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# Física# Computação Neural e Evolutiva# Autómatos celulares e gases de rede

Vida Artificial: A Busca pela Evolução Sem Fim

Pesquisadores querem replicar sistemas em evolução na vida artificial através de simulações inovadoras.

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A evolução aberta é a ideia de sistemas que conseguem criar novas formas complexas ao longo do tempo, bem parecido com a vida na Terra. Os cientistas estão afim de reproduzir essa habilidade em sistemas artificiais. O trabalho que vamos ver aqui foca em um sistema de vida artificial chamado Lenia, que usa autômatos celulares contínuos pra simular padrões em evolução.

O que é Lenia?

Lenia é uma tipo único de sistema de vida artificial inspirado no Jogo da Vida do Conway. Diferente dos autômatos celulares tradicionais que trabalham com estados distintos, Lenia permite estados contínuos, espaços e tempo. Essa flexibilidade ajuda a gerar uma variedade rica de padrões e comportamentos, tipo se movendo junto, se consertando ou até se replicando.

Em Lenia, pensamos em dois conceitos chave: genótipo e fenótipo. O genótipo se refere ao conjunto de parâmetros que definem um padrão, enquanto o fenótipo é o padrão ou comportamento visível que surge desses parâmetros. Em Lenia, esses padrões podem ser chamados de "criaturas virtuais" porque agem de maneiras que lembram seres vivos. Elas conseguem reagir ao ambiente, se mover pra perto ou longe umas das outras e até mudar de forma com o tempo.

O Desafio da Evolução Aberta

Criar sistemas que consigam se envolver em evolução aberta é um desafio e tanto. Um motivo é que os sistemas em evolução precisam produzir continuamente novas formas de complexidade. Na natureza, a evolução biológica leva a uma diversidade de vida devido a várias interações entre as espécies. Os pesquisadores querem replicar isso em sistemas artificiais, o que exige entender quais fatores ajudam a sustentar a evolução contínua.

Em estudos anteriores, os pesquisadores usaram uma combinação de métodos de evolução controlada pra guiar o crescimento das criaturas virtuais em Lenia. Eles usaram ferramentas como reprodução, onde os padrões podiam salvar e passar seus Genótipos, e processos seletivos que permitiam que apenas certos padrões sobrevivessem com base no sucesso deles.

Uma Abordagem Diferente

Neste trabalho, o foco é um método diferente chamado evolução intrínseca. Em vez de guiar manualmente o processo evolutivo, a ideia é projetar sistemas onde a evolução acontece de forma mais orgânica dentro da Simulação. Nesse approach, os genótipos e Fenótipos influenciam uns aos outros naturalmente, e os padrões podem se replicar e se adaptar sem intervenção direta.

Pra alcançar isso, os autores desenvolveram uma estrutura que permite o design de simulações em larga escala, onde padrões diversos podem evoluir e interagir em tempo real. Eles usaram técnicas de computação paralela pra melhorar o desempenho e permitir simulações mais complexas.

Simulações em Larga Escala

Rodar simulações em larga escala é crucial pra observar os padrões de evolução. Um mundo virtual maior permite mais interações entre as criaturas virtuais, levando a resultados mais diversos. Os pesquisadores adaptaram uma estrutura de computação chamada JAX pra aproveitar recursos computacionais poderosos como GPUs e TPUs. Essa configuração possibilita criar ambientes virtuais expansivos onde várias espécies podem coexistir e evoluir.

Decisões de design também foram tomadas sobre como a informação genética é armazenada e atualizada. Ao localizar os dados genéticos dentro da simulação, fica mais fácil para diferentes espécies interagirem e competirem por recursos e espaço. Esse design visa imitar comportamentos evolutivos realistas vistos na natureza.

Algoritmos Evolutivos

Outro aspecto essencial dessa pesquisa é o uso de algoritmos evolutivos. Em ambientes tradicionais, o processo de evolução é controlado de fora da simulação. Aqui, o objetivo é criar condições onde a evolução acontece de forma interna. Os padrões podem crescer, se replicar e competir com base na capacidade de se adaptar ao ambiente.

Padrões que conseguem sobreviver tendem a dominar a simulação. O treinamento das criaturas virtuais pode ocorrer através de processos simples onde características bem-sucedidas são passadas adiante, levando ao surgimento de comportamentos novos e complexos.

Observando Resultados

Os pesquisadores rodaram várias simulações pra observar como os padrões evoluíam ao longo do tempo. Eles notaram que certas condições levavam a períodos de criatividade e diversidade, enquanto outras, eventualmente, resultavam em uma convergência em tipos de padrões bem-sucedidos. Por exemplo, quando padrões podiam crescer sem penalidades, eles normalmente dominavam a simulação e apagavam a diversidade.

Quando as condições eram mudadas pra impor penalidades em padrões que se expandiam demais, os resultados eram diferentes. Esse ato de equilibrar entre incentivar o crescimento e prevenir a dominância é um componente crucial pra alcançar a evolução aberta.

Fatores Ambientais

O ambiente da simulação pode influenciar significativamente os resultados evolutivos. Ao adicionar obstáculos ou projetar cenários específicos dentro da simulação, os pesquisadores podem incentivar comportamentos ou interações particulares. Esse conceito alinha-se com como os ecossistemas da vida real operam, onde mudanças no ambiente podem levar a adaptações e novas espécies.

Uma interface interativa ajuda os pesquisadores a manipular os parâmetros da simulação em tempo real. Eles podem ver como diferentes configurações impactam a evolução dos padrões e experimentar novas ideias pra aumentar a criatividade e a complexidade.

Lições Aprendidas

Até agora, os experimentos mostraram resultados mistos. Os sistemas têm potencial pra criatividade e diversidade, mas muitas vezes caem em padrões que inibem a evolução futura. Identificar as melhores práticas pra alcançar a evolução aberta continua sendo um desafio em andamento.

A pesquisa enfatiza que, pra manter sistemas em evolução, vários fatores precisam ser considerados. Isso pode incluir melhorar a eficiência da simulação, projetar melhor os sistemas pra incentivar interações e criar uma variedade de agentes em evolução.

Direções Futuras

Olhando pra frente, os pesquisadores pretendem incorporar mais elementos que possam aumentar a complexidade e a evolução contínua. Por exemplo, eles poderiam incluir mais interações, como cooperação ou competição entre criaturas virtuais.

Estabelecer diferentes níveis de organização, novas formas de comunicação e até restrições de energia pode levar ao surgimento de comportamentos mais sofisticados. Ao ampliar o potencial para interação e engajamento, os sistemas poderiam se tornar mais capazes de sustentar a evolução contínua.

Conclusão

A jornada pra replicar a evolução aberta em sistemas artificiais está em andamento. Embora muitos avanços tenham sido feitos, ainda há desafios significativos a serem superados. O objetivo continua sendo criar simulações que possam produzir complexidade e diversidade continuamente, tirando inspiração dos processos notáveis da evolução natural. À medida que esses esforços avançam, eles abrem caminho para percepções mais profundas sobre a vida artificial e a essência da criatividade em si.

Fonte original

Título: Towards Large-Scale Simulations of Open-Ended Evolution in Continuous Cellular Automata

Resumo: Inspired by biological and cultural evolution, there have been many attempts to explore and elucidate the necessary conditions for open-endedness in artificial intelligence and artificial life. Using a continuous cellular automata called Lenia as the base system, we built large-scale evolutionary simulations using parallel computing framework JAX, in order to achieve the goal of never-ending evolution of self-organizing patterns. We report a number of system design choices, including (1) implicit implementation of genetic operators, such as reproduction by pattern self-replication, and selection by differential existential success; (2) localization of genetic information; and (3) algorithms for dynamically maintenance of the localized genotypes and translation to phenotypes. Simulation results tend to go through a phase of diversity and creativity, gradually converge to domination by fast expanding patterns, presumably a optimal solution under the current design. Based on our experimentation, we propose several factors that may further facilitate open-ended evolution, such as virtual environment design, mass conservation, and energy constraints.

Autores: Bert Wang-Chak Chan

Última atualização: 2023-04-12 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.05639

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.05639

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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