. Eles analisaram três pacientes com suspeita de infecções ósseas que deram resultados negativos quando testados por métodos de cultura tradicionais. As amostras de tecido ósseo coletadas desses pacientes mostraram evidências de infecção através de técnicas de coloração especiais que indicavam danos nos tecidos.
Usando os mesmos métodos de extração direta de DNA e ddPCR dos experimentos de laboratório, os pesquisadores determinaram que todos os três pacientes tinham DNA bacteriano presente, mesmo que os métodos de cultura rotineiros não tivessem conseguido identificar as bactérias.
A identidade das bactérias foi confirmada através do sequenciamento do DNA, que revelou várias espécies de estafilococos. Isso mostrou que os novos métodos poderiam revelar infecções que foram perdidas pelas técnicas de cultura tradicionais.
Conclusão
O estudo demonstrou que o método padrão de contar colônias bacterianas pode perder quantidades significativas de bactérias em infecções ósseas. Usando extração direta de DNA e métodos de contagem avançados, os pesquisadores conseguiram obter medições mais precisas da presença de bactérias tanto em experimentos de laboratório quanto em casos humanos.
Essa abordagem não só acelera o processo, mas também minimiza a perda de amostras, que é crucial pra obter resultados confiáveis. Além disso, a capacidade de sequenciar o DNA bacteriano diretamente das amostras fornece uma ferramenta valiosa pra identificar quais bactérias específicas estão causando infecções, o que pode levar a opções de tratamento melhores.
Os achados apontam pra necessidade de adotar técnicas mais novas em ambientes clínicos pra melhorar as estratégias de diagnóstico e tratamento para infecções como a osteomielite. Isso pode mudar como os médicos lidam com essas infecções, oferecendo métodos mais rápidos e precisos pra diagnosticar pacientes e determinar o melhor caminho de tratamento.
No geral, o avanço dessas técnicas representa uma oportunidade para melhorias significativas na gestão de infecções bacterianas que podem ser desafiadoras de detectar com métodos convencionais. A integração da análise rápida de DNA e sequenciamento pode aumentar a capacidade de diagnosticar, acompanhar e tratar infecções de forma eficaz na prática clínica.
Título: Beyond the Colony-Forming-Unit: Rapid Bacterial Evaluation in Osteomyelitis
Resumo: Examination of bacteria/host cell interactions is important for understanding the aetiology of many infectious diseases. The colony-forming-unit (CFU) has been the standard for quantifying bacterial burden for the past century, however, this suffers from low sensitivity and is dependent on bacterial culturability in vitro. Our data demonstrate the discrepancy between the CFU and bacterial genome copy number in an osteomyelitis-relevant co-culture system and we confirm diagnosis and quantify bacterial load in clinical bone specimens. This study provides an improved workflow for the quantification of bacterial burden in such cases.
Autores: Dongqing Yang, Q. Sun, K. Huynh, D. Muratovic, N. J. Gunn, A. R. Zelmer, L. B. Solomon, G. J. Atkins
Última atualização: 2024-02-22 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.11.21.568051
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.11.21.568051.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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