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Degradação Proteica Direcionada: Uma Nova Abordagem para o Desenvolvimento de Medicamentos

Cientistas estão avançando a descoberta de medicamentos com métodos de degradação de proteínas direcionados.

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Nos últimos anos, os cientistas descobriram uma nova forma de desenvolver medicamentos que focam em quebrar proteínas específicas no corpo. Conhecido como degradação proteica dirigida, esse método mostra promessa para tratar várias doenças, especialmente o câncer. Essa abordagem funciona fazendo com que algumas enzimas, que ajudam a marcar proteínas para destruição, fiquem perto das proteínas que queremos remover. Uma vez conectadas, as enzimas acoplam marcadores especiais à proteína-alvo, sinalizando para que ela seja decomposta pelo sistema de eliminação de lixo da célula.

Temos dois tipos principais de pequenas moléculas que ajudam a conseguir essa degradação direcionada: Colas Moleculares e PROTACs. As colas moleculares mudam a forma da enzima para que ela se ligue de forma mais eficiente à proteína-alvo. Já os PROTACs conectam duas partes diferentes: uma que se liga à enzima e outra que se liga à proteína-alvo.

Os cientistas encontraram várias colas moleculares por acaso, mas os PROTACs são mais fáceis de projetar para uma proteína específica se já tivermos pequenas moléculas que podem se ligar a ela.

Uma razão pela qual os cientistas estão interessados na degradação proteica dirigida é que isso pode ajudar quando as pequenas moléculas que se ligam à proteína-alvo não mudam sua atividade, ou quando mudar sua atividade não tem efeitos significativos no tratamento. Por exemplo, uma proteína chamada CRAF é frequentemente ativada de maneira errada em cânceres devido a mutações. Em estudos com animais, remover o CRAF levou a uma grande diminuição dos tumores, mas simplesmente parar sua atividade não teve muito impacto. Isso significa que, na prática, precisamos remover toda a proteína CRAF, mas até agora, nenhuma pequena molécula que degrade especificamente o CRAF foi descoberta.

Outro fator importante no desenvolvimento dessas drogas direcionadas é entender quanto tempo a proteína-alvo dura naturalmente no corpo. A vida útil natural de uma proteína afeta bastante o quão bem conseguimos usar a degradação direcionada para removê-la. Os pesquisadores criaram modelos matemáticos para ajudar a prever quanto de degradação pode ocorrer com base na vida útil da proteína.

Por exemplo, os pesquisadores realizaram experimentos usando proteínas marcadas com um marcador especial para facilitar a medição. Eles perceberam que certas proteínas marcadas perdiam estabilidade e quebravam muito mais rápido do que o esperado, especialmente uma versão específica do CRAF. Esse efeito não foi evidente com outros tipos de marcas de proteína. Essa descoberta sugere a necessidade de avaliar cuidadosamente quanto tempo essas proteínas marcadas duram em comparação com suas contrapartes naturais.

Usando essas informações, os cientistas podem entender melhor os efeitos das drogas direcionadas nas proteínas do corpo. Eles descobriram que usar certos degrades poderia fazer proteínas de longa vida se tornarem de curta vida por causa da degradação de outras proteínas no processo.

Além disso, os cientistas observaram que, ao bloquear a síntese de proteínas, os níveis de algumas proteínas naturalmente de curta vida caíram drasticamente. Essa queda foi semelhante, independentemente do método de bloqueio, indicando um mecanismo comum em ação.

Curiosamente, quando os cientistas experimentaram compostos que pareciam degradar proteínas, eles descobriram que esses compostos causavam uma queda geral nas proteínas. Isso significa que eles agiam de forma semelhante a medicamentos conhecidos que param a síntese de proteínas, impactando várias proteínas de curta vida, incluindo aquelas ligadas ao câncer. Isso revela que só porque um composto parece degradar uma proteína-alvo, ele pode estar causando uma redução nos níveis de proteína por outros motivos, como retardar a produção de proteínas.

Esse aspecto destaca a importância de controles cuidadosos nos experimentos. Por exemplo, testar como as drogas afetam várias proteínas pode fornecer insights sobre se sua atividade é genuína ou apenas um efeito indireto.

Além disso, ao checar quão eficazes essas drogas são, os cientistas devem considerar experimentos de competição. Se uma droga realmente atua como um degradador direcionado, introduzir concorrentes que se ligam ao alvo ou à enzima deve bloquear a ação da droga.

Enquanto os cientistas continuam a trabalhar na descoberta de medicamentos, eles observaram alguns compostos que parecem causar degradação de proteínas sem estar ligados à proteína-alvo original. Esses compostos também podem mostrar citotoxicidade, ou seja, prejudicam ou matam células. Isso levanta questões sobre seu verdadeiro mecanismo de ação.

A ligação entre citotoxicidade e degradação de proteínas é evidente, já que muitos compostos que são tóxicos para células também reduzem significativamente os níveis de proteínas de curta vida. Esse efeito não é apenas um artefato, mas um fator a ser considerado ao interpretar resultados.

Para resumir, a Degradação Proteica Direcionada oferece um caminho empolgante para a descoberta de medicamentos. No entanto, a complexidade desses sistemas apresenta desafios. Os pesquisadores precisam realizar experimentos de controle rigorosos. Eles devem monitorar o tempo que as proteínas demoram para se degradar, testar como os compostos afetam outras proteínas de curta vida e verificar a competição de moléculas que se ligam aos alvos originais.

Por fim, embora os agentes degradadores de proteínas tenham um grande potencial na pesquisa médica, os cientistas devem permanecer vigilantes e cautelosos para não confundir efeitos indiretos com ação real das drogas. Ao refinarem seus métodos e controles, os pesquisadores podem diferenciar entre verdadeiros degradadores direcionados e aqueles que atuam de maneiras inesperadas.

Essa compreensão equilibrada ajudará a abrir caminho para tratamentos mais eficazes no futuro, especialmente em áreas desafiadoras como a pesquisa do câncer. Focando nos mecanismos em jogo, os pesquisadores esperam desenvolver medicamentos que realmente direcionem as proteínas envolvidas nas doenças, resultando em melhores resultados para os pacientes. À medida que o campo avança, a integração de matemática, biologia e química continuará a desempenhar um papel vital em melhorar nossa capacidade de projetar terapias eficazes.

É importante lembrar que o potencial dessas iniciativas científicas reside não só nas tecnologias sendo desenvolvidas, mas em suas aplicações práticas na medicina. Cada descoberta adiciona uma peça ao quebra-cabeça, iluminando como podemos combater melhor as doenças que afligem tantos. A abordagem cuidadosa e sistemática para entender a dinâmica das proteínas é essencial à medida que avançamos em novas áreas terapêuticas e continuamos a jornada para resolver os desafios de saúde mais urgentes de nosso tempo.

Fonte original

Título: Confounding factors in targeted degradation of short-lived proteins

Resumo: Targeted protein degradation has recently emerged as a novel option in drug discovery. Natural protein half-life is expected to affect the efficacy of degrading agents, but to what extent it influences target protein degradation has not been systematically explored. Using mathematical modelling of protein degradation, we demonstrate that the natural half-life of a target protein has a dramatic effect on the level of protein degradation induced by a degrader agent which can pose significant hurdles to screening efforts. Moreover, we show that upon screening for degraders of short-lived proteins, agents that stall protein synthesis, such as GSPT1 degraders and generally cytotoxic compounds, deceptively appear as protein degrading agents. This is exemplified by the disappearance of short-lived proteins such as MCL1 and MDM2 upon GSPT1 degradation and upon treatment with cytotoxic agents such as doxorubicin. These findings have implications for target selection as well as for the type of control experiments required to conclude that a novel agent works as a bona fide targeted protein degrader.

Autores: Manfred Koegl, V. Vetma, L. C. Perez, J. Elias, A. Stingu, A. Kombara, T. Gmaschitz, N. Braun, T. Ciftci, G. Dahmann, E. Diers, T. Gerstberger, P. Greb, G. Kidd, C. Kofink, I. Puoti, V. Spiteri, N. Trainor, Y. Westermaier, C. Whitworth, A. Ciulli, W. Farnaby, K. McAulay, A. B. Frost, N. Chessum

Última atualização: 2024-02-22 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.19.581012

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.19.581012.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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